Mostrando postagens com marcador Paraná. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Paraná. Mostrar todas as postagens

30 de out. de 2008

JUSTIÇA BAGUNÇADA, CONFUSÃO NA CERTA.

Em Londrina, segunda cidade paranaense, ocorreu um segundo turno apertado entre deputado estadual Antonio Belinati e o deputado federal Luis Carlos Hauly, onde o primeiro venceu com pouco mais de 7 mil votos de diferença.

Mas em 28 de outubro, portanto, dois dias depois do segundo turno, o TSE decidiu anular sua vitória, declarando-o inelegível por impugnada sua candidatura.

Uma avalanche de absurdos, que passo a comentar:

1. Belinati se manteve candidato por liminares generosamente deferidas pelo próprio TSE, que simplesmente achou por bem ignorar as condenações sucessivas havidas na primeira instância e no TRE/PR, entendendo existir contra ele rejeições em auditorias pelo Tribunal de Contas, do tempo em que foi prefeito da cidade (3 ocasiões), sem contar os inúmeros processos de improbidade administrativa que lhe valeram, inclusive, prisões.

Será que o TSE não poderia ter feito um esforço e julgado o mérito no prazo hábil, que se encerrava em setembro, com tantas provas nos autos, a ponto da decisão final declarar "insanável e de natureza irrecorrível" o vício que fundamentou a decisão final? Por que foi tão leniente ao deferir as liminares e depois tomou decisão assim?

2. O processo devia ser julgado em setembro, mas por razões várias, o TSE o protelou até depois das eleições, assumindo o risco de ter que remarcar um segundo turno ou mesmo ter que determinar outra eleição. Ora, quem julga deferimento de liminar pode muito bem fazer um esforço concentrado e julgar o mérito da causa, que dizer o mérito fundamentado em decisões de um Tribunal de Contas, com indícios complementares, como a notícia de que contra o candidato, há mais de 90 ações judiciais, a maioria de improbidade administrativa!

O que será agora da cidade? Haverá novo segundo turno entre o segundo e o terceiro colocados no primeiro? O perdedor do segundo turno será diplomado? Haverá outra eleição completa? O que o TSE determinou é que "lava as mãos" sendo que isso é decisão do juízo local e, portanto, sujeita a recursos e, claro, liminares, muitas liminares que certamente serão deferidas inclusive pelo próprio TSE!

3. Na sessão parlamentar de 29/10, alguns deputados estaduais prestaram solidariedade ao "pobre" Belinati, que segundo eles, foi "julgado pelo povo", de modo que o TSE não poderia "roubar-lhe" o mandato.

Por mais que o TSE tenha errado ao julgar a questão de modo extemporâneo, não cabia esse desagravo dos seus pares, pois Belinati é acusado em mais de 90 ações em trâmite no judiciário paranaense, a maioria delas por improbidade administrativa. O povo não julga ninguém por não ter capacidade cognitiva para fazê-lo, de modo que não é a vitória num processo eleitoral que substitui o que está expresso na Lei, e que só não foi cumprido no tempo correto, porque os tribunais lenientes e preguiçosos deste país preferem deferir liminares aos borbotões. O voto popular não pode servir de salvo-conduto contra a Lei, por mais que ela seja mal aplicada no deferimento de liminares.

4. Belinati já avisou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal.

Será que o STF lhe dará liminar também? Será que o STF vai ignorar uma decisão do TSE, que é presidido por um de seus ministros? Se o STF der liminar, quanto tempo vai levar para julgar a questão? Belinati será empossado? Depois de empossado, será cassado após alguma decisão do STF? E depois terá direito a outro recurso e consequentemente outra liminar? Onde isso vai parar?

Isso tudo é a tenda de um circo de horrores!

- Um processo eleitoral que chega ao seu fim sem analisar e julgar em definitivo todas as inelegibilidades e impugnações.

- Um Judiciário incapaz de pegar um processo e negar uma liminar mesmo com um laudo de auditoria de um Tribunal de Contas autorizando a isso.

- Uma classe política imoral, que se locupleta dos monumentais defeitos dos julgadores brasileiros e ainda por cima se acha no direito de defender que só "o povo" pode julgá-la.

- Um povo burro, idiota e incapaz de entender a gravidade de um processo de improbidade administrativa, a ponto de, mesmo com ampla divulgação disso, reeleger seu réu e ainda achar que ele é vítima da uma decisão judicial.

Esse fato aconteceu em Londrina, que é uma grande cidade, e por essa razão, ganhou repercussão. Mas ele já se repetiu em centenas de outros pequenos municípios (Rio Branco do Sul/PR, por exemplo), com os exatos mesmos elementos, o que denota que no Brasil, além de aguentarmos uma classe política estúpida, também sofremos com um Judiciário incapacitado para suas funções.

29 de out. de 2008

OPÇÃO PELOS MAIS POBRES



O bolivariano governador Roberto Requião, o mesmo que arranjou secretarias para manter empregados esposa e irmão mais velho, e mexeu os pauzinhos para eleger o irmão caçula, Maurício, para o cargo de conselheiro vitalício do Tribunal de Contas, resolveu fazer um "tour" por Dubai.

Lá, acompanhado de comitiva, ele se hospedará no hotel mais luxuoso do mundo (veja a foto) onde, consta, há torneiras de ouro e marfim, muito mármore e granito e muito requinte no serviço de quartos.

Provavelmente ele vai lá, tocado pelas asneiras da Carta de Puebla, discursar para bilionários defendendo sua "opção pelos mais pobres".

Até nisso ele é irônico.

Off topic (ou quase!): Leia AQUI, algo interessante sobre quem foi prefeito de verdade e governador de verdade (apesar de não ser santo), que não se deixou levar por panacéias esquerdofrênicas.

