Acusados de eleitos com recursos ilegais da Venezuela (o que é crime em qualquer país do mundo), enriquecendo a olhos vistos sem que seus rendimentos oficiais justifiquem a variação patrimonial e solapando a Constituição e as instituições do país, o casal Cristina e Nestor Kirchner representa mais uma fase triste da derrocada econômica e social da Argentina.
No último capítulo da saga, Kirchner demitiu o presidente do Banco Central porque ele se recusou a liberar 6 bilhões de dólares das reservas cambiais a serem injetados no orçamento federal, basicamente para livrar dinheiro para obras e ações eleitoreiras com vias a reeleger seu marido à presidência em novembro próximo.
O problema é que demitir o presidente do BC é ato exclusivo do Senado, sendo que a Suprema Corte do país decidiu ontem que a manobra de transferência do dinheiro é inconstitucional.
Cristina Kirchner praticamente rasgou a Constituição na tentativa desesperada de pavimentar a volta de seu marido à presidência, para perpetuar sua familia no poder.
A Argentina sofre de uma série de problemas que existem em toda a América Latina, mas não tão concentrados.
A crise econômica e o Estado falido são legados de décadas, mas especialmente do governo peronista de Carlos Ménem, que enterrou o país e o entregou para a União Cívica Radical desmoralizar-se no governo relâmpago de Fernando de La Rua.
E os peronistas voltaram sem oposição. E deram o calote nas dívidas pública e externa aumentando ao mesmo tempo a concentração de poderes na Presidência da República, sem que isso resolvesse ou desse início de soluçao a nenhum dos graves problemas estruturais do país, que hoje não recebe mais investimentos internacionais (salvo esmolas venezuelanas usadas para solapar as instituições) e encontra-se empobrecido e estagnado.
O Peronismo é um movimento político amplo que envolve em sua parte mais forte um conjunto de organizações sindicais corruptas e oligarquias travestidas de movimentos sociais que hoje sustentam o desastroso governo do "Casal K". E por ter essa natureza é provável que o capítulo desta semana não seja o último na tentativa de perpetuar um novo casal emblemático no poder, tal qual fez com Perón e Evita.
Penso que, sem maioria no Congresso Nacional que lhes impede de chancelar os atos arbitrários e inconstitucionais, o "casal K" vai apelar para a vitimização e ao mesmo tempo tomar todas as medidas cabíveis para aprofundar a crise econômica com nefastos resultados sociais.
Alegará nas eleições que agiu pelo povo mas foi impedida pelos seus inimigos encastelados no Congresso. Fará exatamente o que Perón fez na década de 40, numa tentativa de perpetuação personalista dos chefes no poder.
Basta saber se isso cola e se o raio cairá uma segunda vez no mesmo lugar.
No último capítulo da saga, Kirchner demitiu o presidente do Banco Central porque ele se recusou a liberar 6 bilhões de dólares das reservas cambiais a serem injetados no orçamento federal, basicamente para livrar dinheiro para obras e ações eleitoreiras com vias a reeleger seu marido à presidência em novembro próximo.
O problema é que demitir o presidente do BC é ato exclusivo do Senado, sendo que a Suprema Corte do país decidiu ontem que a manobra de transferência do dinheiro é inconstitucional.
Cristina Kirchner praticamente rasgou a Constituição na tentativa desesperada de pavimentar a volta de seu marido à presidência, para perpetuar sua familia no poder.
A Argentina sofre de uma série de problemas que existem em toda a América Latina, mas não tão concentrados.
A crise econômica e o Estado falido são legados de décadas, mas especialmente do governo peronista de Carlos Ménem, que enterrou o país e o entregou para a União Cívica Radical desmoralizar-se no governo relâmpago de Fernando de La Rua.
E os peronistas voltaram sem oposição. E deram o calote nas dívidas pública e externa aumentando ao mesmo tempo a concentração de poderes na Presidência da República, sem que isso resolvesse ou desse início de soluçao a nenhum dos graves problemas estruturais do país, que hoje não recebe mais investimentos internacionais (salvo esmolas venezuelanas usadas para solapar as instituições) e encontra-se empobrecido e estagnado.
O Peronismo é um movimento político amplo que envolve em sua parte mais forte um conjunto de organizações sindicais corruptas e oligarquias travestidas de movimentos sociais que hoje sustentam o desastroso governo do "Casal K". E por ter essa natureza é provável que o capítulo desta semana não seja o último na tentativa de perpetuar um novo casal emblemático no poder, tal qual fez com Perón e Evita.
Penso que, sem maioria no Congresso Nacional que lhes impede de chancelar os atos arbitrários e inconstitucionais, o "casal K" vai apelar para a vitimização e ao mesmo tempo tomar todas as medidas cabíveis para aprofundar a crise econômica com nefastos resultados sociais.
Alegará nas eleições que agiu pelo povo mas foi impedida pelos seus inimigos encastelados no Congresso. Fará exatamente o que Perón fez na década de 40, numa tentativa de perpetuação personalista dos chefes no poder.
Basta saber se isso cola e se o raio cairá uma segunda vez no mesmo lugar.
Olá, tudo bem? A Argentina vive sempre em crise.. O país que já foi uma potência no início do século XX, hoje vive uma situação delicada... A violência explode.. Mais pobreza... Complicado... Abraços, Fabio www.fabiotv.zip.net
ResponderExcluirNunca tivemos um casal em nossa história, mas, já estivemos em situação semelhante, e não faz muito tempo, não é?
ResponderExcluirSerá que existe algum ligação da situação Argentina, que nunca se acerta, com os atentados da década de 90?
A demissão do presidente do BC por Cristina foi uma tentativa dela de tentar recuperar 'a autoridade', bastante comprometida em seu país depois do caso com os agricultores argentinos.
ResponderExcluirO que assusta na AL é essa intenção inescrupulosa de alguns governantes de quererem se eternizar o poder às custas de planos maquiavélicos e com o aval do povo leigo. Há que se tomar bastante cuidado com essas iniciativas.
Em relação ao passado, a Argentina já esteve melhor. Hoje é apenas um país caminhando para o descrédito e mais pobre, social e financeiramente. Um péssimo exemplo na AL - bem diferente do vizinho Chile.
Faz parte da nossa natureza: o poder é sedutor o suficiente para que a gente passe a viver para viver dele. Em todos os lugares, do mais chulo ao mais complexo nível de "autoridade". Quanto à politica[gem] externa, confesso-me um analfabeto funcional; E já me incomoda, muito, saber pouco da local... na batalha pelos interesses particulares [politica em sua essencia], abstive-me um pouco do universo ao meu redor.
ResponderExcluirE [mudando radicalmente de assunto], com certeza, prefiro anos como o de 2009 (exceto por um únicozinho fator, rs!) do que ser expectador na vida. Ah, no meu nome há um link novo. O blog mudou de endereço =). Abraços!