Curitiba conta com inúmeras praças muito bem cuidadas, como a do Expedicionário, cujas imagens inauguraram esta série aqui do blog, e que você pode rever aqui.
Na verdade, existe um departamento específico da municipalidade para cuidar do assunto, de modo que em todos os bairros as praças recebem trato contínuo, embora o vandalismo seja inclemente por aqui também, fruto da falta de cultura que é geral em todo o Brasil e que leva alguns indivíduos a destruirem o patrimônio de todos protestando contra sua própria desonestidade.
A primeira foto é da praça que existe em frente à base aérea do Bacacheri, onde está sediado o CINDACTA, e na qual está exposto um exemplar do F-8 Gloster Meteor, primeiro avião a jato da FAB, e caça de uma beleza incomum, que os amantes da aviação bem reconhecem.
As duas fotos que seguem, são da Praça do Japão, situada no endereço mais valorizado da capital parana- ense no bairro do Batel. Esta praça foi recentemente revitalizada e nela situa-se o Memorial da Imigração Japonesa, homenagem a mais uma das raças que fizeram de Curitiba uma cidade de muitas culturas.
Uma vista da Praça Nossa Senhora da Salete, que eu já mostrei aqui, e onde situa-se a sede dos 3 poderes do estado do Paraná, além da prefeitura municipal e o fórum com o tribunal do júri.
Nas fotos que seguem, vemos a Praça 19 de Dezembro, popular- mente conhecida como Praça do Homem Nú. Originalmente, o obelisco e as esculturas da foto foram instalados em frente ao Palácio Iguaçú, que foi construído com eles em comemoração ao centenário da emancipação política do estado do Paraná. Mas os tempos eram outros e a feliz escolha do então governador Bento Munhoz da Rocha Neto, que fez questão de estátuas com traços de um casal negro, gerou uma polêmica numa terra então predominantemente branca, mas que com o tempo aprendeu o valor desta raça que também compõe a cultura da cidade. O obelisco e as estátuas foram transferidos de lugar e ganharam ao seu lado um chafariz com um painel do mais curitibano dos artistas, o pintor e escultor Poty Lazarotto. Outra curiosidade sobre essa praça é que o homem nú é Coxa-Branca, e a cada vez que o germânico Coritiba Foot Ball Club é campeão, ele veste a faixa comemorativa.
Por fim, o chafariz da Praça Santos Andrade. Esta praça é o marco do início do calçadão da Rua XV. De um lado dela encontra-se o prédio histórico da UFPR, que tantas boas lembranças traz a este que vos escreve. De outro, o Teatro Guaíra. Uma curiosidade é que, quando passei no vestibular, fui obrigado a tomar banho neste chafariz... coisas de garoto!
No dia 09 de junho de 2007 inaugurei a série Imagens de Curitiba. Portanto, estou comemorando dois anos, 18 postagens, mais de 90 fotos, mais de 300 comentários e milhares de visitas. Piá curitibano e bicho do Paraná, aprendi a amar com devoção esta terra que de tanto acolher muitas raças e culturas nos ensina que os seres humanos são irmãos de mesmo sangue, muitas vezes injustamente separados pelas fronteiras do preconceito e do racismo. Curitiba me ensinou tanto, e me proporcionou tantas conquistas que nunca cansarei de homenageá-la, de modo que esta série continuará indefinidamente a mostrar suas belezas. Agradeço a audiência de todos que passaram aqui para conhecer um pedacinho da minha cidade, convidando-os a visitar este pequeno pedaço da terra brasileira, obrigado e voltem sempre!
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12 de jun. de 2009
9 de jun. de 2009
O PREÇO DA GASOLINA E DO DIESEL NÃO VAI CAIR
Que o leitor não se anime, os preços da gasolina e do óleo diesel não vão cair.
Acontece que ano passado, quando o barril do petróleo batia o recorde de quotação (US$ 140) a Petrobrás aumentou o preço na refinaria e o governo compensou isso diminuindo a CIDE - Contribuição Social por Intervenção no Domínio Econômico, o que deixou o preço estável na bomba.