5 de out. de 2008

VENCEDOR E VENCIDO

Política, apesar dos partidos, é feita de pessoas.

Vejam o caso da aliança (informal é verdade)PT/PMDB.

Foi bem em todo o país graças ao governo e à popularidade do presidente Lula, a ponto dele ter que evitar subir em alguns palanques no segundo turno. Nada que preocupe o presidente, afinal, é visível que pelos resultados do conjunto PT/PMDB, o Planalto venceu as eleições municipais com folga.

Mas aqui, no Paraná, a coisa foi radicalmente contrária. O PT e o PMDB minguaram.

Se no plano nacional, a figura do presidente Lula aglutinou eleitores, aqui, a figura do governador Requião foi deletéria e desastrosa tanto para ele mesmo, quanto para o conjunto PT/PMDB.

Nos maiores colégios eleitorais do Paraná, aquelas grandes cidades que elegem deputados e têm influência regional, o conjunto PT/PMDB fez os prefeitos de Apucarana, Paranavaí e Pinhais. Nesta última cidade, a chapa PT/PMDB venceu, e o partido de Requião ainda pôde comemorar estar na chapa vencedora em Umuarama.

E só.

Em Curitiba, a somadas as candidaturas do PT e do PMDB, chegaram a 20,07% dos votos. Em Londrina, 14,44%. Maringá, 28,75%. Lideranças consagradas de ambos os partidos foram trituradas nas urnas e quanto mais próximas se apresentaram a Requião, pior foi o resultado.

Em Curitiba, o governador Requião não conseguiu eleger sequer o seu candidato a vereador, o senhor Doático Santos, cuja votação não chegou a 1600 pessoas, apesar do empenho velado do ocupante do Palácio Iguaçú, que chegou a declarar que faria tudo ao seu alcance para eleger o amigo, convocando o PMDB a abandonar outros candidatos para dar conta da tarefa.

Requião venceu em muitas cidades pequenas, é verdade. Mas nestas cidades o voto é pulverizado por interesses internos dos mais diversos. Mesmo somadas, não podem ser consideradas como capital político porque suas bases eleitorais são instáveis e não raro, migram para o lado melhor colocado nas pesquisas, independentemente de partidos.

Lula venceu as eleições no Brasil, Requião perdeu (e feio) as eleições no Paraná.

É a tal coisa:

Lula não é nepotista. Requião é.

Lula faz um governo que agrega progresso, apesar de todas as críticas. Requião têm atrasado o Paraná a despeito de todas as críticas.

Lula aceita as críticas. Requião vai à TV Educativa para desatar ofensas contra juízes e inimigos políticos.

Lula mostra serviço. Requião vive falando da Carta de Puebla e não apresenta nada de concreto.

O povo, de certo modo, soube avaliar isso tudo.

20 de set. de 2008

CADERNOS DE VIAGEM - 10 - GUARATUBA

O litoral do Paraná é pequeno e carente de belezas em seus balneários. Em verdade, a maior parte da costa paranaense é área portuária de Paranaguá, ou de preservação ambiental como em Guaraqueçaba. Por tais razões, sequer o trecho da BR-101 existe no estado. Assim, pouco se fala de praias paranaenses, até porque elas são ruins do ponto de vista da estrutura turística, embora ótimas se o quesito for de praias, pois têm grandes faixas de areia e águas relativamente calmas.

Mas Guaratuba é exceção. É uma cidade bonita e agradável, com atrações para os turistas e uma estrutura hoteleira que, se nem próxima da que existe em Santa Catarina, ainda assim é a melhor do Paraná.

Claro que há defeitos sérios, tais como as ligações de esgoto que, justiça seja feita, têm sido alvo de fiscalização apurada do Instituto Ambiental do Paraná, mas que ainda causam vexatórios relatórios de balneabilidade, se bem que não diferentes de nenhuma outra costa no Brasil.

E é aqui pertinho, menos de uma hora de Curitiba, ou pela BR 277 passando pelo "ferry-boat" ou pela BR 376/101, à qual se chega por via rodoviária, passando por Garuva/SC.

Bem no centro histórico da cidade, a Igreja do Divino Espírito Santo.

Na mesma praça em que se encontra a igreja, há uma espécie de beco, entrada para o Porto Píer/Porto Deck, que é um conjunto de barzinhos voltados para a baía de Guaratuba, cuja vista é bonita ao entardecer.


Do mesmo lugar, parte esta escuna, que faz um passeio pela baía, que é área de preserva- ção ambiental. Consta que numa ilhota no meio dela, existe um ótimo restaurante só acessável com esta embarcação.

Vista da baía ao pôr do sol.

Vista da orla, a partir do Morro do Cristo, que é uma área um pouco degradada pelo excesso de farofeiros que se instalam por ali. Mesmo assim, vista bonita.

Esta é a marina do Iate Clube, para onde há um bar voltado, anexo a um bom restaurante que também dá vista para a baía.

Por fim, a vista do morro do Cristo.

PS: Clique nas fotos para aumentá-las.

Uso livre na internet, citada a fonte.

16 de jul. de 2008

O NEPOTISMO DO IMPERADOR

O governador do Paraná reclama que é perseguido pelo Ministério Público e pela Justiça, que o impediram de fazer uso político da TV Educativa do estado, especialmente na sessão que acostumou-se chamar de "escolinha de governo", uma reunião semanal do primeiro escalão da administração estadual, mais parlamentares, prefeitos e vereadores que se disponham a comparecer para tecer loas ao chefe, o senhor Requião, enquanto ele desata reclamações e acusações maliciosas contra seus inimigos políticos, distribui "cala-bocas" aos assessores que por alguma razão o incomodam e trata de ignorar solenemente as ordens judiciais que buscam conter sua verborragia política, se dizendo censurado.

