Osmar Dias negociou com o "ying" e o "yang", ou seja, antes da formação do chapão que ele encabeça como candidato ao governo, flertou com os tucanos de José Serra e Beto Richa e chegou a aventar uma candidatura ao Senado para que seu irmão, Álvaro, fosse vice na chapa do ex-governador de São Paulo para a presidência.
Mas ele mudou de idéia.
Orlando Pessutti, atual governador, dizia até dez dias atrás que seria candidato ao Palácio Iguaçú e que isso não estava em negociação.
Mas ele também mudou de idéia.
Quando governador, o Sr. Requião dizia apoiar a candidatura de Pessutti para sua sucessão. Saindo do governo,Requião desentendeu-se com Pessutti e passou a trabalhar contra. Chegou a insinuar que apoiaria José Serra e Beto Richa, flertou com os tucanos pelo medo de enfrentar Osmar Dias, Gleisi Hoffmann e Gustavo Fruet e eventualmente perder a vaga que tem como sua no Senado.
Ele mudou de idéia um par de vezes, se o leitor quer saber.
Daí vieram as primeiras pesquisas com Dilma Roussef declarada candidata e ela passou José Serra e todo mundo que supostamente fazia parte da "base aliada" do governo Lula mas flertava com os tucanos, mudou de idéia e resolveu aderir de corpo e alma à candidata do presidente antes que a popularidade de Lula lhes prejudicasse a eleição.
E depois de muitas idas e vindas, chegou-se na seguinte equação:
Convenceram Pessutti de que ele não teria chances de eleição para o governo. Ele abdicou do pleito, vai apoiar Dias e Gleise, mas não ajudará Requião de jeito nenhum. Juntaram na mesma chapa o arrependido Requião e seus desafetos Gleisi Hoffmann (com seu marido Paulo Bernardo, que mantém ação de danos morais contra o ex-governador) e Osmar Dias (tratado por Requião como um bandido, por ter perdido a eleição passada por apenas 10 mil votos), sendo que Gleisi vai apoiar Osmar, sendo que os dois não querem aproximação senão protocolar com Requião. E todo mundo apoiando Dilma, por mais que Requião e Osmar Dias não estejam muito contentes nem muito seguros dessa opção, vez que antes, aventaram subir ao palanque de José Serra.
Uma chapa tão heterogênea que coloca todos em dúvida sobre sua viabilidade. Hoje, Requião é favorito para o Senado, mas seus seguidos chiliques não o garantem em Brasília em 2011. Osmar Dias também não emplacou ainda, mesmo sendo apoiado por Gleisi e mais ou menos apoiado por Requião. Por enquanto a única pessoa mais ou menos tranquila é Gleisi Hoffmann, que disputa a segunda vaga do Senado com o (ótimo parlamentar) Gustavo Fruet, por ser a candidata ao Senado chancelada pelo presidente Lula. Mas nesse contexto, nada impede que ela seja a primeira colocada na eleição e Requião tenha que disputar a segunda vaga com Fruet, vez que hoje os tucanos estão na dianteira na eleição para o governo e isso pode ter efeitos no pleito para o Senado.
Todos eles apostam na popularidade de Lula para se garantir, mas apenas Gleisi tem dedicação sincera em favor de Dilma Roussef.
Mas ele mudou de idéia.
Orlando Pessutti, atual governador, dizia até dez dias atrás que seria candidato ao Palácio Iguaçú e que isso não estava em negociação.
Mas ele também mudou de idéia.
Quando governador, o Sr. Requião dizia apoiar a candidatura de Pessutti para sua sucessão. Saindo do governo,Requião desentendeu-se com Pessutti e passou a trabalhar contra. Chegou a insinuar que apoiaria José Serra e Beto Richa, flertou com os tucanos pelo medo de enfrentar Osmar Dias, Gleisi Hoffmann e Gustavo Fruet e eventualmente perder a vaga que tem como sua no Senado.
Ele mudou de idéia um par de vezes, se o leitor quer saber.
