6 de fev. de 2017
A PASSAGEM DE ÔNIBUS EM CURITIBA
25 de jan. de 2011
UM LIXÃO, MUITA IRRESPONSABILIDADE
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Rio Branco do Sul é apenas um modelo de descaso com o meio-ambiente que se repete pelo Brasil afora, onde prefeitos incapazes e vereadores omissos simplesmente ignoram leis, autos de infração e decisões judiciais, tentando transferir a sua responsabilidade para terceiros.
O município de Rio Branco do Sul-Pr foi multado pelo Instituto Ambiental do Paraná várias vezes, sem ter pago absolutamente nenhuma das infrações e sem ter feito esforço algum para regularizar a vexatória situação desse lixão citado nas reportagens da RPC-TV. O máximo que aconteceu, partiu de um abnegado secretário de meio-ambiente que tentou iniciar um tratamento químico no local, logo abortado porque a Câmara de Vereadores resolveu cassar o prefeito sem justificativa plausível.
Consta que esse lixão é em uma área alugada pelo município, onde se jogam todos os resíduos da cidade, inclusive os hospitalares, sem nenhum tipo de manta impermeabilizadora para evitar a contaminação do lençol freático, muito menos captação de chorume e controle do metano, que é responsável pela autocombustão dos resíduos que gera fumaça tóxica.
É uma vergonha completa, agravada pelo fato de que, na cidade, não existe programa público de coleta seletiva ou separação de lixo, de tal modo que o lixão recebe absolutamente todo tipo de resíduo sem qualquer mínimo controle. Ou seja, existe ali contaminação com metais pesados (de baterias de celulares, por exemplo) e produtos químicos diversos (como os que compõe tubos de TV e de lâmpadas fluorescentes), além do descarte de remédios, óleos, fluidos, sucatas e do lixo comum de toda residência normal.
Anos atrás, a COMEC queria instalar no município o aterro sanitário metropolitano, para substituir o da Caximba em Curitiba, coisa que a população da cidade não aceitou porque geraria um tráfego intenso de caminhões na Rodovia dos Minérios, que está super-congestionada há pelo menos 10 anos e cuja duplicação é simplesmente empurrada com a barriga, quando não ignorada, por mais que alguns políticos paroquiais retardados insistam em dizer que estão em campanha para solucionar o problema.
A população local não aceitava receber o lixo do resto da região metropolitana de Curitiba sem compensações, mas não se importaria de ver instalado um aterro sanitário municipal, muito embora o discurso dos senhores políticos, agora que a coisa "fedeu" em termos publicitários, é dizer que o povo é que não queria o aterro, mais como forma de livrar-se de responsabilidades, do que por obrigação com a verdade.
Isso foi passando de prefeito para prefeito, o que vai continuar acontecendo se a Justiça não aplicar multas aos administradores públicos, e não ao município. Penso que administrador público que aluga terreno por tempo indeterminado e joga lixo lá sem qualquer critério, responde por improbidade administrativa porque isso afeta as contas públicas, sujeitas a multas e ações indenizatórias de toda natureza.
No fim das contas, Rio Branco do Sul é a prova de que o Brasil precisa mesmo é extinguir a maior parte dos seus municípios, que só servem para pagar um prefeito incapaz e vereadores inúteis, o que drena recursos públicos que seriam melhor administrados por órgãos técnicos, como os que cuidam do meio-ambiente.
11 de dez. de 2010
IMAGENS DE CURITIBA - 22
O Palácio Avenida era para ser o primeiro "arranha-céu" de Curitiba, projetado por Valentim de Freitas, Bernardino Assumpção Oliveira e Bortolo Bergonse. Na verdade, era primeira construção em 4 pavimentos a ser levantada pelo comerciante Feres Mehry. Mas o destino quis que isso não fosse possível, porque na mesma quadra e na mesma época, começaram a erguer o Edifício Moreira Garcez que, até para vencer a competição, adicionou mais dois pavimentos ao projeto original e firmou-se com o título de primeiro espigão de Curitiba, embora perca disparado em charme e beleza.
Foi um prédio comercial por muitos anos, abrigou um dos cinemas mais tradicionais da cidade, era um verdadeiro "shopping center" num tempo em que ninguém sabia o que era isso. Depois foi decaindo, os donos foram morrendo e o prédio definhando. Um dia, foi comprado por um dos bancos de Avelino Vieira, que acabaram por formar o depois gigante Banco Bamerindus do Brasil, uma das marcas mais importantes da história econômica do Paraná.