Nesta reunião, acontecem fatos folclóricos, como o anunciado sorteio de um ônibus que seria entregue a um político que nela comparecesse, sendo que o sorteado, entre um número enorme de deputados, prefeitos e vereadores presentes, foi um integrante da Assembléia Legislativa que recebeu seu prêmio ali mesmo, um ônibus de brinquedo.

Outro fato interessante, foi um troféu que o governador passou a distribuir aos órgãos de imprensa que não lhe dizem amém, uma estátua de um rato, com o rosto de um ex-presidente da Câmara de Deputados.

Na semana passada, chegou a dizer que o MP e a Justiça o perseguem, porque não atacam com o mesmo critério o governo do presidente Lula, a quem acusou com todas as letras, de usar a TV Brasil do mesmo jeito com que ele usa a TVE, isso porque soube que foi mutado em 200 mil reais por insistir em fazer ataques personalistas no ar, ao invés de tratar apenas de questões administrativas.

Com essa linha de conduta desde o início do seu terceiro mandato, Requião acabou cercado de pessoas que não lhe inspiram a mínima auto-crítica, a tal ponto que dois ex-procuradores gerais do estado pedirem demissão em caráter irrevogável, alegando ofensas que ele praticou contra eles, insatisfeito com o seu trabalho mas sem coragem de praticar o ato de pedir-lhes o cargo.

Seus principais aliados na próxima eleição municipal de Curitiba, são os senhores Doático Santos e Carlos Moreira. Aquele, um indivíduo alçado ao cargo de Secretário Estadual Especial para Assuntos de Curitiba, basicamente por comandar uma ala do PMDB municipal cegamente fiel ao senhor Requião (note bem o leitor, ao senhor Requião, não ao governador, porque essa fidelidade vêm de muito antes de ele ser eleito para o cargo), que foi acusada, entre outros atos, de promover invasões em imóveis municipais e privados com motivos eleitorais, além de pixações pela cidade, especialmente as que contém a expressão "Requião tem razão". O segundo, ex-reitor da UFPR, que dispôs-se a concorrer à prefeitura como candidato do governador mesmo sem a mínima chance de vencer o pleito, mas com a função precípua de evitar que o PMDB promova novas lideranças, visto que eram pré-candidatos os deputados Marcelo Almeida, Reinhold Stephanes Jr. e Rodrigo Rocha Loures, além do ex-prefeito Raphael Greca de Macedo.

Em vários outros municípios, como o em que vivo, Requião interveio nas convenções e impôs candidatos. Aqui, ele mandou ordem expressa para que o candidato do PMDB se candidatasse como vice, de uma chapa formada por um apadrinhado político de um ex-prefeito, já falecido, que foi cassado por compra de votos e abuso do poder econômico, que havia recebido o apoio expresso do governador em 2004, também em detrimento do PMDB municipal, que teve candidato próprio na ocasião.

Na Assembléia Legislativa, Requião aliou-se a inúmeros deputados de baixo clero, conhecidos por mudarem de partido por conveniências políticas das mais rasteiras, quase todos ex-fiéis ao governo Jaime Lerner, figura, aliás, demonizada pelo atual governador e tratado como inimigo pessoal, muito além das lides políticas. Já o líder da sua bancada na casa é o deputado Luiz Claudio Romanelli que, para demonstrar plena submissão e lealdade, incitou a população a furar as praças de pedágio, ensinando como fazer isso por meio de um vídeo que chegou ao You Tube, além de ter declarado, com a desfaçatez típica dos puxa-sacos, que o fato de Roberto e Maurício Requião serem irmãos é uma mera coincidência, que não impediria de modo algum que o último fosse eleito para assumir uma vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas, um cargo vitalício, que defere enormes poderes políticos e com remuneração de ministro do STF.

E aí chegamos no nepotismo.

A Assembléia Legislativa alterou a Lei que determinava o modo de eleger os conselheiros do TC, passando a obrigar ao voto aberto na sessão, o que garantiu a eleição do irmão do governador para o cargo, pela política do medo e da represália. O irmão do governador, Secretário Estadual de Educação Maurício Requião, é acusado num caso da compra super-faturada de um lote enorme das chamadas "TVs laranjas", feita junto a uma empresa cuja atividade é vender móveis escolares e que foi a maior doadora de recursos para a candidatura Requião ao governo. Além disso, em momento algum houve pela "base aliada", algum tipo de questionamento no sentido de comprovar em Maurício, alguma experiência e conhecimentos em administração, contabilidade e direito públicos, sem contar que, por ser irmão de Roberto Requião, o novo conselheiro não poderá atuar no julgamento de contas dos órgãos estaduais e ou municipais, onde o familiar de primeiro grau tenha tido mais de 3% dos votos, ou seja, não poderá fazer absolutamente nada, pelo menos até que o governador se aposente da vida pública, o que não é plausível, até porque já se sabe que ele é candidato ao Senado ou à Presidência da República em 2010.

Mesmo assim, foi eleito, desta vez com a unanimidade da dita "base aliada" e a omissão da oposição, que preferiu não comparecer à sessão ou abster-se. E o fato interessante nisso tudo - aventa-se que o senhor Carlos Moreira o substituirá na Secretaria de Educação, o que demonstra que a candidatura deste nada mais é que uma forma de manter o PMDB em rédea curta.