Ontem, a Petrobrás anunciou que uma baixa de mais ou menos 9% no preço da refinaria, o que corresponde a dizer que ela já compensou as supostas perdas ocorridas quando o barril estava supervalorizado. Mas quando anunciou isto, imediatamente o governo tratou de compensar, aumentando a alíquota da CIDE, que é variável.
Há aspectos bons e ruins nisso tudo.
O aspecto bom é o país experimentar algo que era impensável em esferas governamentais no passado, a política tributária. Política tributária, em termos práticos, significa administrar alíquotas variáveis com vias a resultados que não apenas o da arrecadação. Assim, a CIDE foi usada para evitar o aumento do preço dos combustíveis na bomba, como a queda do IPI foi utilizada para alavancar as vendas de veículos e eletrodomésticos nestes 6 primeiros meses de 2009, evitando uma retração econômica maior por conta da crise econômica mundial.
Outro aspecto interessante é o da estabilidade de preços dos combustíveis. É claro que o consumidor quer gasolina e óleo diesel baratos, até porque o preço destes, determina o preço final do álcool na bomba também. Mas a estabilidade de preços é boa para toda a economia, no sentido de que impede variação excessiva de custos, a partir de um insumo universal, o combustível.
O aspecto ruim é a constatação de que os combustíveis brasileiros encontram-se entre os mais caros do mundo porque são pesadamente tributados. Algo em torno de 60% do preço pago na bomba, para álcool, gasolina, óleo diesel e GNV, são impostos. Há estados em que o preço da gasolina na bomba é em torno de R$ 2,55, mas o ICMS é cobrado sobre R$ 2,82. Em outros, como o Paraná, a substituição tributária é feita com alíquota de até 129%, o que significa que, sobre o preço da refinaria, soma-se 129%, aplica-se a alíquota e cobra-se com antecipação. E a situação é exatamente îgual para os demais combustíveis e lubrificantes.
Outro aspecto ruim é o do monopólio de fato que a Petrobrás detém sobre o refino e a importação de combustíveis, que na prática torna impossível que uma distribuidora se aventure a concorrer com ela, mesmo em mercados localizados. Se a Petrobrás não tivesse esse monopólio, a possibilidade de preços menores para combustíveis seria bem maior, porque abriria a possibilidade do preço básico eventualmente ser menor, chegando à bomba com alguma diferença em favor do consumidor.
Acontece que ano passado, quando o barril do petróleo batia o recorde de quotação (US$ 140) a Petrobrás aumentou o preço na refinaria e o governo compensou isso diminuindo a CIDE - Contribuição Social por Intervenção no Domínio Econômico, o que deixou o preço estável na bomba.
Ontem, a Petrobrás anunciou que uma baixa de mais ou menos 9% no preço da refinaria, o que corresponde a dizer que ela já compensou as supostas perdas ocorridas quando o barril estava supervalorizado. Mas quando anunciou isto, imediatamente o governo tratou de compensar, aumentando a alíquota da CIDE, que é variável.
Há aspectos bons e ruins nisso tudo.
O aspecto bom é o país experimentar algo que era impensável em esferas governamentais no passado, a política tributária. Política tributária, em termos práticos, significa administrar alíquotas variáveis com vias a resultados que não apenas o da arrecadação. Assim, a CIDE foi usada para evitar o aumento do preço dos combustíveis na bomba, como a queda do IPI foi utilizada para alavancar as vendas de veículos e eletrodomésticos nestes 6 primeiros meses de 2009, evitando uma retração econômica maior por conta da crise econômica mundial.
Outro aspecto interessante é o da estabilidade de preços dos combustíveis. É claro que o consumidor quer gasolina e óleo diesel baratos, até porque o preço destes, determina o preço final do álcool na bomba também. Mas a estabilidade de preços é boa para toda a economia, no sentido de que impede variação excessiva de custos, a partir de um insumo universal, o combustível.
O aspecto ruim é a constatação de que os combustíveis brasileiros encontram-se entre os mais caros do mundo porque são pesadamente tributados. Algo em torno de 60% do preço pago na bomba, para álcool, gasolina, óleo diesel e GNV, são impostos. Há estados em que o preço da gasolina na bomba é em torno de R$ 2,55, mas o ICMS é cobrado sobre R$ 2,82. Em outros, como o Paraná, a substituição tributária é feita com alíquota de até 129%, o que significa que, sobre o preço da refinaria, soma-se 129%, aplica-se a alíquota e cobra-se com antecipação. E a situação é exatamente îgual para os demais combustíveis e lubrificantes.
