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7 de fev. de 2011

MAIS DE ÁLCOOL E CRIANÇAS

No Estadão de hoje:

Dos jovens viciados em álcool, 40% começaram a beber antes dos 11 anos

Com um quadro como o da matéria do Estadão, não me admira que os índices de violência estejam fora de controle.

O Brasil, repito, é leniente demais com o álcool, mas principalmente com os pais quie deixam que filhos menores o consumam.

Quando por um milagre divino algum conselho tutelar ou mesmo a polícia prende uma criança ou adolescente sob o efeito de álcool e chama os pais, simplesmente ninguém vai preso, ninguém é processado, tudo fica numa conversa idiota, cheia de clichês de paz, amor, carinho, responsabilidade, etc... Como ninguém vai preso, ninguém é multado, não dá 15 minutos a criança tá na rua de novo, enchendo a cara de álcool, sabendo que probabilidade de ser detida já se esgotou.

Enfim, em um país onde a maioria da população acha bonito dar bicadinha de cerveja para bebês, e deixa crianças e adolescentes assistirem o festival de manguaça dos idiotas do BBB, não se pode esperar melhora.

30 de nov. de 2010

PELA PROIBIÇÃO DO CONSUMO DE ÁLCOOL EM AMBIENTE ABERTO



Tramita na Câmara Municipal de Curitiba, um projeto de Lei inspirado na experiência da Austrália e de alguns lugares dos EUA, onde se proibiu o consumo de álcool à céu aberto, em ruas, praças, parques, bosques e equipamentos urbanos como terminais de ônibus.

O indivíduo que bebe em casa geralmente não causa maiores estragos porque não há estímulo para os excessos decorrentes do consumo além da conta. Ele não vai se exibir para o cônjuge e filhos, porque ou será ignorado ou vai acabar em discussão.

O indivíduo que bebe dentro de um bar, pode até ter estímulo para praticar asneiras e eventualmente até arranja briga com outro pau d'água, mas no mínimo recebe a censura do dono do estabelecimento e das pessoas que ali bebem sem exagerar. Ou seja, ele pensa suas vezes antes de fazer besteira.

Mas o indivíduo que bebe álcool na rua sente-se livre para agir no contexto de euforia boa ou má que certa dose bebida pode causar.

Daí, para tentar aparecer ou até para destilar seus recalques ou seus ímpetos violentos, sai provocando transeuntes, pixando e vandalizando prédios públicos e privados, aumentando o volume do som do carro, dirigindo feito louco e até procurando discussões com pessoas à sua volta, pouco importa se conhecidas ou não.

O indivíduo que bebe na rua não encontra freios para seu delírio alcoólico, todas as pessoas à sua volta podem ser vítimas de seu estado alterado, seja mediante agressões verbais, seja roubando-lhes o sono às 3 e meia da madrugada ou pixando seus muros, seja enfiando um carro nos seus portões ou roubando, praticando violências físicas, matando ou estuprando.

Penso que se o consumo de cigarro é proibido em ambientes fechados, a lógica seria impor a proibição de consumo de álcool a céu aberto, numa situação tal em que exista algum controle sobre quem bebe em excesso.

Pode ser pouco, mas certamente vai melhorar em muito os índices de segurança, basta lembrar que boa parte da violência no Brasil é causada pelo consumo excessivo de álcool, e isso inclui acidentes de trânsito e ocorrências domésticas. Boa parte dos índivíduos que causou aquele tumulto no estádio Couto Pereira em 06/12/2009, era de integrantes de uma torcida organizada que se concentram à frente do estádio por volta de 5 horas antes dos jogos e bebem sem parar na rua, às vistas das autoridades. Se essa proibição existisse na época, provavelmente poucos deles teriam adentrado ao estádio porque ficariam em algum bar e outra parte deles poderia estar detida por consumir em lugar irregular.

Enfim, apóio a idéia civilizadora que tramita no legislativo curitibano.

3 de ago. de 2010

PUBLICIDADE INFANTIL: NÃO!

MANIFESTO pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil

Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.

A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.

Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.

A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.

Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.

Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.

Para assinar o manifesto, acesse este site AQUI.

