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6 de out. de 2015

PODÍAMOS APRENDER ALGUMA COISA COM A ARGENTINA



Na Argentina, faltam pouco menos de 20 dias para as eleições gerais.

Estive lá este fim de semana e não vi muitos muros pichados, cheios de cartazes ou pintados com nome e número de candidatos. Nem derrame de santinhos no chão por toda a parte, muito menos militantes com bandeiras e faixas de partidos e candidatos nas esquinas. Nos carros, não vi adesivos, não havia aparelhos de som com músicas de campanha. Cartazes oficiais, apenas em lugares pré-determinados e "out-doors" e mesmo assim, raros de serem vistos.

Na TV, os candidatos se apresentavam em propagandas de 30 segundos, a maioria delas propositivas, sem ataques pessoais e principalmente, sem insinuações de que alguém vai retirar programas sociais ou entregar o país aos interesses dos bancos. O candidato do governo, Daniel Scioli, alegava que não se pode melhorar o país descartando o que já foi feito, os demais candidatos apresentavam suas propostas, tais como programas de geração de emprego (Maurício Macri), de segurança (Adolfo Rodrigues Saa) e combate à corrupção (Margarita Stolbizer). 

Nas TV(s), o primeiro debate presidencial da história do país aconteceu sem o candidato governista, que foi bastante criticado já que é líder das pesquisas, embora as discussões tenham sido sobre pobreza, corrupção e economia. Assisti alguns trechos, prestei atenção nos comentários e notei pouquíssima chicana com acusações e ironias, embora se note claramente que Scioli é um governista tímido que mantém certa distância de Cristina Kirchner, esta pesadamente acusada de usar cadeia nacional de rádio e TV para, nas entrelinhas, alavancar a campanha do seu filho ao Congresso Nacional.

Aliás, os argentinos com quem conversei pareciam estar de saco cheio com Cristina. 10 anos de poder, mais 5 anos de Nestor Kirchner, parecem pesar sobre a imagem da presidente, que é acusada de ser irascível, não dialogar com ninguém (havia grupos indígenas acampados no centro da cidade "aguardando" audiência com ela há 3 anos, e os jornais especulavam que Scioli já preparava uma comitiva para dialogar com os fundos "abutres", que discutem judicialmente a dívida pública do país, cujos bens no exterior tem sofrido restrições, mas com quem Cristina não aceita sequer aventar aproximação), tomar decisões unilaterais e exagerar nas mordomias, sem contar a ostentação que é o "Centro Cultural Nestor Kirchner", um prédio imenso e luxuoso nas cercanias da Casa Rosada, ainda em construção, onde ela trabalhará após entregar o cargo.

O país tem problemas parecidos com os do Brasil. Há inflação e pobreza, há corrupção, há excesso de regramento sobre os cidadãos, há imensas demandas sociais, há um debate intenso sobre a necessidade de educar. No entanto, nota-se que os prédios públicos não são fortalezas de luxo e riqueza como visto no Brasil, sem contar que, à exceção da Casa Rosada, há pouquíssimas barreiras entre o cidadão e o acesso à eles, o que é surpreendente, já que por aqui, delimita-se até a distância com a que se pode chegar perto de certos palácios.

Me chamou a atenção o clima de absoluta tranquilidade numa campanha eleitoral aparentemente civilizada. Não que a Argentina seja um grande exemplo. Provavelmente nas demais províncias e cidades há campanhas mais acirradas, coronelismo, e mesmo militantes mais radicais e engajados. Mas me pareceu que o processo político de lá é bem mais calmo, não existe uma polarização tão intensa a ponto de eleições virarem verdadeiras guerras como acontece aqui, onde o debate gira em torno do fim do país se candidato "a" ou "b" vencer ou perder. Me pareceu que lá, as eleições são apenas uma rotina a ser seguida.