Outro aspecto ruim é o do monopólio de fato que a Petrobrás detém sobre o refino e a importação de combustíveis, que na prática torna impossível que uma distribuidora se aventure a concorrer com ela, mesmo em mercados localizados. Se a Petrobrás não tivesse esse monopólio, a possibilidade de preços menores para combustíveis seria bem maior, porque abriria a possibilidade do preço básico eventualmente ser menor, chegando à bomba com alguma diferença em favor do consumidor.
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5 de jun. de 2009
PARQUE ESTADUAL DE VILA VELHA - PONTA GROSSA/PR
No município de Ponta Grossa, distante 110 Km de Curitiba, no segundo planalto do estado, região conhecida como os "Campos Gerais", situa-se uma das belezas naturais mais importantes do Paraná, o Parque Estadual de Vila Velha.
Administrado pelo Instituto Ambiental do Paraná, Vila Velha encontra-se em processo de recuperação. A devastação da mata e da flora à sua volta puseram em risco os próprios arenitos, que são pedras desgastadas pela ação dos ventos. Além disso, ocorre ali uma infestação de javalis, animais que não fazem parte do ecossistema original, destruindo plantas nativas e impedindo a proliferação dos animais silvestres.
Quando criança visitei o local e lembro que as lojas de suvenires e lanchonetes ficavam grudadas às pedras, onde era livre para qualquer um subir e mesmo vandalizar, o que explica as muitas pixações que ainda se encontram no local.
O governo do estado interveio e o parque foi fechado. A partir disso, criou-se longe dos arenitos, uma instalação de apoio ao turista. A partir dela, a visitação depende do pagamento de uma taxa e as pessoas são levadas de ônibus, em número limitado até os arenitos onde se estipularam trilhas das quais o turista não pode sair, até que se decida se é viável ou não a visitação em todas as formações rochosas, muitas delas tão danificadas pela ação turística predatória, que teme-se pelo seu desabamento.
Quando criança conheci o parque na sua inteireza, subi no platô de pedra, do qual há uma vista espetacular dos Campos Gerais, mas penso que o governo está certo. Fui lá novamente há uns tempos, e constatei respeito por um monumento que representa o próprio estado, tanto quanto as Araucárias e as belezas urbanísticas de Curitiba.
Os leitores que vierem ao Paraná, não deixem de visitá-lo. Além das formações rochosas, há um lago,uma cachoeira e um complexo de furnas, cujas fotos deixarei para outra ocasião. Mas pelas imagens a seguir, podem notar que é um patrimônio natural inestimável.
Esta é uma vista geral do complexo dos arenitos.
O bico do papagaio.
A garrafa de Coca-Cola.
A bota.
Um dos símbolos do estado do Paraná, talvez a formação mais famosa do lugar. A taça.
Notem a fragilidade da formação rochosa e a beleza multicolorida. Muitas destas pedras, esfarelam ao toque, daí a necessidade do cuidado.
Hoje é dia do meio-ambiente e este post é de alerta para que preservemos nossas belezas naturais. Mas ao mesmo tempo, é uma comemoração pela obra de Deus, que foi generoso com a minha terra, da qual lhes mostro um pequeno pedaço.
- TODAS AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA.
- O USO DAS IMAGENS NA INTERNET É LIVRE, CITADA A FONTE.
- CLIQUE SOBRE AS FOTOS PARA AMPLIAR.
Administrado pelo Instituto Ambiental do Paraná, Vila Velha encontra-se em processo de recuperação. A devastação da mata e da flora à sua volta puseram em risco os próprios arenitos, que são pedras desgastadas pela ação dos ventos. Além disso, ocorre ali uma infestação de javalis, animais que não fazem parte do ecossistema original, destruindo plantas nativas e impedindo a proliferação dos animais silvestres.
Quando criança visitei o local e lembro que as lojas de suvenires e lanchonetes ficavam grudadas às pedras, onde era livre para qualquer um subir e mesmo vandalizar, o que explica as muitas pixações que ainda se encontram no local.
