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13 de jun. de 2016

PERU 1 X 0 BRASIL: CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA

E nunca torço contra a seleção brasileira. Posso não torcer em favor e me abster, como foi na Copa 2014, em que o sentimento de revolta pelo mau uso de bilhões de reais de dinheiro público foi preponderante. Mas contra, nunca.

Acontece que a CBF tornou a seleção brasileira uma coisa comum. Um jogo da seleção era algo extraordinário, um acontecimento. Agora virou um caça-níqueis, porque a CBF marca amistosos com qualquer time que pague a quota em qualquer lugar que tenha um estádio. Mais que isso, até as eliminatórias da Copa do Mundo que eram feitas em dois grupos e com menos jogos, foram banalizadas e viraram um campeonatão de 18 rodadas que força a convocação do escrete à toda hora. Essa Copa América Centenário é outra coisa absurda, porque ano passado também aconteceu o mesmo evento, e então sobrecarregou-se o calendário de ano olímpico, porque a Conmebol precisava avançar sobre os dólares norte-americanos no mesmo estilo de gestão que caracteriza a CBF: o dinheiro em primeiro lugar, o futebol como detalhe.

Hoje a seleção é apenas uma obrigação para a maioria dos convocados, que jogam em clubes europeus organizadíssimos, recebem salários de 6 dígitos em euros e encaram um calendário de 56 ou 57 partidas, no máximo. Não há mais o elemento da consagração, não é mais motivo de orgulho e ansiedade ostentar a camiseta amarela, em contrário, pode ser um fardo ter de abrir mão de suas férias para competirem. Não que eles não joguem com vontade, a diferença é que não é mais consagrador, é apenas mais um jogo, mais um torneio, alguns dias a menos de férias para profissionais valorizados, cheios de mordomias e não raro, temperamentais por conta disto.

Fora isso, o futebol brasileiro não se renova mais. Os poucos craques que aparecem não jogam mais aqui, vão cedo para a Europa ou, pior, para a China. Os pequenos clubes não almejam mais nada, o futebol é tratado como uma festa de 12 agremiações, dos quais a detentora dos direitos de TV quer que apenas 2 sejam campeãs. Todos os demais são coadjuvantes e pagam o preço disso: são eles que suportam as arbitragens ruins e venais, o STJD que tem peso e medida diferente para cada clube, as tabelas absurdas feitas pela CBF a mando da poderosa cadeia de TV e principalmente a incapacidade em revelar e manter bons jogadores, pela premência de fazer dinheiro em negociá-los com a Europa, com a China e até com o mundo árabe, porque a Lei Pelé, contra a qual a CBF nunca se insurgiu, foi feita para beneficiar empresários que pouco apreço têm pelos clubes, todos eles cada vez mais afundados em dívidas.

A soma de tudo isso é sintetizada na seleção. O Peru que era freguês de caderno, virou adversário renhido. O gol de um ex-reserva do Coritiba tirou o Brasil de uma competição em que, no primeiro jogo, só não perdeu por um erro crasso do árbitro, igual ao do gol irregular da seleção andina ontem. O Brasil, com um time de estrelas do Real Madrid, do Barcelona, do Chelsea, do PSG e de tantos outros clubes bilionários, foi batido por um time modesto e ao fim do jogo, não se viu nenhuma cara de vergonha, nenhum brasileiro contrariado, viu-se apenas o mesmo festival de desculpas de sempre, inclusive a mais clássica segundo a qual "não existe mais inocente no futebol".

E as derrotas cada vez piores e mais frequentes. Na Copa do Mundo se mascarou a seleção mal montada pelo clima de festança que tomou o país inebriado por gastar bilhões de reais pensando ser rico. Depois a derrota na Copa América no Chile, a campanha ruim nas eliminatórias e agora a eliminação vergonhosa num torneio em que o Brasil tinha de ser protagonista.

