22 de fev. de 2012
CADERNOS DE VIAGEM - 16 - APARECIDA/SP
11 de dez. de 2010
IMAGENS DE CURITIBA - 22
O Palácio Avenida era para ser o primeiro "arranha-céu" de Curitiba, projetado por Valentim de Freitas, Bernardino Assumpção Oliveira e Bortolo Bergonse. Na verdade, era primeira construção em 4 pavimentos a ser levantada pelo comerciante Feres Mehry. Mas o destino quis que isso não fosse possível, porque na mesma quadra e na mesma época, começaram a erguer o Edifício Moreira Garcez que, até para vencer a competição, adicionou mais dois pavimentos ao projeto original e firmou-se com o título de primeiro espigão de Curitiba, embora perca disparado em charme e beleza.
Foi um prédio comercial por muitos anos, abrigou um dos cinemas mais tradicionais da cidade, era um verdadeiro "shopping center" num tempo em que ninguém sabia o que era isso. Depois foi decaindo, os donos foram morrendo e o prédio definhando. Um dia, foi comprado por um dos bancos de Avelino Vieira, que acabaram por formar o depois gigante Banco Bamerindus do Brasil, uma das marcas mais importantes da história econômica do Paraná.
Mesmo assim, o prédio ficou muitos anos abandonado no centro de Curitiba, em razão de problemas com locatários e mesmo com alvarás de construção. Um dia, porém, o Bamerindus solucionou tudo e restaurou o prédio belíssimo, que então estava esquecido pelos curitibanos que viam na Rua XV aquele esqueleto imponente do que havia sido um dos símbolos da cidade.
Em março de 1991, o Bamerindus reinaugurou o prédio, do qual tinha preservado apenas a lindíssima fachada, e que passou a ser uma das sedes administrativas do grupo. E naquele Natal, por idéia de Maria Christina de Andrade Vieira, herdeira do fundador Avelino, iniciou-se a tradição de festejar o Natal aproveitando a arquitetura lindíssima e os corais infantis da cidade, o que sobreviveu até à extinção do grupo Bamerindus, cujo banco foi incorporado pelo HSBC numa operação financeira polêmica quando do PROER.
E virou marca registrada da cidade a festejar os Natais a cada ano com um novo tema e uma nova surpresa, como os papais-noéis gigantes que sentavam sobre a fachada, os anjos que voavam de um lado a outro da rua, os shows de luzes e até mestres de cerimônia como o inesquecível e genial Paulo Autran.
Em 2010, o HSBC e os curitibanos estão festejando os 20 anos dessa aventura natalina que atrai turistas do mundo inteiro, e que ficam maravilhados com a simplicidade, mas alta carga emocional do espetáculo. É difícil, muito difícil, não se emocionar, eu mesmo fiquei às lágrimas pelo menos quatro vezes enquanto tirava estas fotos.
Coloco aqui hoje, algumas imagens da mais bela festa de Natal da bela Curitiba que abriga o lindo Palácio Avenida de histórias, tradição e sentimentos tão generosos.
Uma das muitas colorações que a fachada assume no show de luzes.
Detalhe da iluminação.
Detalhe do show de fogos. A fachada decorada, vista da rua XV.
TODAS AS FOTOS SÃO DA MINHA AUTORIA, O USO NA INTERNET É LIVRE DESDE QUE CITADA A FONTE.CLIQUE SOBRE AS IMAGENS PARA AMPLIÁ-LAS
Devo lembrar que "HSBC", "Natal HSBC" e mesmo "Palácio Avenida" são marcas de propriedade do HSBC Bank Brasil S/A, de modo que não é aconselhável o uso comercial destas imagens, por possibilidade de crime de contrafação.
28 de mar. de 2010
IMAGENS DE CURITIBA - 21
Esta é uma vista geral do Largo da Ordem em domingo de feira. Compare com as fotos que tirei em um dia comum de semana, que estão aqui.
Se você vier e só tiver a manhã de um domingo para visitá-la, é o melhor lugar. Ali você encontrará monumentos, história, artesanato, souverines, antiguidades, livros novos e usados, comidas típicas, religião, arquitetura e arte. E verá todos os tipos de curitibano por entre corredores apertados e apinhados de gente entre prédios antigos que abrigam antiquários, galerias de artes e sofisticadas lojas de decoração.