Mesmo assim, o prédio ficou muitos anos abandonado no centro de Curitiba, em razão de problemas com locatários e mesmo com alvarás de construção. Um dia, porém, o Bamerindus solucionou tudo e restaurou o prédio belíssimo, que então estava esquecido pelos curitibanos que viam na Rua XV aquele esqueleto imponente do que havia sido um dos símbolos da cidade.
Em março de 1991, o Bamerindus reinaugurou o prédio, do qual tinha preservado apenas a lindíssima fachada, e que passou a ser uma das sedes administrativas do grupo. E naquele Natal, por idéia de Maria Christina de Andrade Vieira, herdeira do fundador Avelino, iniciou-se a tradição de festejar o Natal aproveitando a arquitetura lindíssima e os corais infantis da cidade, o que sobreviveu até à extinção do grupo Bamerindus, cujo banco foi incorporado pelo HSBC numa operação financeira polêmica quando do PROER.
E virou marca registrada da cidade a festejar os Natais a cada ano com um novo tema e uma nova surpresa, como os papais-noéis gigantes que sentavam sobre a fachada, os anjos que voavam de um lado a outro da rua, os shows de luzes e até mestres de cerimônia como o inesquecível e genial Paulo Autran.
Em 2010, o HSBC e os curitibanos estão festejando os 20 anos dessa aventura natalina que atrai turistas do mundo inteiro, e que ficam maravilhados com a simplicidade, mas alta carga emocional do espetáculo. É difícil, muito difícil, não se emocionar, eu mesmo fiquei às lágrimas pelo menos quatro vezes enquanto tirava estas fotos.
Coloco aqui hoje, algumas imagens da mais bela festa de Natal da bela Curitiba que abriga o lindo Palácio Avenida de histórias, tradição e sentimentos tão generosos.
Uma das muitas colorações que a fachada assume no show de luzes.
Detalhe da iluminação.
Detalhe do show de fogos. A fachada decorada, vista da rua XV.
TODAS AS FOTOS SÃO DA MINHA AUTORIA, O USO NA INTERNET É LIVRE DESDE QUE CITADA A FONTE.CLIQUE SOBRE AS IMAGENS PARA AMPLIÁ-LAS
Devo lembrar que "HSBC", "Natal HSBC" e mesmo "Palácio Avenida" são marcas de propriedade do HSBC Bank Brasil S/A, de modo que não é aconselhável o uso comercial destas imagens, por possibilidade de crime de contrafação.
9 de jul. de 2010
COPA 2014: A CONTA COMEÇOU A APARECER!
Para amenizar o impacto na opinião pública, a companhia também pretende patrocinar os 3 clubes da capital, provavelmente nas mangas das camisas e em placas nos estádios. Uma esmola para agradar os torcedores dos dois outros clubes de Curitiba e quem sabe, calar-lhes a boca contra o despautério de uma empresa monopolista entrar em um negócio sem necessidade, pois não têm concorrência interna, sua publicidade sempre foi institucional e educativa.
Não é nada certo ainda, porque ainda existe pressão popular para que não se coloque dinheiro público no estádio privado que sediará a Copa e porque não se sabe como o negócio seria feito de modo a ser aprovado no Tribunal de Contas do estado.
Mesmo assim, os políticos paranaenses envolvidos com a Copa queimam as pestanas para arranjar uma solução que, mesmo ilegal, só venha a apresentar problemas depois de 2014, quando "Inês" estará morta!
Pois bem, hoje a COPEL anunciou um aumento de (pasme!) 15,1% nas tarifas de energia elétrica pagas por todos os paranaenses, para supostamente capitalizar a empresa.
Ou seja, começou a aparecer a conta da Copa 2014!
28 de mar. de 2010
IMAGENS DE CURITIBA - 21
Esta é uma vista geral do Largo da Ordem em domingo de feira. Compare com as fotos que tirei em um dia comum de semana, que estão aqui.
Se você vier e só tiver a manhã de um domingo para visitá-la, é o melhor lugar. Ali você encontrará monumentos, história, artesanato, souverines, antiguidades, livros novos e usados, comidas típicas, religião, arquitetura e arte. E verá todos os tipos de curitibano por entre corredores apertados e apinhados de gente entre prédios antigos que abrigam antiquários, galerias de artes e sofisticadas lojas de decoração.
Naquelas poucas quadras é possível visitar as tradicionais igrejas da Ordem e do Rosário, o templo Presbiteriano e a Mesquita da cidade. Também o Memorial da Cidade (teatro e centro de exposições), o Museu Paranaense (que preserva a história do estado e lindíssimas obras de arte), a antiga Caixa D'água de singela arquitetura, o Palácio São Francisco que já foi sede do governo estadual e do Tribunal Regional do Trabalho e monumentos, como o Relógio de Flores, o Chafariz do Cavalo e o obelisco em homenagem a Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, que encerra a Rua Barão do Serro Azul ao lado da Catedral Basílica.