É a morte anunciada por uma piora constante que se pode ver num campeonato brasileiro bagunçado e cheio de times fracos, árbitros ruins e públicos medíocres. Morte de um futebol que está sendo abandonado, vai morrer porque seus protagonistas preferem jogar na na China, na Ucrânia, na Arábia Saudita e na Turquia, todos atrás dos dólares pingados que a CBF elegeu como modelo e prioridade já faz muito tempo.

12 de jul. de 2010

ESPANHA CAMPEÃ NUMA COPA RUIM

Ontem a correria excessivamente faltosa do time da Holanda a fez perder a Copa. O time laranja correu tanto e bateu tanto no afã de impedir que o time da Espanha jogasse, que chegou à prorrogação extenuado, levando bolas nas costas da zaga até que o gol saiu.

A Espanha venceu a Copa, não se deve desmerecer o trabalho de Vicente Del Bosque com esta geração de atletas, que para o país está como a geração de Zidàne para a França, mas que está longe, como a França, de virar uma escola como são as do Brasil, Alemanha, Argentina e Itália.

Critico o futebol desta copa.

A praga européia do futebol de resultados cobrou uma conta cara.

Foi a pior que já assisti, incluindo a também medonha Itália 90'.
Jogos sonolentos por excessivamente defensivos. Poucas decisões dramáticas. Poucos craques. Excesso de faltas mal punidas pelos juízes (o Brasil que o diga nos jogos contra Costa do Marfim e Holanda). Erros grosseiros de juízes e bandeiras. E tudo ao som irritante das vuvuzelas, acionadas pelos entediados das arquibancadas.

A simpatia dos africanos não compensa o futebol horroroso desta copa, e, principalmente, a falta dos craques como (eca!) Maradona, Romário e Zidâne que levaram nas costas os seus times ao título fazendo jogadas memoráveis.

Futebol é craque no campo e bola na rede e sinceramente, cansei desse futebol de poucos gols que assistimos em 2006 e 2010. Queira Deus que em 2014, as redes balancem e os craques brilhem!

3 de mai. de 2010

A ENROLAÇÃO DA COPA 2014

Eu vou escrever sobre isto e continuar incomodando, por mais que pareça chato ou radical.

Estamos em 3 de maio de 2010, o Brasil foi oficialmente escolhido em 2007 pra sediar a Copa de 2014, sendo que sabia desde 2006 que, na disputa pelo direito de sediar o evento, não teria concorrentes.

Ou seja, as autoridades brasileiras, os clubes proprietários de estádios, as prefeituras das principais cidades (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre) já sabiam desde 2006 que teriam pela frente o desafio de fazer obras de mobilidade urbana e estádios.

O Brasil está enrolando a FIFA há 4 anos!

E os políticos brasileiros e os empreiteiros que os apóiam esfregam as mãos, sabendo que quanto mais atraso houver, mais provável que as obras corram com dispensa de licitação e sem limitação de custos, o que vai enriquecer corruptos de todos os matizes e legar dívidas astronômicas para o país, além das já tradicionais faltas de saúde, de educação e segurança pública.

No mês passado, as chuvas deslindaram o caos decorrente da falta de política habitacional e da burocracia insana do país, e também da irresponsabilidade dos políticos brasileiros. CENTENAS de mortos cujas famílias são gozadas por políticos que querem construir estádios de R$ 1 bilhão (caso do Maracanã e do elefante branco de Brasilia) mas se recusam a construir casas que custariam no máximo R$ 50 mil por unidade (20 mil casas populares), para atender um povo que mora se equilibrando em favelas nos morros e que não terá dinheiro nem para assistir um Argélia X Costa Rica do evento que eles tanto defendem que seja feito à custa exclusiva do dinheiro público, porque já está claro que nenhum investidor privado tem interesse em erguer estádios no país, salvo se conseguir isenção total de impostos e empréstimos a fundo perdido do BNDES.

Uma vergonha nacional.

21 de dez. de 2009

NEM UM PREGO!