O governo do estado interveio e o parque foi fechado. A partir disso, criou-se longe dos arenitos, uma instalação de apoio ao turista. A partir dela, a visitação depende do pagamento de uma taxa e as pessoas são levadas de ônibus, em número limitado até os arenitos onde se estipularam trilhas das quais o turista não pode sair, até que se decida se é viável ou não a visitação em todas as formações rochosas, muitas delas tão danificadas pela ação turística predatória, que teme-se pelo seu desabamento.
Quando criança conheci o parque na sua inteireza, subi no platô de pedra, do qual há uma vista espetacular dos Campos Gerais, mas penso que o governo está certo. Fui lá novamente há uns tempos, e constatei respeito por um monumento que representa o próprio estado, tanto quanto as Araucárias e as belezas urbanísticas de Curitiba.
Os leitores que vierem ao Paraná, não deixem de visitá-lo. Além das formações rochosas, há um lago,uma cachoeira e um complexo de furnas, cujas fotos deixarei para outra ocasião. Mas pelas imagens a seguir, podem notar que é um patrimônio natural inestimável.
Esta é uma vista geral do complexo dos arenitos.
O bico do papagaio.
A garrafa de Coca-Cola.
A bota.
Um dos símbolos do estado do Paraná, talvez a formação mais famosa do lugar. A taça.
Notem a fragilidade da formação rochosa e a beleza multicolorida. Muitas destas pedras, esfarelam ao toque, daí a necessidade do cuidado.
Hoje é dia do meio-ambiente e este post é de alerta para que preservemos nossas belezas naturais. Mas ao mesmo tempo, é uma comemoração pela obra de Deus, que foi generoso com a minha terra, da qual lhes mostro um pequeno pedaço.
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4 de jun. de 2009
"IMORRÍVEL"
Renan Calheiros voltou triunfante para o centro da arena política, presidindo a CPI da Petrobrás.
Está cada dia mais claro que esta CPI não foi criada pela oposição.
A dita oposição só serviu de laranja para os interesses do PMDB, cujas assinaturas garantiram a CPI tanto quanto impuseram um comando supostamente "governista" à ela, mas que na prática será instrumento de pressão contra o PT e especialmente contra o presidente Lula, na busca por fortalecer o partido numa chapa liderada pela ministra Dilma Roussef no ano que vem.
A dita oposição é inconsistente, no exato momento em que nada faz por si mesma, e ao mesmo tempo fortalece as guerras de interesses internos do governo e de sua "base aliada".
Me convenço que o PMDB quer a vice-presidência em 2010, e não me surpreenderia se ela for ocupada por Renan Calheiros, Roseana Sarney ou Michel Temer.
Mais do que isso, o PMDB quer o comando da Petrobrás e de ministérios agraciados com verbas do PAC.
Isso está cristalino pela forma de atuação do partido, que é sempre alijado nas discussões sobre chapas para a presidência, mas que mantém firme e forte o seu poder, a ponto de constranger o governo desse jeito, mesmo quando faz a cena de que atende os interesses do Planalto, controlando uma CPI que de efeito prático para a sociedade nada mostrará, embora de grande valia para o partido.
A oposição teria sido mais eficiente se ficasse calada. A criação dessa CPI teve dois efeitos:
a) Fortaleceu Dilma eleitoralmente, vez que levará o PMDB a apoiá-la;
b) Enfraqueceu Dilma institucionalmente, vez que, uma vez presidente, terá que compor em termos generosos com o PMDB, com as consequências que qualquer brasileiro conhece.
Ou seja, a oposição nada ganhou... mas o país perdeu!
Está cada dia mais claro que esta CPI não foi criada pela oposição.
A dita oposição só serviu de laranja para os interesses do PMDB, cujas assinaturas garantiram a CPI tanto quanto impuseram um comando supostamente "governista" à ela, mas que na prática será instrumento de pressão contra o PT e especialmente contra o presidente Lula, na busca por fortalecer o partido numa chapa liderada pela ministra Dilma Roussef no ano que vem.
A dita oposição é inconsistente, no exato momento em que nada faz por si mesma, e ao mesmo tempo fortalece as guerras de interesses internos do governo e de sua "base aliada".
