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11 de mar. de 2008

EM PLENA CAMPANHA ELEITORAL

O governador do Paraná declarou hoje que o estado tem o melhor sistema penitenciário do Brasil. Declarou ainda que o sistema penitenciário estadual é melhor e mais eficiente até que o dos EUA, e atribuiu a alta criminalidade constatada em Curitiba ao regime de progressão das penas dos crimes hediondos, que possibilitam a evasão de condenados da Colônia Penal Agrícola, indivíduos estes que voltam para o crime porque, condenados e foragidos, precisam dele para sobreviver.

Em outras palavras, disse que a culpa da criminalidade é do Poder Judiciário, e lavou as mãos.

Ontem, por sua vez, a candidata petista à Prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann (esposa do ministro do planejamento, Paulo Bernardo) declarou que a alta criminalidade de Curitiba é fruto da falta de políticas sociais.

É bom informar que nas eleições municipais passadas, o governador e seu grupo dentro do PMDB praticamente expulsaram do partido quem se recusou a apoiar de primeira hora a candidatura do petista Ângelo Vanhoni.

E o mesmo grupo que defenestrou o deputado Gustavo Fruet do partido em 2004, mantém as rédeas dele na cidade até hoje, dando sustentação ao governo de Requião, do qual o PT é aliado fiel.

Sem candidato viável, e dado que o PT é aliado de Requião no estado, é certo que tanto o partido quanto o governador Requião apoiarão Hoffmann se ocorrer um segundo turno na capital do Paraná..

Mas Curitiba é hoje uma das capitais mais violentas do Brasil, e esse será o mote principal da campanha.

Tanto será, que o prefeito Beto Richa criou de afogadilho uma secretaria especial anti-drogas em ano eleitoral.

O que vai acontecer é o PT e o PMDB acusando o PSDB de Richa de negligenciar políticas sociais, e este afirmando que políticas sociais existem, o que não existe mais é polícia, porque a Secretaria de Segurança Pública do estado perdeu muito tempo brigando com o Ministério Público para que seu titular não perdesse o cargo de Promotor de Justiça do qual se licenciou para adentrar à política.

Mas vamos aos fatos graves:

- Ontem um grupo de vândalos atacou uma rua inteira no bairro do Batel e, chamada a PM, os moradores foram informados que para os dois bairros daquela região (Batel e Bigorrilho), só há uma viatura e ela não poderia atender a ocorrência.

- Assassinatos contam-se às dezenas a cada fim de semana, tanto na capital, quanto na paupérrima região metropolitana, cujos municípios são currais eleitorais de deputados estaduais de baixíssimo clero que apóiam o governador do mesmo jeito que apoiávam o ex-governador Jaime Lerner, de viés ideológico completamente diferente.

- Várias delegacias do estado e de Curitiba sofrem processos de interdição a pedido da Comissão de Direitos Humanos da OAB e mesmo de fiscalizações sanitárias, por não atenderem mínimos requisitos de higiene, vez que hoje sua superlotação funciona como um sistema prisional provisório ao sistema oficial que o governador alega ser ótimo.

- Dias atrás, o jornal Tribuna do Paraná informou que as aposentadorias, baixas ou falecimentos de PM(s) não correspondem a concursos em mesmo número, de modo que o efetivo da tropa vem caindo substancialmente durante o governo Requião.

Já contei para os leitores que na minha cidade e em Itaperuçú, distantes 30km do centro de Curitiba, não há policiamento ostensivo e consta que há apenas um soldado para atender às duas localidades, que somadas, contabilizam 50 mil habitantes, e que estão à mercê de traficantes de drogas e "jacuboys" que ligam suas aparelhagens de som no volume mais alto possivel em qualquer lugar e em qualquer horário do dia ou da noite. Pior que isso, os "jacuboys" causam acidentes de trânsito e na semana passada, uma vítima de um acidente destes quase foi linchada pelos "jovens" que não admitem que seus excessos de drogas, de álcool, de velocidade, de falta de educação e de música alta, sejam objeto de qualquer tipo de reclamação.

E o governador, com essa declaração, tenta esconder o desgoverno que preside, protegendo seus interesses eleitorais, pois é certo que o PT dirá na campanha inteira que Curitiba é violenta porque faltam políticas sociais, o que não é verdade, porque a cidade mantém programas de habitação, saúde, educação, lazer e inserção social melhores que os da maioria das cidades do Brasil, apesar de insuficientes, como o de todas as cidades do Brasil, inclusive as administradas pelo póprio PT e pelo PMDB.

Enfim, estão todos em campanha, mas a segurança pública, que depende de policiamento ostensivo, está abandonada e o governador prefere tapar o sol com a peneira, ao dizer que fugitivos da Colônia Penal promovem o terror que a polícia paranaense têm sido impotente em combater.

O que eu peço, como cidadão, é menos política eleitoreira e mais política de segurança. Mas fazendo isso,arrisco ser chamado de direitista ou tucano, com inveja de quem recebe bolsa-familia.

2 de mai. de 2007

O BRASIL EM TÓPICOS

1. A CPI DO APAGÃO AÉREO:

Segundo o jornal da CBN, o PMDB analisa com cuidado quem vai indicar para compor a CPI do Apagão Aéreo, que o governo tentou impedir de todas as maneiras.

A idéia, segundo a reportagem, é ser o último partido a indicar os membros da comissão porque o governo ainda não decidiu-se sobre alguns cargos do segundo escalão da administração pública. Se o governo liberar os tais cargos para o partido, os indicados para a CPI serão parlamentares dos mais afinados com o Planalto. Se não liberar, o PMDB vai indicar outros, menos afinados.

