Conta a lenda que o General Eleodoro Ébano Pereira veio em expedição vencendo a Serra do Mar para encontrar ouro e índios. E que chegando no planalto, deparou com a tribo Tingui dos Tupis-Guaranis, e ali nasceu um entreposto de mercadorias para os que se aventuravam em explorar o interior do Paraná.
E em 1693 resolveu-se erguer uma capela com vias a fundar uma vila. E no dia da sua inauguração, batizaram a nova povoação de Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Porém, naquele ato estavam presentes os índios tribo, verdadeiros habitantes do local. E seu cacique, feliz ou contrariado, ninguém sabe ao certo, chamou a atenção de todos, gritou a palavra "coré-etuba" e fincou no chão uma estaca de madeira.
Nascera a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, terra de "corá-etuba" (muito pinhão) com o marco-zero ali, na praça onde encontra-se hoje a Catedral Basílica e a homenagem ao herói da Inconfidência. E a estaca de madeira virou uma das frondosas árvores do local.
Realidade ou fantasia, a povoação de muito pinhão, "coré-etuba" nascera sob o símbolo do arrojo do cacique que, sem deixar-se intimidar pelo poderoso colonizador, mostrou que aquela terra tinha nome e que novos habitantes eram bem vindos desde que a reconhecessem como "coré-etuba".
E os novos habitantes vieram.
Portugueses, alemães, italianos, japoneses, ucranianos, poloneses, árabes, libaneses e africanos vieram juntar-se com os índíos Tupis-Guaranis e continuar a saga inaugurada pelo cacique. Cresceu, desenvolveu e acabou por reconhecer sua verdadeira identidade: De Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, virou Vila de Curii-tyba, Curi-tyba, Cory-tiba, Coritiba e finalmente, Curitiba, terra de muito pinhão, muitas gentes e muitas raças.
Hoje, vou mostrar um pouco de Curitiba sem me ater a um lugar específico, pois amanhã a cidade completa 316 anos, e como seu filho, presto-lhe uma homenagem. A a despeito dos muitos problemas, ela é motivo de orgulho, júbilo e consideração de todos nós, "corés-etubas", herdeiros a homenagear o Cacique Tindiquera, o primeiro dos nossos heróis, aquele que moldou nossa identidade.
Este é o relógio da Praça Osório, onde tem início a menor avenida do mundo, a Luiz Xavier, que depois vira Rua XV.
Estátua em homenagem a Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. Ao fundo o atual Palácio do Governo do Estado, o das Araucárias.
Monumen- to na rótula em frente à prefeitu- ra, que está à esquerda. Ao fundo, outro símbolo da cidade, um Ligeirinho da frota do sistema de transporte coletivo. Também ao fundo, o Palácio Iguaçú, sede histórica do Governo do Estado, atualmente em reformas.
A serpente e o olho do Museu Oscar Niemeyer.
A Rua XV e seu bondinho.
Fachada do Museu do Expedicio- nário, homena- gem de Curitiba aos bravos brasileiros da FEB, que lutaram na Itália pela liberdade do mundo.
O prédio mais belo da cidade. A sede central da UFPR, onde encontra-se a Faculdade de Direito, lugar de muitas de minhas melhores lembranças.
O Jardim Botânico.
Estátua do Homem Nú, na Praça 19 de Dezembro,homenageia o povo paranaense pelo centenário da Emancipação Política do estado.
A "vista alegre" no bairro de mesmo nome, foto tirada do Memorial da Imigração Alemã.
O pagode, Memorial da Imigração Japonesa, na Praça do Japão. Batel, bairro mais valorizado da cidade.
O mais belo dos seus muitos parques, o Tanguá.
Estátua de Nicolau Copérnico, presente da República da Polônia à terra que recebeu com carinho muitos de seus emigrantes.
Parque Barigüi, a praia curitiba- na, seus pedalinhos e gramados. Ao fundo, a torre da Telepar, símbolo do progresso da cidade.
A bailarina tímida e solitária da Ópera de Arame.
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