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19 de out. de 2016

IMBROGLIO! NO PR O GOVERNO NÃO QUER SE EXPLICAR E OS SERVIDORES NÃO QUEREM OUVIR!



O governador Beto Richa levou os problemas do Paraná com a barriga entre 2010 e 2014 para se reeleger, o que acabou acontecendo, até porque seus adversários foram Requião e Gleisi Hoffmann, cujos discursos batidos e o apoio do governo de Dilma Roussef não foram suficientes para evitar a derrota em primeiro turno.

Reeleito, imediatamente propôs um pacote de aumento brutal de impostos. A alíquota do ICMS subiu 33% (de 12% para 18%_ e a do IPVA 64% (de 2,5% para 4%), além de regulamentar diferenciais e antecipações de alíquota que elevam o ICMS para muito acima do percentual citado. 

Além disso, adentrou no fundo de previdência do funcionalismo estadual para fazer caixa, definindo que os aportes para compensar isto serão feitos nos próximos governos (ou seja, não serão feitos), até que se cubra o déficit atuarial.

Nisso, seguiu-se uma greve de professores que, até por decorrência da incapacidade flagrante de Richa em negociar, gerou aquele episódio de abril de 2015, quando no afã de aprovar o pacote de medidas fiscais desesperadas, impôs um cerco militar à Assembléia Legislativa levando os deputados aliados em camburão para votarem na marra, sem discussão e sem negociação, mas que acabou em violência generalizada do lado de fora, na tentativa de conter os manifestantes e impedi-los de obstar a votação.

Se este país fosse minimamente sério, deveria ter lhe custado o cargo e de quebra alguns anos de prisão.

Quando aprovou o projeto exatamente como queria, tratou de acalmar os professores oferecendo uma política de reposição inflacionária para os salários deles e do resto do funcionalismo, mas continuou nada fazendo para conter despesas, mantendo o mesmo aparato político caríssimo, cheio de contratados em confiança intocáveis e com o governo distribuído em feudos, como o do deputado Ratinho Junior, da vice-governadora Cida Borghetti e do deputado Valdir Rossoni, todos com altas aspirações políticas imediatas, sedentos em sucedê-lo.

E passou o resto do ano de 2015 e o de 2016 alardeando aos quatro ventos que fez o ajuste fiscal, que o estado é o que mais cresce no país, que aqui a crise não chegou. Até que, ao enviar o projeto de orçamento de 2017, o fez excluindo o reajuste que prometeu, alegando ter a obrigação de regularizar os anuênios e progressões de carreira do funcionalismo, que ele também não estava observando, nem dando explicações do por quê. 

A desculpa na falta de dinheiro desta vez estaria nas projeções irreais de crescimento do PIB do governo Dilma, como se o estado não tivesse corpo técnico próprio e capacitado para detectar ou mesmo perceber nas análises econômicas que essa retração econômica violenta era certa, e seria até pior se o Congresso não tivesse cassado o governo federal incapaz.

E com o mesmo modus operandi, de enviar para a assembléia uma proposta que sua base aliada deve tão somente chancelar sem discutir.

Ato contínuo, professores, policiais e várias outras categorias anunciaram greves e paralisações. E o clima político nacional só aumentou o problema, porque, agora, sindicatos e entidades de classe ligados ao PT e demais partidos de esquerda aproveitam o "quid pro quo", para tentar convencer a opinião pública que se trata de algo que será transportado para a administração federal, quando em verdade, não querem aceitar a crise econômica gestada, parida e criada pelos desmandos sucessivos, pela incompetência e pelo aparato endêmico de corrupção do governo cassado, que eles apoiaram quase que em uníssono.

Uma coisa é a incompetência e a desonestidade de Richa, que obviamente deixou a situação fiscal do estado ficar dramática para garantir sua reeleição. Porém, por muito tempo, antes mesmo do governo dele, já se sabia que as contas públicas do Paraná estavam em situação crítica. Pelo menos desde o governo de Jaime Lerner, incluindo o de Roberto Requião, situação amainada pela bonança econômica temporária havida entre 2003 e 2008, o que não estava causando maiores efeitos em face do aumento inercial da arrecadação sempre acima da inflação, por mais que as despesas sempre tenham crescido acima do acréscimo de receitas.

As entidades que representam o funcionalismo tinham todas as condições e inclusive, a obrigação de ter conhecimento da situação de penúria do estado, visível a qualquer cidadão pela quantidade de obras paradas e/ou atrasadíssimas em qualquer cidade que se visite, mas lhes foi mais conveniente aceitar o discurso poliana de Lerner, Requião e Richa, segundo o qual tudo era mar de rosas, e que a discussão era meramente política e não fiscal. Todos acreditaram no mito do dinheiro que não acaba nunca e que nasce em árvores, ou no outro, segundo o qual o contribuinte tem que arcar na marra com toda despesa que o governo e seu funcionalismo pensam que deve ser feita ao arrepio da realidade.

Vivemos hoje a situação de um governo que não quer se explicar, porque isso significaria confessar que negligenciou as contas públicas pela reeleição, e um funcionalismo representado por entidades que não querem ouvir, porque isso representa uma chance de ouro de fazer política rasteira igual à de Richa, mas para beneficiar a oposição nacional liderada pelo PT. 

Enquanto isto, o estado do Paraná caminhando para o default igual ao do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Será necessário Richa virar um Pezão e o funcionalismo receber o salário fracionado, se receber, para que, talvez, comecem a analisar essa questão de modo prático e objetivo, sem propor novos aumentos de impostos para transferir a conta para o contribuinte,

2 de fev. de 2011

A "OPOSIÇÃO" NO PLANALTO, A POSIÇÃO NO PARANÁ

Nos 8 anos do governo Lula, o Brasil praticamente não experimentou oposição. Nos últimos 4 anos, então, a situação foi patética, salvando-se apenas a questão da volta da CPMF, que foi derrubada se bem que com apoio de parte da dita "base aliada".

Em 2010, apesar do sucesso nas eleições estaduais, a oposição mingou no Congresso Nacional se entendida como o conjunto dos partidos DEM, PSDB, PPS, PSOL e legendas menores como o PSTU. Mesmo assim, esta oposição ainda têm um número relevante de parlamentares que, se não é capaz de barrar propostas governamentais, pelo menos poderia fazer barulho e marcar posição contrária.

Mas não, o senador José Sarney foi reeleito com 71 dos 84 votos da casa, sendo que apenas o PSOL teve a vergonha na cara de lançar um candidato derrotado de antemão, mas marcando posição. E na Câmara, a mesma coisa, pois a eleição girou em torno da proporcionalidade de participação na mesa, ou seja, a oposição preferiu ganhar um pequeno naco de poder, a assumir uma postura de contrariedade.

Estamos sujeitos a mais 4 anos de ausência de oposição e debate político pobre. Parece que a única oposição relevante que terá o governo Dilma Roussef virá de dentro de suas próprias hostes.

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E no Paraná, a Polícia Militar invadiu a Assembléia Legislativa e tomou o lugar da segurança interna da casa, em virtude de ameaças feitas ao novo presidente, Valdir Rossoni (PSDB).

Rossoni avisou que vai virar a casa do avesso e colocar "pingos nos is", em relação às graves denúncias levantadas no ano passado, de nepotismo, atos secretos, funcionários que não comparecem ao trabalho e favorecimentos, denúncias estas que o ex-presidente Nelson Justus disse que atacou, mas sem mostrar resultados práticos.

É triste ver em que virou o estado do Paraná nos últimos anos, especificamente desde que o senhor Roberto Requião do Mello e Silva assumiu o governo, contando sempre com a cordeirice de uma Assembléia Legislativa que obedecia sem discutir todas as ordens vindas do Palácio Iguaçú, que absteve-se de fiscalizar, que aceitou a nomeação de um irmão do governador para o Tribunal de Contas, que simplesmente não existiu enquanto instituição.