Daí vieram as primeiras pesquisas com Dilma Roussef declarada candidata e ela passou José Serra e todo mundo que supostamente fazia parte da "base aliada" do governo Lula mas flertava com os tucanos, mudou de idéia e resolveu aderir de corpo e alma à candidata do presidente antes que a popularidade de Lula lhes prejudicasse a eleição.
E depois de muitas idas e vindas, chegou-se na seguinte equação:
Convenceram Pessutti de que ele não teria chances de eleição para o governo. Ele abdicou do pleito, vai apoiar Dias e Gleise, mas não ajudará Requião de jeito nenhum. Juntaram na mesma chapa o arrependido Requião e seus desafetos Gleisi Hoffmann (com seu marido Paulo Bernardo, que mantém ação de danos morais contra o ex-governador) e Osmar Dias (tratado por Requião como um bandido, por ter perdido a eleição passada por apenas 10 mil votos), sendo que Gleisi vai apoiar Osmar, sendo que os dois não querem aproximação senão protocolar com Requião. E todo mundo apoiando Dilma, por mais que Requião e Osmar Dias não estejam muito contentes nem muito seguros dessa opção, vez que antes, aventaram subir ao palanque de José Serra.
Uma chapa tão heterogênea que coloca todos em dúvida sobre sua viabilidade. Hoje, Requião é favorito para o Senado, mas seus seguidos chiliques não o garantem em Brasília em 2011. Osmar Dias também não emplacou ainda, mesmo sendo apoiado por Gleisi e mais ou menos apoiado por Requião. Por enquanto a única pessoa mais ou menos tranquila é Gleisi Hoffmann, que disputa a segunda vaga do Senado com o (ótimo parlamentar) Gustavo Fruet, por ser a candidata ao Senado chancelada pelo presidente Lula. Mas nesse contexto, nada impede que ela seja a primeira colocada na eleição e Requião tenha que disputar a segunda vaga com Fruet, vez que hoje os tucanos estão na dianteira na eleição para o governo e isso pode ter efeitos no pleito para o Senado.
Todos eles apostam na popularidade de Lula para se garantir, mas apenas Gleisi tem dedicação sincera em favor de Dilma Roussef.
Boa análise. É exatamente aquilo que eu imaginava. Alguns 'jogadores' desta empreitada tentam garantir o seu pescoço e vez ou outra deixam uma porta aberta na oposição. A popularidade do presidente Lula afetaria nas eleições aquele que estivesse contra o governo. Eles pensam: "É arriscado queimar nossa imagem!"
ResponderExcluirA solução então seria conhecer os números da pesquisa (embora pesquisas não querem dizer muito sobre o 'definitivo', mas serve como espelho). Aqui em PE já foi assim e só está diferente agora porque o candidato da oposição, Jarbas Vasconcelos (sem nenhum cenário para especular), praticamente está sem discurso. Sem entrada e sem saida. Com 86% de aprovação ao governo e 95% de aprovação ao desempenho do presidente Lula pelos pernambucanos, a oposição por aqui anda cada vez mais... calada.
Neto,
ResponderExcluirAqui no PR esse estado de coisas fortaleceu a oposição.
essa "movimentação" toda só me fez lembrar da nossa cultura [estadual], pacata e acomodada, "deixa como está para ver como fica, não que eu goste assim mas não mude senão não vou aceitar"...
ResponderExcluirExceto se inventarem [mais] alguma coisa contra o Requião, só tem uma vaga pro Senado. Acredito que o Fruet só está "fazendo o nome" para ser o prefeito em 2012...
Tony,
ResponderExcluirInfelimente vc tem razão sobre as vagas para o Senado... mas eu vou trabalhar para que o ex-governador seja varrido do mapa!
...Nem que eu perca!
Os políticos paranaenses, nos dois meses que antecederam a "formação de alianças" deram o melhor exemplo, didático até, do que é a política.
ResponderExcluirA análise resumida que vc fez pode ser desenvolvida e gerar uma tese ou estudo para sociólogos.
Enquanto os políticos paranaenses estavam muito ocupados batendo cunhas,uma grande verba federal para aeroportos deixou o aeroporto dos paranaenses com centavos e isso mostra o exato tamanho do Paraná em Brasília representando o real trabalho dos políticos...