Enfim, o Paraná atingiu um novo patamar na prática imoral do nepotismo. Agora, o Poder Legislativo curva-se à personalidade instável do Chefe do Executivo para lhe fazer agrados familiares, e este se justifica dizendo que não há lei que impeça seu irmão de concorrer ao cargo. É o típico caso de ato legal, mas imoral, a diferença é que foi praticado pela influência de um político acostumado a um discurso histriônico de uma honestidade e ética que, agora, parece relativa, e não mais absoluta como a que defendia nos palanques há tempos atrás. Mesma relatividade aplicada aos interesses políticos de adonar-se de um partido sabe Deus por quais razões.

11 de mar. de 2008

EM PLENA CAMPANHA ELEITORAL

O governador do Paraná declarou hoje que o estado tem o melhor sistema penitenciário do Brasil. Declarou ainda que o sistema penitenciário estadual é melhor e mais eficiente até que o dos EUA, e atribuiu a alta criminalidade constatada em Curitiba ao regime de progressão das penas dos crimes hediondos, que possibilitam a evasão de condenados da Colônia Penal Agrícola, indivíduos estes que voltam para o crime porque, condenados e foragidos, precisam dele para sobreviver.

Em outras palavras, disse que a culpa da criminalidade é do Poder Judiciário, e lavou as mãos.

Ontem, por sua vez, a candidata petista à Prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann (esposa do ministro do planejamento, Paulo Bernardo) declarou que a alta criminalidade de Curitiba é fruto da falta de políticas sociais.

É bom informar que nas eleições municipais passadas, o governador e seu grupo dentro do PMDB praticamente expulsaram do partido quem se recusou a apoiar de primeira hora a candidatura do petista Ângelo Vanhoni.

E o mesmo grupo que defenestrou o deputado Gustavo Fruet do partido em 2004, mantém as rédeas dele na cidade até hoje, dando sustentação ao governo de Requião, do qual o PT é aliado fiel.

Sem candidato viável, e dado que o PT é aliado de Requião no estado, é certo que tanto o partido quanto o governador Requião apoiarão Hoffmann se ocorrer um segundo turno na capital do Paraná..

Mas Curitiba é hoje uma das capitais mais violentas do Brasil, e esse será o mote principal da campanha.

Tanto será, que o prefeito Beto Richa criou de afogadilho uma secretaria especial anti-drogas em ano eleitoral.

O que vai acontecer é o PT e o PMDB acusando o PSDB de Richa de negligenciar políticas sociais, e este afirmando que políticas sociais existem, o que não existe mais é polícia, porque a Secretaria de Segurança Pública do estado perdeu muito tempo brigando com o Ministério Público para que seu titular não perdesse o cargo de Promotor de Justiça do qual se licenciou para adentrar à política.

Mas vamos aos fatos graves:

- Ontem um grupo de vândalos atacou uma rua inteira no bairro do Batel e, chamada a PM, os moradores foram informados que para os dois bairros daquela região (Batel e Bigorrilho), só há uma viatura e ela não poderia atender a ocorrência.

- Assassinatos contam-se às dezenas a cada fim de semana, tanto na capital, quanto na paupérrima região metropolitana, cujos municípios são currais eleitorais de deputados estaduais de baixíssimo clero que apóiam o governador do mesmo jeito que apoiávam o ex-governador Jaime Lerner, de viés ideológico completamente diferente.

- Várias delegacias do estado e de Curitiba sofrem processos de interdição a pedido da Comissão de Direitos Humanos da OAB e mesmo de fiscalizações sanitárias, por não atenderem mínimos requisitos de higiene, vez que hoje sua superlotação funciona como um sistema prisional provisório ao sistema oficial que o governador alega ser ótimo.

- Dias atrás, o jornal Tribuna do Paraná informou que as aposentadorias, baixas ou falecimentos de PM(s) não correspondem a concursos em mesmo número, de modo que o efetivo da tropa vem caindo substancialmente durante o governo Requião.

Já contei para os leitores que na minha cidade e em Itaperuçú, distantes 30km do centro de Curitiba, não há policiamento ostensivo e consta que há apenas um soldado para atender às duas localidades, que somadas, contabilizam 50 mil habitantes, e que estão à mercê de traficantes de drogas e "jacuboys" que ligam suas aparelhagens de som no volume mais alto possivel em qualquer lugar e em qualquer horário do dia ou da noite. Pior que isso, os "jacuboys" causam acidentes de trânsito e na semana passada, uma vítima de um acidente destes quase foi linchada pelos "jovens" que não admitem que seus excessos de drogas, de álcool, de velocidade, de falta de educação e de música alta, sejam objeto de qualquer tipo de reclamação.

E o governador, com essa declaração, tenta esconder o desgoverno que preside, protegendo seus interesses eleitorais, pois é certo que o PT dirá na campanha inteira que Curitiba é violenta porque faltam políticas sociais, o que não é verdade, porque a cidade mantém programas de habitação, saúde, educação, lazer e inserção social melhores que os da maioria das cidades do Brasil, apesar de insuficientes, como o de todas as cidades do Brasil, inclusive as administradas pelo póprio PT e pelo PMDB.

Enfim, estão todos em campanha, mas a segurança pública, que depende de policiamento ostensivo, está abandonada e o governador prefere tapar o sol com a peneira, ao dizer que fugitivos da Colônia Penal promovem o terror que a polícia paranaense têm sido impotente em combater.

O que eu peço, como cidadão, é menos política eleitoreira e mais política de segurança. Mas fazendo isso,arrisco ser chamado de direitista ou tucano, com inveja de quem recebe bolsa-familia.

28 de jan. de 2008

PRÓS E CONTRAS SOBRE O GOVERNADOR DO PARANÁ

Por mais que eu seja oposição e não goste dele, não posso deixar de dizer que Roberto Requião do Mello e Silva, governador do Paraná, tem uma folha de serviços pelo estado. Ninguém se elege governador três vezes sem méritos, e isso deve ser ressaltado ao tratar da figura polêmica do atual ocupante do Palácio Iguaçú.