Agora convivemos com o escândalo do Porto de Paranaguá, que envolve denúncias graves contra o irmão do ex-governador (e consequentemente, contra ele) e com o caos na Assembléia Legislativa. O Paraná não deve mais nada a nenhum dos estados ditos "!oligárquicos" tão mal falados pelo Brasil afora.

E o mais revoltante é saber que, assim que ocupar a tribuna do Senado, o agora senador Requião voltará suas baterias para fazer acusações graves contra o ministro das comunicações, Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffman que ele, Requião, abraçava efusivamente nos palanques da campanha do ano passado.

O Paraná virou uma terra de trairagem.

19 de jan. de 2011

JÁ OUVIU FALAR DE HIPOCRISIA?


Em 1990, o então ex-prefeito de Curitiba, Roberto Requião, criticava de modo áspero o então senador José Richa, que recebia aposentadoria na condição de ex-ocupante do principal gabinete do Palácio Iguaçú. Requião foi à TV com um fac-simile do requerimento e fez alarde, dizendo que era preciso acabar com as "velhas raposas" da política. Nisso tirou Richa do segundo turno em que, munido de uma história fantasiosa e até hoje não bem explicada, o Caso Ferreirinha, acabou eleito.

Passados 20 anos e 3 governos seus (pouco mais de 10 anos presidindo o estado), Requião esqueceu do episódio e requisitou uma aposentadoria de R$ 24,5 mil reais na condição de ex-governador.

Teria ele virado "velha raposa"?

Será que o salário de Senador, recentemente aumentado em mais de 61% não é suficiente para a sua vida supostamente espartana?

Durante o seu governo, Requião dizia que o Porto de Paranaguá era o melhor e mais bem administrado do mundo, e que era apenas coincidência o fato de que o superintendente era seu irmão Eduardo. Como era coincidência feliz a escolha de seu outro irmão, Maurício, para compor o Tribunal de Contas do Estado. Segundo ele, foram escolhas por competência muito antes de por parentesco.

Hoje, duas operações policiais batizadas de "Dallas" e "Águas Turvas" começaram a desvendar os absurdos do porto de Paranaguá, com desvios de cargas, emissão de notas fiscais frias e um negócio nebuloso envolvendo uma draga, que foi justificada no assoreamento do Canal da Galheta, que simplesmente não foi feito por alguns anos, impedindo o ingresso de navios de maiores calados. A polícia apurou suspeitas de que a tal draga seria comprada mediante no mínimo uma comissão gorda inserida no preço final.

Será que o "melhor administrador de portos do mundo", Eduardo, irmão de Requião nunca sequer desconfiou de problemas na administração de sua jóia econômico-litorânea?

E sobre Maurício, bem, o Judiciário acabou impedindo sua posse, mesmo com a aprovação de seu nome pela Assembléia Legislativa, que durante todos os governos Requião foi altamente odediente e subserviente, inclusive no caso, quando escolheu o competente irmão do governador, então secretário estadual de educação, para o cargo vitalício e muito bem remunerado.

Será que Requião, que indicou o irmão, e a AL não notaram a possibilidade de se caracterizar nepotismo na indicação de tão competente pessoa sem experiência nenhuma em análise de contas públicas, mas parente de primeiro grau do ocupante do Palácio das Araucárias?

Apenas a hipocrisia explica essas situações da vida de um indivíduo que desde que iniciou-se na vida pública jamais ficou sem cargo ou mandato, sempre professando o discurso de defensor dos pobres contra os poderosos, dos modestos contra os arrogantes, do honesto contra os nepotistas, do suposto esquerdista radical bolivariano, mas que chegou a aventar a possibilidade de apoiar Serra ao invés de Dilma e que manteve-se afastado do governo Lula do qual usou para se reeleger governador e ano passado senador. Só a hipocrisia explica isso, somente...nada mais!

5 de out. de 2010

PR: O CASTIGO DE OSMAR DIAS

Osmar Dias tinha tudo para ser o novo governador do Paraná.

Político combativo, correto e trabalhador pelos interesses do estado, com uma carreira política livre de máculas e boas gestões como secretário de agricultura, ele encarna um pouco da alma paranaense, que é a de um estado ruralista mas moderno e cujo crescimento econômico e o progresso independem da política, tal qual ele mesmo que nunca dependeu de suas relações com o Poder Executivo para se destacar.

No entanto, errou feio.

Demorou para decidir-se pela candidatura e manobrou (muito) mal os apoios.

Acabou caindo numa armadilha criada pelo ex-governador Roberto Requião. Trouxe o PMDB para seu lado e impediu a candidatura do governador Orlando Pessutti, tudo o Requião queria para garantir sua vaga ao Senado, que estaria ameaçada com Pessutti candidato e trabalhando contra ele.

Pessutti certamente teria amealhado algo como 15% dos votos. Teria tirado votos de Osmar e também de Beto Richa, mas forçado o segundo turno, onde facilmente se aliaria ao pedetista com força para vencer.

Mas ao compor com PMDB, Osmar Dias transformou a eleição em um plebiscito: ou ele, ou Beto, porque o terceiro colocado na disputa sequer chegou a 1% dos votos, sendo que as sondagens pré-candidatura indicavam que Pessutti teria, sim, uma importante densidade eleitoral, afora o fato de estar sentado na cadeira de governador.

Pior que isso, é ver que Osmar foi triturado durante a campanha por sua incompreensível ligação com Roberto Requião, que o acusou várias vezes (de modo público) de irregularidades na aquisição de uma fazenda, sem contar as barbaridades que disse em outubro de 2006, quando não se conformava com a vitória sobre o mesmo Osmar por apenas 10 mil votos.

E ao aliar-se ao PT, desagradou uma parte de seu eleitorado ruralista, porque, afinal, o PT é ligado aos movimentos sociais sem terra, cuja atuação no Paraná é relevante, mas nem sempre bem aceita pela população.

E por sim, a confiança excessiva na influência do presidente Lula.

No último debate na RPC, chegou a afirmar no início do programa que havia acabado de receber uma ligação do presidente. Foi excessivo na exata medida em que transferiu para o presidente a tarefa de diferenciá-lo de seu adversário, o ótimo ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa.

O presidente Lula pode transferir votos e ser popular, mas isso não funciona quando o candidato, no caso, Osmar, demonstra insegurança e se alia a um dos piores inimigos (Requião) esquecendo de defender sua própria história de bons trabalhos em favor do estado. Ficou a impressão que o Osmar Dias que disputava era um conformado com os destratos de Requião e vaidoso demais com o apoio do presidente.

Talvez tudo isso tenha feito a diferença.

Osmar Dias ficou sem mandato, mas certamente voltará, seja disputando a prefeitura de Londrina ou Maringá, seja como deputado, senador ou mesmo candidato ao governo. Capaz ele é, biografia ele tem, mas da próxima vez precisará entender que em eleição não se consegue unanimidade, muito menos compondo com inimigos.

15 de jul. de 2010

CADA UM POR SI E TODO MUNDO A REBOQUE DO LULA!

Osmar Dias negociou com o "ying" e o "yang", ou seja, antes da formação do chapão que ele encabeça como candidato ao governo, flertou com os tucanos de José Serra e Beto Richa e chegou a aventar uma candidatura ao Senado para que seu irmão, Álvaro, fosse vice na chapa do ex-governador de São Paulo para a presidência.

Mas ele mudou de idéia.

Orlando Pessutti, atual governador, dizia até dez dias atrás que seria candidato ao Palácio Iguaçú e que isso não estava em negociação.