PS.: Este blogueiro também defende a proibição total da publicidade de TV, rádio e internet (salvo em canais para adultos, acessados mediante senha) para bebidas alcoólicas, especialmente quando associadas à alegria, ao sucesso com o sexo oposto, à inteligência ou ao alto desempenho esportivo. A pior das drogas que atinge o jovem brasileiro é o álcool e mais especificamente, a cerveja, cujo consumo tolerado por menores de idade os encoraja a experimentar drogas mais fortes. Trata-se de outro aspecto do mesmo problema, a publicidade que busca atingir o público jovem, com intelecto ainda em formação.

26 de mai. de 2010

ALCOOL ENTRE ADOLESCENTES

No portal UOL, hoje:

Jovens entre 14 e 17 anos consomem 6% de todo o álcool no país.

Eu sempre escrevo aqui e repito: A sociedade brasileira é leniente demais com o consumo de álcool entre jovens, e isso está criando gerações sucessivas de alcoólatras, aumentando cada vez mais a violência (brigas, acidentes de trânsito, problemas familiares) e alimentando outro vício ainda pior, o das drogas.

6% pode parecer um número pequeno considerando que a faixa etária de 14 a 17 anos é relevante no quadro demográfico brasileiro. O problema é que, pela Lei, menores não podem consumir álcool, ou seja, 6% da bebida alcoólica vendida no país é consumida de modo ilegal e criminoso!

Estou cansado de ver na praça em frente de casa, em altas madrugadas, jovens de 12 a 17 anos consumindo álcool e drogas, sendo que não são coibidos pela Polícia Militar (que no Paraná sequer atende o 190), nem pelo Conselho Tutelar, muito menos pelos pais idiotas que dão graças aos céus por não terem os filhos chatos em casa!

E o mais irritante disso, é ver o eterno "rame-rame" das autoridades, falando em "diáologo" com os jovens, mas vendo os índices de segurança pública deteriorarem por absoluta inépcia em combater esse estado de coisas.

Seria algo simples: indivíduo está com som alto e o porta-malas do carro cheio de cerveja enchendo o saco da vizinhança. Se ele entregou uma latinha para um menor de idade qualquer, apreende o carro, manda o dono para a delegacia e o menor para o juizado competente, para que os pais sejam punidos. Comerciante que vende álcool para menor perde o alvará, tem o estabelecimento lacrado e responde pelo crime correspondente. Pai que entrega álcool para filho menor perde o pátrio-poder e responde por crime.

Será que é tão difícil assim cumprir a Lei?

22 de fev. de 2010

GENTE QUE PRECISA DE BEBIDA PARA SE DIVERTIR



Não sei.

Pode ser que por ser ativista contra o álcool, eu me revolte com coisas assim e não veja graça nenhuma. Pode ser que por odiar cerveja e identificar nela a pior droga que assola a juventude brasileira, eu não consiga ser simpático à pessoas que confundem bebida com diversão.

Quem bebe para se divertir é um idiota sem caráter e personalidade, e o pior de tudo é que é regra entre a juventude de hoje em dia é justamente esta: quase todos querem ser uma Paris Hilton da vida.

Afinal, Paris Hilton ganha uma nota preta para fazer propaganda de uma cerveja cuja marca não seria aceita num país decente preocupado com sua infância.

E Paris Hilton se diverte, afinal de contas. Ela está em todas as festas mais badaladas, passeia de iate, anda de Rolls Royce e troca de namorado como troca de roupas, sendo que suas roupas são sempre de marcas famosas e os namorados têm uma característica em comum: são todos tão toupeiras quanto ela!

Sinceramente, há algo de errado quando uma grande empresa de um país lança um produto de apelo sexual, chama uma ídolo adolescente para fazer sua publicidade e não se preocupa em passar a idéia errada de que não existe diversão sem embriaguês.

3 de nov. de 2009

MATOU UM, FERIU QUATRO

Quando escrevo aqui sobre violência, não esqueça o leitor que sou ativista contra o álcool, que é o motor da maior parte dos crimes cometidos por motivos fúteis e banais.

Neste fim de semana quente em Curitiba, um indivíduo de 26 anos matou um garçom e feriu 4 clientes de um bar no bairro do Batel, que é o mais sofisticado da capital, onde concentram-se os prédios de apartamentos de altíssimo luxo e as casas noturnas mais badaladas e caras tanto quanto inacessíveis ao povão, prova de que vivemos uma violência disseminada entre todas as camadas da população, fruto da impunidade e da falta de freios morais num país onde o "se dar bem" e o "sabe com quem está falando?" são instituições nacionais.