Foi bom governador nas gestões 1991/1994 e 2003/2006, marcadas por rigor administrativo-fiscal, controle das contas públicas e gestões tributárias eficientes. Eu mesmo votei nele em duas ocasiões. Em 2002 porque o segundo mandato de Jaime Lerner foi horroroso e não fez absolutamente nada pela região onde vivo. E em 2006, porque ele, Requião, cumpriu a promessa velada feita na frente da minha casa, de recapar a PR-092 e asfaltá-la entre Rio Branco do Sul e Cerro Azul no seu segundo mandato.

Foi um deputado estadual combativo e fiscalizador, e um senador atuante.

Tem algumas virtudes difíceis de encontrar nos políticos brasileiros, como a oratória, a boa cultura e formação acadêmica e conhecimento de administração pública, tanto em teoria quanto na prática.

Porém, tem aparecido na mídia nacional nas últimas semanas à guisa da suposta censura por parte da Justiça, mais especificamente uma decisão proferida pelo desembargador-federal da 4ª Região, Edgard Antonio Lippmann Junior, contra quem, em represália, o governador insinuou numa entrevista à Folha de S.Paulo o crime de vender sentenças.

Requião se acha censurado por não poder utilizar a TV Educativa para atacar seus adversários, que são muitos e cuja lista nunca pára de crescer, uma vez que ele não admite qualquer alusão a defeitos de sua paralisada terceira gestão à frente do estado do Paraná.

Diz que não tem espaço na mídia e obriga-se a usar a TV Educativa como único órgão que lhe restou para para apresentar as suas versões para os muitos fatos noticiados sobre seu governo, bem como prestar contas de suas realizações.

Contra o Judiciário a briga já é antiga, vêm desde o primeiro mandato, porque o governador simplesmente acostumou-se a não cumprir decisões judiciais, especialmente as de reintegração de posse de invasões do MST, que no Paraná tem trânsito livre inclusive para fechar e vandalizar praças de pedágio.

Já o Ministério Público é inimigo porque ousa discutir o nepotismo no governo estadual, onde 8 parentes próximos ao governador ocupam altos cargos administrativos, mas o número de familiares chega a mais de 40, considerando também os cargos de segundo escalão.

Outra reclamação do governador, é sobre uma suposta perseguição implacável contra o superintendente do Porto de Paranaguá, seu irmão Eduardo.

Nesse caso, em defesa dos Requião, deve-se dizer que eles têm razão ao reclamar da RPC (Rede Globo local) que, ao noticiar a fila de caminhões para o desembarque de soja na época da colheita, usou imagens de arquivo e inflou o problema que se repete todos os anos, mas não é tão grave quanto o noticiado.

Mas isso não significa que o porto não tenha problemas, até porque perdeu clientela e movimento, ao não aceitar exportar produtos transgênicos, não modernizar a área de containeres e postergar indefinidamente as obras de aumento da calha e dragagem do Canal da Galheta, sem as quais os navios de grande porte não poderão mais operar ali.

E as concessionárias de pedágio são objeto de eterna diatribe, mesmo tendo a recentemente demissionária ex-procuradora geral do Estado, Josélia Nogueira Broliani, declarado em alto e bom som que ainda não houve acordo com elas para reduzir as tarifas apenas e tão somente porque o governador prefere manter a discussão.

Vejam, não foi foi a imprensa, nem o MP e muito menos o Judiciário que sugeriu a declaração da ex-assessora de confiança de Requião, e que saiu às turras do governo, tal qual o procurador-geral anterior, Sergio Botto de Lacerda e também uma terceira figura de proa da segunda gestão, o ex-governador Paulo Pimentel, que foi o presidente da COPEL que reergueu a companhia, tornando-a uma das maiores energéticas do país (com méritos também para o governador, sejamos justos) mas que saiu do governo pondo seus jornais em claro e imediato oposicionismo.

E também não se pode dizer que o governador não tem espaço na mídia, quando o estado carreia as verbas estaduais de publicidade apenas para veículos que nunca criticam a administração pública, muito embora de repercussão mínima ou inexistente.

O jornal HoraH de Curitiba, ligado ao PMDB e ao MR-8, e a TV Exclusiva, receberam gordas verbas publicitárias, que chegam a ser desproporcionais às suas repercussão, tiragem e audiência. Mas eles dão o espaço quando e como o governador queira, de tal maneira que nem mesmo há censura sobre um suposto dossiê contra o juiz Lippmann, que tais órgãos fizeram questão de divulgar.

Se parte da mídia lhe tem má vontade e foi injusta em um dos aspectos do porto, ela não inventou os problemas que o afligem, como o caso das TV laranjas, uma licitação em que o estado adquiriu TV(s) de uma empresa que vende móveis escolares e de escritório, e que coincidentemente foi a maior doadora de recursos para a campanha do PMDB em 2006.

O preço unitário das TV(s) vendidas ao governo, foi comprovadamente superior ao encontrado em lojas de eletrodomésticos, mesmo com o negócio contando com isenção do ICMS e em grande quantidade, o que deveria baixar sensivelmente o preço final unitário. Os documentos foram trazidos à baila pela oposição, mas são oficiais, não foram forjados por jornais e TV(s).

A reclamação de ser ignorado cai por terra justamente em situações como esta, em que o governador é manchete de todos os grandes órgãos de comunicação do estado e ainda por cima recebe espaço na Folha de S.Paulo, órgão de imprensa que certa feita ele classificou de "jornalão de direita", mas onde teve espaço para disparar a grave insinuação supra citada.