Mas ele também mudou de idéia.

Quando governador, o Sr. Requião dizia apoiar a candidatura de Pessutti para sua sucessão. Saindo do governo,Requião desentendeu-se com Pessutti e passou a trabalhar contra. Chegou a insinuar que apoiaria José Serra e Beto Richa, flertou com os tucanos pelo medo de enfrentar Osmar Dias, Gleisi Hoffmann e Gustavo Fruet e eventualmente perder a vaga que tem como sua no Senado.

Ele mudou de idéia um par de vezes, se o leitor quer saber.

Daí vieram as primeiras pesquisas com Dilma Roussef declarada candidata e ela passou José Serra e todo mundo que supostamente fazia parte da "base aliada" do governo Lula mas flertava com os tucanos, mudou de idéia e resolveu aderir de corpo e alma à candidata do presidente antes que a popularidade de Lula lhes prejudicasse a eleição.

E depois de muitas idas e vindas, chegou-se na seguinte equação:

Convenceram Pessutti de que ele não teria chances de eleição para o governo. Ele abdicou do pleito, vai apoiar Dias e Gleise, mas não ajudará Requião de jeito nenhum. Juntaram na mesma chapa o arrependido Requião e seus desafetos Gleisi Hoffmann (com seu marido Paulo Bernardo, que mantém ação de danos morais contra o ex-governador) e Osmar Dias (tratado por Requião como um bandido, por ter perdido a eleição passada por apenas 10 mil votos), sendo que Gleisi vai apoiar Osmar, sendo que os dois não querem aproximação senão protocolar com Requião. E todo mundo apoiando Dilma, por mais que Requião e Osmar Dias não estejam muito contentes nem muito seguros dessa opção, vez que antes, aventaram subir ao palanque de José Serra.

Uma chapa tão heterogênea que coloca todos em dúvida sobre sua viabilidade. Hoje, Requião é favorito para o Senado, mas seus seguidos chiliques não o garantem em Brasília em 2011. Osmar Dias também não emplacou ainda, mesmo sendo apoiado por Gleisi e mais ou menos apoiado por Requião. Por enquanto a única pessoa mais ou menos tranquila é Gleisi Hoffmann, que disputa a segunda vaga do Senado com o (ótimo parlamentar) Gustavo Fruet, por ser a candidata ao Senado chancelada pelo presidente Lula. Mas nesse contexto, nada impede que ela seja a primeira colocada na eleição e Requião tenha que disputar a segunda vaga com Fruet, vez que hoje os tucanos estão na dianteira na eleição para o governo e isso pode ter efeitos no pleito para o Senado.

Todos eles apostam na popularidade de Lula para se garantir, mas apenas Gleisi tem dedicação sincera em favor de Dilma Roussef.

26 de mai. de 2010

MINISTÉRIO DE QUEM?

Abro o jornal e leio que o governador do Paraná, Orlando Pessutti, tem audiência em Brasília com o presidente Lula.

Na pauta, a tentativa de viabilizar a candidatura do senador Osmar Dias ao governo do estado, para concorrer com Beto Richa do PSDB, que nos últimos dias tem demonstrado força tanto nas pesquisas quanto no fechamento de alianças.

Osmar Dias está bem nas pesquisas, mas suas conversas com o PT não evoluem e que não há acerto visível com o PMDB do estado, dividido entre a candidatura de Pessutti ao Palácio Iguaçú ao mesmo tempo em que pressionado pela ala Requianista, que pretende sabotar o atual governador e facilitar a candidatura do ex-governador ao Senado.

O problema é que, no Paraná, falta palanque para Dilma. Embora não tão relevante do ponto de vista o número de votos, o Paraná preocupa o PT porque geralmente vota em massa. Collor fez 1 milhão de votos a mais que Lula por aqui, e na última eleição, o Paraná votou predominantemente em Alckmin mesmo elegendo o então aliado de Lula, Requião. Assim, acertar um palanque para a candidata do governo é necessário talvez não para vencer no estado, mas para perder por pouca diferença.

Pois bem, a Tribuna do Paraná especula que o presidente vai oferecer ao governador o cargo de presidente de Itaipu Binacional ou um ministério ligado às obras da Copa do Mundo, para que ele desista da candidatura ao Palácio Iguaçú e abra caminho para Osmar, e, claro, palanque forte para Dilma, porque isso facilitaria a candidatura da petista Gleisi Hoffmann ao Senado, com a chance de eleger-se, pois são duas vagas e presume-se que Roberto Requião já é dono de uma. Gleisi não quer ser vice de Osmar, mas com ele na disputa pelo Senado, suas chances diminuem drasticamente.

O problema é que se assim for, o presidente Lula estaria montando o ministério de Dilma Roussef. É certo que ela sabe disso e mesmo que ratifica as decisões do presidente, que está trabalhando como o (forte) coordenador de fato de sua campanha. O problema é que isso aumenta substancialmente a influência do presidente sobre um eventual governo Dilma, que se verá pressionado desde o primeiro dia por uma comparação natural com um antecessor popular e com inegável sucesso econômico.

Penso que o presidente pode apoiar sua candidata e até fazer campanha (desde que dentro dos prazos legais, o que não tem sido o caso). O que não pode é montar seu ministério, fazendo isso, deixa a impressão que a candidata não tem opiniões próprias e cede a pressões.

16 de mar. de 2010

"ALIADOS"

O governador do Paraná, Roberto Requião, posa de bolivariano e esteve alegre e sorridente nos palanques do presidente Lula em 2002 e 2006, quando pôs toda sua capacidade oratória e sua ideologia esquerdista radical, populista e ultrapassada para guinar o conservadorismo do estado onde Lula sempre teve (até então) votações menores e onde o PT é um partido tido como pequeno.

Mas atualmente vive um dilema com consequências nas eleições para o governo estadual e a presidência.
Ora ele defende uma aproximação com o tucanato do estado para apoiar ao governo o prefeito de Curitiba Beto Richa, ora tece loas ao seu atual vice e candidato declarado à sucessão, Orlando Pessutti.

Daí ameaça bandear para a candidatura presidencial de José Serra (o que, convenhamos, causa calafrios nos tucanos) mesmo com a maior parte do PSDB paranaense fazendo-lhe cerrada oposição. Vejam a frase dita por ele há pouco tempo:

"Se o presidente Lula vier ao Paraná pedir votos para Osmar Dias (PDT), fecho um acordo com Serra e passo a mostrar as maracutaias do PT. O candidato de Lula no Paraná tem de ser o Orlando Pessutti".


O que mais impressiona é a alternativa que o governador deu: se o presidente apoiar Pessutti, o governador não mostra as supostas maracutaias do PT, mas se apoiar, as maracutaias (termo usado pelo próprio governador) serão expostas.

Bem, se atos irregulares, maracutaias, chegam ao conhecimento de um governador de estado, ele tem a obrigação de denunciá-los, doa a quem doer, seja o autor quem for, sem que isso seja usado como trunfo eleitoral na formação de alianças.

Essa declaração do governador do Paraná causa constrangimentos à ele mesmo (que deu a entender que esconde maracutaias por motivos eleitorais), ao PT e ao presidente Lula. E mais do que isso, afasta Requião tanto dos palanques de Dilma quanto de Serra, até porque parece óbvio que o presidente vai apoiar Osmar Dias num embate contra o PSDB de Richa e Serra.

Mas é interessante notar a atitude de muitos "aliados" do presidente Lula e do PT.

20 de jan. de 2010

O CAOS NO PARANÁ

A foto é do blog do Fábio Campana. O prédio é o antigo Presídio do Ahú e os ônibus são de um lote que o governo distribuiu pelos municípios, mas só os entregou mediante cerimônia pública agendada para ter a presença do governador. O programa CQC tratou desse assunto há pouco tempo.