Naquelas poucas quadras é possível visitar as tradicionais igrejas da Ordem e do Rosário, o templo Presbiteriano e a Mesquita da cidade. Também o Memorial da Cidade (teatro e centro de exposições), o Museu Paranaense (que preserva a história do estado e lindíssimas obras de arte), a antiga Caixa D'água de singela arquitetura, o Palácio São Francisco que já foi sede do governo estadual e do Tribunal Regional do Trabalho e monumentos, como o Relógio de Flores, o Chafariz do Cavalo e o obelisco em homenagem a Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, que encerra a Rua Barão do Serro Azul ao lado da Catedral Basílica.
E pode-se experimentar da gastronomia dos muitos imigrantes, ou nas barracas armadas todos os domingos, ou em restaurantes como o do Bar do Alemão ou do Solar do Rosário.
É uma pequena Curitiba que se reúne a cada 7 dias no centro histórico, dando ao turista um espetáculo de artes populares e eruditas, um mini mundo, um pequeno resumo da complexa metrópole de 3 milhões de habitantes.
Com essas imagens homenageio novamente a linda Curitiba, de muitos defeitos e qualidades, mas a minha terra.
A fachada do Palácio São Francisco, lugar da feira reservado aos artistas plásticos que expoem e vendem seus quadros.
Na feirinha se reune um conjunto de chorinho, que dá o toque musical ao lugar. Também há outros músicos que se apresentam ali eventualmente, mas este conjunto é o mais tradicional, aquele que as pessoas param para ouvir.
Visão das barracas de antiguidades e livros antigos.
Todas as fotos são de minha autoria, o uso na internet é livre, citadaa fonte.
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27 de nov. de 2009
CADERNOS DE VIAGEM- 15
O rio Nhundiaquara é limpo e cristalino (milagre!) e nele se pode praticar o esporte de descê-lo de bóia (na verdade, câmaras de pneus de caminhão ou trator alugadas por ali), coisa que eu fiz quando era adolescente, o que quase me valeu uma insolação porque, não muito inteligente, esqueci o protetor solar!
Mas é um lindo lugar. As ruas, as praças os monumentos históricos e a arquitetura colonial são bem cuidados e há bons restaurantes.
A cidade depende do turismo e por isso, o visitante é bem recebido, existindo muitas lojas de lembranças e algumas pousadas bem rústicas mas aconchegantes.
Além disso, o acesso pode ser feito por outro ponto turístico, a Estrada da Graciosa, que foi construída ainda no império com paralelepípedos, que um dia desses eu mostrarei aqui.
Para quem vier à Curitiba, é um passeio bonito e rápido, porque leva uma hora e meia para descer em meio à natureza da Graciosa, e uma hora no máximo para voltar pela BR que liga Curitiba a Paranaguá. O ideal é descer se pressa, almoçar, conhecer e depois voltar, em um dia se faz tudo isso de modo agradável, sendo que ainda dá para visitar Antonina, que é pertinho.
Estas são vistas do centro histórico. Casarões em estilo colonial muito bem cuidados, existindo alguns em recuperação.
Nas fotos acima, o leito do rio a cortar a cidade. Os prédios que aparecem são (ótimos) restaurantes, e o azul também é hotel, um dos mais famosos e antigos do estado do Paraná, embora simples.
Janela de uma das lojas de souvenires, com o perdão da propaganda de cartão de crédito.
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21 de nov. de 2009
CADERNOS DE VIAGEM - 14
Antonina infelizmente é uma cidade em decadência. No passado seu porto chegou a rivalizar em importância com o de Paranaguá, que está na mesma baía. Mas de uns 40 anos para cá, quando as empresas Matarazzo deixaram o empreendimento, o terminal portuário de lá sofre fases freqüentes de inatividade que acabaram por deixar uma estrutura antiquada e pouco viável economicamente. Ainda há um segundo terminal, chamado Ponta do Félix, que ultimamente encontra-se no centro de uma polêmica envolvendo o (péssimo) governador Requião, a Copel e sua fundação de previdência.
Sobraria para o lugar explorar suas belíssimas paisagens, seu centro histórico que apesar de todos os problemas é bem cuidado e a gastronomia. No entanto, o que se nota é um certo ar de abandono. Locais como a "Ponta da Pita" que outrora eram pontos de turismo estão abandonados, e a praça que fica em frente ao pequeno Mercado Municipal também, aguardando a reinauguração do trapiche, que o governo do estado está revitalizando.
Mesmo assim, há belas vistas, bons restaurantes e uma gente simpática, de modo que vale o passeio, razão pela qual deixo aqui algumas fotos do lugar.
