As estradas federais são de regra péssimas e mal cuidadas, verdadeiros moedores de carne humana, campeãs de acidentes e engarrafamentos, quando não, caso de algumas, de inviabilidade econômica pura e simples.
O Brasil também não têm ferrovias em quantidade e eficiência suficientes para dar conta do escoamento de sua produção agrícola e mineral, mais que isso, muitas ferrovias brasileiras ligam o nada à coisa nenhuma, e muitas vezes, usar a malha para levar determinado produto a um porto, exige que a mercadoria seja descarregada em um lugar e recarregada em outro, a um custo logístico inestimável, que explica (em parte) a falta de competitividade de muitos produtos nacionais, e os preços altíssimos de praticamente tudo que se consome no país, se bem que isso é muito mais uma culpa da carga tributária insana, que financia a incompetência governamental atávica do país.
Já o sistema aeroportuário passou do simplesmente insuficiente. Agora ele encontra-se em situação caótica e desesperadora (principalmente para o usuário), recebendo obras a toque de caixa e sem critério nenhum para ver se o Brasil dá um vexame menor durante a Copa de 2014, porque vexame vai dar, mas a idéia agora é diminuí-lo e atribuir a bagunça à índole do povo brasileiro, pouco afeita a organização.
No ano passado, a INFRAERO tinha 5 bilhões de reais para aplicar em aeroportos, mas não usou nem 30% disto basicamente por não saber como gerir obras e licitações, e não ter competência para administrar os muitos interesses políticos envolvidos na questão dos aeroportos, basta dizer que há aeroportos que não podem ser ampliados porque algum político deixou que se criassem favelas (algumas delas com prédios relativamente altos) em áreas onde deveriam haver pistas, mas foram invadidas.
Dentro desse quadro absurdo, o governo do PT, afeito a delírios ufanistas tão grandes quanto os governos ditatoriais dos anos 60 a 80, resolveu que além dos eventos esportivos que torrariam bilhões do dinheiro público na construção de estádios inúteis, também aposta em pelo menos uma obra faraônica, o trem-bala!
Ao custo mínimo de 21 bilhões e ao máximo imprevisível, porque sabe-se que os estudos geológicos para a obra são insuficientes para defini-lo, o Brasil está embarcando em uma obra cuja previsão de viabilidade exige fantásticos 93% de ocupação, tomando 80% da demanda de passageiros do eixo Rio-SP e por consequência, roubando usuários do transporte aéreo e rodoviário!
O trem-bala nada mais é que um delírio, que vai trasformar-se em um elefante-branco inviável, que talvez não se pagará jamais e que não ficará pronto antes de 2018, isso se tudo, absolutamente tudo, correr sem problemas até lá, e ao custo de um dinheiro que seria melhor aplicado imediatamente na construção e ampliação de aeroportos, ferrovias e rodovias, cujos efeitos de distribuição nacional de renda seriam muito melhores, e com resultados práticos muito mais rápidos e visíveis.
Não é preciso estudar muito, nem entender tanto de logística, para saber que o trem-bala não chegará tão fácil a 93% de ocupação em todas as suas viagens, por mais barato que se apresentar mesmo como alternativa ao transporte já existente. Essa taxa é tão alta que considerá-la é apenas uma jogada para justificar sua construção, desatando números que o povo brasileiro não entende e nem vai entender nunca, pois não lhe será vendido na publicidade oficial uma obra problemática, mas uma obra de primeiro mundo, um tipo de transporte que existe nos países ricos, um bem de consumo para orgulho do povo, não para o progresso dele.
O Brasil também não têm ferrovias em quantidade e eficiência suficientes para dar conta do escoamento de sua produção agrícola e mineral, mais que isso, muitas ferrovias brasileiras ligam o nada à coisa nenhuma, e muitas vezes, usar a malha para levar determinado produto a um porto, exige que a mercadoria seja descarregada em um lugar e recarregada em outro, a um custo logístico inestimável, que explica (em parte) a falta de competitividade de muitos produtos nacionais, e os preços altíssimos de praticamente tudo que se consome no país, se bem que isso é muito mais uma culpa da carga tributária insana, que financia a incompetência governamental atávica do país.
Já o sistema aeroportuário passou do simplesmente insuficiente. Agora ele encontra-se em situação caótica e desesperadora (principalmente para o usuário), recebendo obras a toque de caixa e sem critério nenhum para ver se o Brasil dá um vexame menor durante a Copa de 2014, porque vexame vai dar, mas a idéia agora é diminuí-lo e atribuir a bagunça à índole do povo brasileiro, pouco afeita a organização.
No ano passado, a INFRAERO tinha 5 bilhões de reais para aplicar em aeroportos, mas não usou nem 30% disto basicamente por não saber como gerir obras e licitações, e não ter competência para administrar os muitos interesses políticos envolvidos na questão dos aeroportos, basta dizer que há aeroportos que não podem ser ampliados porque algum político deixou que se criassem favelas (algumas delas com prédios relativamente altos) em áreas onde deveriam haver pistas, mas foram invadidas.
Dentro desse quadro absurdo, o governo do PT, afeito a delírios ufanistas tão grandes quanto os governos ditatoriais dos anos 60 a 80, resolveu que além dos eventos esportivos que torrariam bilhões do dinheiro público na construção de estádios inúteis, também aposta em pelo menos uma obra faraônica, o trem-bala!
Ao custo mínimo de 21 bilhões e ao máximo imprevisível, porque sabe-se que os estudos geológicos para a obra são insuficientes para defini-lo, o Brasil está embarcando em uma obra cuja previsão de viabilidade exige fantásticos 93% de ocupação, tomando 80% da demanda de passageiros do eixo Rio-SP e por consequência, roubando usuários do transporte aéreo e rodoviário!
O trem-bala nada mais é que um delírio, que vai trasformar-se em um elefante-branco inviável, que talvez não se pagará jamais e que não ficará pronto antes de 2018, isso se tudo, absolutamente tudo, correr sem problemas até lá, e ao custo de um dinheiro que seria melhor aplicado imediatamente na construção e ampliação de aeroportos, ferrovias e rodovias, cujos efeitos de distribuição nacional de renda seriam muito melhores, e com resultados práticos muito mais rápidos e visíveis.
Não é preciso estudar muito, nem entender tanto de logística, para saber que o trem-bala não chegará tão fácil a 93% de ocupação em todas as suas viagens, por mais barato que se apresentar mesmo como alternativa ao transporte já existente. Essa taxa é tão alta que considerá-la é apenas uma jogada para justificar sua construção, desatando números que o povo brasileiro não entende e nem vai entender nunca, pois não lhe será vendido na publicidade oficial uma obra problemática, mas uma obra de primeiro mundo, um tipo de transporte que existe nos países ricos, um bem de consumo para orgulho do povo, não para o progresso dele.