A rebelião que ocorreu no Presídio Central do Estado do Paraná em Piraquara, foi causada porque o governador impediu que os agentes penitenciários usassem armas de fogo, determinando para sua mansa e obediente bancada na Assembléia Legislativa impedisse qualquer iniciativa nesse sentido.


Além disso, o governador determinou que a guarnição da PM no local fosse deslocada, em face da dramática falta de pessoal da corporação, que conta hoje com o mesmo número de policiais existentes em 1982 e que já não aguenta mais a carga de trabalho, que beira a desumanidade contra os policiais.


E a rebelião ocorreu e causou prejuízos materiais de grande monta, além, claro, da morte de 6 pessoas.


Agora é preciso remanejar cerca de 300 detentos, e a solução adotada foi a de reativar o antigo Presídio do Ahú, que está fechado desde fins de 2006, pois seu terreno foi reservado para a construção do novo Centro Judiciário de Curitiba, cujas obras o governador prometeu iniciar em janeiro de 2007, mas sem colocar até hoje sequer um prego no local, que foi usado para esconder alguns ônibus que o governo deveria repassar para municípios, mas não o fazia antes que as cidades organizassem festejos públicos para a recepção delas com a presença do senhor governador.


Para quem não sabe, Curitiba não tem fórum. As varas cíveis e criminais estão espalhadas pela cidade, em locais alugados e pouco adequados para receber o grande público. A solução que foi pensada para esta situação que atravanca o judiciário paranaense, foi usar o imóvel do antigo presídio para construir um fórum adequado para receber as serventias atuais e as ampliações pelos próximos 20 anos. O antigo Presídio do Ahú fica em bairro nobre da capital paranaense, ao lado da sede estadual da Justiça Federal, em meio a um complexo de ruas e avenidas capazes de suportar o grande tráfego de veículos e pessoas que a nova instalação viria a gerar.


Mas o governador mudou de idéia, pois limitou-se a abrir licitação para o projeto arquitetônico, contratando um que exige a regularização de um lindeiro terreno invadido e sub-judice, desculpa perfeita para paralisar qualquer obra.


Quem acompanha o noticiário sabe que na baderna ocorrida no estádio Couto Pereira em 06 de dezembro não havia policiamento suficiente, mesmo com o reforço requisitado expressamente pela direção do Coritiba Foot Ball Club. Aqui em casa (Rio Branco do Sul), não adianta ligar para o 190, porque ninguém atende e, quando se consegue contato com a PM, é por telefone comum, sendo que os atendimentos são feitos por uma única viatura vinda do município vizinho de Almirante Tamandaré.


E assim é no estado inteiro, enquanto o ocupante do Palácio das Araucárias (porque o Palácio Iguaçú, verdadeira sede do governo, está fechado para obras desde 2007) insiste em dizer que o estado tem a melhor segurança pública do país, o melhor porto, o melhor sistema tributário e, claro, o melhor governante.

20 de mar. de 2009

A CRISE E OS COMISSIONADOS

No espaço de 5 dias, um tsunami de notícias ruins, contrapondo à marola das primeiras declarações do governo sobre a crise.

Ao mesmo tempo em que se noticiou o aumento da inadimplência, especialmente dos cheques sem fundos, o Ministério do Planejamento anunciou o corte de 21 bilhões no orçamento, se bem que, justiça seja feita, ainda inferior aos 36 que projetou em janeiro.

E foram adiados concursos públicos.

E declarou-se a diminuição da expectativa de crescimento do PIB de 3,5 para 2%, se bem que, 2% está ótimo, ainda positivo dentro do quadro mundial, embora abaixo da necessidade do país em combater suas ainda colossais diferenças sócio-econômicas.

Ninguém pode dizer que o governo não tem atacado a crise e tomado medidas para combatê-la.

A redução de impostos que promoveu por exemplo, foi tão relevante que pela primeira vez em décadas, o país experimenta uma queda de arrecadação tributária, se bem que, não custa lembrar, é a primeira crise que o país enfrenta com moeda estável, de modo que o crescimento constante de arrecadação que houve em alguns momentos históricos, deu-se mais por correção monetária que por efeito econômico. Mas não deixa de ser relevante notar que antes, a arrecadação apenas crescia, nem que inercialmente, e hoje, caiu.

E ontem, medidas para conter as despesas. Vejam bem contê-las não diminuí-las.

Alguns políticos, como o governador do Paraná, Roberto Requião, fazem cara feia quando perguntados sobre diminuição e contenção de gastos públicos. Ele, Requião, diz que isso é conversa de néo-liberal e que não vai gastar menos com políticas sociais apenas por exigência de especuladores.

Não deixa de estar certo, embora ele cometa alguns dos mesmos erros do presidente Lula nesse assunto. Temos vistos nos jornais quase que diariamente, notícias sobre a explosão de gastos palacianos (no PR e no Planalto) e as generosas contratações de comissionados, funcionários sem concurso alçados aos cargos por motivação política, não técnica.

O atual governo adquiriu dois aviões presidenciais novos junto à Embraer (E-190) ao custo de US$ 212 milhões, dinheiro que seria muito mais bem empregado na satisfação de prementes necessidades militares da FAB, do que em conforto palaciano, até porque, a presidência é atendida por um avião novo, adquirido em 2006. E, do ponto de vista mais relevante, ninguém me convence da necessidade dos milhares de cargos em comissão criados neste governo.

Ora, se o governo não quer reduzir gastos sociais, eu concordo com a justificativa, ainda mais em tempos de crise grave, que afeta os mais necessitados.

Mas isso não significa que não deva reduzir gastos não-sociais e, óbvia e especialmente, os supoérfluos e os políticos, sendo que estes englobam os salários e benefícios dos comissionados.

É momento do governo ousar e proceder uma diminuição drástica de gastos com mordomias (que são naturais em qualquer Estado) e gastos políticos. Começar a dispensar pelo menos uma parte substancial dos MILHARES de comissionados, gente de regra bem remunerada, que não sentiria a crise como a maioria. Seria uma medida importante, com economia de recursos que seriam muito mais bem utilizados nas políticas sociais.

Mas não se pode tapar o sol com a peneira. Se por um lado o governo Lula recuperou os salários e as estruturas administrativas da União, o que é elogiável, por outro, contratou comissionados demais, que nada mais representam, em regra, que dinheiro jogado fora, porque nada agregam em eficiência à coisa pública.

O leitor sabe de minha má-vontade com os tais comissionados. Eu defendo um Estado profissional, amadorismo não condiz com administração pública, ainda mais em tempos de crise.

12 de dez. de 2008


Em 25 anos militando na área de contabilidade, desde os tempos em que era contínuo e pagava as contas dos clientes nos bancos, até depois, formado em Contabilidade e ainda adiante, formado em Direito, jamais vi o governo federal diminuir impostos.

Eu critiquei o governo Lula por não levar a sério, no momento inicial, a ameaça de crise e desaceleração econômica. Também critiquei a bravata sobre a marola.

Mas justiça seja feita: a partir do momento em que o governo sentiu que os efeitos econômicos passaram a afetar o país, e mais do que isso, no momento em que a histeria passou a pintar um quadro muito piorado da economia, o governo agiu. E de modo efetivo.

Se por um lado não hove redução dos juros, por outro, houve alívio para o sistema financeiro, com a diminuição dos depósitos compulsórios sobre empréstimos, além das medidas de oferta pública de crédito e a contenção da especulação com o dólar, usando das reservas cambiais. E ontem, a diminuição de impostos sobre a renda e sobre produtos industrializados.

Até o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal levaram reprimenda por aumentar juros sem justificativa técnica, apenas especulativa.