O Brasil pretende sediar a Copa 2014, mas ao fim de 2009 ainda não colocou sequer um prego em obras e não se sabe ao certo em que pé andam os projetos de estádios.

De prático temos a informação de que o custo projetado da reforma do Maracanã aumentou em 100 milhões (+ ou -), por conta de reavaliações do projeto.

Ou seja, mesmo antes de iniciadas, as obras já estão saindo do controle administrativo-financeiro.

Fala-se em trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, mas o comentário sempre vem acompanhado da dúvida se haverá tempo para a conclusão das obras que, por sua vez, também não têm projeto, embora especulou-se semana passada que a tecnologia seria japonesa.

Aqui, em Curitiba, aguarda-se o PAC-II para definir as obras do metrô, cujos recursos do PAC o ministro Paulo Bernardo negou para a cidade, que é entendida como de boa estrutura de transportes e por esta razão posta em segundo plano no que existe de planejamento. Mas ficou a dúvida sincera: será que isso aconteceu porque o prefeito daqui é do PSDB?

E os aeroportos? Bem, espera-se o caos ao fim deste ano, isso dá bem a dimensão do problema.

De prático, só trataram de ferrar o Coritiba para acalmar os ânimos da FIFA, mas esquecem que uma invasão como a havida no Couto Pereira pode acontecer em qualquer estádio brasileiro. Não se engane o leitor, não há, hoje, nenhum estádio brasileiro em condições de sediar jogos da Copa do Mundo. A sorte do país é que o público que frequenta uma copa, não é o mesmo que assiste os jogos do brasileirão.

O cronograma está atrasado, se é que ele existe. O problema todo é que isso implica custos adicionais que serão bancados pelo governo federal e, portanto, por todos nós por meio da mais extorsiva carga tributária do mundo e muitos dos piores serviços públicos do planeta.

4 de out. de 2009

QUE AS OLIMPÍADAS DO RIO EM 2016 SEJAM UM SUCESSO!

Bem, ninguém pode negar que o trabalho de promoção do Rio de Janeiro foi um sucesso. Os filmes foram lindos, os projetos são bem montados e a mobilização política e institucional foi perfeita, tanto que o resultado já se anunciava há cerca de 10 dias, o Rio era favorito, até porque, em termos de belezas naturais, é a cidade mais esplendorosa do mundo.

O leitor pode pensar, por várias postagens minhas anteriores que sou daqueles que agora vai torcer contra.

Não sou, não! Fui voto vencido e vivemos numa democracia, isso nos obriga a aceitar as decisões contrárias àquilo que pensamos. Ademais, sou patriota, não quero que o Brasil se envergonha de nada do que decida fazer, apesar das muitíssimas decepções que já tivemos no passado.

E da minha parte, quero que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, como a própria Copa do Mundo Brasil 2014 sejam um sucesso absoluto.

Até porque, não há muita alternativa. Eu me preocupo com a corrupção e o mau uso do dinheiro público. Mas se os eventos fracassarem, além desses maus fatos, ainda teremos que amargar a derrota, que sempre custa bem mais caro que o sucesso.

Logo, vamos fiscalizar. Quem era (e é, como eu) tem o dever de cobrar seriedade e fazer escarcéu a cada notícia de mau uso do suado dinheiros dos nossos impostos.

Portanto, mãos à obra! Não devemos esquecer o fato grave de que o país já gastou milhões em dinheiro público em projetos de estádios para a Copa 2014, mas ainda não fixou um prego em obra alguma.

3 de jun. de 2009

INSISTINDO NA CHATICE...

Eu vou continuar a ser chato com os leitores e falar das cidades para a Copa, porque a decisão da CBF (a FIFA não decide isso, ela apenas avaliza) baseia-se demais em critérios políticos e de menos em praticidade.

Pensemos bem: o que cidades como Natal, Manaus, Brasília e Cuiabá farão com estádios padrão FIFA depois da Copa?

