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3 de ago. de 2009

SERÁ QUE ESTOU ENGANADO?

O tal "Conselho de Ética" foi escolhido a dedo por José Sarney e Renan Calheiros. Seu presidente é um indivíduo que nunca teve sequer um voto, alçado à casa por acaso e favor, louco para retribuir tanta bondade do destino, se é que o leitor me entende.

Arrisca livrar a cara do maranhense e ferrar com os acusados da oposição, como Arthur Virgílio que pagará a conta do enfrentamento aos "capos" em face do seu telhado de vidro, afinal, estamos falando de políticos que, na essência, são todos iguais.

Duvido que José Sarney renuncie. E se renunciar, no máximo será à presidência, não largará o cargo de senador para voltar ao Maranhão.

Agora, pouco efeito prático teria uma renúncia assim. O próximo presidente da casa seria alguém indicado pelo próprio Sarney, como Renan Calheiros, porque não? Não esperem que o cargo seja ocupado por um Jarbas Vascincelos ou Pedro Simon, isso não vai acontecer.

E mais do que isso, há um verdadeiro manancial de denúncias que ainda pode ser explorado tanto contra senadores da "base aliada" quanto em relação aos da dita oposição.

Qualquer que seja o novo presidente, é provável que o Senado continue paralizado e que continue em curso o processo de golpe capitaneado pelo PT, cuja indisposição com o presidente Lula não foi gratuita, foi milimetricamente pensada no sentido de acabar com a casa e facilitar a aprovação de emendas constitucionais de cunho eleitoreiro e tributário, sendo a primeira a volta da CPMF.

Será que estou enganado?

31 de jul. de 2009

LULA ABANDONOU O NAVIO NA NOVELA

É engraçado constatar as muitas emoções que os seguidores cegos do presidente têm tido nos últimos tempos. Até semana passada eles defendiam José Sarney alegando que as denúncias contra ele eram uma tentativa de golpe contra o governo.

Agora que o presidente disse que o problema não é dele, e que parte do PT demonstrou-se desconfortável com aquele apoio entusiástico do presidente à biografia do maranhense e defendendo inclusive o verdadeiro golpe, a extinção do Senado, estão sem desculpa, pelo menos temporariamente.

Até que ponto isso afeta a candidatura Dilma? Será que Sarney e Renan vão se voltar contra o "amigo" Lula e apoiar Serra? Será que o PMDB lançará um candidato próprio na tentativa de se apossar do Brasil de vez? Será que os tucanos resistirão ao charme do bigode e da cara lisa de pau peemedebista? Será que foi tudo engendrado pelos petistas para acabarem com o Senado e facilitarem alterações constitucionais num eventual governo Dilma?

Aguardem cenas dos próximos capítulos. Enquanto, isso, riam dos lulistas, porque eles merecem, vez que acham que Lula é ao mesmo tempo político e santo, coisas incompatíveis!

19 de mai. de 2009

CAMPANHA POLÍTICA PERMANENTE

O Brasil está em campanha política permanente desde que o presidente Lula assumiu o cargo. Seja por culpa do próprio presidente com seus discursos dúbios que muitas vezes atacam a oposição em inaugurações e eventos eminentemente sociais, seja por conta da especulação sobre um terceiro mandato patrocinada por petistas de baixo clero, seja por conta da incapacidade institucional da oposição em fiscalizar o governo a contento e se fazer entender pelo grande público.

Aliás, acontece com a oposição atual um fenômeno único na histórica republicana, que provavelmente jamais se repetirá.

A oposição não tem moral para apontar casos de corrupção porque quando estava no poder, não os apurava do mesmo jeito que o atual governo os minimiza hoje.

É um fato que jamais se repetirá pois, no dia em que o PT voltar a ser oposição, terá o mesmo problema, não conseguirá apontar defeitos nos outros com um currículo tão ruim nas costas, quanto o que têm hoje o PSDB e o DEM, que dizer o as vezes governista, as vezes oposicionista PMDB.

Alguém pode dizer que Delúbio Soares foi absolvido, e que José Dirceu vai no mesmo caminho. Mas sejamos francos, a mesma Justiça que os absolveu, também liberou de responsabilidade muitos tucanos e dems envolvidos nas privatizações e nos casos levantados entre 1994 e 2002. O fato é que não havendo punições, a moral dos partidos fica ainda mais baixa, de tal modo que, uma vez na oposição, o PT será tão estéril em reclamar quanto são hoje o PSDB e o DEM, nem que isso só aconteça depois de 2014 ou depois de 2018. Sobrará a invenção de CPI(s) inúteis como esta da Petrobrás, reclamar de mordomias e quem sabe, mudar de nome, para tentar descolar-se de um passado não muito admirável no campo da teoria da ética.

Aquela situação que existia no passado, de um partido grande como o PT apontar defeitos e clamar pela moral com autoridade nunca mais ocorrerá no Brasil, salvo se aparecer algum outro grande partido que tenha a oportunidade pelo menos passageira de parecer inteiramente honesto e alheio à sujeira geral da política brasileira.

O fato é que hoje, tanto o governo do PT quanto a oposição representada pelo PSDB e pelo DEM, preferem manter o país em campanha política. O governo porque fazendo isso foge dos problemas morais causados por seus integrantes usando do apelo sentimental de campanha, ainda mais sendo capitaneado por um líder de massas amado pelo povão como é o presidente. E a oposição o faz por fraqueza institucional e também pela necessidade de fazer com que o PT passe a ter um histórico ético absolutamente igual ao dela, emparelhando as coisas após o fim da era Lula.