Pouco, alguns dirão. Demagógico, podem outras pessoas acusar.

Não acho. Desoneração tributária é um tabu nacional e o governo que a promove, mesmo temporariamente, demonstra ter coragem de afrontar os interesses mesquinhos de políticos meia-boca, e mesmo os interesses da máquina arrecadatória, que constitui um governo dentro do outro por aqui já há muitas décadas, pois não foram poucas as "reformas" tributárias que presenciei, em que projetos de lei com artigos de lavra da área técnica dos orgãos fazendários embutiram aumentos disfarçados de impostos.

Nesse caso elogio o governo, ele merece.

Mas não esqueço das tentativas de prorrogar a CPMF e criar a CSS, nisso, estou de olho.

PS.: Na contramão de qualquer bom senso,o governador do Paraná mandou a Assembléia Legislativa aumentar o ICMS para cobrir o rombo da péssima administração pública do estado de 2003 para cá. Os combustíveis terão até R$ 0,10 de aumento a partir de 1º de janeiro, e também haverá majoração de luz e telefone, sob a desculpa de desonerar de ICMS produtos da cesta básica, medida inútil, pois 90% de quem produz isso ou é pessoa física (já não recolhe ICMS) ou é tributada pelo SuperSimples (recolhe ICMS por valor fixo sobre o faturamento). Na verdade, a medida só alivia o resultado da incapacidade administrativa e atende a um lobby poderoso de supermercadistas. Requião de afasta cada vez mais de Lula.

29 de out. de 2008

OPÇÃO PELOS MAIS POBRES



O bolivariano governador Roberto Requião, o mesmo que arranjou secretarias para manter empregados esposa e irmão mais velho, e mexeu os pauzinhos para eleger o irmão caçula, Maurício, para o cargo de conselheiro vitalício do Tribunal de Contas, resolveu fazer um "tour" por Dubai.

Lá, acompanhado de comitiva, ele se hospedará no hotel mais luxuoso do mundo (veja a foto) onde, consta, há torneiras de ouro e marfim, muito mármore e granito e muito requinte no serviço de quartos.

Provavelmente ele vai lá, tocado pelas asneiras da Carta de Puebla, discursar para bilionários defendendo sua "opção pelos mais pobres".

Até nisso ele é irônico.

Off topic (ou quase!): Leia AQUI, algo interessante sobre quem foi prefeito de verdade e governador de verdade (apesar de não ser santo), que não se deixou levar por panacéias esquerdofrênicas.

5 de out. de 2008

VENCEDOR E VENCIDO

Política, apesar dos partidos, é feita de pessoas.

Vejam o caso da aliança (informal é verdade)PT/PMDB.

Foi bem em todo o país graças ao governo e à popularidade do presidente Lula, a ponto dele ter que evitar subir em alguns palanques no segundo turno. Nada que preocupe o presidente, afinal, é visível que pelos resultados do conjunto PT/PMDB, o Planalto venceu as eleições municipais com folga.

Mas aqui, no Paraná, a coisa foi radicalmente contrária. O PT e o PMDB minguaram.

Se no plano nacional, a figura do presidente Lula aglutinou eleitores, aqui, a figura do governador Requião foi deletéria e desastrosa tanto para ele mesmo, quanto para o conjunto PT/PMDB.

Nos maiores colégios eleitorais do Paraná, aquelas grandes cidades que elegem deputados e têm influência regional, o conjunto PT/PMDB fez os prefeitos de Apucarana, Paranavaí e Pinhais. Nesta última cidade, a chapa PT/PMDB venceu, e o partido de Requião ainda pôde comemorar estar na chapa vencedora em Umuarama.

E só.

Em Curitiba, a somadas as candidaturas do PT e do PMDB, chegaram a 20,07% dos votos. Em Londrina, 14,44%. Maringá, 28,75%. Lideranças consagradas de ambos os partidos foram trituradas nas urnas e quanto mais próximas se apresentaram a Requião, pior foi o resultado.

Em Curitiba, o governador Requião não conseguiu eleger sequer o seu candidato a vereador, o senhor Doático Santos, cuja votação não chegou a 1600 pessoas, apesar do empenho velado do ocupante do Palácio Iguaçú, que chegou a declarar que faria tudo ao seu alcance para eleger o amigo, convocando o PMDB a abandonar outros candidatos para dar conta da tarefa.

Requião venceu em muitas cidades pequenas, é verdade. Mas nestas cidades o voto é pulverizado por interesses internos dos mais diversos. Mesmo somadas, não podem ser consideradas como capital político porque suas bases eleitorais são instáveis e não raro, migram para o lado melhor colocado nas pesquisas, independentemente de partidos.

Lula venceu as eleições no Brasil, Requião perdeu (e feio) as eleições no Paraná.

É a tal coisa:

Lula não é nepotista. Requião é.

Lula faz um governo que agrega progresso, apesar de todas as críticas. Requião têm atrasado o Paraná a despeito de todas as críticas.

Lula aceita as críticas. Requião vai à TV Educativa para desatar ofensas contra juízes e inimigos políticos.

Lula mostra serviço. Requião vive falando da Carta de Puebla e não apresenta nada de concreto.

O povo, de certo modo, soube avaliar isso tudo.

3 de set. de 2008

AVE, REQUIÃO!

Na Gazeta do Povo de hoje:

Mulher de desembargador que garantiu posse de irmão de Requião é nomeada para o TC.

Para quem não sabe, o governador do Paraná, Roberto Requião, convocou sua base aliada, formada por deputados de baixo clero que o apóiam, do mesmo exato jeito que apoiavam o governador Jaime Lerner, e o governador Álvaro Dias e o governador José Richa, etc... para aprovar a indicação de seu irmão Maurício para o cargo vitalício e muitíssimo bem remunerado de Conselheiro do Tribunal de Contas.

A questão foi parar na Justiça, e o desembargador citado na matéria da Gazeta do Povo, tratou de cassar todas as liminares e possibilitar a posse de Maurício no cargo, mesmo estando ele impedido, por Lei, de atuar em processos do governo estadual e dos municípios onde seu irmão obteve 3% ou mais dos votos nas últimas eleições.

Também há a discussão sobre a legalidade da sessão que o escolheu, porque ela não foi secreta, justamente para que os senhores deputados da "base aliada", não inventassem de fazer um discurso e votar de modo diferente.

Mas eu não entendo nada de política e essa nomeação aí foi apenas coincidência, só pode ser isso...

27 de ago. de 2008

O IMPERADOR DO PARANÁ

Roberto Requião remanejou o primeiro escalão da administração do Paraná. Nomeou como secretários especiais a sua esposa e seu irmão, como forma de adequar a sua administração ao que provavelmente determinará a súmula do STF, sobre o nepotismo.

Quanto aos muitos demais parentes dele empregados na administração estadual, só após a edição da súmula haverá decisão.

Enfim, tudo como dantes, no quartel de Abrantes.

16 de jul. de 2008

O NEPOTISMO DO IMPERADOR

O governador do Paraná reclama que é perseguido pelo Ministério Público e pela Justiça, que o impediram de fazer uso político da TV Educativa do estado, especialmente na sessão que acostumou-se chamar de "escolinha de governo", uma reunião semanal do primeiro escalão da administração estadual, mais parlamentares, prefeitos e vereadores que se disponham a comparecer para tecer loas ao chefe, o senhor Requião, enquanto ele desata reclamações e acusações maliciosas contra seus inimigos políticos, distribui "cala-bocas" aos assessores que por alguma razão o incomodam e trata de ignorar solenemente as ordens judiciais que buscam conter sua verborragia política, se dizendo censurado.