Segundo a imprensa, o indivíduo queria sair do bar com uma garrafa de cerveja e foi proibido pelo segurança, porque em Curitiba, se a prefeitura encontrar garrafas quebradas jogadas em volta do estabelecimento, ele pode pagar multa.

Ofereceram um copo e o "macho" o "super-homem", o "pagador da conta" sentiu-se ofendido. Jogou a garrafa no chão, saiu com cara amarrada e voltou armado atirando para todos os lados, certamente encorajado pelo alto grau de embriaguez. Provavelmente pegou o carrão, saiu cantando pneus e agora vai alegar na delegacia que não lembra de nada.

E assim vamos. Conheço pais que aceitam passivamente que seus pimpolhos de 15, 16 anos fiquem até alta madrugada na rua e cheguem em casa fedendo a álcool. As autoridades, por sua vez, se omitem, vejam que juízes irresponsáveis têm desprezado o teste do bafômetro como prova de embriaguez que implica crime e perda da habilitação para dirigir. Devolvem a carteira de motorista para indivíduos "espertos" com dinheiro para pagar bons advogados, os mesmos indivíduos acostumados a frequentar as baladas para beber, e geralmente só beber.

A bebida, mais especificamente a cerveja, é a verdadeira porta de entrada do mundo das drogas, pois disseminada entre adolescentes. Mais do que isso, entre os adolescentes de classes sociais mais altas o problema é maior, ao contrário do que se possa imaginar, porque para eles, beber a cerveja da marca "x" ou "y", no bar "x" ou "y" é questão de status na medida da sofisticação do produto e do local, contando ainda que estes adolescentes geralmente têm dinheiro para experimentar o "algo mais" da balada, onde traficantes circulam livremente para vender ectasy e quetais. Se o jovem pobre entra nesse mundo as vezes pela vontade de experimentar algo diferente na vida, o jovem rico entra apenas pela emoção de transgredir, isso com a velada omissão paterna, que ainda paga advogado e abafa a imprensa para salvar a pele do filhote.

Esse tipo de violência se combate julgando e punindo com rigor os envolvidos e também seus pais irresponsáveis, se comprovado que se omitiram para evitar comportamento inapropriado de seus filhos menores. E, claro, é preciso combater o vício do álcool entre crianças e adolescentes de todas as classes sociais, o que demanda uma atuação firme das autoridades, como os conselhos tutelares (que são inexistentes na maior parte do país, pelo menos operacionalmente) e as polícias agindo de modo integrado, e juízes determinando o apenamento cabível no Estatuto da Criança e do Adolescente, independentemente da classe social do infrator.

Em "O Globo":

IDENTIFICADO E PRESO CLIENTE QUE MATOU FUNCIONÁRIO DE BAR EM CURITIBA

5 de ago. de 2009

EPIDEMIA DE ALCOOLISMO


A foto é de "O Globo" e nela, as pessoas abraçadas choram a morte de um ente querido, ocorrida num acidente causado por indivíduo alcoolizado.

Leia aqui.

Além de destruir famílias e diminuir a capacidade de aprendizado e trabalho de uma legião de pessoas, a epidemia de alcoolismo gera um custo colossal direto para o sistema de saúde, que certamente não é compensado pelos impostos pagos pela indústria em questão.

Dinheiro que seria utilizado para melhorar exames e o fornecimento de remédios, é carreado para o tratamento de alcoólatras cada vez mais jovens e, em prontos-socorros, para cuidar dos envolvidos em acidentes de trânsito e violências domésticas, casos que decorrem em sua maioria por excesso de álcool no organismo do autor dos delitos.

É preciso endurecer a legislação ao mesmo tempo em que se faz necessário acabar com a glamurização do ato de beber, para tirar essa falsa idéia de alegria associada a ele e causar tamanhos gravames à vida do delinquente, não para que ele largue o vício, porque isso não se consegue por sentença, mas para que ele vire exemplo negativo.