Me convenço que o PMDB quer a vice-presidência em 2010, e não me surpreenderia se ela for ocupada por Renan Calheiros, Roseana Sarney ou Michel Temer.
Mais do que isso, o PMDB quer o comando da Petrobrás e de ministérios agraciados com verbas do PAC.
Isso está cristalino pela forma de atuação do partido, que é sempre alijado nas discussões sobre chapas para a presidência, mas que mantém firme e forte o seu poder, a ponto de constranger o governo desse jeito, mesmo quando faz a cena de que atende os interesses do Planalto, controlando uma CPI que de efeito prático para a sociedade nada mostrará, embora de grande valia para o partido.
A oposição teria sido mais eficiente se ficasse calada. A criação dessa CPI teve dois efeitos:
a) Fortaleceu Dilma eleitoralmente, vez que levará o PMDB a apoiá-la;
b) Enfraqueceu Dilma institucionalmente, vez que, uma vez presidente, terá que compor em termos generosos com o PMDB, com as consequências que qualquer brasileiro conhece.
Ou seja, a oposição nada ganhou... mas o país perdeu!
3 de jun. de 2009
INSISTINDO NA CHATICE...
Eu vou continuar a ser chato com os leitores e falar das cidades para a Copa, porque a decisão da CBF (a FIFA não decide isso, ela apenas avaliza) baseia-se demais em critérios políticos e de menos em praticidade.
Pensemos bem: o que cidades como Natal, Manaus, Brasília e Cuiabá farão com estádios padrão FIFA depois da Copa?
Estas cidades sequer tem times na série A do campeonato brasileiro e mesmo que consigam alçar um clube à divisão principal, é improvável que ele se mantenha lá por muito tempo. A tendência do futebol brasileiro atual é que a série A do brasileirão seja composta de muitos clubes paulistas e um ou outro de fora. Hoje, São Paulo já detém 7 das 20 vagas, e no ano que vem, é provável que sejam 8!
Portanto, se a escolha fosse técnica, estas cidades seriam desclassificadas da disputa que ao meu ver, de uma pessoa contrária à copa no Brasil, deveria limitar-se a Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Fortaleza, quando muito, Goiânia, cidades que têm clubes tradicionais do futebol brasileiro.
Aliás, seria aconselhável até que cidades como o Rio, São Paulo e Porto Alegre fossem autorizadas a ceder dois estádios para o evento, diminuindo os custos e aumentando a possibilidade de conseguir investidores (O Engenhão, que custou 350 milhões, não será usado na Copa, embora seja o único estádio brasileiro em condições de recebê-la atualmente).
Pior que isso, estádios padrão FIFA, não servem para práticas de outras modalidades, porque não têm pistas de atletismo, a proximidade do campo com as arquibancadas é requisitada pela entidade que cuida do futebol, o que, aliás, é argumento para detonar o uso do Morumbi em São Paulo, buscando forçar a cidade a construir outro estádio grande a um custo estratosférico.
Na década de 70, ergueram-se vários estádios enormes pelo país afora, quase todos eles sub-utilizados ou abandonados desde então: Machadão (Natal), Pinheirão (Curitiba), Rei Pelé (Maceió), Castelão (São Luiz), Fonte Nova (Salvador), Albertão (Teresina), Almeidão (João Pessoa). Vamos repetir o mesmo erro construindo arenas luxuosas para a Copa do Mundo, destinadas a virarem cemitérios de dinheiro?
E ainda há outro aspecto.
Fora Rio, São Paulo e quanto muito Belo Horizonte e Porto Alegre, duvido que haverá investidores privados em estádios. O meu time, o Coritiba, aventou construir um novo estádio, em parceria com a empresa que levantará a nova Arena do Palmeiras. Mas a empresa só topou condicionando a construção de um centro anexo ao estádio, com hipermercado, hotel, shopping-center, estacionamento e centro de convenções. O resultado é que a prefeitura de Curitiba vetou, porque um monstro assim tornaria o trânsito caótico na região do Alto da Glória, bairro que sedia o clube. E a empresa caiu fora do negócio e os diretores do meu Coxa estão agora com cara de b... tentando se justificar para a torcida, pela expectativa falsa que promoveram.