E penso que isso seja reflexo da cultura dos argentinos. Os jornais de Buenos Aires são ótimos, suas coberturas de política nacional e internacional, cultura e esportes são abrangentes, os textos são muitas vezes longos e bem feitos para quem tem prazer na leitura. A cidade detém com orgulho o título de lugar com mais livrarias no mundo (mais de 400) e entrando nelas, são dezenas de títulos sobre história e política, tanto recente quanto contemporânea, obras acusatórias contra os governos e biografias políticas. Os livros de pintar, de auto-ajuda, de vampiros e de sado-masoquismo light se fazem presentes, mas não nas estantes principais das lojas. 

Enfim, pode ser apenas uma impressão minha, já que não fiquei muito tempo lá... mas os argentinos me pareceram politicamente muito mais civilizados que nós, brasileiros.

27 de nov. de 2009

CADERNOS DE VIAGEM- 15

Na mesma viagem em que fui (a trabalho) para Antonina, dei uma passadinha em Morretes, cidade vizinha, ribeirinha do rio Nhundiaquara e famosa pelo barreado (prato típico paranaense, talvez o único).

O rio Nhundiaquara é limpo e cristalino (milagre!) e nele se pode praticar o esporte de descê-lo de bóia (na verdade, câmaras de pneus de caminhão ou trator alugadas por ali), coisa que eu fiz quando era adolescente, o que quase me valeu uma insolação porque, não muito inteligente, esqueci o protetor solar!

Mas é um lindo lugar. As ruas, as praças os monumentos históricos e a arquitetura colonial são bem cuidados e há bons restaurantes.

A cidade depende do turismo e por isso, o visitante é bem recebido, existindo muitas lojas de lembranças e algumas pousadas bem rústicas mas aconchegantes.

Além disso, o acesso pode ser feito por outro ponto turístico, a Estrada da Graciosa, que foi construída ainda no império com paralelepípedos, que um dia desses eu mostrarei aqui.

Para quem vier à Curitiba, é um passeio bonito e rápido, porque leva uma hora e meia para descer em meio à natureza da Graciosa, e uma hora no máximo para voltar pela BR que liga Curitiba a Paranaguá. O ideal é descer se pressa, almoçar, conhecer e depois voltar, em um dia se faz tudo isso de modo agradável, sendo que ainda dá para visitar Antonina, que é pertinho.








Estas são vistas do centro histórico. Casarões em estilo colonial muito bem cuidados, existindo alguns em recuperação.







Nas fotos acima, o leito do rio a cortar a cidade. Os prédios que aparecem são (ótimos) restaurantes, e o azul também é hotel, um dos mais famosos e antigos do estado do Paraná, embora simples.



Janela de uma das lojas de souvenires, com o perdão da propaganda de cartão de crédito.

TODAS AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA. CLIQUE SOBRE ELAS PARA AMPLIAR. O USO NA INTERNET É LIVRE, CITADA A FONTE.

18 de abr. de 2009

IMAGENS DE CURITIBA - 17

No último dia 29 de março, aniversário da cidade, ocorreu a re-inauguração do antigo prédio da prefeitura municipal, agora denominado Paço da Liberdade.

Um verdadeiro presente que ajuda na revitalização de uma área central importante, que tem recebido investimentos esporádicos ao longo das últimas décadas.

É um lindíssimo prédio em estilo art nouveau, cuja inauguração ocorreu em 1916 na gestão do prefeito Cândido de Abreu. Foi a sede do Executivo municipal até 1969, quando a prefeitura mudou-se para o horroroso palácio onde está até hoje.

Após 1969, passou por períodos de abandono ou fechamento, tendo abrigado por alguns anos o Museu Paranaense.

É situado na Praça Generoso Marques, que é paralela à Rua XV, ambas cortadas pela Rua Barão do Rio Branco.

Sua fachada traseira é voltada para a que antigamente era a Praça do Pelourinho, onde hoje estão instaladas bancas de jornais e floriculturas, em complemento à equipagem da Praça Tiradentes, tudo muito próximo à Catedral Basílica e ao Largo da Ordem, de modo que o leitor que vier a Curitiba já sabe que pode visitar tudo à pé, numa tarde.

Com a saída da prefeitura daquele local e posteriormente, a chegada da linha exclusiva do ônibus expresso, que passou por ali até os anos 90, a região toda, que engloba uma parte da Rua XV, entrou em processo de degradação e mesmo a instalação do Museu Paranaense naquele prédio não foi suficiente para evitar vandalismo ou puro e simples abandono do local.

