Mostrando postagens com marcador segurança pública. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador segurança pública. Mostrar todas as postagens

22 de set. de 2015

ARRASTÃO NO RIO, A VIOLÊNCIA IDEOLÓGICA

A política brasileira sempre foi centrada em explorar a miséria para manter os privilégios e mordomias da classe política que basicamente é composta de gente rica, gerando mitos que impactam em nossa vida diária.

Segundo estes mitos, o pobre é sempre bom e o rico, sempre mau. Aquele é sempre esperto e dado ao "jeitinho" de violar a Lei, este é sempre o cara que aciona o sobrenome para evitá-la. Outro mito é o do menor de idade, que sempre é uma vítima da sociedade porque não pensa e não toma decisões. O menor é sempre um inepto, ele não sabe o que faz e não tem intenções, ele simplesmente aguarda fazer 18 anos para ativar o cérebro e então decidir se será um bom ou mau cidadão. Um terceiro mito, é o da "comunidade". Favela no Brasil não é gueto, nem uma vergonha para a nação que cobra impostos suecos e não consegue tirar as pessoas de condições desumanas de moradia. Virou cenário de novela e atração turística, o morro é parte na nossa cultura, dizem aqueles que absolutamente nada fazem para salvar aquelas pessoas da opressão de ruelas e becos cheios de ratos, baratas e criminosos em um lugar praticamente inexpugnável pela Lei, com seu próprio código de conduta e sua moral definida pelo dono do lugar, geralmente o traficante, que de pobre e favelado não tem nada. 

Em muitos lugares do país, o cidadão se protege aliando-se ao criminoso, alegando que a polícia o oprime. O brasileiro é cheio de direitos, ele não aceita ser abordado por policial e acha uma humilhação fazer teste do bafômetro. Direitos demais e obrigações de menos, e não se aceita ser "alcaguete", porque isso fere um código social segundo o qual todos tem direito a uma outra infraçãozinha básica da lei, seja roubando sinal de TV por assinatura, seja "quebrando" a multa do trânsito, seja trocando o voto por um benefício pontual dado em época de eleição.

E tudo isso foi criado porque no Brasil todos os políticos são de esquerda. Todos eles prometem que o Estado vai resolver os problemas dos cidadãos, que o Estado dará emprego, moradia, saúde, segurança educação e renda para todos, que o Estado vai garantir o bem estar social. E a maioria acredita porque não sabe a quantidade de impostos que paga, não tem consciência das mordomias que a elite dos agentes públicos têm. A maioria das pessoas não sente falta dos serviços públicos porque nunca os teve, apesar das promessas atávicas de um lugar maravilhoso para se viver, cheio de direitos para todos e obrigações para manter o Estado sempre forte, onipresente, mas sempre doador de benesses para os poucos governantes ricaços, que se elegem se dizendo "do povo".

Razões históricas e geográficas fizeram do Rio de Janeiro um lugar onde todos os mitos brasileiros se encontram e mostram sua face real. A cidade empurrou os escravos libertos e os pobres para os morros que eram áreas de terras sem valor, na tentativa de virar uma Paris dos trópicos no início do século XX. Um lugar que foi o centro político do Brasil até relativamente pouco tempo, e que é o centro turístico e cultural do país, convive com riqueza incomum ladeada por miséria grosseira. A disparidade social do Brasil por si só é avassaladora, no Rio, é pornográfica. E quando a miséria encontra a riqueza opulenta, num contexto em que ninguém sabe ao certo se as leis valem para todos, acontece a explosão que estamos vendo.

As autoridades cariocas não sabem o que fazer porque não podem combater o crime, cuja face é o pobre, mas o comando é de ricos (muito ricos). Não se pode punir o pobre que é sempre bom e não se pune o rico que é sempre privilegiado no trato das Leis que são sempre subjetivas no aguardo de um bom e caro advogado que às use em favor do cliente. Não se pode colocar menor de idade na cadeia, nem subir o morro sem que não intervenha algum político alegando ser uma violência. E cumprir a lei e o bom senso virou coisa de otário mesmo nas situações mais simples: estaciona-se em qualquer lugar, se toca som alto a qualquer hora do dia ou da noite, se transforma posto de gasolina em rave as 4 da madrugada. Ricos e pobres abusando da paciência uns dos outros e gerando aquela sensação de anomia que está desaguando em arrastões e contra-arrastões, violência sem limite e redes sociais convocando para uma guerra. E no meio de tudo isso, autoridades prometendo melhorar a educação e a saúde, mas usando o dinheiro disso para dar auxílio-moradia para juízes e carros novos para deputados.