Sugestões:

1. A drástica limitação de publicidade do álcool, tal qual a que existe para o cigarro. Há quem diga que fazer isso só beneficia o radicalismo político de quem pretende uma mídia calada. Por óbvio que os chefões da mídia alegam a perda de receita a que serão submetidos, o que comprometeria sua independência editorial, mas esse é um argumento falho, que já foi levantado na guerra ao cigarro, quando se comprovou que os anunciantes perdidos são substituídos por novos produtos. Hoje, o cigarro não faz falta alguma aos órgãos de mídia;

2. Na condenação por crime de trânsito decorrente de abuso do álcool, o autor deve perder o direito ao auxílio previdenciário por incapacidade (se a adquiriu no acidente);

3. O condenado por crime de violência doméstica associada ao álcool deve perder o pátrio-poder sobre a prole e ficar sujeito a divórcio facilitado, com determinação imediata de obrigação alimentar;

4. Em ambos os casos, o autor deve ser condenado a ressarcir aos cofres públicos pelos danos que causou, inclusive os custos médicos, tendo seu nome lançado no CADIN até que pague tal dívida;

5. O condenado por fornecimento de álcool a menores de idade deve ser impedido de exercer a atividade mercantil.

Não tenho nada contra quem bebe socialmente. Aliás, da minha parte o indivíduo pode tropegar de bêbado o quanto quiser, conquanto não gere prejuízos a terceiros. Mas uma vez causando-os, assuma consequências reais e graves.

9 de jun. de 2009

O PREÇO DA GASOLINA E DO DIESEL NÃO VAI CAIR

Que o leitor não se anime, os preços da gasolina e do óleo diesel não vão cair.

Acontece que ano passado, quando o barril do petróleo batia o recorde de quotação (US$ 140) a Petrobrás aumentou o preço na refinaria e o governo compensou isso diminuindo a CIDE - Contribuição Social por Intervenção no Domínio Econômico, o que deixou o preço estável na bomba.

Ontem, a Petrobrás anunciou que uma baixa de mais ou menos 9% no preço da refinaria, o que corresponde a dizer que ela já compensou as supostas perdas ocorridas quando o barril estava supervalorizado. Mas quando anunciou isto, imediatamente o governo tratou de compensar, aumentando a alíquota da CIDE, que é variável.

Há aspectos bons e ruins nisso tudo.

O aspecto bom é o país experimentar algo que era impensável em esferas governamentais no passado, a política tributária. Política tributária, em termos práticos, significa administrar alíquotas variáveis com vias a resultados que não apenas o da arrecadação. Assim, a CIDE foi usada para evitar o aumento do preço dos combustíveis na bomba, como a queda do IPI foi utilizada para alavancar as vendas de veículos e eletrodomésticos nestes 6 primeiros meses de 2009, evitando uma retração econômica maior por conta da crise econômica mundial.

Outro aspecto interessante é o da estabilidade de preços dos combustíveis. É claro que o consumidor quer gasolina e óleo diesel baratos, até porque o preço destes, determina o preço final do álcool na bomba também. Mas a estabilidade de preços é boa para toda a economia, no sentido de que impede variação excessiva de custos, a partir de um insumo universal, o combustível.

O aspecto ruim é a constatação de que os combustíveis brasileiros encontram-se entre os mais caros do mundo porque são pesadamente tributados. Algo em torno de 60% do preço pago na bomba, para álcool, gasolina, óleo diesel e GNV, são impostos. Há estados em que o preço da gasolina na bomba é em torno de R$ 2,55, mas o ICMS é cobrado sobre R$ 2,82. Em outros, como o Paraná, a substituição tributária é feita com alíquota de até 129%, o que significa que, sobre o preço da refinaria, soma-se 129%, aplica-se a alíquota e cobra-se com antecipação. E a situação é exatamente îgual para os demais combustíveis e lubrificantes.

Outro aspecto ruim é o do monopólio de fato que a Petrobrás detém sobre o refino e a importação de combustíveis, que na prática torna impossível que uma distribuidora se aventure a concorrer com ela, mesmo em mercados localizados. Se a Petrobrás não tivesse esse monopólio, a possibilidade de preços menores para combustíveis seria bem maior, porque abriria a possibilidade do preço básico eventualmente ser menor, chegando à bomba com alguma diferença em favor do consumidor.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...