Em 1990, o então ex-prefeito de Curitiba, Roberto Requião, criticava de modo áspero o então senador José Richa, que recebia aposentadoria na condição de ex-ocupante do principal gabinete do Palácio Iguaçú. Requião foi à TV com um fac-simile do requerimento e fez alarde, dizendo que era preciso acabar com as "velhas raposas" da política. Nisso tirou Richa do segundo turno em que, munido de uma história fantasiosa e até hoje não bem explicada, o Caso Ferreirinha, acabou eleito.
Passados 20 anos e 3 governos seus (pouco mais de 10 anos presidindo o estado), Requião esqueceu do episódio e requisitou uma aposentadoria de R$ 24,5 mil reais na condição de ex-governador.
Teria ele virado "velha raposa"?
Será que o salário de Senador, recentemente aumentado em mais de 61% não é suficiente para a sua vida supostamente espartana?
Durante o seu governo, Requião dizia que o Porto de Paranaguá era o melhor e mais bem administrado do mundo, e que era apenas coincidência o fato de que o superintendente era seu irmão Eduardo. Como era coincidência feliz a escolha de seu outro irmão, Maurício, para compor o Tribunal de Contas do Estado. Segundo ele, foram escolhas por competência muito antes de por parentesco.
Hoje, duas operações policiais batizadas de "Dallas" e "Águas Turvas" começaram a desvendar os absurdos do porto de Paranaguá, com desvios de cargas, emissão de notas fiscais frias e um negócio nebuloso envolvendo uma draga, que foi justificada no assoreamento do Canal da Galheta, que simplesmente não foi feito por alguns anos, impedindo o ingresso de navios de maiores calados. A polícia apurou suspeitas de que a tal draga seria comprada mediante no mínimo uma comissão gorda inserida no preço final.
Será que o "melhor administrador de portos do mundo", Eduardo, irmão de Requião nunca sequer desconfiou de problemas na administração de sua jóia econômico-litorânea?
E sobre Maurício, bem, o Judiciário acabou impedindo sua posse, mesmo com a aprovação de seu nome pela Assembléia Legislativa, que durante todos os governos Requião foi altamente odediente e subserviente, inclusive no caso, quando escolheu o competente irmão do governador, então secretário estadual de educação, para o cargo vitalício e muito bem remunerado.
Será que Requião, que indicou o irmão, e a AL não notaram a possibilidade de se caracterizar nepotismo na indicação de tão competente pessoa sem experiência nenhuma em análise de contas públicas, mas parente de primeiro grau do ocupante do Palácio das Araucárias?
Apenas a hipocrisia explica essas situações da vida de um indivíduo que desde que iniciou-se na vida pública jamais ficou sem cargo ou mandato, sempre professando o discurso de defensor dos pobres contra os poderosos, dos modestos contra os arrogantes, do honesto contra os nepotistas, do suposto esquerdista radical bolivariano, mas que chegou a aventar a possibilidade de apoiar Serra ao invés de Dilma e que manteve-se afastado do governo Lula do qual usou para se reeleger governador e ano passado senador. Só a hipocrisia explica isso, somente...nada mais!
Passados 20 anos e 3 governos seus (pouco mais de 10 anos presidindo o estado), Requião esqueceu do episódio e requisitou uma aposentadoria de R$ 24,5 mil reais na condição de ex-governador.
Teria ele virado "velha raposa"?
Será que o salário de Senador, recentemente aumentado em mais de 61% não é suficiente para a sua vida supostamente espartana?
Durante o seu governo, Requião dizia que o Porto de Paranaguá era o melhor e mais bem administrado do mundo, e que era apenas coincidência o fato de que o superintendente era seu irmão Eduardo. Como era coincidência feliz a escolha de seu outro irmão, Maurício, para compor o Tribunal de Contas do Estado. Segundo ele, foram escolhas por competência muito antes de por parentesco.
Hoje, duas operações policiais batizadas de "Dallas" e "Águas Turvas" começaram a desvendar os absurdos do porto de Paranaguá, com desvios de cargas, emissão de notas fiscais frias e um negócio nebuloso envolvendo uma draga, que foi justificada no assoreamento do Canal da Galheta, que simplesmente não foi feito por alguns anos, impedindo o ingresso de navios de maiores calados. A polícia apurou suspeitas de que a tal draga seria comprada mediante no mínimo uma comissão gorda inserida no preço final.
Será que o "melhor administrador de portos do mundo", Eduardo, irmão de Requião nunca sequer desconfiou de problemas na administração de sua jóia econômico-litorânea?
E sobre Maurício, bem, o Judiciário acabou impedindo sua posse, mesmo com a aprovação de seu nome pela Assembléia Legislativa, que durante todos os governos Requião foi altamente odediente e subserviente, inclusive no caso, quando escolheu o competente irmão do governador, então secretário estadual de educação, para o cargo vitalício e muito bem remunerado.