Na década de 90 a linha do expresso foi transferida para a Rua Presidente Faria que é mais larga e de menor importância histórica. Ao mesmo tempo, foi feita uma pequena reforma no local, que ganhou um ajardinamento com a pintura do seu prédio principal. Pouco antes, ainda, inaugurou-se um pequeno shopping-center que restaurou fachadas dos casarões da família Tacla.

Mesmo assim, a reforma não pegou a a área continuou degradada, inclusive com a pixação inclemente da estátua do Barão de Rio Branco e do próprio paço, que ficou fechado por muitos anos.

A administração municipal chegou a aventar o retorno do gabinete do prefeito para ali, o que foi descartado pelos altos custos e pela dificuldade de operação da proposta, pois o alcaide estaria de um lado da cidade, e a burocracia de outro.

Por fim, o SESC e a Fecomércio resolveram assumir o encargo de restaurá-lo, transformando-o em um centro cultural, o que foi reforçado com a reforma do prédio histórico do Clube Curitibano pelo Banco J. Malucelli, que é ali pertinho.

Aquela área está ganhando novos ares e novamente valorizando. O presente dado à cidade aproveita a todos, pois resgata a Curitiba do passado.


Na primeira foto, a visão noturna da fachada e dos chafarizes.















O detalhe do relógio.












Detalhes da arquitetura.
















A fachada traseira, vista da Praça do Pelourinho, onde existem um chafariz e floricultu- ras.














Vista a partir do pavilhão das floricultu- ras.









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30 de jan. de 2009

CADERNOS DE VIAGEM - 12 - LAPA



Lapa é uma cidade histórica distante 71 Km de Curitiba. Ela estava no antigo caminho dos tropeiros que vinham do sul em direção a São Paulo, Rio e Minas. Em determinado momento foi tão importante quanto Curitiba para a economia do estado. No Paraná, nos referimos à ela como "Terra de Heróis" em virtude do episódio do Cerco da Lapa, ocorrido nos primórdios da República, que eu contarei com mais detalhes em 9 de fevereiro próximo, data em que se comemora 115 anos do fato, que é motivo de orgulho de todos os paranaenses, mas, claro, especialmente dos lapeanos.

É um lindo lugar com seus casarões impecavelmente preservados, a igreja antiga, ruas limpíssimas, monumentos e museus que contam sua rica história ao mesmo tempo em que promovem o orgulho das pessoas dali pelo heroísmo de seus antepassados.

Vou mostrar mais da cidade, mas hoje vou tratar apenas do Theatro São João.

Ao chegar ao teatro, fomos recebidos pela curadora, Nádia Burda, que nos mostrou as dependências e contou a história do prédio, que foi levantado por seu tatataravô, Francisco Terezio Porto Neto.

No entanto, não se sabe ao certo quando o prédio foi levantado. A inscrição mais antiga que se conhece, está numa tábua de arremate de um dos camarotes, com a data de 9 de maio de 1876.


Dizem os lapeanos que o Theatro São João não tem similar no mundo, porque a arquitetura do espaço da platéia forma uma espécie de ferradura cuja abertura é o palco, traços que se repetem nos camarotes, tudo em estilo que remete aos teatros Elizabetanos onde William Shakespeare criou o o teatro moderno.



Por outro lado, o palco é em estilo italiano, com grande espaço para as coxias e a fachada em neo-clássico.





No guia LAPA. MEMÓRIA VIVA, distribuído pela prefeitura municipal da cidade, o teatro é descrito assim:

"Um dos poucos teatros brasileiros construídos no estilo neo-clássico italiano, foi inaugurado em 1876 como sede da Associação Literária Lapeana e Biblioteca. Foi visitado por D.Pedro II em 1880. Foi convertido em enfermaria durante o Cerco da Lapa, nessa época bastante avariado pelas balas de canhões das tropas que assediavam a cidade.Tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional".


