As duas fotos acima, são do pequeno mas bonito Mercado Municipal recentemente reformado, quando virou centro de restaurantes e souvenires. A segunda foto é de um restaurante de decoração muito bonita que existe ali. Em volta do mercado há estabelecimentos onde se ode comprar frutos do mar.
Vista dos casarões antigos. Estes, próximos da igreja e da praça central onde existe um coreto e é o lugar dos desfiles de carnaval, recebem o nome de músicas como "Velha Infância", "Casinha da Colina" e "Mania de Você".
Foto do Teatro Municipal, datado de 1906, várias vezes restaurado e que hoje abriga exposições de artistas plásticos locais.
E por fim uma vista que não pode faltar ao se tratar de litoral...
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12 de nov. de 2009
IMAGENS DE CURITIBA - 20
O Restaurante Madalosso é uma instituição curitibana.
Situado no famoso bairro gastronômico de Santa Felicidade, ele é uma espécie de modelo para todos os demais restaurantes dali, a atrair milhões de pessoas do mundo inteiro em sua história de sucesso.
Possui vários salões e está em constante ampliação para atender desde as muitas excursões diárias de turistas até casamentos chiques ou não, formaturas e eventos de naturezas diversas, como jantares de mobilização de candidatos à OAB/PR ou de confraternização de torcedores do Coritiba Foot Ball Club.
Dizem que sua comida é típica italiana, o que não é verdade. A comida servida no Madalosso (e em Santa Felicidade, de modo geral) é comida simples e saborosa dos colonos que vieram desbravar o Paraná: frango frito, risoto, polenta frita, saladas e massas de um modo geral, vinho de colônia para os adultos e suco de uva para as crianças, servidos em jarras.
Tudo delicioso com um sabor próprio difícil de encontrar parecido em qualquer outro lugar mesmo na capital paranaense, onde há outros ótimos restaurantes do mesmo estilo (Don Antonio, Castelo Trevizzo e Veneza, por exemplo).
O cheiro da sua comida é um dos aromas que o visitante sempre associará à Curitiba, porque o Madalosso é o mais curitibano dos restaurantes, é o ponto de encontro entre nós, tímidos habitantes locais e vocês do resto do mundo, que nos visitam e são bem vindos à nossa terra.
O fluxo de pessoas é tão grande, que resolveram criar ao lado uma loja de souvenires com o local para o cafezinho pós-refeição, tudo numa decoração que remete à colonização italiana.
Imagem do chafariz em frente do prédio do cafezinho.
Imagem da entrada principal.
Clique sobre as fotos para ampliá-las.
Todas as imagens são da minha autoria.
O uso na internet é livre, citada a fonte.
12 de set. de 2009
ESTÂNCIA HIDROMINERAL OURO FINO
A captação de água mineral dá-se na fonte, de modo que sua industrialização deve ser no mesmo local. E observando rigorosos requisitos ambientais, ao mesmo tempo a empresa mantém uma área verde lindíssima, bem cuidada e à disposição do público.
Conheci o local quando criança e o visitei recentemente, atestando que pouca coisa mudou, continuando um lindo parque, de mata preservada de Araucárias.
No lugar há churrasqueiras, parques infantis, piscinas de água mineral (geladíssimas mesmo no verão), um pequeno zoológico, trilhas com cachoeiras, um pequeno restaurante e capela, além, claro, de loja dos produtos da empresa.
Todo o parque é decorado com estátuas variadas e mesmo homenagens à santos. O barulho das águas combinado com a área verde remete a uma espiritualidade avançada dos criadores do local.
É um local cuja tranquilidade nos leva à meditação, um presente da família Mocelin, dona da empresa, a quem queira visitar.
Vista do rio e da vegetação.
Tanque das carpas.
Monjolo, tanque das carpas e uma casa típica, das várias que decoram o lugar.
Chafariz e decoração.
Complexo de piscinas de água mineral.
Capela de Nossa Senhora da Luz.
A arara simpática, do pequeno zoológico do local.
O parque está aberto ao público de terça a domingos e feriados. Cobra-se entrada de R$ 15,00 por pessoa, justificada em razão da necessidade de preservação do local, e de ser uma área privada, onde opera uma empresa.
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21 de ago. de 2009
IMAGENS DE CURITIBA - 19
A altura da torre é de 109 metros, com diâmetro de 22,5 metros onde há um elevador. Há 5 andares de serviços técnicos, de acesso exclusivo aos funcionários da empresa telefônica (atualmente a Oi)e o 6º é o mirante, único do Brasil numa torre dessa natureza, com área útil de 329 metros quadrados decorados com mural de Poty Lazarotto, mapas da cidade e banquinhos, para que o visitante aprecie a paisagem.