Partido da base aliada é assim mesmo né? Apoio total!!!

2. O SORTEIO DO REQUIÃO:

Apareceu hoje na Assembléia Legislativa do Paraná, uma circular supostamente assinada pelo secretário chefe da casa civil do governo estadual, Rafael Iatauro, convidando os senhores deputados aliados a participarem da chamada "escolinha de governo", que é uma ocasião semanal em que, com transmissão direta pela TV Educativa, Requião desanca seus inimigos políticos, fala mal da imprensa, baba ovo em favor de Hugo Chaves e dá um jeito de falar mal do ex-governador Jaime Lerner.

Segundo os relatos, a circular promete que os deputados que participarem de 4 sessões semanais consecutivas estarão concorrendo ao sorteio de um ônibus, que deverá ser entregue para uma cidade indicada pelo parlamentar, portanto, da sua base política.

Ainda não entendi se é piada, coação ou suborno. Ou se é os três...

25 de abr. de 2007

UM PERIGO QUE VEM DO SUL

Desde que foi reeleito por margem de pouco mais de 10 mil votos, o governador do Paraná, Roberto Requião, aproveita toda e qualquer oportunidade para atacar os órgãos de imprensa, denegrir adversários políticos e arranjar outros, à guisa de difamar quem não concorda exatamente com tudo o que ele pensa, além de vingar-se do que ele entende que foi uma campanha orquestrada pela imprensa durante as eleições, para tirá-lo do Palácio Iguaçú.

Para o leitor ter uma idéia, o dono dos jornais Tribuna e Estado do Paraná, Paulo Pimentel, foi candidato a senador na chapa do governador em 2002. Eleito Requião, Pimentel foi nomeado presidente da COPEL, um dos cargos públicos mais cobiçados e importantes no estado.

Em meados de 2006, Paulo Pimentel retirou-se da COPEL após um extraordinário trabalho de recuperação da empresa (que fez dela uma das maiores do mundo em sua área) e poucos dias depois, seus jornais que sempre estiveram sobre o muro, noticiaram fatos corriqueiros da administração estadual, mas que, por várias razões, feriram o ego do governador, que passou a tratar Pimentel como (mais) um inimigo a ser bombardeado sem dó nem piedade.

Não bastasse a briga anterior que o governador já tinha com o maior grupo de comunicação do estado, a RPC, ele passou então a atirar contra o GPP, de Pimentel, que é o segundo lugar no ranking das comunicações paranaenses e, em contrário do que acontece no resto do país, muito próximo em faturamento e "share" publicitário da associada das organizações Globo.

Fora isso, o governo Requião boicota também as organizações Folha de Londrina, de propriedade do ex-ministro e senador José Eduardo de Andrade Vieira. E mais que isso, todos os pequenos órgãos de imprensa são ignorados e tratados a caneladas pelo governo do Estado, que para tentar compensar esse estrago da área de comunicação social, hoje, pateticamente remete malas diretas para jornalistas como estratégia de comunicação.

Pior, transformou a TV Educativa em uma TV estatal no melhor estilo daquelas que existem em Cuba, na Coréia do Norte e na Venezuela e que existiam na antiga Cortina de Ferro. Com efeito, a TVE do Paraná hoje serve de palanque eletrônico pouco eficaz para as aparições diárias do senhor governador, sempre generoso em atacar adversários e não discutir as várias denúncias de corrupção que a imprensa têm levantado e seus assessores não têm explicado, mesmo não sendo demitidos apesar de constrangerem a figura do governador que, diga-se em sua defesa, é um homem sobre quem não pesa nenhuma denúncia de corrupção, embora se saiba que responde dezenas de ações cíveis e criminais por difamação e calúnia.

Com efeito, o problema até não seria esse, se a administração estadual não estivesse imobilizada com um secretariado provisório e poucas ações concretas, todas elas abafadas pelos ímpetos vingativos do senhor governador, que por mera contrariedade chega a levantar suspeita de fraude em licitação por pregão eletrônico, promovida pela sua própria administração, caso acontecido recentemente, quando o Grupo Paulo Pimentel venceu a concorrência da COPEL para publicar suas demonstrações financeiras, quando o governador alegou que este grupo entrou em acordo com a RPC para tanto, um verdadeiro disparate, considerando-se que a concorrência entre as empresas é acirrada em todo o estado.

Escrevo tudo isso, porque Requião é candidato declarado à presidência da república e eu já notei que, fora do Paraná, ele conta com um "status" de homem público corajoso e impoluto, um verdadeiro caçador de bruxas ou marajás, exatamente o tipo de político populista que o Brasil já cansou de eleger com sérias consequências.

É certo que ainda é cedo para tratar da presidência em 2010, mas devemos nos prevenir. Acho que o candidato à sucessão que tiver o apoio do presidente Lula será franco-favorito e embora o presidente venha se mostrando coerente e sereno em relação a isso, a radicalização do processo político pode levar a uma candidatura de Requião, que além de todos os defeitos (e virtudes) já citados, é declarado bolivariano, inclusive nos métodos políticos adotados pelo coronel ditador da Venezuela.

Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. O aviso está dado.

PS:
Sandro e Blogildo.
Obrigado pelos comentários. Eu não disse que Requião tem chances, disse que, dependendo da radicalização do processo político, ele pode ter chances, porque é um radical linha dura, stalinista bolivariano de carteirinha. Ele agrada os petistas, na remota hipótese do PT cumprir o trato de deixar o PMDB lançar candidato à presidencia em 2010,

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...