Logo, tanto quanto a mídia não ignora o governador, censura não há, até porque esta se caracteriza como ato de arbitrariedade e contra legem, o que não ocorre numa decisão judicial que determina o uso de um bem público, a TV Educativa, para os fins para os quais foi criada, o que não inclui o uso proselitista por governante.

Censura seria lacrar a TV Exclusiva ou apreender as tiragens do jornal HoraH, coisa que a Justiça não fez.

Com efeito, o governador não está impedido de dar entrevistas (como deu à Folha) ou de pagar publicidade oficial para esclarecer questões relativas à sua administração.

Ele não sofre censura. O problema é que seu terceiro mandato é marcado por discussões estéreis, falta de foco e reclamação excessiva contra a imprensa, decorrente do fato do governador atribuir a ela sua vitória por apenas 10 mil votos nas eleições de 2006.

Até hoje, parece que o governador não se conforma que venceu.

14 de nov. de 2007

NOTAS PARANAENSES

1. Tá em ordem ou não?

O governo do Paraná, segundo a imprensa de Curitiba, anda às voltas com uma crise financeira. Especula-se que haja um rombo de caixa de 200 milhões de reais, que o governador e seu líder na Assembléia Legislativa negam, dizendo que não há problema algum e que o Paraná tem suas contas em dia.

No entanto, mandou ontem um projeto para a AL, aumentando a alíquota do IPVA e diminuindo o desconto para seu pagamento à vista, sem contar um outro projeto anterior, que aumenta as taxas do DETRAN em até 230%.

Fica a pergunta: Se as contas estão em ordem, para que o uso da clássica receita de aumentar os impostos?

2. Inimigos:

O governador Requião é pródigo em colecionar inimigos. Desde ex-secretários e correligionários, passando pelo Ministério Público, pela Justiça e incluindo praticamente todos os órgãos de imprensa mais importantes do estado, até os que o apóiavam incondicionalmente, como os jornais O Estado e A Tribuna do Paraná.

Esses jornais são de propriedade do ex-governador e ex-presidente da COPEL, o jornalista Paulo Pimentel, um dos apoiadores mais fiéis e competentes deste governo. Pimentel saneou a empresa que recebeu praticamente quebrada do governo Jaime Lerner, que a queria privatizada.

Mas de modo estranho, tão logo Pimentel saiu do governo, passou a atacar Requião e informar seus leitores dos grandes problemas administrativos do estado, todos eles negados por Requião, que se utiliza da TV Educativa do estado de forma personalista na tentativa de se defender de fatos que ele nega, mas ao mesmo tempo não explica.

3. Estranhezas:

Não gosto dele, sou oposição e quero Requião, sua família e seus áulicos todos longe do Palácio Iguaçú.

Mas não posso negar que ele não é mau governador, porque tem razão em brigar contra os pedágios abusivos, porque saneou a COPEL que hoje é uma empresa energética valiosíssima, sem contar muitas obras relevantes, como os quase 100 km de asfalto novo e/ou recuperado só aqui na região onde moro e, principalmente,porque desde que assumiu as pequenas empresas foram tratadas como tal, o tratamento administrativo e tributário diferenciado.

Mais do que isso, contra a controvertida figura pessoal dele não existe uma única denúncia de corrupção, o que é um ponto importante, considerando-se a situação geral do país.

O que causa estranheza é esse comportamento 8 ou 80. Amigos que saem do governo atirando e este, cada vez mais defendido por políticos medíocres da raia miúda, em detrimento de gente competente que se afasta do governador que por sua vez começa a tratá-los como se fossem inimigos de décadas.

PS: O Marcus Mayer, que não é meu parente, embora pela similaridade de pensamento até poderia ser, me agraciou com um prêmio blogger, o "Escritores da Liberdade". Eu fico lisongeado, porque, como eu escrevi no blog dele, é um título bonito mas também de responsabilidade, porque LIBERDADE é o valor humano mais caro e ao mesmo tempo mais difícil de defender e, se sou reconhecido como defensor dela, me sobra apenas a obrigação de agradecer, e a responsabilidade de continuar a missão, porque elatem muitos inimigos e milhões de admiradores, mas defensores são poucos, pouquíssimos!Vou deixar aqui a minha lista de “Escritores da Liberdade”. Pouco me importa se eles não gostam de me-mes (e não gostam mesmo!), se não aceitam os tais prêmios blogger e até se vão lançar contra mim a Praga dos Camelos Tibetanos, porque, na minha visão, eles defendem a liberdade também. São eles: Ricardo Rayol, David, Magui, André Wernner e Tunico.

PS2: Luz de Luma recebeu um premio internacional, ficou em segundo lugar numa escolha entre blogs latinos. Parabéns Luma, você e a beleza do seu blog merecem!

16 de jul. de 2007

PORTO UNIÃO E AS VIAS FÉRREAS NO BRASIL

Neste fim de semana visitei as cidades de Porto União/SC e União da Vitória/PR, que foram divididas quando da questão do Contestado, muito embora sejam um único aglomerado urbano.

Meus amigos de lá me disseram que a linha férrea que cruza a cidade e demarca as divisas entre Paraná e Santa Catarina, era, há 40 anos, internacional, pois levava cargas e passageiros de São Paulo até o Uruguai e de lá, até a Argentina. O tempo passou e ficou a lindíssima estação ferroviária das fotos, com a Maria-Fumaça que resiste ao tempo e apenas uma, das duas linhas originais do trem.