Será que Requião, que indicou o irmão, e a AL não notaram a possibilidade de se caracterizar nepotismo na indicação de tão competente pessoa sem experiência nenhuma em análise de contas públicas, mas parente de primeiro grau do ocupante do Palácio das Araucárias?
Apenas a hipocrisia explica essas situações da vida de um indivíduo que desde que iniciou-se na vida pública jamais ficou sem cargo ou mandato, sempre professando o discurso de defensor dos pobres contra os poderosos, dos modestos contra os arrogantes, do honesto contra os nepotistas, do suposto esquerdista radical bolivariano, mas que chegou a aventar a possibilidade de apoiar Serra ao invés de Dilma e que manteve-se afastado do governo Lula do qual usou para se reeleger governador e ano passado senador. Só a hipocrisia explica isso, somente...nada mais!
Não foi envolvendo recursos, e aposentadoria, mas Ulisses Guimarães, criticou o AI-5, quando lhe era contrário, e depois, quando no poder, exigiu o cumprimento do mesmo.
ResponderExcluirLula por muito tempo dizia que Sarney e família eram ladrões... hoje?
Por ai vai!
Não penso que é normal, mas, vejo que isto acontece de longas datas. Tá na lei! Foi aprovado. Foi promulgado. Foi assinado. Não foi contestado antes... pode extinguir? Se sim, que se faça!
O sistema favorecendo-os é antigo e está bem alicerçado. Como vamos, e o que podemos fazer para acabar com tal situação?
Adão,
ResponderExcluirA diferença é que Ulisses Guimarães não se pintava como perfeito, acabado, bastião da moralidade... Ulisses criticava o regime mas não apontava "velhas raposas" com o dedo sujo...
O Magalhães Pinto, banqueiro e senador mineiro, é que tinha razão: política é que nem nuvem, está toda hora mudando. Infelizmente, política é a arte da hipocrisia. E não só no Brasil. Nunca fui com a cara desse Requião.
ResponderExcluirA OAB entrou com uma ação contra essas pensões vitalícias para ex-governadores. Sou a favor da OAB. É o cúmulo o pagamento de pensões altíssimas para ex-políticos e suas viúvas. Não é admissível num país que pretenda ser sério (se é que pretende) aumentos absurdos de mais de 60% para parlamentares e estas pen$õe$.
ResponderExcluirO caso de nepotismo (mais hipocrisia mesmo) relatado por você sobre Requião me faz perguntar o que boa parte dos paranaenses tem na cabeça. Como pode uma pessoa como ele manobrar, manipular, manobrar, e ninguem perceber suas jogadas a ponto de elegê-lo e re-elegê-lo sempre a cargos importantes?
Só a negligência e a falta de importancia dada pelo contribuinte justifica esse 'esquecimento' deles, para que essas coisas sempre ocorram. E é esse 'esquecimento' que, juntando os fatos, alimenta e resulta em cada vez mais 'hipocrisia e abuso' por parte de cidadãos como esse.
Se o Brasil fosse realmente um país sério este senhor estaria há muito tempo fora da política (ou preso), e a política não era como é. Mas quando esse dia surgirá?
Uma lástima a gente saber que, aqueles que pensam neste Brasil e analisa em quem votar é a minoria absoluta. Os demais eleitores, preferem a diversão com programas ridículos da TV ou então se entupir de cachaça a noite, deixando de lado a coisa mais importante na vida, conhecimento.
ResponderExcluirSendo assim, meu caro, Requião, Pessuti e outras tranqueiras mais, deitam e rola e a nós, fica somente a indignação.
É a velha história de jogar pedra no terreno do vizinho... enquanto podia, a Maria Louca atirava pedras nos quintais de todo mundo. Agora, as recolhe prá fazer seu pé de meia ainda mais quente.
ResponderExcluirHipócrita é pouco, tanto ele quanto o Álvaro dias, que também requisitou seus "direitos". E também aquele outro, que pediu aposentadoria pelos 10 dias em que governou. Este é o Brasil.
É, anônimo.
ResponderExcluirE o Álvaro ainda teve a desfaçatez de pedir atrasados de R$ 1,6 milhão.
O Pedro Simon, mesma coisa. Alegando não conseguir viver com o salário de senador, e por ser político profissional e sem patrimônio, também pediu aposentadoria... como é que alguém não consegue tocar a vida ganhando um salário de R$ 16,5 mil, como é o atual provento de senador? Sem contar que a partir de fevereiro, passa a receber 24,5 mil por isso.
Infelizmente, por incompetência e falta de diálogo entre o PSDB e PP, teremos que aguentar essa coisa por mais 8 anos...
ResponderExcluirSe somente Gustavo Fruet fosse o único candidato ao senado pela coligação que elegeu Richa, teríamos um ótimo senador no lugar desse hipócrita. Pobre Paraná...