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1 de nov. de 2008

CADERNOS DE VIAGEM 11 - FLORIANÓPOLIS

Fiz esta viagem no ano passado, acompanhando o Coxa naquele esforço concentrado para fazê-lo voltar para a Série A do Brasileirão. As fotos ficaram aqui e acabei esquecendo de postá-las, até porque, mostrei outros lugares da Santa e Bela Catarina para os leitores.

Hoje, faço justiça para mostrar o centro da belíssima capital dos catarinenses, alertando que é apenas um gostinho para o leitor, visto que, para mostrar só os pontos turísticos mais legais da cidade, eu teria que fazer uma série Imagens de Florianópolis, coisa que, infelizmente, não posso, por não morar próximo de lá.

Não há como dissociar Florianópolis da Ponte Hercílio Luz que, nos dias claros, compõe uma imagem sensacional para quem vem pela BR-101.

Pena que no dia em que cheguei chovia a cântaros, de modo que mostro uma do dia seguinte, um sábado ensolarado. Para decepção de quem chega, a ponte está fechada à visitação e a praça de onde tirei a foto está abandonada, aguardando a restauração de todo o complexo. Mesmo assim, a paisagem é linda.

A ponte é onipresente no centro da cidade, é avistada de vários lugares, em meio à confusão urbana natural de uma grande metrópole. Esta foto foi tirada do centro, próximo ao mercado municipal e demonstra o que quero dizer.





Ao entrar na ilha há um complexo de grandes avenidas que levam ao sul e ao norte. Ao norte, a avenida é ladeada pelo mar e por grandes parques urbanos (inclusive uma preser- vação de mangue) de uso da população. Do outro lado, prédios de altíssimo padrão e bela arquitetura tanto residenciais quanto comerciais, shopping centers, restaurantes e lojas. Esta foto foi tirada do estacionamento do Shopping da Figueira.

No centro histórico, cujo marco zero é a Praça da Figueira, há um calçadão com prédios antigos e com o Mercado Municipal. Uma área que une comércio, tradições locais e artes em sábados ensolarados como aquele.

Este é o mercado municipal, encravado na parte central da cidade, ponto de atividades culturais, além do próprio comércio.

E esta, é a Figueira que dá nome à praça da matriz que eu também não fotografei, por estar em reformas.

Florianó- polis ainda tem dezenas, se não centenas de pontos turísticos lindíssimos. Conheço alguns mas não tenho fotos de todos eles, ainda tenho material para mais uma postagem sobre a capital catarinense, prometo trazê-las aqui.

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29 de out. de 2008

OPÇÃO PELOS MAIS POBRES



O bolivariano governador Roberto Requião, o mesmo que arranjou secretarias para manter empregados esposa e irmão mais velho, e mexeu os pauzinhos para eleger o irmão caçula, Maurício, para o cargo de conselheiro vitalício do Tribunal de Contas, resolveu fazer um "tour" por Dubai.

Lá, acompanhado de comitiva, ele se hospedará no hotel mais luxuoso do mundo (veja a foto) onde, consta, há torneiras de ouro e marfim, muito mármore e granito e muito requinte no serviço de quartos.

Provavelmente ele vai lá, tocado pelas asneiras da Carta de Puebla, discursar para bilionários defendendo sua "opção pelos mais pobres".

Até nisso ele é irônico.

Off topic (ou quase!): Leia AQUI, algo interessante sobre quem foi prefeito de verdade e governador de verdade (apesar de não ser santo), que não se deixou levar por panacéias esquerdofrênicas.

20 de set. de 2008

CADERNOS DE VIAGEM - 10 - GUARATUBA

O litoral do Paraná é pequeno e carente de belezas em seus balneários. Em verdade, a maior parte da costa paranaense é área portuária de Paranaguá, ou de preservação ambiental como em Guaraqueçaba. Por tais razões, sequer o trecho da BR-101 existe no estado. Assim, pouco se fala de praias paranaenses, até porque elas são ruins do ponto de vista da estrutura turística, embora ótimas se o quesito for de praias, pois têm grandes faixas de areia e águas relativamente calmas.

Mas Guaratuba é exceção. É uma cidade bonita e agradável, com atrações para os turistas e uma estrutura hoteleira que, se nem próxima da que existe em Santa Catarina, ainda assim é a melhor do Paraná.