O Rio pode ter escala maior e mais dramática, mas não é diferente do que acontece no resto do Brasil, onde as leis são relativas, o pobre é sempre bom, o rico sempre mau e a lei não atinge ninguém, de modo que todo mundo se dá ao direito de ignorá-la.

7 de abr. de 2011

NÃO MISTUREM O ASSASSINO DE REALENGO COM A POMBA BRANCA DA PAZ!


Um indivíduo entra numa escola armado até os dentes, mata 11 crianças indefesas e ainda fere outras tantas e deixa uma carta testamento sem pé nem cabeça se dizendo islâmico, destilando frustrações e se fazendo de vítima do mundo.

Ato contínuo, a sociedade brasileira HIPÓCRITA e desconectada da realidade começa a discutir novamente o desarmamento, como se as armas usadas pelo psicopata não fossem irregulares e adquiridas na clandestinidade.

A velha mania brasileira de confundir alhos com bugalhos faz com que não se atente para o fato de que psicopata é psicopata, bandido é bandido. Meliantes com problemas mentais ou não, conseguem armas na clandestinidade, armas estas não registradas, roubadas, contrabandeadas. O meliante vai conseguir arma independentemente da Lei proibir seu porte ou sua comercialização, ele vai usá-la independentemente de setores da sociedade em que vive pregarem a paz e o desarmamento dos cidadãos de bem. O meliante que quer incidir no crime seja por interesse econômico, seja por frustrações psicológicas, não vai preocupar-se com a legalidade da arma que portar e se não consegui-la por meios normais, vai roubá-la ou contrabandeá-la. É simples, o meliante é meliante porque não observa a Lei, e não adianta fazer Leis que tiram direitos dos cidadãos de bem mas não afetam a vida dos meliantes.

No Brasil, quando se fala em desarmamento existe sempre o esquecimento conveniente de que bandidos não seguem a Lei. Muitos políticos demagogos e mesmo pessoas bem intencionadas que não atinam para o mundo em que vivem, defendem a proibição da comercialização mas esquecem da precariedade absurda da segurança pública do país, onde a regra é ninguém atender o telefone 190 e, se atender, nada fazer mesmo nas situação de maior risco, que dizer nas situações de "desordem social" que um policial me disse com todas as letras certa feita, que tinha ordem para não atender.

Muita gente tem armas pela necessidade de suprir a segurança que o Estado brasileiro não dá, embora cobre os impostos mais altos do mundo para dizer que dá. Tirar dos cidadãos de bem suas armas, até pode ter algum efeito nos índices de segurança pública, mas em última análise, vai mais é deixar os meliantes mais fortes para fazer o que melhor entenderem, em um contexto em que a polícia vai continuar inexistindo e o Estado vai continuar dizendo que se preocupa com segurança, mesmo fazendo pouco ou nada por ela.

Novamente, ante uma tragédia, o Brasil escolhe o debate errado e pior que isso, escolhe punir as vítimas da violência, e não seus protagonistas.

26 de nov. de 2010

POLÍTICA DE SEGURANÇA?

O Brasil não tem política pública nenhuma.

Tanto nos municípios, quanto nos estados e mesmo na União, a cada troca de governante muda-se tudo e de preferência dizendo que o antecessor tava errado e só fazia porcaria. Os programas são descontinuados em todas as áreas. Uma vez acertados para terem duração de 5 ou 10 anos, se o grupo político que os lançou não ficar no poder durante esse tempo, são simplesmente descartados sem que ninguém se pergunte do desperdício dos recursos, especialmente do dinheiro público.

Isso vale para a segurança pública, onde as polícias estaduais pouco se conversam, onde faltam equipamentos básicos de combate ao crime organizado tais como blindados e helicópteros, onde um policial do Pará ganha mais que um do Rio de Janeiro, onde as várias entidades (Guarda Nacional, Polícia Federal, PM(s), Polícias Civis, Receita Federal, Ministério Público) pouco padronizam suas ações.

Só aqui no Paraná, considerando os últimos 20 anos, mudou-se a forma de fazer policiamento ostensivo várias vezes. Começou com patrulhas motorizadas, criaram-se módulos policiais, extinguiram-se estes e criaram "totens" ao lado dos quais instalava-se patrulha motorizada e chegamos à situação atual, das POVO (Policiamento Ostensivo Volante), sem que isso resolve em absolutamente nada os problemas mais comezinhos de segurança, cujos índices estão degradando dia a dia.