Tenho todo o respeito por Natal, cidade que adoro. E também por Manaus, Cuiabá e Brasília, mas sinceramente, vão jogar dinheiro fora, e, pior, dinheiro público, porque nenhum investidor privado aparecerá para levantar esses novos estádios.
Pensemos bem: o que cidades como Natal, Manaus, Brasília e Cuiabá farão com estádios padrão FIFA depois da Copa?
Estas cidades sequer tem times na série A do campeonato brasileiro e mesmo que consigam alçar um clube à divisão principal, é improvável que ele se mantenha lá por muito tempo. A tendência do futebol brasileiro atual é que a série A do brasileirão seja composta de muitos clubes paulistas e um ou outro de fora. Hoje, São Paulo já detém 7 das 20 vagas, e no ano que vem, é provável que sejam 8!
Portanto, se a escolha fosse técnica, estas cidades seriam desclassificadas da disputa que ao meu ver, de uma pessoa contrária à copa no Brasil, deveria limitar-se a Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Fortaleza, quando muito, Goiânia, cidades que têm clubes tradicionais do futebol brasileiro.
Aliás, seria aconselhável até que cidades como o Rio, São Paulo e Porto Alegre fossem autorizadas a ceder dois estádios para o evento, diminuindo os custos e aumentando a possibilidade de conseguir investidores (O Engenhão, que custou 350 milhões, não será usado na Copa, embora seja o único estádio brasileiro em condições de recebê-la atualmente).
Pior que isso, estádios padrão FIFA, não servem para práticas de outras modalidades, porque não têm pistas de atletismo, a proximidade do campo com as arquibancadas é requisitada pela entidade que cuida do futebol, o que, aliás, é argumento para detonar o uso do Morumbi em São Paulo, buscando forçar a cidade a construir outro estádio grande a um custo estratosférico.
Na década de 70, ergueram-se vários estádios enormes pelo país afora, quase todos eles sub-utilizados ou abandonados desde então: Machadão (Natal), Pinheirão (Curitiba), Rei Pelé (Maceió), Castelão (São Luiz), Fonte Nova (Salvador), Albertão (Teresina), Almeidão (João Pessoa). Vamos repetir o mesmo erro construindo arenas luxuosas para a Copa do Mundo, destinadas a virarem cemitérios de dinheiro?
E ainda há outro aspecto.
Fora Rio, São Paulo e quanto muito Belo Horizonte e Porto Alegre, duvido que haverá investidores privados em estádios. O meu time, o Coritiba, aventou construir um novo estádio, em parceria com a empresa que levantará a nova Arena do Palmeiras. Mas a empresa só topou condicionando a construção de um centro anexo ao estádio, com hipermercado, hotel, shopping-center, estacionamento e centro de convenções. O resultado é que a prefeitura de Curitiba vetou, porque um monstro assim tornaria o trânsito caótico na região do Alto da Glória, bairro que sedia o clube. E a empresa caiu fora do negócio e os diretores do meu Coxa estão agora com cara de b... tentando se justificar para a torcida, pela expectativa falsa que promoveram.
Tenho todo o respeito por Natal, cidade que adoro. E também por Manaus, Cuiabá e Brasília, mas sinceramente, vão jogar dinheiro fora, e, pior, dinheiro público, porque nenhum investidor privado aparecerá para levantar esses novos estádios.
1 de jun. de 2009
O PAÍS DA COPA 2014 PASSA VERGONHA NA TRAGÉDIA DO AVIÃO DA AIR FRANCE
A Marinha do Brasil enviou para rastrear o provável local do acidente com o avião da Air France o único meio naval que dispunha na região, a corveta Caboclo cuja velocidade máxima é de 14 nós, 1/3 do que um navio oceânico militar comum pode e deve operar. Essa corveta é da classe Imperial Marinheiro e de tão antigas as suas unidades, algumas delas foram transferidas para uso fluvial na Amazônia, por absoluta defasagem tecnológica, sem contar que das 14 que existiam, só 4 ou 5 ainda operam.