Claro que há defeitos sérios, tais como as ligações de esgoto que, justiça seja feita, têm sido alvo de fiscalização apurada do Instituto Ambiental do Paraná, mas que ainda causam vexatórios relatórios de balneabilidade, se bem que não diferentes de nenhuma outra costa no Brasil.

E é aqui pertinho, menos de uma hora de Curitiba, ou pela BR 277 passando pelo "ferry-boat" ou pela BR 376/101, à qual se chega por via rodoviária, passando por Garuva/SC.

Bem no centro histórico da cidade, a Igreja do Divino Espírito Santo.

Na mesma praça em que se encontra a igreja, há uma espécie de beco, entrada para o Porto Píer/Porto Deck, que é um conjunto de barzinhos voltados para a baía de Guaratuba, cuja vista é bonita ao entardecer.


Do mesmo lugar, parte esta escuna, que faz um passeio pela baía, que é área de preserva- ção ambiental. Consta que numa ilhota no meio dela, existe um ótimo restaurante só acessável com esta embarcação.

Vista da baía ao pôr do sol.

Vista da orla, a partir do Morro do Cristo, que é uma área um pouco degradada pelo excesso de farofeiros que se instalam por ali. Mesmo assim, vista bonita.

Esta é a marina do Iate Clube, para onde há um bar voltado, anexo a um bom restaurante que também dá vista para a baía.

Por fim, a vista do morro do Cristo.

PS: Clique nas fotos para aumentá-las.

Uso livre na internet, citada a fonte.

18 de jul. de 2008

CADERNOS DE VIAGEM - 9 (Serra Gaúcha - VII)

Hoje encerro a série sobre a Serra Gaúcha, que fiquei devendo semana passada.

MUSEU DO AUTOMÓVEL

Na estrada que liga Gramado a Canela, há algumas atrações temáticas. É uma pena que não tive a oportunidade de conhecer o Mundo Vapor, porque simplesmente acabou o tempo.

Mas não deixei de visitar o Museu do Automóvel.

A entrada é decorada lembrando o Rei Elvis Presley, cujas músicas são tocadas dentro do museu, que conta com um exemplar de "Cadillac Coupe Deville", o carro eleito por Sua Majestade do Rock.

São dezenas de automó- veis e motocicle- tas clássicos, além de objetos, como bombas de combustível, "jukebox" e motores. Não vou postar imagens de muitos veículos, muito menos do carro do Rei, por duas razões: 1. Minha máquina não é muito boa em captar o brilho de objetos em espaço fechado (e aqueles veículos pareciam estar ali à venda, zero quilômetro!) e, 2. minha máquina fez greve, e todas as baterias arriaram lá dentro. Mas fique o leitor com duas jóias raras:

Cadillac 193O, Coupè Cabriolet.

O veículo mais antigo do acervo, motocicleta Harley Davidson Peashooter 255cc, 1926.






GRAMADO

Infelizmente, tudo o que é bom, dura pouco, e esta série se encerra aqui. Deixo algumas imagens urbanas de Gramado que, tal como Canela, é lindamente ajardinada, limpa e com uma lindíssima arquitetura em motivos europeus. Pelas ruas notam-se detalhes especiais como a calçada da fama do Festival de Cinema, esculturas, estátuas e mobiliário urbano todo próprio do lugar. Gramado é linda por si própria, nem precisaria das muitas atrações que possui.



Vista do Lago Negro, parque lindo, de acesso gratuito e, portanto, ponto de encontro dos Gramaden- ses.


Praça e Chafariz que existem na saída para Porto Alegre, num fim de tarde ensolarada.

Vista da cidade.













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USO LIVRE NA INTERNET, CITADA A FONTE.

5 de jul. de 2008

CADERNOS DE VIAGEM - 8 (Serra Gaúcha - VI)

A própria cidade de Gramado é uma atração, com sua arquitetura em motivos alemães e suiços, lojas simplesmente espetaculares de móveis, bons restaurantes, bares e passeios bem cuidados, o que eu vou mostrar no próximo, e último, capítulo desta série.