Esse partidarismo tosco, esse personalismo que nos afeta a cada eleição não atinge apenas a área de segurança. Não há política habitacional, as pessoas são empilhadas em favelas que os governos insistem em considerar "comunidades" para não urbanizar, tratando como caso de fazer uma escada aqui ou ali, ou uma pintura ou uma quadra esportiva. Construir moradias dignas, fazer arruamento, recuperar áreas invadidas de preservação ambiental nem pensar, isso tira votos de quem se promove em meio a desgraça, que por sua vez usa a manutenção do precário como meio de denegrir a imagem de quem tenta atacar o problema.

E se entrarmos nas áreas de educação, saúde, trânsito, defesa, veremos que é tudo absolutamente igual. As diretrizes legais são simplesmente ignoradas ou interpretadas conforme o momento, sem que ninguém seja punido pela descontinuidade de programas. A politicagem é o verdadeiro debate nacional, nada se faz pensando na sociedade, tudo se faz pensando em tomar o poder primeiro para depois ver o que faz, desde que pisando no pescoço de quem perdeu a eleição.

O Rio de Janeiro de hoje é o resumo de toda essa irresponsabilidade e demagogia. É um exemplo bem acabado de para onde o país está indo a cada vez que uma troca de governantes paralisa programas, muda parâmetros e altera as diretrizes ou suas interpretações.

24 de nov. de 2010

NO MUNDO DOS SONHOS DA COPA E DA OLIMPÍADA

A imagem aterrorizante é de "O Globo". E faz parte do mundo real que os políticos brasileiros teimam em negar.


As Unidades de Polícia Pacificadora conseguem conter a violência nas favelas que os governos cariocas se recusam a urbanizar verdadeiramente. Mas são incapazes de extinguir organizações criminosas, na medida em que fazem apenas policiamento ostensivo e retiram efetivos policiais de outras áreas para onde o crime migra.

Agora viraram alvo para uma ação conjunta de grupos de traficantes (mesmo rivais), que trataram de colocar a cidade do Rio no caos completo, sabendo de antemão que as autoridades não conseguiriam dar conta de organizar o enfrentamento massivo e muito menos de explicar os fatos à opinião pública, o que está visível nestes últimos dias.

Quando escrevo aqui sobre urbanizar favelas, trato da necessidade imperiosa de transformar o gueto que elas sempre foram em um bairro comum, onde seja possível o controle policial normal sem necessidade de UPP(s) ou coisas parecidas.

A arquitetura de uma favela favorece o crime organizado na medida em que não há arruamento e as "casas" são todas coladas parede a parede. Logo, uma vez invadida pela PM, uma favela precisa virar um canteiro de obras com a derrubada de parte dos barracos para dar lugar a arruamentos, praças, iluminação pública e equipamentos urbanos. Porque é simples, a favela estará pacificada na presença da polícia, se esta sair, volta a ser gueto para o controle pela bandidagem, que ainda assim não deixa de estar lá, escondida, embora inoperante mas planejando sua volta triunfal, como a verificada nos últimos dias.

No mundo dos sonhos dos governos brasileiros faremos uma Copa do Mundo e uma Olimpíada improvisando soluções de segurança pública e intervenções urbanísticas, achando que o turista virá para nossas cidades em segurança. Esses epísódios do Rio de Janeiro comprovam claramente que em um evento como este os bandidos podem fazer uma manifestação de força aterrorizante a partir da ingenuidade e cupidez dos governantes brasileiros, que acham que favela não precisa ser consertada como forma de combate ao crime.

O Brasil vai investir algo em torno de 3,5 bilhões de dólares só em estádios para a Copa do Mundo, isso contando por baixo. Mas não consegue alocar metade disso para aumentar os efetivos policiais, melhorar sua remuneração, aperfeiçoar o treinamento e dar ao cidadão a sensação de segurança que não existe mais nem em cidades pequenas, onde, repito novamente, nem um prosaico telefone 190 funciona.

Mais que isso, estima-se que o custo da Copa do Mundo seja de 14 bilhões de reais, dinheiro que para isto aparece, mas que não existe para um programa habitacional amplo para transformar favelas do país inteiro em bairros onde as pessoas consigam ver-se livres do crime enraizado.