E pode-se experimentar da gastronomia dos muitos imigrantes, ou nas barracas armadas todos os domingos, ou em restaurantes como o do Bar do Alemão ou do Solar do Rosário.
É uma pequena Curitiba que se reúne a cada 7 dias no centro histórico, dando ao turista um espetáculo de artes populares e eruditas, um mini mundo, um pequeno resumo da complexa metrópole de 3 milhões de habitantes.
Com essas imagens homenageio novamente a linda Curitiba, de muitos defeitos e qualidades, mas a minha terra.
A fachada do Palácio São Francisco, lugar da feira reservado aos artistas plásticos que expoem e vendem seus quadros.
Na feirinha se reune um conjunto de chorinho, que dá o toque musical ao lugar. Também há outros músicos que se apresentam ali eventualmente, mas este conjunto é o mais tradicional, aquele que as pessoas param para ouvir.
Visão das barracas de antiguidades e livros antigos.
Todas as fotos são de minha autoria, o uso na internet é livre, citadaa fonte.
Clique sobre elas para ampliar.
4 de dez. de 2009
POVO BURRO, DESONESTO E IRRESPONSÁVEL
Mas há situações que desnudam que o curitibano não é nem melhor, nem pior que o brasileiro de qualquer lugar que seja.
Ontem uma decisão absurda do Tribunal de Justiça do Paraná mandou desligar todos os radares de velocidade da cidade de Curitiba, de tal modo que as multas não sejam atribuídas aos veículos.
O tribunal poderia ter dado ordem para o município encampar o serviço e os equipamentos da empresa privada, baseado no princípio da continuidade do serviço público, determinando indenização posterior por isso, após sanada a falha licitatória que levou à ordem radical, mas isso é outro assunto.
Pois bem. A média diária de infrações por excesso de velocidade em Curitiba é de 1600. Mas desde ontem a partir das 10 da manhã, até hoje as 9 da manhã, já ocorreram 13 mil (leia bem: 13 mil!!!) infrações, número a que se chegou porque as máquinas registram a infração, mas não fotografam o veículo.
Ou seja, o povo mal-educado e desonesto faz questão de exceder na velocidade. E imaginem o que vai acontecer neste fim de semana com o misto de motoristas (muito) alcoolizados, baladas noturnas e falta de fiscalização de velocidade? Sinceramente, estou com medo de encarar o povo irresponsável, desonesto e burro, acho que vou me trancar em casa e não deixar meu veículo na rua, pois é grande a possibilidade de um néscio qualquer bater no meu carro ou me matar, cometendo homicídio culposo.
Parabéns ao Judiciário irresponsável do Paraná!
E mais parabéns ainda ao povo que se aproveita do erro do Judiciário para deliberadamente incorrer em infrações de trânsito e delinquência! Um exemplo para as novas gerações!
18 de nov. de 2009
DO PROBLEMA AO EXAGERO
Geralmente eu bato palmas quando leis visam impedir o fumo e a bebida, especialmente entre crianças e adolescentes nessa associação indevida de tais coisas com a diversão. Por isso defendo as leis anti-fumo e a Lei Seca do álcool no volante, bem como a responsabilização criminal severa para quem vende álcool e fumo para menores de idade.
Mas uma coisa é proibir a pessoa de ter comportamentos inadequados que prejudicam terceiros, outra é impedir seu direito de ir e vir.
As casas noturnas podem muito bem serem obrigadas a instalar câmeras de segurança para monitorar seu ambiente. Mas fichar clientes é de uma inconstitucionalidade flagrante que, óbvio, nenhum dos vereadores de Curitiba percebeu, até porque o nível médio dos edis da cidade é baixo e eles não teriam um "insight" assim.
É possível limitar o direito de ir e vir filmando lugares para posterior reconhecimento, pela polícia, de quem causa problemas.
Mas fichar uma pessoa porque ela costuma frequentar um determinado lugar é atividade exclusiva do Estado, decorre do seu poder de polícia, da mesma forma que a ele é deferida a exclusividade de emitir documentos de identificação. Mais do que isso, se a lei deferir ao comerciante o direito de dizer que ficha "x" e ficha "y" são baderneiros, resulta em ofender o monopólio da punição penal que existe ao Estado.
O Estado brasileiro é pródigo em descartar suas obrigações.