Já a Força Aérea Brasileira não conta com um avião de patrulha marítima e SAR adequado para a situação. Os P-95 "Bandeirulha", são aviões que trabalham sempre na linha costeira e dificilmente se aventuram em missões de alto-mar, dado sua pouca autonomia. Para improvisar, a FAB mandou aviões de transporte C-130 Hércules que têm a autonomia requerida para a missão, mas não são dotados dos sensores que ajudariam na varredura do mar em busca de destroços.
A FAB ainda informou que os P3 Órium M, aviões comprados (muito) usados dos EUA e em processo de ampla modernização na Espanha, só entrarão em serviço em 2010, sendo que o último avião brasileiro que tinha essas capacidades, saiu de serviço ainda na década de 70, o Neptune, um modelo que iniciou seus trabalhos logo após a 2a. Guerra Mundial.
Bem, dizer o que?
Só posso dizer que o Brasil orçou os Jogos Panamericanos em 300 milhões e gastou 2,5 bilhões, sem que ficasse uma única melhoria urbana no Rio de Janeiro. Se esses 2,2 bilhões de diferença fossem pelo menos usados para reequipar as forças armadas, quem sabe o país não estaria dando o vexame que está dando hoje, ou não?
Mas a questão é pior ainda. Projeta-se um submarino nuclear para daqui há 15 anos, sabendo-se que o último navio de guerra produzido pelo país levou 14 anos para encontrar o mar. Mais do que isso, discute-se há intermináveis 8 anos o projeto F-X, enquanto os meios aéreos da FAB estão saindo de operação por obsolescência.
Mas o país vai arranjar na marra os 150 bilhões necessários para a Copa do Mundo, nem que para isso tenha que inventar uma CPMF com alíquota de 100%, fazendo a alegria dos corruptos que agora, resolveram "investir" na construção de estádios que depois de 2014, receberão jogos fantásticos como Atlético-PR X ROMA (de Apucarana), Brasiliense X Gama, Corinthians X Mirassol, São Paulo X Barueri, Flamengo X Volta Redonda, América-RN X Assú e Internacional X Vacaria. É mole?
Para manter as forças armadas, com toda a sua importância estratégica e de integração nacional, nada.
Para colocar dinheiro em obras que provavelmente que serão superfaturadas e pagas com dinheiro público a fundo perdido, tudo!
Já a Força Aérea Brasileira não conta com um avião de patrulha marítima e SAR adequado para a situação. Os P-95 "Bandeirulha", são aviões que trabalham sempre na linha costeira e dificilmente se aventuram em missões de alto-mar, dado sua pouca autonomia. Para improvisar, a FAB mandou aviões de transporte C-130 Hércules que têm a autonomia requerida para a missão, mas não são dotados dos sensores que ajudariam na varredura do mar em busca de destroços.
A FAB ainda informou que os P3 Órium M, aviões comprados (muito) usados dos EUA e em processo de ampla modernização na Espanha, só entrarão em serviço em 2010, sendo que o último avião brasileiro que tinha essas capacidades, saiu de serviço ainda na década de 70, o Neptune, um modelo que iniciou seus trabalhos logo após a 2a. Guerra Mundial.
Bem, dizer o que?
Só posso dizer que o Brasil orçou os Jogos Panamericanos em 300 milhões e gastou 2,5 bilhões, sem que ficasse uma única melhoria urbana no Rio de Janeiro. Se esses 2,2 bilhões de diferença fossem pelo menos usados para reequipar as forças armadas, quem sabe o país não estaria dando o vexame que está dando hoje, ou não?
Mas a questão é pior ainda. Projeta-se um submarino nuclear para daqui há 15 anos, sabendo-se que o último navio de guerra produzido pelo país levou 14 anos para encontrar o mar. Mais do que isso, discute-se há intermináveis 8 anos o projeto F-X, enquanto os meios aéreos da FAB estão saindo de operação por obsolescência.
Mas o país vai arranjar na marra os 150 bilhões necessários para a Copa do Mundo, nem que para isso tenha que inventar uma CPMF com alíquota de 100%, fazendo a alegria dos corruptos que agora, resolveram "investir" na construção de estádios que depois de 2014, receberão jogos fantásticos como Atlético-PR X ROMA (de Apucarana), Brasiliense X Gama, Corinthians X Mirassol, São Paulo X Barueri, Flamengo X Volta Redonda, América-RN X Assú e Internacional X Vacaria. É mole?