No mundo dos sonhos dos políticos, o Brasil terá um trem-bala depois da Copa 2014, e os problemas aéreos serão resolvidos com terminais provisórios, sem que se construam aeroportos. No mundo dos sonhos das autoridades o combate ao crime é feito colocando efetivos policiais em prontidão local por algum tempo, achando que, quando sairem, os criminosos não voltarão.

Quem sabe agora os sonhadores políticos brasileiros percebam que estão lidando com criminosos efetivamente violentos e organizados, capazes de desestabilizar até os projetos de mostrar ao mundo um país de sonhos, cuja realidade é bem pior que um pesadelo.

13 de jul. de 2010

POLÍCIA E JUSTIÇA NO BRASIL SÃO SÓ PARA OS "BACANAS"

Tempos atrás eu estava na casa de um conhecido em uma praia. E uma sobrinha dele estava em um apartamento de cobertura a duas quadras próximas.

Um dia ela apareceu contando que na casa ao lado do seu prédio, um bando de "sertanojos" passava a madrugada inteira enchendo a cara de cerveja e cachaça, tocando aquilo que eles chamam de "música" em último voume e soltando foguetes pelo simples prazer de incomodar os moradores do prédio dela.

Ela ligou no 190 mas, como de praxe no estado do Paraná, ninguém atendeu, porque 190 é coisa e pobre e a PM do Paraná não atende mais casos de desordem social segundo a informação que recebi de um policial numa madrugada dessas, quando uns "sertanojos"repetiam seu ritual de bebedeira e exibicionismo na porta da minha casa. Daí, foi na delegacia e ninguém aceitou sequer fazer BO, disseram para ela que por serem os caras "turistas", não teriam como continuar eventual inquérito.

Bem, a coisa resolveu-se da seguinte forma: Ela conhece a prefeita da cidade praiana, que por sua vez, é parente de poderoso deputado estadual. Daí, ela ligou para a prefeita que ligou para o deputado, que ligou para o secretário de segurança. No mesmo dia, 3 viaturas chegaram com sirene e giroflex ligados na frente da casa dos arruaceiros. Entraram arrombando portas, distribuindo "cala-bocas", dando empurrões e avisando que na próxima visita seria de prisão sem choro. Dali em diante, os "sertanojos" ficaram quietinhos e não incomodaram mais.

Eu conto essa história porque a Elisa Samudio foi à polícia com um vídeo denunciando a situação pela qual passava, que era grave, mas ninguém, nem polícia, nem Ministério Público fizeram absolutamente nada para assegurar a vida dela.

Mas se ela fosse rica e famosa, conseguia e quem sabe, ainda estivesse viva...

26 de mai. de 2010

ALCOOL ENTRE ADOLESCENTES

No portal UOL, hoje:

Jovens entre 14 e 17 anos consomem 6% de todo o álcool no país.

Eu sempre escrevo aqui e repito: A sociedade brasileira é leniente demais com o consumo de álcool entre jovens, e isso está criando gerações sucessivas de alcoólatras, aumentando cada vez mais a violência (brigas, acidentes de trânsito, problemas familiares) e alimentando outro vício ainda pior, o das drogas.

6% pode parecer um número pequeno considerando que a faixa etária de 14 a 17 anos é relevante no quadro demográfico brasileiro. O problema é que, pela Lei, menores não podem consumir álcool, ou seja, 6% da bebida alcoólica vendida no país é consumida de modo ilegal e criminoso!

Estou cansado de ver na praça em frente de casa, em altas madrugadas, jovens de 12 a 17 anos consumindo álcool e drogas, sendo que não são coibidos pela Polícia Militar (que no Paraná sequer atende o 190), nem pelo Conselho Tutelar, muito menos pelos pais idiotas que dão graças aos céus por não terem os filhos chatos em casa!

E o mais irritante disso, é ver o eterno "rame-rame" das autoridades, falando em "diáologo" com os jovens, mas vendo os índices de segurança pública deteriorarem por absoluta inépcia em combater esse estado de coisas.

Seria algo simples: indivíduo está com som alto e o porta-malas do carro cheio de cerveja enchendo o saco da vizinhança. Se ele entregou uma latinha para um menor de idade qualquer, apreende o carro, manda o dono para a delegacia e o menor para o juizado competente, para que os pais sejam punidos. Comerciante que vende álcool para menor perde o alvará, tem o estabelecimento lacrado e responde pelo crime correspondente. Pai que entrega álcool para filho menor perde o pátrio-poder e responde por crime.

Será que é tão difícil assim cumprir a Lei?

8 de fev. de 2010

OS BOÇAIS

A imagem é do www.icaranews.com.br


Parece que boas maneiras são coisa do passado.