É obrigação da polícia identificar baderneiros, prendê-os e levá-los a responder processos judiciais, mas agora, os simplistas de plantão querem se desincumbir disto passando o custo e até mesmo o ônus da acusação para a iniciativa privada, que sujeitar-se-á a uma avalanche de ações por dano moral, de gente que não vai aceitar a pecha de "baderneiro" e irá ao Judiciário.
Aprovado um excremento legal como este, é provável que Curitiba vire uma cidade sem vida noturna, porque ou os clientes deixarão de frequentar tais lugares ou os comerciantes vão falir de tanto pagar por danos morais... mas o Estado vai continuar cobrando impostos, taxas, contribuições e contratando políticos inúteis e burros com suas trupes de parentes e correligionários corruptos, de tal forma a não sobrar dinheiro para investir em segurança pública, a mesma que o Estado quer transferir agora para donos de botecos!
12 de nov. de 2009
IMAGENS DE CURITIBA - 20
O Restaurante Madalosso é uma instituição curitibana.
Situado no famoso bairro gastronômico de Santa Felicidade, ele é uma espécie de modelo para todos os demais restaurantes dali, a atrair milhões de pessoas do mundo inteiro em sua história de sucesso.
Possui vários salões e está em constante ampliação para atender desde as muitas excursões diárias de turistas até casamentos chiques ou não, formaturas e eventos de naturezas diversas, como jantares de mobilização de candidatos à OAB/PR ou de confraternização de torcedores do Coritiba Foot Ball Club.
Dizem que sua comida é típica italiana, o que não é verdade. A comida servida no Madalosso (e em Santa Felicidade, de modo geral) é comida simples e saborosa dos colonos que vieram desbravar o Paraná: frango frito, risoto, polenta frita, saladas e massas de um modo geral, vinho de colônia para os adultos e suco de uva para as crianças, servidos em jarras.
Tudo delicioso com um sabor próprio difícil de encontrar parecido em qualquer outro lugar mesmo na capital paranaense, onde há outros ótimos restaurantes do mesmo estilo (Don Antonio, Castelo Trevizzo e Veneza, por exemplo).
O cheiro da sua comida é um dos aromas que o visitante sempre associará à Curitiba, porque o Madalosso é o mais curitibano dos restaurantes, é o ponto de encontro entre nós, tímidos habitantes locais e vocês do resto do mundo, que nos visitam e são bem vindos à nossa terra.
O fluxo de pessoas é tão grande, que resolveram criar ao lado uma loja de souvenires com o local para o cafezinho pós-refeição, tudo numa decoração que remete à colonização italiana.
Imagem do chafariz em frente do prédio do cafezinho.
Imagem da entrada principal.
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Todas as imagens são da minha autoria.
O uso na internet é livre, citada a fonte.
23 de set. de 2009
DIA SEM CARRO E COM HIPOCRISIA
Eu mesmo sou um viciado em automóvel, até porque meu trabalho demanda visitar repartições públicas num raio de 30 km do meu escritório, sempre observando os exíguos prazos da legislação tributária. Ou seja, não posso ficar sem automóvel.
Mas defendo, sim, um tratamento mais rigoroso para ele. Penso por exemplo, que as vagas de estacionamento nas ruas devem ser extintas para melhorar o tráfego ou para aumentar as calçadas, vez que se alguém usa automóvel, deve arcar também com o custo financeiro de estacioná-lo. É apenas uma idéia, há muitas outras ações que podem limitar o uso, pois a tendência mundial é de que a aquisição de um veículo seja cada vez mais barata, mas sua manutenção cada vez mais cara, à guisa de restrições de tráfego e estacionamento, impostos mais caros e maiores obrigações de segurança e de controle de poluentes
Não critico campanhas como a do dia sem carro, porque o fato é que o transporte individual está matando as cidades e contribuindo para a piora da qualidade de vida das pessoas.
Mas critico a hipocrisia:
1. Num país em que automóvel é vendido em até 100 prestações, pedir para que as pessoas não o usem, soa falso. O indivíduo passou a vida inteira sonhando em ter um carro, um dia, as condições de crédito lhe proporcionam isso e daí os governos tentam convencê-lo do contrário?
2. É válida a iniciativa de se promover o transporte coletivo, desde que ele funcione a contento. Há uns 20 dias deixei o carro na revisão e tive que vir de Curitiba a Rio Branco do Sul de ônibus, coisa que não fazia há uns 8 anos. Para meu desgosto, os mesmos problemas dos meus tempos de estudante persistem: a) atraso de 25 minutos na chegada do ônibus; b) super-lotação; c)ônibus sujo; e) falta de troco na catraca. Ou seja, no mínimo o indivíduo procura adquirir uma moto e circular por aí com o custo mais próximo ao do ônibus, porque o transporte coletivo pode até ser super-lotado, como acontece nos metrôs de NY ou Tóquio, mas no mínimo precisa ser pontual, prático e higiênico, o que não acontece na região de Curitiba, que dizer no resto do país!