Estas cidades sequer tem times na série A do campeonato brasileiro e mesmo que consigam alçar um clube à divisão principal, é improvável que ele se mantenha lá por muito tempo. A tendência do futebol brasileiro atual é que a série A do brasileirão seja composta de muitos clubes paulistas e um ou outro de fora. Hoje, São Paulo já detém 7 das 20 vagas, e no ano que vem, é provável que sejam 8!

Portanto, se a escolha fosse técnica, estas cidades seriam desclassificadas da disputa que ao meu ver, de uma pessoa contrária à copa no Brasil, deveria limitar-se a Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Fortaleza, quando muito, Goiânia, cidades que têm clubes tradicionais do futebol brasileiro.

Aliás, seria aconselhável até que cidades como o Rio, São Paulo e Porto Alegre fossem autorizadas a ceder dois estádios para o evento, diminuindo os custos e aumentando a possibilidade de conseguir investidores (O Engenhão, que custou 350 milhões, não será usado na Copa, embora seja o único estádio brasileiro em condições de recebê-la atualmente).

Pior que isso, estádios padrão FIFA, não servem para práticas de outras modalidades, porque não têm pistas de atletismo, a proximidade do campo com as arquibancadas é requisitada pela entidade que cuida do futebol, o que, aliás, é argumento para detonar o uso do Morumbi em São Paulo, buscando forçar a cidade a construir outro estádio grande a um custo estratosférico.

Na década de 70, ergueram-se vários estádios enormes pelo país afora, quase todos eles sub-utilizados ou abandonados desde então: Machadão (Natal), Pinheirão (Curitiba), Rei Pelé (Maceió), Castelão (São Luiz), Fonte Nova (Salvador), Albertão (Teresina), Almeidão (João Pessoa). Vamos repetir o mesmo erro construindo arenas luxuosas para a Copa do Mundo, destinadas a virarem cemitérios de dinheiro?

E ainda há outro aspecto.

Fora Rio, São Paulo e quanto muito Belo Horizonte e Porto Alegre, duvido que haverá investidores privados em estádios. O meu time, o Coritiba, aventou construir um novo estádio, em parceria com a empresa que levantará a nova Arena do Palmeiras. Mas a empresa só topou condicionando a construção de um centro anexo ao estádio, com hipermercado, hotel, shopping-center, estacionamento e centro de convenções. O resultado é que a prefeitura de Curitiba vetou, porque um monstro assim tornaria o trânsito caótico na região do Alto da Glória, bairro que sedia o clube. E a empresa caiu fora do negócio e os diretores do meu Coxa estão agora com cara de b... tentando se justificar para a torcida, pela expectativa falsa que promoveram.

Tenho todo o respeito por Natal, cidade que adoro. E também por Manaus, Cuiabá e Brasília, mas sinceramente, vão jogar dinheiro fora, e, pior, dinheiro público, porque nenhum investidor privado aparecerá para levantar esses novos estádios.

12 de jun. de 2008

SPORT CAMPEÃO!

Quem diria, eu torcendo por um time rubro-negro numa final?

Acontece que, há 4 meses, conheci um amigo pernambucano, radicado aqui em Curitiba, torcedor roxo do Sport e que adotou o Coxa aqui no Sul.

E isso concidiu com essa campanha histórica do Sport, que já no confronto contra o Palmeiras passou a ter pinta de campeão, e acabou sendo, merecidamente.

Porque foi audacioso.

Perdendo a partida de 3 x o em São Paulo, Nelsinho Batista colocou Enilton, que fez o gol salvador, que garantiu a possibilidade de levar a taça com apenas 2 gols na Ilha do Retiro.

E hoje, colocou a juventude do atacante Cássio que, nervoso, foi substituído ainda no primeiro tempo novamente por Enilton.

O Sport foi para cima, marcou os gols que precisava e soube segurar o Corinthians, cujo time ficou nervoso dada sua juventude.

Primeiro campeão nordestino da Copa do Brasil!

Libertadores em 2009!

Parabéns ao Leão!

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...