Para manter as forças armadas, com toda a sua importância estratégica e de integração nacional, nada.
Para colocar dinheiro em obras que provavelmente que serão superfaturadas e pagas com dinheiro público a fundo perdido, tudo!
31 de mai. de 2009
CONTINUO CONTRA A COPA 2014...
Hoje serão anunciadas as sedes para a Copa do Mundo 2014 no Brasil.
Notem os leitores que há cidades que não sabem se efetivamente serão escolhidas, que organizaram festas públicas para comemorar um fato que não sabem se é liquido e certo.
Ou seja, estão metendo a mão nos nossos bolsos por conta!
Podem me chamar de pessimista. Podem até dizer que, por ser Coxa-Branca e saber que em Curitiba o evento será no estádio do clube adversário, estou de birra.
Mas não aceito esse evento no Brasil, do mesmo jeito que não quero os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e do mesmo jeito que me envergonho dos Jogos Panamericanos de 2007, onde grassou a roubalheira, a desfaçatez, a mentira e a irresponsabilidade, debitando o efeito de tudo isso no bolso dos contribuintes.
Duvido que haverá investidores privados para construir estádios suntuosos pelo país afora, com exceção de 4 cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre), o que significa que serão erguidos com dinheiro público a fundo perdido em regime emergencial (sem licitação), que seria muito mais bem aplicado em segurança pública, saúde e educação, mas vai acabar no bolso de cartolas corruptos do futebol brasileiro.
E até hoje ninguém explicou o hiperfaturamento praticado nos Jogos Panamericanos. E ninguém explicou também o fato do Engenhão não servir sequer para abrigar um clássico Flamengo X Botafogo. Nem o abandono total e completo do Centro Aquático Maria Lenk. Um evento que deveria custar 300 milhões, custou mais de 2 bilhões, não deixou nada de bom para a população do Rio de Janeiro, teve participação pífia do Brasil, não desenvolveu nosso esporte e ainda querem mais?
Pouco me importa se as favas estão contadas, vou continuar brigando contra esse assalto aos bolsos dos contribuintes, pelo menos para conseguir mais transparência no que diz respeito ao dinheiro aplicado, cuja promessa é ir para obras viárias e infra-estrutura, mas que, considerando o exemplo do Pan, não necessariamente deixará coisas boas para o país.
Notem os leitores que há cidades que não sabem se efetivamente serão escolhidas, que organizaram festas públicas para comemorar um fato que não sabem se é liquido e certo.
Ou seja, estão metendo a mão nos nossos bolsos por conta!
Podem me chamar de pessimista. Podem até dizer que, por ser Coxa-Branca e saber que em Curitiba o evento será no estádio do clube adversário, estou de birra.
Mas não aceito esse evento no Brasil, do mesmo jeito que não quero os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e do mesmo jeito que me envergonho dos Jogos Panamericanos de 2007, onde grassou a roubalheira, a desfaçatez, a mentira e a irresponsabilidade, debitando o efeito de tudo isso no bolso dos contribuintes.
Duvido que haverá investidores privados para construir estádios suntuosos pelo país afora, com exceção de 4 cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre), o que significa que serão erguidos com dinheiro público a fundo perdido em regime emergencial (sem licitação), que seria muito mais bem aplicado em segurança pública, saúde e educação, mas vai acabar no bolso de cartolas corruptos do futebol brasileiro.
E até hoje ninguém explicou o hiperfaturamento praticado nos Jogos Panamericanos. E ninguém explicou também o fato do Engenhão não servir sequer para abrigar um clássico Flamengo X Botafogo. Nem o abandono total e completo do Centro Aquático Maria Lenk. Um evento que deveria custar 300 milhões, custou mais de 2 bilhões, não deixou nada de bom para a população do Rio de Janeiro, teve participação pífia do Brasil, não desenvolveu nosso esporte e ainda querem mais?
Pouco me importa se as favas estão contadas, vou continuar brigando contra esse assalto aos bolsos dos contribuintes, pelo menos para conseguir mais transparência no que diz respeito ao dinheiro aplicado, cuja promessa é ir para obras viárias e infra-estrutura, mas que, considerando o exemplo do Pan, não necessariamente deixará coisas boas para o país.
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