3. O transporte coletivo também exige segurança pública. Ora, você pega um ônibus cujo ponto final está a 5 quadras da sua casa. Mas quem vai trocar o automóvel pelo ônibus sabendo que ao andar essas 5 quadras poderá ser assaltado porque não existe policiamento ostensivo e porque as condições de segurança pública de modo geral são aterradoras? Curitiba tem hoje o mesmo número de policiais na ativa que em 1983. Já aqui na minha cidade, não há policiamento à noite e o 190 simplesmente não atende. Será que o dono de automóvel vai encarar o ônibus se colocando em risco de assalto, assassinato ou estupro?
É a tal coisa. O discurso ecológico é muito bonito. E é adequado para as condições européias, onde existe efetiva preocupação dos governos em prestar bons serviços públicos e dar garantias de segurança aos cidadãos. Mas no Brasil soa hipócrita
12 de set. de 2009
ESTÂNCIA HIDROMINERAL OURO FINO
A captação de água mineral dá-se na fonte, de modo que sua industrialização deve ser no mesmo local. E observando rigorosos requisitos ambientais, ao mesmo tempo a empresa mantém uma área verde lindíssima, bem cuidada e à disposição do público.
Conheci o local quando criança e o visitei recentemente, atestando que pouca coisa mudou, continuando um lindo parque, de mata preservada de Araucárias.
No lugar há churrasqueiras, parques infantis, piscinas de água mineral (geladíssimas mesmo no verão), um pequeno zoológico, trilhas com cachoeiras, um pequeno restaurante e capela, além, claro, de loja dos produtos da empresa.
Todo o parque é decorado com estátuas variadas e mesmo homenagens à santos. O barulho das águas combinado com a área verde remete a uma espiritualidade avançada dos criadores do local.
É um local cuja tranquilidade nos leva à meditação, um presente da família Mocelin, dona da empresa, a quem queira visitar.
Vista do rio e da vegetação.
Tanque das carpas.
Monjolo, tanque das carpas e uma casa típica, das várias que decoram o lugar.
Chafariz e decoração.
Complexo de piscinas de água mineral.
Capela de Nossa Senhora da Luz.
A arara simpática, do pequeno zoológico do local.
O parque está aberto ao público de terça a domingos e feriados. Cobra-se entrada de R$ 15,00 por pessoa, justificada em razão da necessidade de preservação do local, e de ser uma área privada, onde opera uma empresa.
TODAS AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA, O USO NA INTERNET É LIVRE, CITADA A FONTE. CLIQUE SOBRE ELAS PARA AMPLIAR.
21 de ago. de 2009
IMAGENS DE CURITIBA - 19
A altura da torre é de 109 metros, com diâmetro de 22,5 metros onde há um elevador. Há 5 andares de serviços técnicos, de acesso exclusivo aos funcionários da empresa telefônica (atualmente a Oi)e o 6º é o mirante, único do Brasil numa torre dessa natureza, com área útil de 329 metros quadrados decorados com mural de Poty Lazarotto, mapas da cidade e banquinhos, para que o visitante aprecie a paisagem.
Está aberta para visitação de terça a domingo das 10 às 19 horas, com entrada de R$ 3,00 por pessoa.
Esta primeira foto foi captada da margem do lago do Parque Barigui.
Esta, é a imagem no sentido contrário, tirada da torre em direção ao lugar de onde tirei a foto anterior. O reflexo é porque a torre é envidraçada, em razão do clima frio e instável da capital paranaense.
Aqui o prédio da EMBRATEL, que também era da Telepar antes da privatização. Atrás, à direita, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
A estufa do Jardim Botânico, ao fundo.
O "olho" do Museu Oscar Niemeyer, imponente em meio a arquitetura de poucos prédios à sua volta.
E por fim, esse paredão de pedra é a margem da Rua Padre Agostinho, que divisa duas áreas distintas de zoneamento. À esquerda de quem vai em direção ao Parque Barigui, é liberada a construção de prédio, à direita, não.
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12 de jun. de 2009
IMAGENS DE CURITIBA - 18
Na verdade, existe um departamento específico da municipalidade para cuidar do assunto, de modo que em todos os bairros as praças recebem trato contínuo, embora o vandalismo seja inclemente por aqui também, fruto da falta de cultura que é geral em todo o Brasil e que leva alguns indivíduos a destruirem o patrimônio de todos protestando contra sua própria desonestidade.