Nesta reunião, acontecem fatos folclóricos, como o anunciado sorteio de um ônibus que seria entregue a um político que nela comparecesse, sendo que o sorteado, entre um número enorme de deputados, prefeitos e vereadores presentes, foi um integrante da Assembléia Legislativa que recebeu seu prêmio ali mesmo, um ônibus de brinquedo.

Outro fato interessante, foi um troféu que o governador passou a distribuir aos órgãos de imprensa que não lhe dizem amém, uma estátua de um rato, com o rosto de um ex-presidente da Câmara de Deputados.

Na semana passada, chegou a dizer que o MP e a Justiça o perseguem, porque não atacam com o mesmo critério o governo do presidente Lula, a quem acusou com todas as letras, de usar a TV Brasil do mesmo jeito com que ele usa a TVE, isso porque soube que foi mutado em 200 mil reais por insistir em fazer ataques personalistas no ar, ao invés de tratar apenas de questões administrativas.

Com essa linha de conduta desde o início do seu terceiro mandato, Requião acabou cercado de pessoas que não lhe inspiram a mínima auto-crítica, a tal ponto que dois ex-procuradores gerais do estado pedirem demissão em caráter irrevogável, alegando ofensas que ele praticou contra eles, insatisfeito com o seu trabalho mas sem coragem de praticar o ato de pedir-lhes o cargo.

Seus principais aliados na próxima eleição municipal de Curitiba, são os senhores Doático Santos e Carlos Moreira. Aquele, um indivíduo alçado ao cargo de Secretário Estadual Especial para Assuntos de Curitiba, basicamente por comandar uma ala do PMDB municipal cegamente fiel ao senhor Requião (note bem o leitor, ao senhor Requião, não ao governador, porque essa fidelidade vêm de muito antes de ele ser eleito para o cargo), que foi acusada, entre outros atos, de promover invasões em imóveis municipais e privados com motivos eleitorais, além de pixações pela cidade, especialmente as que contém a expressão "Requião tem razão". O segundo, ex-reitor da UFPR, que dispôs-se a concorrer à prefeitura como candidato do governador mesmo sem a mínima chance de vencer o pleito, mas com a função precípua de evitar que o PMDB promova novas lideranças, visto que eram pré-candidatos os deputados Marcelo Almeida, Reinhold Stephanes Jr. e Rodrigo Rocha Loures, além do ex-prefeito Raphael Greca de Macedo.

Em vários outros municípios, como o em que vivo, Requião interveio nas convenções e impôs candidatos. Aqui, ele mandou ordem expressa para que o candidato do PMDB se candidatasse como vice, de uma chapa formada por um apadrinhado político de um ex-prefeito, já falecido, que foi cassado por compra de votos e abuso do poder econômico, que havia recebido o apoio expresso do governador em 2004, também em detrimento do PMDB municipal, que teve candidato próprio na ocasião.

Na Assembléia Legislativa, Requião aliou-se a inúmeros deputados de baixo clero, conhecidos por mudarem de partido por conveniências políticas das mais rasteiras, quase todos ex-fiéis ao governo Jaime Lerner, figura, aliás, demonizada pelo atual governador e tratado como inimigo pessoal, muito além das lides políticas. Já o líder da sua bancada na casa é o deputado Luiz Claudio Romanelli que, para demonstrar plena submissão e lealdade, incitou a população a furar as praças de pedágio, ensinando como fazer isso por meio de um vídeo que chegou ao You Tube, além de ter declarado, com a desfaçatez típica dos puxa-sacos, que o fato de Roberto e Maurício Requião serem irmãos é uma mera coincidência, que não impediria de modo algum que o último fosse eleito para assumir uma vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas, um cargo vitalício, que defere enormes poderes políticos e com remuneração de ministro do STF.

E aí chegamos no nepotismo.

A Assembléia Legislativa alterou a Lei que determinava o modo de eleger os conselheiros do TC, passando a obrigar ao voto aberto na sessão, o que garantiu a eleição do irmão do governador para o cargo, pela política do medo e da represália. O irmão do governador, Secretário Estadual de Educação Maurício Requião, é acusado num caso da compra super-faturada de um lote enorme das chamadas "TVs laranjas", feita junto a uma empresa cuja atividade é vender móveis escolares e que foi a maior doadora de recursos para a candidatura Requião ao governo. Além disso, em momento algum houve pela "base aliada", algum tipo de questionamento no sentido de comprovar em Maurício, alguma experiência e conhecimentos em administração, contabilidade e direito públicos, sem contar que, por ser irmão de Roberto Requião, o novo conselheiro não poderá atuar no julgamento de contas dos órgãos estaduais e ou municipais, onde o familiar de primeiro grau tenha tido mais de 3% dos votos, ou seja, não poderá fazer absolutamente nada, pelo menos até que o governador se aposente da vida pública, o que não é plausível, até porque já se sabe que ele é candidato ao Senado ou à Presidência da República em 2010.

Mesmo assim, foi eleito, desta vez com a unanimidade da dita "base aliada" e a omissão da oposição, que preferiu não comparecer à sessão ou abster-se. E o fato interessante nisso tudo - aventa-se que o senhor Carlos Moreira o substituirá na Secretaria de Educação, o que demonstra que a candidatura deste nada mais é que uma forma de manter o PMDB em rédea curta.

Enfim, o Paraná atingiu um novo patamar na prática imoral do nepotismo. Agora, o Poder Legislativo curva-se à personalidade instável do Chefe do Executivo para lhe fazer agrados familiares, e este se justifica dizendo que não há lei que impeça seu irmão de concorrer ao cargo. É o típico caso de ato legal, mas imoral, a diferença é que foi praticado pela influência de um político acostumado a um discurso histriônico de uma honestidade e ética que, agora, parece relativa, e não mais absoluta como a que defendia nos palanques há tempos atrás. Mesma relatividade aplicada aos interesses políticos de adonar-se de um partido sabe Deus por quais razões.

6 de mar. de 2008

UM PORTO QUE AFUNDA

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) denunciou na tribuna do Senado a situação preocupante pela qual passa um valiosíssimo patrimônio da União, o Porto de Paranaguá. Disse ela:

"Sr. ... Enquanto isso, o que acontece com essas outras 3 milhões de toneladas que deveriam ter vazão pelo porto de Itaqui, no Maranhão? Elas têm suas rotas desviadas: vêm pelas estradas esburacadas do País, aportam e saem no porto de Paranaguá, dificultando e encarecendo o custo da produção e também acarretando um acúmulo nas exportações daquele porto, Paranaguá, um dos mais ineficientes do mundo – não só do Brasil; um dos portos mais ineficientes do mundo.
Sr. Presidente, o porto de Paranaguá tem administração estadual. Há portos com administração federal, portos com administração municipal e portos com administração estadual. Itaqui, Paranaguá e Rio Grande, no Rio Grande do Sul, são três portos com administração estadual. O porto de Itajaí, em Santa Catarina, que é administrado pela prefeitura, é extremamente eficiente; funciona à altura dos padrões internacionais. O próprio porto de Santos, que tem melhorado sua performance, é administrado pela União.
Mas, francamente, colegas Senadores, Senadoras e Presidente, os três portos administrados por esses três Estados não estão à altura da produção nacional. O porto de Paranaguá, com recolhimento de taxas das embarcações do transporte, tem
R$350 milhões na conta e não faz investimento no calado
, que é necessário fazer. Agora, a Marinha do Brasil, com senso de responsabilidade, proibiu que navios sejam atracados no porto de Paranaguá à noite, devido ao alto risco nesse transporte, por falta de investimento, por falta de sinalização, por falta de competência administrativa e, principalmente, por falta de responsabilidade com o País. É um crime de lesa-pátria o que estão fazendo não só com o Paraná, porque Paranaguá é um porto brasileiro, não é um porto apenas paranaense."