Mas para reforçar a vocação turística, Gramado ainda conta com atrações temáticas.

O Mini Mundo foi criado como atração de um hotel próximo a ele (aliás, um lindo hotel). É um conjunto de maquetes extremamente fiéis de prédios históricos do mundo inteiro. Quem curte arquitetura (como eu) certamente fica impressionado com a riqueza e perfeição dos detalhes. É como viajar pelo mundo em alguns passos.

Castelo de Neuchwan- stein, Baviera, Alemanha.

Esta foto foi tirada próximo ao solo, da maquete que representa uma pequena cidade alemã. À primeira vista, se você não notar a pessoa ao fundo, pode pensar que a foto é de um lugar de verdade.

Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto.

Usina do Gasômetro, Porto Alegre.

O Mini Mundo ainda conta com uma linda loja de souvenires, café e parque infantil. É uma atração imperdível, que está sempre em desenvolvimento, já era possível notar que preparavam novos espaços.

O Museu do Piano, em verdade, é uma loja da empresa Person Pianos, dedicada à restauração, compra e venda destes belíssimos instrumentos musicais. Na loja, há pequeno espaço para recitais corretamente denominado "Sala Mozart", alguns pianos à venda e outros que estão lá pelo prazer que seus proprietários sentem em mostrá-los às pessoas. A família Person conserva esta loja em Gramado, mas suas atividades econômicas estão principalmente em Porto Alegre.

A fachada.




Estas fotos são de uma pianola marca Kohler & Campbell, fabricada em Nova York em 1917, que funciona com pedal tal qual uma antiga máquina de costura. Seu rolo de composição, certamente é um dos primeiros "softwares" produzidos pelo homem.


Lindo, e raríssimo piano de cauda branco marca Plattner, que o senhor Person não deixa ninguém tocar.














A Aldeia do Papai Noel em verdade, é uma chácara de propriedade da família Knorr (a mesma que criou os caldos culinários com o mesmo nome). Consta que o casal de patriarcas viveu a maior parte de sua vida ali e, em determinado momento, a senhora Knorr já não podia mais se locomover, senão com cadeira de rodas. Então, seu marido resolveu dotar o lugar com passeios que facilitavam ao máximo o uso da cadeira. Não sou muito bom para escrever sobre fatos assim, mas nada mais é que uma linda história de amor e dedicação à companheira.

Quando os Knorr faleceram, o Grupo Varig adquiriu a área e a transformou num parque temático de Natal, onde, inclusive, há visitas periódicas de crianças carentes convidadas no Brasil inteiro pra conhecer a casa do bom velhinho no Brasil.

Esta é a entrada.

Esta é a Pirâmide de Natal. Trata-se de uma tradição alemã. Ela é feita para ser giratória e, ao girar, irradia bons sentimentos e espanta as calamidades. Dizem que foi essa tradição que deu origem às árvores de Natal.



Casa de Papai Noel, que em verdade, foi a residência dos Knorr. Todo o mobiliário dela é o que foi deixado pela tradicional família gramadense, com a decoração adequada à representação do Natal. É emocionante entrar ali, porque a decoração nos faz voltar à infância e em acreditar no bom velhinho. No interior dela é difícil fotografar, porque o flash é proibido, por isso, vou deixar apenas uma imagem do escritório do Papai Noel. Notem a antiga máquina de escrever e as cartas no chão.

A Aldeia ainda conta com um espaço para a exibição do vídeo que conta a sua história, renas de verdade, um quiosque dos desejos, mirantes para as vistas estonteantes da região à volta, passeios de charrete e até um espaço onde se pode experimentar a sensação da neve.

CLIQUE SOBRE AS FOTOS PARA AMPLIAR.
USO LIVRE NA INTERNET, CITADA A FONTE.


Na próxima semana eu encerro esta série com imagens urbanas de Gramado e alguma coisa sobre o Museu do Automóvel.

PS: As séries CADERNOS DE VIAGEM e IMAGENS DE CURITIBA vão compor uma nova página na internet, para que os leitores tenham as visitas facilitadas para revê-las. Imagens de Curitiba voltará após o fim desta série da SERRA GAÚCHA.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...