A primeira foto é da praça que existe em frente à base aérea do Bacacheri, onde está sediado o CINDACTA, e na qual está exposto um exemplar do F-8 Gloster Meteor, primeiro avião a jato da FAB, e caça de uma beleza incomum, que os amantes da aviação bem reconhecem.
As duas fotos que seguem, são da Praça do Japão, situada no endereço mais valorizado da capital parana- ense no bairro do Batel. Esta praça foi recentemente revitalizada e nela situa-se o Memorial da Imigração Japonesa, homenagem a mais uma das raças que fizeram de Curitiba uma cidade de muitas culturas.
Uma vista da Praça Nossa Senhora da Salete, que eu já mostrei aqui, e onde situa-se a sede dos 3 poderes do estado do Paraná, além da prefeitura municipal e o fórum com o tribunal do júri.
Nas fotos que seguem, vemos a Praça 19 de Dezembro, popular- mente conhecida como Praça do Homem Nú. Originalmente, o obelisco e as esculturas da foto foram instalados em frente ao Palácio Iguaçú, que foi construído com eles em comemoração ao centenário da emancipação política do estado do Paraná. Mas os tempos eram outros e a feliz escolha do então governador Bento Munhoz da Rocha Neto, que fez questão de estátuas com traços de um casal negro, gerou uma polêmica numa terra então predominantemente branca, mas que com o tempo aprendeu o valor desta raça que também compõe a cultura da cidade. O obelisco e as estátuas foram transferidos de lugar e ganharam ao seu lado um chafariz com um painel do mais curitibano dos artistas, o pintor e escultor Poty Lazarotto. Outra curiosidade sobre essa praça é que o homem nú é Coxa-Branca, e a cada vez que o germânico Coritiba Foot Ball Club é campeão, ele veste a faixa comemorativa.
Por fim, o chafariz da Praça Santos Andrade. Esta praça é o marco do início do calçadão da Rua XV. De um lado dela encontra-se o prédio histórico da UFPR, que tantas boas lembranças traz a este que vos escreve. De outro, o Teatro Guaíra. Uma curiosidade é que, quando passei no vestibular, fui obrigado a tomar banho neste chafariz... coisas de garoto!
No dia 09 de junho de 2007 inaugurei a série Imagens de Curitiba. Portanto, estou comemorando dois anos, 18 postagens, mais de 90 fotos, mais de 300 comentários e milhares de visitas. Piá curitibano e bicho do Paraná, aprendi a amar com devoção esta terra que de tanto acolher muitas raças e culturas nos ensina que os seres humanos são irmãos de mesmo sangue, muitas vezes injustamente separados pelas fronteiras do preconceito e do racismo. Curitiba me ensinou tanto, e me proporcionou tantas conquistas que nunca cansarei de homenageá-la, de modo que esta série continuará indefinidamente a mostrar suas belezas. Agradeço a audiência de todos que passaram aqui para conhecer um pedacinho da minha cidade, convidando-os a visitar este pequeno pedaço da terra brasileira, obrigado e voltem sempre!
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18 de abr. de 2009
IMAGENS DE CURITIBA - 17
Um verdadeiro presente que ajuda na revitalização de uma área central importante, que tem recebido investimentos esporádicos ao longo das últimas décadas.
É um lindíssimo prédio em estilo art nouveau, cuja inauguração ocorreu em 1916 na gestão do prefeito Cândido de Abreu. Foi a sede do Executivo municipal até 1969, quando a prefeitura mudou-se para o horroroso palácio onde está até hoje.
Após 1969, passou por períodos de abandono ou fechamento, tendo abrigado por alguns anos o Museu Paranaense.
É situado na Praça Generoso Marques, que é paralela à Rua XV, ambas cortadas pela Rua Barão do Rio Branco.
Sua fachada traseira é voltada para a que antigamente era a Praça do Pelourinho, onde hoje estão instaladas bancas de jornais e floriculturas, em complemento à equipagem da Praça Tiradentes, tudo muito próximo à Catedral Basílica e ao Largo da Ordem, de modo que o leitor que vier a Curitiba já sabe que pode visitar tudo à pé, numa tarde.
Com a saída da prefeitura daquele local e posteriormente, a chegada da linha exclusiva do ônibus expresso, que passou por ali até os anos 90, a região toda, que engloba uma parte da Rua XV, entrou em processo de degradação e mesmo a instalação do Museu Paranaense naquele prédio não foi suficiente para evitar vandalismo ou puro e simples abandono do local.