Divaguei do por que de abandonar as linhas férreas desse jeito, e recebi uma resposta para pensar: houve um lobby colossal da indústria automobilística, incluindo a de pneus e a de petróleo, para acabar com as estradas de ferro e privilegiar o caminhão, com o trágico resultado do atraso do transporte ferroviário brasileiro, que seria a solução para a maior parte dos gargalos de logística que temos.

Deixo as fotos das cidades, a linda estação ferroviária, a maria-fumaça e a ponte de arcos sobre o Rio Iguaçú. Belas cidades, ambas com mais de 100 anos de existência:

Fachada da estação, na divisa entre os municípios, é simétrica, dois lados iguais.


A gare, em arquitetura arrojada.


A maria-fumaça.






Ponte dos arcos.


PS: Clique nas fotos para aumentá-las.
PS2: A data das fotos está, obviamente, errada!

19 de jun. de 2007

ROMBO

Notícia na Tribuna do Paraná de hoje, dá conta de um rombo nas contas públicas do Paraná. Diz a frase de chamada: R$100 milhões em contas atrasadas. É a situação do caixa do governo do Estado. Fábio Campana revela, também, o risco de atraso no pagamento do funcionalismo.

O bolivariano governador Requião, admirador dos métodos de Hugo Chaves, pródigo em prestigiar os áulicos pouco competentes em detrimento dos quadros capacitados de sua administração, em acusar a imprensa de venal e reclamar por ter vencido a eleição por apenas 10 mil votos, revela agora que seu governo é tão ruim ou pior que o do tão mal falado antecessor, Jaime Lerner, criticado obcessivamente na dita "escolinha", uma reunião semanal do secretariado, transmitida ao vivo e a cores pela TV Educativa, onde ele, o governador, aciona sua metralhadora giratória contra toda e qualquer pessoa que não concorde com ele em gênero, número e grau e busca culpados externos por todos os problemas que eventualmente lhe afligem a administração.

Mais um motivo para Santa Catarina homenageá-lo: com um governador assim, qualquer investidor correrá para o estado vizinho, como já fizeram os clientes do porto de Paranaguá, que correram para Itajaí.

3 de jun. de 2007

UM PLANETA LIMPO: AS SACOLAS PLÁSTICAS




Esta blogagem coletiva é de iniciativa do Lino Resende, sempre a levantar grandes temas em favor da humanidade, como já fez tempos atrás na campanha "Eu quero é paz" cujo selo está no final desta página.

É relevante. Não se trata apenas de teoria ecológica como fazem uns, mas de prática de princípios ambientais que de demagógicos não têm absolutamente nada. Quanto mais sujamos o meio em que vivemos, menos capacidade ele tem de se recuperar, de modo que cabe a nós mantermos o planeta limpo, para que natureza faça a sua parte.

As vezes pansamos que praticar princípios ambientais é difícil, mas isso não é verdade. Eu vou tratar de apenas um aspecto desta questão, as sacolas plásticas.

Aqui no Paraná, o Ministério Público e o PROCON/PR convocaram as grandes redes de supermercados para tratar desse tema pouco abordado quando se fala em lixo e limpeza, as sacolas plásticas que os estabelecimentos varejistas entregam a seus clientes, que são contadas aos milhões por dia só por aqui.

Pois bem, o MP e o PROCON do Paraná descobriram que as sacolas oxibiodegradáveis custam no máximo 5% mais caro que as comuns.

Acontece que estas sacolas são as mesmas utilizadas hoje, mas produzidas com um aditivo que quebra as moléculas do plástico após certo tempo, de modo que reduzem em muito o problema ambiental. São uma verdadeira praga, pior que furacões e maremotos, porque elas são misturadas com material orgânico, o que torna difícil que sejam recicladas. Veja o leitor a quantidade delas que são vistas às beiras de rios, nos lixões ou nas bocas-de-lobo a cada chuva mais forte. Além de seu uso impedir a reciclagem, no meio ambiente elas sufocam animais e impermeabilizam o solo e as várzeas de rios, diminuindo a vida aquática, sufocando animais e plantas e impedindo o crescimento de vegetação rasteira.

A idéia do MP e do PROCON do Paraná é simples: se as grandes redes aderirem às sacolas oxibiodegradáveis, o preço delas cai e torna-se possível exigi-las de todos os estabelecimentos varejistas. Se todos adotarem, a degradação natural delas facilitará a separação de lixo orgânico do inorgânico, aumentará a vida útil dos lixões e tornará mais limpo o meio ambiente.

Aqui, haverá um prazo para os supermercados adotarem as novas sacolas ou substituí-las por práticas e materiais menos ou não agressivos ao meio-ambiente. Quando o prazo vencer, eu vou exigir de cada estabelecimento onde comprar, o uso compulsório delas. Se o leitor fizer o mesmo, será um pequeno passo em prol da limpeza do planeta... mas mesmo a mais longa das viagens, inicia-se sempre com apenas um passo.

PS:

É verdade que estou adiantado, pois a blogagem é para 5 de junho. Mas compromissos profissionais me impedirão de escrever durante a semana. Peço aos meus leitores que visitem várias páginas no dia 5, deixem seus comentários e dêem idéias e sugestões. Todo e qualquer esforço que fizermos com esse assunto, terá como recompensa a bondade extrema da mãe natureza, que nunca nos faltou. Não faltemos à ela!

2 de mai. de 2007

O BRASIL EM TÓPICOS

1. A CPI DO APAGÃO AÉREO:

Segundo o jornal da CBN, o PMDB analisa com cuidado quem vai indicar para compor a CPI do Apagão Aéreo, que o governo tentou impedir de todas as maneiras.

A idéia, segundo a reportagem, é ser o último partido a indicar os membros da comissão porque o governo ainda não decidiu-se sobre alguns cargos do segundo escalão da administração pública. Se o governo liberar os tais cargos para o partido, os indicados para a CPI serão parlamentares dos mais afinados com o Planalto. Se não liberar, o PMDB vai indicar outros, menos afinados.