A competência de exploração dos portos brasileiros é da União, em conformidade com o art. 21, XII, f, da Constituição Federal. Isso equivale dizer que são de sua propriedade, podendo ser concedidos a terceiros dentro do atendimento de condições específicas.

No caso do Porto de Paranaguá, sua administração é historicamente concedida ao Estado do Paraná.

O problema é que desde 2003, o Porto é administrado pelo irmão do governador Roberto Requião, Eduardo, um psicólogo cuja experiência na área foi adquiridasomente desde então, pois ele jamais teve qualquer atividade profissional anterior com o assunto.

Paranaguá que no passado foi o porto graneleiro mais movimentado do país, passa por enormes dificuldades.

O Canal da Galheta, única entrada para navios de grande porte à Baía de Paranaguá, está assoreado. O governo do estado promoveu licitações nacionais infrutíferas e uma licitação internacional para tratar de sua dragagem. Os preços não agradaram o governador, que agora pretende criar uma empresa estadual de dragagem, adquirindo ou mandando construir uma draga adequada para prestar o serviço, que conforme boas técnicas, já deveria estar pronto há dois anos. Enquanto persiste o imbróglio o porto perde participação no mercado, inclusive para portos vizinhos, como o de Itajaí/SC.

Ademais, o governador usou o porto para fazer proselitismo político pessoal no caso dos transgênicos, quando simplesmente ignorou legislação federal.

Enfim, já há mais do que razões para a União rever a concessão e retomar a administração do porto.

3 de dez. de 2007

ASSIM NÃO

1. ASÍ NO!

Me diga o leitor:

Você trabalha numa empresa tradicional, controlada, digamos, pelo capital espanhol.

A empresa está há décadas no seu país, emprega milhares de pessoas e paga em dia, sem contar que, por ser multinacional, paga um pouco acima da média nacional e concede alguns benefícios adicionais.

Daí, o governante do seu país, se achando injustiçado, humilhado e escorraçado pela declaração do chefe de Estado da Espanha, ameaça nacionalizar a empresa em que você e mais algumas milhares de pessoas trabalham, dependendo do resultado das eleições... espanholas!

Você continuaria a votar num governante assim se lhe for dada a chance de sufragar?

Acho que Chaves se encontrou ontem com sua arrogância. E ela lhe deu um pontapé!

2. ASSIM NÃO!

O Chaves paranaense, que atende pelo nome de Roberto, veio com o discurso de classes, dizendo que ia aumentar o IPVA em 20% porque é um imposto que afeta a quem tem carro, que por sua vez, é a parcela mais rica da população.

E pretendia aumentar também o ITCMD para as heranças acima de R$ 600 mil, que para ele, é o padrão dos "ricos".

Daí o caldo entornou, e sua "base aliada" resolveu ouvir as vozes sensatas da oposição (que fez barulho)e começou a se rebelar.

Hoje o governo recolheu a mensagem e, pelo andar dos trabalhos legislativos, os paranaenses se livraram por pelo menos um ano de mais uma tungada em seus combalidos bolsos.

Provavelmente lhe disseram: Assim não, governador!

3. ASSIM NÃO, MERCADANTE!

Assisti parte do discurso do senador Mercadante, defendendo a CPMF.

Um discurso muito bonito, em que ele falou do custo que a estabilidade econômica, trabalho de vários governantes, teve para o Brasil.

Falou que a CPMF ajuda na manutenção do superávit primário que por sua vez ajuda na queda dos juros e da dívida pública.

Mas no meio da peroração, ele saiu com uma pérola, que não foi comentada pela imprensa. Disse que a arrecadação aumentou mesmo mais que uma CPMF, mas isso é porque o crescimento econômico está aí.

Ou seja, reconheceu que o governo arrecadará em 2007 mais que uma CPMF, mas deixou claro que não abre mão dela, mesmo com o governo não precisando, porque, afinal, terá em 2007, arrecadação adicional maior que ela!

Bonito discurso, mas soou falso, porque se fosse para contribuir para a estabilidade desse modo tão bonito que ele citou, ele mesmo teria votado em favor dela, naquele tempo em que éramos governados pelos tucanos.

Mas na época ele votou contra, de modo que, hoje, o discurso soou como se o país só tivesse importância para ele a partir de 2003.

Assim não, Mercadante!

14 de nov. de 2007

NOTAS PARANAENSES

1. Tá em ordem ou não?

O governo do Paraná, segundo a imprensa de Curitiba, anda às voltas com uma crise financeira. Especula-se que haja um rombo de caixa de 200 milhões de reais, que o governador e seu líder na Assembléia Legislativa negam, dizendo que não há problema algum e que o Paraná tem suas contas em dia.

No entanto, mandou ontem um projeto para a AL, aumentando a alíquota do IPVA e diminuindo o desconto para seu pagamento à vista, sem contar um outro projeto anterior, que aumenta as taxas do DETRAN em até 230%.

Fica a pergunta: Se as contas estão em ordem, para que o uso da clássica receita de aumentar os impostos?

2. Inimigos:

O governador Requião é pródigo em colecionar inimigos. Desde ex-secretários e correligionários, passando pelo Ministério Público, pela Justiça e incluindo praticamente todos os órgãos de imprensa mais importantes do estado, até os que o apóiavam incondicionalmente, como os jornais O Estado e A Tribuna do Paraná.

Esses jornais são de propriedade do ex-governador e ex-presidente da COPEL, o jornalista Paulo Pimentel, um dos apoiadores mais fiéis e competentes deste governo. Pimentel saneou a empresa que recebeu praticamente quebrada do governo Jaime Lerner, que a queria privatizada.

Mas de modo estranho, tão logo Pimentel saiu do governo, passou a atacar Requião e informar seus leitores dos grandes problemas administrativos do estado, todos eles negados por Requião, que se utiliza da TV Educativa do estado de forma personalista na tentativa de se defender de fatos que ele nega, mas ao mesmo tempo não explica.

3. Estranhezas:

Não gosto dele, sou oposição e quero Requião, sua família e seus áulicos todos longe do Palácio Iguaçú.

Mas não posso negar que ele não é mau governador, porque tem razão em brigar contra os pedágios abusivos, porque saneou a COPEL que hoje é uma empresa energética valiosíssima, sem contar muitas obras relevantes, como os quase 100 km de asfalto novo e/ou recuperado só aqui na região onde moro e, principalmente,porque desde que assumiu as pequenas empresas foram tratadas como tal, o tratamento administrativo e tributário diferenciado.

Mais do que isso, contra a controvertida figura pessoal dele não existe uma única denúncia de corrupção, o que é um ponto importante, considerando-se a situação geral do país.

O que causa estranheza é esse comportamento 8 ou 80. Amigos que saem do governo atirando e este, cada vez mais defendido por políticos medíocres da raia miúda, em detrimento de gente competente que se afasta do governador que por sua vez começa a tratá-los como se fossem inimigos de décadas.

PS: O Marcus Mayer, que não é meu parente, embora pela similaridade de pensamento até poderia ser, me agraciou com um prêmio blogger, o "Escritores da Liberdade". Eu fico lisongeado, porque, como eu escrevi no blog dele, é um título bonito mas também de responsabilidade, porque LIBERDADE é o valor humano mais caro e ao mesmo tempo mais difícil de defender e, se sou reconhecido como defensor dela, me sobra apenas a obrigação de agradecer, e a responsabilidade de continuar a missão, porque elatem muitos inimigos e milhões de admiradores, mas defensores são poucos, pouquíssimos!Vou deixar aqui a minha lista de “Escritores da Liberdade”. Pouco me importa se eles não gostam de me-mes (e não gostam mesmo!), se não aceitam os tais prêmios blogger e até se vão lançar contra mim a Praga dos Camelos Tibetanos, porque, na minha visão, eles defendem a liberdade também. São eles: Ricardo Rayol, David, Magui, André Wernner e Tunico.