Está aberta para visitação de terça a domingo das 10 às 19 horas, com entrada de R$ 3,00 por pessoa.
Esta primeira foto foi captada da margem do lago do Parque Barigui.
Esta, é a imagem no sentido contrário, tirada da torre em direção ao lugar de onde tirei a foto anterior. O reflexo é porque a torre é envidraçada, em razão do clima frio e instável da capital paranaense.
Aqui o prédio da EMBRATEL, que também era da Telepar antes da privatização. Atrás, à direita, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
A estufa do Jardim Botânico, ao fundo.
O "olho" do Museu Oscar Niemeyer, imponente em meio a arquitetura de poucos prédios à sua volta.
E por fim, esse paredão de pedra é a margem da Rua Padre Agostinho, que divisa duas áreas distintas de zoneamento. À esquerda de quem vai em direção ao Parque Barigui, é liberada a construção de prédio, à direita, não.
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12 de jun. de 2009
IMAGENS DE CURITIBA - 18
Na verdade, existe um departamento específico da municipalidade para cuidar do assunto, de modo que em todos os bairros as praças recebem trato contínuo, embora o vandalismo seja inclemente por aqui também, fruto da falta de cultura que é geral em todo o Brasil e que leva alguns indivíduos a destruirem o patrimônio de todos protestando contra sua própria desonestidade.
A primeira foto é da praça que existe em frente à base aérea do Bacacheri, onde está sediado o CINDACTA, e na qual está exposto um exemplar do F-8 Gloster Meteor, primeiro avião a jato da FAB, e caça de uma beleza incomum, que os amantes da aviação bem reconhecem.
As duas fotos que seguem, são da Praça do Japão, situada no endereço mais valorizado da capital parana- ense no bairro do Batel. Esta praça foi recentemente revitalizada e nela situa-se o Memorial da Imigração Japonesa, homenagem a mais uma das raças que fizeram de Curitiba uma cidade de muitas culturas.
Uma vista da Praça Nossa Senhora da Salete, que eu já mostrei aqui, e onde situa-se a sede dos 3 poderes do estado do Paraná, além da prefeitura municipal e o fórum com o tribunal do júri.
Nas fotos que seguem, vemos a Praça 19 de Dezembro, popular- mente conhecida como Praça do Homem Nú. Originalmente, o obelisco e as esculturas da foto foram instalados em frente ao Palácio Iguaçú, que foi construído com eles em comemoração ao centenário da emancipação política do estado do Paraná. Mas os tempos eram outros e a feliz escolha do então governador Bento Munhoz da Rocha Neto, que fez questão de estátuas com traços de um casal negro, gerou uma polêmica numa terra então predominantemente branca, mas que com o tempo aprendeu o valor desta raça que também compõe a cultura da cidade. O obelisco e as estátuas foram transferidos de lugar e ganharam ao seu lado um chafariz com um painel do mais curitibano dos artistas, o pintor e escultor Poty Lazarotto. Outra curiosidade sobre essa praça é que o homem nú é Coxa-Branca, e a cada vez que o germânico Coritiba Foot Ball Club é campeão, ele veste a faixa comemorativa.
Por fim, o chafariz da Praça Santos Andrade. Esta praça é o marco do início do calçadão da Rua XV. De um lado dela encontra-se o prédio histórico da UFPR, que tantas boas lembranças traz a este que vos escreve. De outro, o Teatro Guaíra. Uma curiosidade é que, quando passei no vestibular, fui obrigado a tomar banho neste chafariz... coisas de garoto!
No dia 09 de junho de 2007 inaugurei a série Imagens de Curitiba. Portanto, estou comemorando dois anos, 18 postagens, mais de 90 fotos, mais de 300 comentários e milhares de visitas. Piá curitibano e bicho do Paraná, aprendi a amar com devoção esta terra que de tanto acolher muitas raças e culturas nos ensina que os seres humanos são irmãos de mesmo sangue, muitas vezes injustamente separados pelas fronteiras do preconceito e do racismo. Curitiba me ensinou tanto, e me proporcionou tantas conquistas que nunca cansarei de homenageá-la, de modo que esta série continuará indefinidamente a mostrar suas belezas. Agradeço a audiência de todos que passaram aqui para conhecer um pedacinho da minha cidade, convidando-os a visitar este pequeno pedaço da terra brasileira, obrigado e voltem sempre!
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