Na década de 90 a linha do expresso foi transferida para a Rua Presidente Faria que é mais larga e de menor importância histórica. Ao mesmo tempo, foi feita uma pequena reforma no local, que ganhou um ajardinamento com a pintura do seu prédio principal. Pouco antes, ainda, inaugurou-se um pequeno shopping-center que restaurou fachadas dos casarões da família Tacla.
Mesmo assim, a reforma não pegou a a área continuou degradada, inclusive com a pixação inclemente da estátua do Barão de Rio Branco e do próprio paço, que ficou fechado por muitos anos.
A administração municipal chegou a aventar o retorno do gabinete do prefeito para ali, o que foi descartado pelos altos custos e pela dificuldade de operação da proposta, pois o alcaide estaria de um lado da cidade, e a burocracia de outro.
Por fim, o SESC e a Fecomércio resolveram assumir o encargo de restaurá-lo, transformando-o em um centro cultural, o que foi reforçado com a reforma do prédio histórico do Clube Curitibano pelo Banco J. Malucelli, que é ali pertinho.
Aquela área está ganhando novos ares e novamente valorizando. O presente dado à cidade aproveita a todos, pois resgata a Curitiba do passado.
Na primeira foto, a visão noturna da fachada e dos chafarizes.
O detalhe do relógio.
Detalhes da arquitetura.
A fachada traseira, vista da Praça do Pelourinho, onde existem um chafariz e floricultu- ras.
Vista a partir do pavilhão das floricultu- ras.
CLIQUE NAS FOTOS PARA AMPLIÁ-LAS.
USO LIVRE DAS IMAGENS NA INTERNET, CITADA A FONTE.
TODAS AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA.
13 de abr. de 2009
O LIXÃO DE CURITIBA
Imagem: http://www.lixo.com.br
Já faz pelo menos uns 15 anos que a dita "capital ecológica" se debate com o problema do esgotamento de seu aterro sanitário, conhecido como Lixão da Caximba, localizado na cidade de Mandirituba, ao sul da região metropolitana.
Problema se agrava dia a dia, porque é sabido que em julho esgota-se a capacidade daquele local em acumular resíduos, sem possibilidade nenhuma de ampliação.
A Coordenação da Região Metropolitana, COMEC, criou um consórcio do lixo, que englobava, no início, todas as cidades associadas. No entanto, esse consórcio tratou da questão de modo burocrático e pouco inteligente e determinou sem muito tato, que o aterro sanitário seria destinado ao município X e ponto final.
O município receberia o aterro sanitário e depois disso, seriam analisadas eventuais compensações. Foi algo tão atrapalhado que em certa ocasião, o prefeito deste município perguntou ao então governador Jaime Lerner o por que daquela cidade não receber fábricas, que aquele governo atraía. Lerner respondeu que aquele município estava destinado a receber melhorias para o turismo rural, o que contradizia a ação da COMEC e o próprio então prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, que chegou um dia a reconhecer a necessidade de pelo menos duplicar a rodovia que liga a capital, tratando de asfaltar todo o caminho do lixo.
Óbvio que deu galho e o município X, até por pressão popular (que foi grande), saiu do consórcio, muito mais por interesses políticos locais do que por praticidade, porque ele não tem capacidade técnica de gerir os próprios resíduos, mantendo um lixão criminoso, destituído de qualquer tipo de tratamento que impeça os danos ao meio ambiente e às populações que, óbvio, vivem à sua volta em loteamentos irregulares, feitos para aproveitar o nicho de mercado de enganar aquelas pessoas paupérrimas que vivem daquela sub-atividade econômica.
E até hoje não foi dada solução para o problema, até porque, como já expliquei aqui para os leitores, Curitiba é uma espécie de Miami no centro de várias cidades com IDH pior que o de muitos grotões brasileiros, o que leva a muitas discussões estéreis em torno da ecologia e do progresso que dela não emanam para as vizinhas.
Claro que nenhum município quer o encargo, porque isso representa um custo político inimaginável mesmo para pequenos oligarcas municipais. Mas o fato é que alguém terá que ceder, sob pena de instalar-se o cáos.
São incongruências causadas pela absoluta falta de previsão legal para tratar da questão. O Congresso Nacional volta e meia anuncia que aprovou um maravilhoso estatuto disso ou daquilo, cheio de normas pensadas no campo do ideal e longe do real, mas não foi capaz de, no Estatuto das Cidades, criar regras que determinassem como administrar o lixo de regiões metropolitanas.