PS2: Luz de Luma recebeu um premio internacional, ficou em segundo lugar numa escolha entre blogs latinos. Parabéns Luma, você e a beleza do seu blog merecem!

19 de set. de 2007

NO RINGUE COM REQUIÃO

O Ministério Público do Paraná entrou com ações contra o nepotismo do governador Roberto Requião, que contratou inúmeros parentes em cargos de comissão (um dos seus irmãos é secretário de educação e o outro, superintendente do porto de Paranaguá, por exemplo). O MP também empreendeu uma verdadeira cruzada para evitar que o secretário de segurança pública, Luiz Fernando Delázari continuasse a acumular o cargo de procurador, devendo escolher entre voltar para o MP ou seguir carreira política, o que valeu até ações no STF, que decidiu contra os interesses de Requião. Além disso, o Ministério Público anda investigando licitações da Secretaria de Educação e, no jornal Tribuna do Paraná de hoje, já se comentou que as ações serão ajuizadas e terão como um dos réus o próprio governador.

Requião contra atacou. Requisitou que o ParanáPrevidência proceda a revisão de todas as aposentadorias do MP com vias a levantar fraudes, o que, aliás, não é algo ruim, embora feito no momento errado, visto que existem, efetivamente, indícios de que algumas aposentadorias foram deferidas com irregularidades. Também decretou que os aumentos salariais do MP só poderão ser deferidos por Lei específica e encaminhou à AL um projeto de Lei que limita a atuação dos promotores de justiça, que passariam a não ter poder de investigação sobre uma determinada lista de autoridades, salvo com autorização expressa do procurador-geral que, por sua vez, é alçado ao cargo pelo próprio governador, após a eleição de uma lista tríplice, se bem que o atual procurador-geral foi aprovado pelo governador, mas está na trincheira do MP contra sua atitude pouco institucional.

Bem dito que o governador viola claramente o art. 127, § 2º da Constituição Federal ao limitar os poderes de investigação, se bem que me parece constitucional a exigência de Lei específica para tratar dos vencimentos das carreiras dentro do MP, até pelo teor do mesmo artigo constitucional.

Requião se acha perseguido, como, aliás, aprendeu com Hugo Chaves em recente visita ao Paraná. Ao invés de tratar dos assuntos de modo institucional, adota a gritaria bolivariana nas ondas da TV Educativa, cujo uso irregular, personalista e até eleitoral está em investigação no Ministério das Comunicações. Chegou a afirmar que é preciso acabar com a "farsa" de que o Ministério Público é um poder do Estado e tem autonomia, o que configurou dupla ignorância, porque a Constituição Federal defere ao órgão autonomia administrativa e funcional, mas nunca se disse ser o 4º poder, muito embora defira a ele a capacidade de investigar mesmo os governadores, visto que, pelo que se entendeu, Requião considera o MP apenas mais um órgão do Executivo.

PS: Outra das bolivarionices de Requião: Mandou projeto de Lei para a AL autorizar que a COPEL se consorcie com outras empresas, para disputar licitações de rodovias federais, o que fez as ações da companhia despencarem nas bolsas. Reflexo da luta contra as concessionárias de pedágio, briga esta em que perdeu a maioria dos "rounds".

PS. Extra! Em O Globo de hoje:

"NELSON JOBIM ANUNCIA SUCESSORA DE ZUANAZZI NO COMANDO DA ANAC.
O Ministro da Defesa disse que a ex-secretária do governo FH vai substituir o atual presidente da agência, que deve renunciar nos próximos dias".

Só rindo mesmo, agora vão chamar gente do FHC, para tentar corrigir as bobagens feitas pelos petistas. E ainda tem palermas que dizem que o governo não teve responsabilidade nenhuma sobre o acidente com o avião da TAM, justamente quando o governo admite a culpa indireta.

9 de jul. de 2007

MUNDO BOLIVARIANO

Apagão na Argentina.

Mais de 300 empresas paralisaram suas atividades na Argentina, sexta-feira, por absoluta falta de energia elétrica para seu funcionamento. O presidente Kirchner, dublê de bolivariano, disse que isso é um bom sinal, decorrente do crescimento econômico recorde do país, avisando que comprará energia junto aos países vizinhos, mas preferencialmente para atender a demanda residencial.

A imprensa e a oposição afirmam que a falta de energia foi causada pelo precário planejamento econômico e político do país, enquanto o presidente e a situação gritam alto dizendo que é conspiração da direita para inviabilizar a candidatura de Kirchner ou sua esposa para ocupar a Casa Rosada por mais 5 anos.

O fato é que a Argentina cresceu apenas para recuperar o que era antes da crise da dívida que depôs 3 ou 4 presidentes em poucos meses.

Kirchner finge dar importância para o problema ao avisar que vai adquirir energia para o uso residencial e, claro, garantir a novela e o conforto de seus eleitores, nem que isso lhes custe o emprego. Bem bolivariano mesmo!

Pinóquio

a) O bolivariano governador paranaense, Roberto Requião, inscreveu o município de Curitiba no CADIN-SEFA, para impedir a liberação de verbas para obras, que seriam tocadas pelo prefeito Beto Richa, que apoiou Osmar Dias na eleição que Requião não se conforma ter vencido por apenas 10 mil votos. Alegou que se trata de uma dívida do município com o estado, decorrente da instalação da Cidade Industrial de Curitiba, isso há 35 anos atrás!

Sexta-feira a Justiça decidiu que foi um ato irregular e mandou corrigir o cadastro, liberando, por consequência, as verbas para que Curitiba proceda inúmeras obras de grande importância, mas que, claro, aumentarão a popularidade do atual prefeito, que o PMDB do governador tentará substituir por um petista no ano que vem.

b) Ao assumir, o governador Requião comprou briga com a empresa norte-americana El Paso, dona da maioria das ações de uma usina termoelétrica em Araucária. Alegava o governador que a usina, posta em funcionamento, explodiria, e que não compraria energia dela pedindo ressarcimento da parte da COPEL no negócio. Após o processo quase ir para a arbitragem internacional, ocorreu um acordo quase na surdina para dar cabo do problema.

Na sexta-feira, a usina alcançou capacidade máxima de produção, vendendo energia para... a bolivariana Argentina! E não explodiu...

A CIA e Hugo Chaves

A CIA divulgou relatório segundo o qual, afirma que Hugo Chaves mudará as leis e a Constituição do país para se manter no poder e, se eventualmente perder uma de suas eleições fraudadas, certamente inventará factóides e desculpas para não largar o osso. Isso decorreria de sua personalidade instável.

Sempre digo que, se é para divulgar o óbvio, melhor não gastar papel. Hugo Chaves mostra ser assim desde que tentou dar um golpe de estado, anos atrás. Caíram na besteira de anistiá-lo e torná-lo mártir, o resultado é o que vemos hoje.

Futebol nas Alturas

Para não fugir à regra e não deixar de ser ridículo, Evo Morales organizou grandes manifestações públicas na Bolívia, protestando contra a FIFA que, num rasgo de direitismo radical anti-bolivariano, proibiu jogos de seleções de futebol em altitudes extremas, como a de La Paz.

PS: Uma boa lembrança do "Roça" e do Cejunior: Evo Morales disse que, no ritmo atual, em 15 anos a Bolívia será uma nova Suiça! Ou significa que ele pretende ser presidente por mais 15 anos, ou significa que não tem a menor idéia de onde seja ou como seja a Suiça... o que será?

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...