Partido da base aliada é assim mesmo né? Apoio total!!!

2. O SORTEIO DO REQUIÃO:

Apareceu hoje na Assembléia Legislativa do Paraná, uma circular supostamente assinada pelo secretário chefe da casa civil do governo estadual, Rafael Iatauro, convidando os senhores deputados aliados a participarem da chamada "escolinha de governo", que é uma ocasião semanal em que, com transmissão direta pela TV Educativa, Requião desanca seus inimigos políticos, fala mal da imprensa, baba ovo em favor de Hugo Chaves e dá um jeito de falar mal do ex-governador Jaime Lerner.

Segundo os relatos, a circular promete que os deputados que participarem de 4 sessões semanais consecutivas estarão concorrendo ao sorteio de um ônibus, que deverá ser entregue para uma cidade indicada pelo parlamentar, portanto, da sua base política.

Ainda não entendi se é piada, coação ou suborno. Ou se é os três...

25 de abr. de 2007

UM PERIGO QUE VEM DO SUL

Desde que foi reeleito por margem de pouco mais de 10 mil votos, o governador do Paraná, Roberto Requião, aproveita toda e qualquer oportunidade para atacar os órgãos de imprensa, denegrir adversários políticos e arranjar outros, à guisa de difamar quem não concorda exatamente com tudo o que ele pensa, além de vingar-se do que ele entende que foi uma campanha orquestrada pela imprensa durante as eleições, para tirá-lo do Palácio Iguaçú.

Para o leitor ter uma idéia, o dono dos jornais Tribuna e Estado do Paraná, Paulo Pimentel, foi candidato a senador na chapa do governador em 2002. Eleito Requião, Pimentel foi nomeado presidente da COPEL, um dos cargos públicos mais cobiçados e importantes no estado.

Em meados de 2006, Paulo Pimentel retirou-se da COPEL após um extraordinário trabalho de recuperação da empresa (que fez dela uma das maiores do mundo em sua área) e poucos dias depois, seus jornais que sempre estiveram sobre o muro, noticiaram fatos corriqueiros da administração estadual, mas que, por várias razões, feriram o ego do governador, que passou a tratar Pimentel como (mais) um inimigo a ser bombardeado sem dó nem piedade.

Não bastasse a briga anterior que o governador já tinha com o maior grupo de comunicação do estado, a RPC, ele passou então a atirar contra o GPP, de Pimentel, que é o segundo lugar no ranking das comunicações paranaenses e, em contrário do que acontece no resto do país, muito próximo em faturamento e "share" publicitário da associada das organizações Globo.

Fora isso, o governo Requião boicota também as organizações Folha de Londrina, de propriedade do ex-ministro e senador José Eduardo de Andrade Vieira. E mais que isso, todos os pequenos órgãos de imprensa são ignorados e tratados a caneladas pelo governo do Estado, que para tentar compensar esse estrago da área de comunicação social, hoje, pateticamente remete malas diretas para jornalistas como estratégia de comunicação.

Pior, transformou a TV Educativa em uma TV estatal no melhor estilo daquelas que existem em Cuba, na Coréia do Norte e na Venezuela e que existiam na antiga Cortina de Ferro. Com efeito, a TVE do Paraná hoje serve de palanque eletrônico pouco eficaz para as aparições diárias do senhor governador, sempre generoso em atacar adversários e não discutir as várias denúncias de corrupção que a imprensa têm levantado e seus assessores não têm explicado, mesmo não sendo demitidos apesar de constrangerem a figura do governador que, diga-se em sua defesa, é um homem sobre quem não pesa nenhuma denúncia de corrupção, embora se saiba que responde dezenas de ações cíveis e criminais por difamação e calúnia.

Com efeito, o problema até não seria esse, se a administração estadual não estivesse imobilizada com um secretariado provisório e poucas ações concretas, todas elas abafadas pelos ímpetos vingativos do senhor governador, que por mera contrariedade chega a levantar suspeita de fraude em licitação por pregão eletrônico, promovida pela sua própria administração, caso acontecido recentemente, quando o Grupo Paulo Pimentel venceu a concorrência da COPEL para publicar suas demonstrações financeiras, quando o governador alegou que este grupo entrou em acordo com a RPC para tanto, um verdadeiro disparate, considerando-se que a concorrência entre as empresas é acirrada em todo o estado.

Escrevo tudo isso, porque Requião é candidato declarado à presidência da república e eu já notei que, fora do Paraná, ele conta com um "status" de homem público corajoso e impoluto, um verdadeiro caçador de bruxas ou marajás, exatamente o tipo de político populista que o Brasil já cansou de eleger com sérias consequências.

É certo que ainda é cedo para tratar da presidência em 2010, mas devemos nos prevenir. Acho que o candidato à sucessão que tiver o apoio do presidente Lula será franco-favorito e embora o presidente venha se mostrando coerente e sereno em relação a isso, a radicalização do processo político pode levar a uma candidatura de Requião, que além de todos os defeitos (e virtudes) já citados, é declarado bolivariano, inclusive nos métodos políticos adotados pelo coronel ditador da Venezuela.

Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. O aviso está dado.

PS:
Sandro e Blogildo.
Obrigado pelos comentários. Eu não disse que Requião tem chances, disse que, dependendo da radicalização do processo político, ele pode ter chances, porque é um radical linha dura, stalinista bolivariano de carteirinha. Ele agrada os petistas, na remota hipótese do PT cumprir o trato de deixar o PMDB lançar candidato à presidencia em 2010,

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...