Tenho visto na praça aqui em frente de casa, desde menininhas de 12 anos até indivíduos maduros bebendo álcool sem parar em praça pública, divertindo-se em berrar, em quebrar garrafas na calçada, em vandalizar equipamentos públicos, em arranjar brigas, em impedir o trânsito e especialmente em gozar da cara de quem ousa implorar para que diminuam um pouco o volume do som que sai de seus carros, que as vezes não têm nem faróis de freio, o que demonstra o quanto as autoridades se preocupam com o problema.

E a impressão que fica, é que fazem sucesso entre mulheres (se bem que me recuso a classificar meninas de 12 a 18 anos como mulheres, por mais que as que apareçam aqui em frente de casa ajam e se vistam como cortesãs de beira de cais) os homens que se exibem desse jeito, sempre de chapéu atolado, sem camisa, com a lata ou garrafa long-neck de cerveja nas mãos e aquele eterno sorriso de idiota que todo bêbado inútil que se preza ostenta.

E quando não são cowboys, são os vileiros tocando funk (em volume insuportável também), vestidos como esquimós no calor de 35 graus, mas agindo igualmente, com a diferença de que preferem beber cachaça, o que não diminui o incômodo que causam.

Isso explica ou é explicado por coisas que se ouvem ao ligar o rádio: "você diz que não me ama, mas no fundo paga pau!" ou ainda, "beber, cair e levantar" ou, ainda, "tapinha não dói". Manifestações da boçalidade pura e simples que atormenta o país na esteira do paternalismo excessivo do Estado, do sexismo exagerado nos meios de comunicação, do sistema educacional leniente e sem disciplina e da omissão de pais e mães que colocam filhos no mundo mas não se importam que eles fiquem nas ruas andando sem rumo.

Os boçais nunca foram tão poderosos. São astros da música e da TV, exibem-se impunes em qualquer lugar, e o pior de tudo é que eles gostam de violência e baderna, o que explica em parte os índices desastrosos de violência urbana deste país.

20 de jan. de 2010

O CAOS NO PARANÁ

A foto é do blog do Fábio Campana. O prédio é o antigo Presídio do Ahú e os ônibus são de um lote que o governo distribuiu pelos municípios, mas só os entregou mediante cerimônia pública agendada para ter a presença do governador. O programa CQC tratou desse assunto há pouco tempo.


A rebelião que ocorreu no Presídio Central do Estado do Paraná em Piraquara, foi causada porque o governador impediu que os agentes penitenciários usassem armas de fogo, determinando para sua mansa e obediente bancada na Assembléia Legislativa impedisse qualquer iniciativa nesse sentido.


Além disso, o governador determinou que a guarnição da PM no local fosse deslocada, em face da dramática falta de pessoal da corporação, que conta hoje com o mesmo número de policiais existentes em 1982 e que já não aguenta mais a carga de trabalho, que beira a desumanidade contra os policiais.


E a rebelião ocorreu e causou prejuízos materiais de grande monta, além, claro, da morte de 6 pessoas.


Agora é preciso remanejar cerca de 300 detentos, e a solução adotada foi a de reativar o antigo Presídio do Ahú, que está fechado desde fins de 2006, pois seu terreno foi reservado para a construção do novo Centro Judiciário de Curitiba, cujas obras o governador prometeu iniciar em janeiro de 2007, mas sem colocar até hoje sequer um prego no local, que foi usado para esconder alguns ônibus que o governo deveria repassar para municípios, mas não o fazia antes que as cidades organizassem festejos públicos para a recepção delas com a presença do senhor governador.


Para quem não sabe, Curitiba não tem fórum. As varas cíveis e criminais estão espalhadas pela cidade, em locais alugados e pouco adequados para receber o grande público. A solução que foi pensada para esta situação que atravanca o judiciário paranaense, foi usar o imóvel do antigo presídio para construir um fórum adequado para receber as serventias atuais e as ampliações pelos próximos 20 anos. O antigo Presídio do Ahú fica em bairro nobre da capital paranaense, ao lado da sede estadual da Justiça Federal, em meio a um complexo de ruas e avenidas capazes de suportar o grande tráfego de veículos e pessoas que a nova instalação viria a gerar.


Mas o governador mudou de idéia, pois limitou-se a abrir licitação para o projeto arquitetônico, contratando um que exige a regularização de um lindeiro terreno invadido e sub-judice, desculpa perfeita para paralisar qualquer obra.