Penso que a determinação de uma área para esta finalidade deve ser técnica. Os órgãos ambientais diriam que tem que ser na área tal do município tal e ninguém poderia discutir isto. Mas, ao mesmo tempo, a lei preveria compensações imediatas e anteriores à instalação do aterro sanitário, tal como o asfaltamento das vias necessárias, a instalação de um hospital regional e de uma burocracia para fiscalização constante do gerenciamento dos resíduos, além de usinas de compostagem com arrecadação totalmente destinada ao município em questão, a título de royalties que seriam complementados por contribuições anuais de todos os municípios abrangidos no sistema.
Mas hoje deixa-se a decisão para prefeitos e vereadores, pessoas sensíveis demais à ilações eleitorais, que acabam por não decidir nada e causar o impasse que já é dramático na "cidade sorriso" e em suas vizinhas desdentadas.
28 de mar. de 2009
IMAGENS DE CURITIBA - 16
E em 1693 resolveu-se erguer uma capela com vias a fundar uma vila. E no dia da sua inauguração, batizaram a nova povoação de Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Porém, naquele ato estavam presentes os índios tribo, verdadeiros habitantes do local. E seu cacique, feliz ou contrariado, ninguém sabe ao certo, chamou a atenção de todos, gritou a palavra "coré-etuba" e fincou no chão uma estaca de madeira.
Nascera a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, terra de "corá-etuba" (muito pinhão) com o marco-zero ali, na praça onde encontra-se hoje a Catedral Basílica e a homenagem ao herói da Inconfidência. E a estaca de madeira virou uma das frondosas árvores do local.
Realidade ou fantasia, a povoação de muito pinhão, "coré-etuba" nascera sob o símbolo do arrojo do cacique que, sem deixar-se intimidar pelo poderoso colonizador, mostrou que aquela terra tinha nome e que novos habitantes eram bem vindos desde que a reconhecessem como "coré-etuba".
E os novos habitantes vieram.
Portugueses, alemães, italianos, japoneses, ucranianos, poloneses, árabes, libaneses e africanos vieram juntar-se com os índíos Tupis-Guaranis e continuar a saga inaugurada pelo cacique. Cresceu, desenvolveu e acabou por reconhecer sua verdadeira identidade: De Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, virou Vila de Curii-tyba, Curi-tyba, Cory-tiba, Coritiba e finalmente, Curitiba, terra de muito pinhão, muitas gentes e muitas raças.
Hoje, vou mostrar um pouco de Curitiba sem me ater a um lugar específico, pois amanhã a cidade completa 316 anos, e como seu filho, presto-lhe uma homenagem. A a despeito dos muitos problemas, ela é motivo de orgulho, júbilo e consideração de todos nós, "corés-etubas", herdeiros a homenagear o Cacique Tindiquera, o primeiro dos nossos heróis, aquele que moldou nossa identidade.
Este é o relógio da Praça Osório, onde tem início a menor avenida do mundo, a Luiz Xavier, que depois vira Rua XV.
Estátua em homenagem a Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. Ao fundo o atual Palácio do Governo do Estado, o das Araucárias.
Monumen- to na rótula em frente à prefeitu- ra, que está à esquerda. Ao fundo, outro símbolo da cidade, um Ligeirinho da frota do sistema de transporte coletivo. Também ao fundo, o Palácio Iguaçú, sede histórica do Governo do Estado, atualmente em reformas.
A serpente e o olho do Museu Oscar Niemeyer.
A Rua XV e seu bondinho.
Fachada do Museu do Expedicio- nário, homena- gem de Curitiba aos bravos brasileiros da FEB, que lutaram na Itália pela liberdade do mundo.
O prédio mais belo da cidade. A sede central da UFPR, onde encontra-se a Faculdade de Direito, lugar de muitas de minhas melhores lembranças.
O Jardim Botânico.
Estátua do Homem Nú, na Praça 19 de Dezembro,homenageia o povo paranaense pelo centenário da Emancipação Política do estado.
A "vista alegre" no bairro de mesmo nome, foto tirada do Memorial da Imigração Alemã.
O pagode, Memorial da Imigração Japonesa, na Praça do Japão. Batel, bairro mais valorizado da cidade.
O mais belo dos seus muitos parques, o Tanguá.
Estátua de Nicolau Copérnico, presente da República da Polônia à terra que recebeu com carinho muitos de seus emigrantes.
Parque Barigüi, a praia curitiba- na, seus pedalinhos e gramados. Ao fundo, a torre da Telepar, símbolo do progresso da cidade.
A bailarina tímida e solitária da Ópera de Arame.
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