Quem acompanha o noticiário sabe que na baderna ocorrida no estádio Couto Pereira em 06 de dezembro não havia policiamento suficiente, mesmo com o reforço requisitado expressamente pela direção do Coritiba Foot Ball Club. Aqui em casa (Rio Branco do Sul), não adianta ligar para o 190, porque ninguém atende e, quando se consegue contato com a PM, é por telefone comum, sendo que os atendimentos são feitos por uma única viatura vinda do município vizinho de Almirante Tamandaré.


E assim é no estado inteiro, enquanto o ocupante do Palácio das Araucárias (porque o Palácio Iguaçú, verdadeira sede do governo, está fechado para obras desde 2007) insiste em dizer que o estado tem a melhor segurança pública do país, o melhor porto, o melhor sistema tributário e, claro, o melhor governante.

23 de out. de 2009

O QUE FAZ A FALTA DE INVESTIMENTO NAS FORÇAS ARMADAS E DEFESA NACIONAL

Do site "DEFESANET":

FUZIS DAS FARC PARA OS MORROS DO RIO

O equipamento, adestramento e manutenção das forças armadas se faz imperioso em qualquer país do mundo, porque elas são as responsáveis pelo controle de fronteiras.

A negligência com que o Brasil sempre encarou isso, facilitou por muitas décadas o trabalho de contrabandistas, que afeta diretamente a receita tributária, com efeitos ainda no fortalecimento da pirataria de produtos e concorrência desleal contra empresários devidamente legalizados.

E, pior, também possibilitou a entrada e saída no país de drogas e seus insumos, bem como de armas a fortalecer vários setores do crime organizado.

Dois fatores fizeram o Brasil acordar para discutir de modo sério a defesa nacional:

a) A discussão sobre a aceitação dos encargos para a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 e consequentemente, a assunção da obrigação de combater seus altíssimos índices de violência urbana, especialmente no Rio de Janeiro, mas não muito menores em São Paulo, ou mesmo em cidades mais calmas, como Curitiba e Porto Alegre.

b) A constatação de que precisa proteger as muitas riquezas nacionais, tais como os estoques de água potável, a biodiversidade, os minérios e, claro, seu petróleo, com o reforço decorrente em razão do início da produção na camada Pré-Sal (já que a descoberta se deu há bastante tempo, muito antes do atual governo).

E agora está constatando o grave erro que foi negligenciar as forças armadas por tanto tempo. Apenas recentemente, com o advento da Lei do Abate com a patrulha aérea pelos aviões modelo Super Tucano da Embraer, e pela tímida revisão da estrutura de pelotões de fronteira, o sistema SIVAM passou a ser efetivo em termos de controle na amazônia, mas de modo ainda incipiente, pois que ainda existe muito contingenciamento de recursos orçamentários para a pasta de Defesa.

No entanto, a notícia acima é sintomática do tamanho do problema que o país tem que enfrentar, o que passa por aumentar o número de militares bem armados nas fronteiras, além de dotar a FAB e a Marinha de aeronaves e navios adequados à enorme tarefa.

Nas últimas décadas, houve completo abandono de políticas de defesa do país. Boa parte dos aviões da FAB está não-operacional. A Marinha tem 30% menos navios que há 15 anos e a maior parte da esquadra terá que ser desativada na próxima década. E o Exército sofre com a obsolescência de seus veículos blindados e até com a falta de fuzis modernos, pois o pádrão ainda é o FAL, uitilizado desde a década de 60.

Por isso o crime organizado é poderoso no país. Por mais esforços empreendidos pelas polícias, elas precisam licitar os equipamentos que adquirem, enquanto a bandidagem simplesmente consegue os que precisa no mercado negro, importando-os pelas fronteira ainda mal guarnecidas, mesmo com todo o esforço dos militares brasileiros, que dispendem muito tempo e pessoal em programas como o FX-2, que simplesmente só geram papelório e raramente chegam a uma solução final.

O investimento em defesa pode parecer caro e ao mesmo tempo é antipático na exata medida em que implica na compra de armas. Mas no médio prazo ele se paga e gera até dividendos, basta pensar nos custos menores de combate ao crime organizado (sob a premissa de que ele teria bem menos insumos e equipamentos à sua disposição), no aumento da arrecadação tributária pela diminuição do contrabando e do descaminho e mesmo com a aquisição e desenvolvimento pelo país, de tecnologia em programas militares, capaz de gerar produtos de exportação até mesmo na área civil

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...