14 de nov. de 2008

COMEÇAM A APARECER OS CULPADOS PELA TRAGÉDIA DE CONGONHAS

Na Agência Estado, hoje, via UOL:

Perícia aponta falhas de TAM, piloto, pista e Anac em acidente em Congonhas

Bem, se a perícia aponta falhas da ANAC e na pista (portanto, INFRAERO), na tragédia com o avião da TAM em Congonhas, o governo é responsável pelo menos em parte pelo acidente, o que não é menos grave, nem o isenta de responsabilidades.

A despeito do "top-top" do sinistro senhor Marco Aurélio Garcia, que festejou a suposta não-responsabilidade do governo a partir de falhas INFRAERO, houve sim, engendrada no Palácio do Planalto, uma verdadeira "caça às bruxas" em razão do acidente, pois ocorreu a substituição do Ministro da Defesa, do presidente da ANAC, além de diversos diretores da mesma ANAC e da INFRAERO.

Em outras palavras, o governo já sabia, pouco após o acidente, que tinha responsabilidades. Só não sabia a extensão, mas se delas estivesse livre, não teria forçado a renúncia do senhor Zuanazzi nem substituído Waldir Pires por Nelson Jobim.

Agora, começam a surgir as confirmações.

Não são águas passadas, porque a partir de um laudo como este, as famílias das vítimas podem e devem requisitar indenizações contra o Estado brasileiro, que se deixou levar pelos interesses comerciais das empresas de aviação e negligenciou a adequação do sistema, mesmo bradando aos quatro ventos sobre a exuberância e o crescimento da economia, que refletia na demanda por serviços aeroportuários.

Se por um lado, a responsabilidade não é do presidente Lula, por outra, é do governo que ele preside, que tem apoio de amplo espectro político, incluindo partidos como o próprio PT, o PMDB, o PP e o PTB, entre outros, sempre ávidos por muitos cargos em comissão, cargos estes que, criados às dezenas de milhares desde 2003, roubaram verbas e dinheiro que poderia ser aplicado em obras e, consequentemente, aeroportos.

Se o governo investisse mais em infra-estrutura e menos em contratação de comissionados, teria boas chances de evitar essa tragédia. Aliás, só depois dela houve algum movimento do PAC em direção ao sistema aeroportuário.

Portanto, o governo merece a crítica, mesmo que sua responsabilidade seja parcial e indireta.

27 de out. de 2008

GROTÕES

O DEM é o antigo PFL, que por sua vez era formado em parte por egressos do PDS e consequentemente da ARENA, partido cujas fileiras também ajudaram a formar o atual PMDB naquele momento em que este assumiu o poder na fase de redemocratização.

Com a vitória do presidente Lula em 2002, o fisiológico PMDB foi esperto e aderiu de primeira hora ao projeto de poder do PT. E não foi seguido pelo PFL, partido que estivera na linha de frente das trocas de favores políticos desde o governo José Sarney, mas que perdeu o bonde do fisiologismo, até porque representava
teorias radicalmente contrárias às sociais-populistas do novo PT que então nascia e que deixava de lado a pureza ideológica e a política urbana, para voltar-se também aos grotões, até o ponto de ser dominado por eles, como se constata agora em 2008.

Isso fez com que tanto o discurso quanto a ação política fossem roubados do PFL pelo PMDB e pelo PT, à guisa dos programas sociais do governo federal. Enquanto PFL, o DEM era um partido assistencialista forte nos grotões, onde impera a miséria e a falta de consciência política, pois os eleitores decidem seus votos pela maior ou menor quantidade de mimos que recebem às vésperas da obrigação de sufragar. Quando o PT passou a mandar no plano federal, o PFL, de tantos bons serviços prestados às trocas de favores, incluindo aquela vergonhosa emenda constitucional que criou a reeleição, ficou sem mimos para distribuir e definhou nos grotões, a ponto de ser efetivamente varrido do nordeste do país, como bem declarou a candidata Marta Suplicy.

Seu eleitorado e suas "bases" minguaram. Prefeitos e vereadores ladrões de galinha, "coronéis", deputados de baixo clero, senadores e governadores populistas o deixaram e foram se abrigar ou no PMDB, no PT ou em algum dos partidos "aliados", para não ficarem longe da imagem do presidente Lula, e, claro, das benesses estatais que permitem manipular currais eleitorais mantendo no poder deputados sem atuação parlamentar alguma, verdadeiros despachantes de verbas governamentais que impressionam os moradores dos grotões, embora pouco representem em progresso econômico e social para eles. O ápice desse processo ocorreu em 2006, quando o então já DEM, perdeu de lavada até em lugares onde jamais imaginaria isso, como o interior da Bahia, onde o Carlismo sucumbiu ao bolsa-família

Então voltou-se para os centros urbanos e para um discurso mais intelectual e menos sertanejo na tentativa de sobrevivência política de seus líderes, todos senhores bem apessoados, de famílias tradicionais, estudados nas melhores universidades, mas com a carreira vocacionada a abrir e fechar porteiras de currais dos grotões, onde a absoluta falta de cultura e discernimento dos eleitores impede o sucesso de partidos que não têm verbas estatais que sirvam de moedas de troca.

Essa vitória do DEM em São Paulo é apenas isso, primeiro resultado concreto de um projeto de reerguimento do partido em bases menos grotenses e, portanto, mais estáveis e ideológicas, na exata contramão do que faz o PT, que de partido urbano e ideológico, está virando um balaio de gatos, irmão siamês de outro, o PMDB.

Se o DEM sobreviverá como partido urbano e ideológico, não sei. Mas o PT e o PMDB estão cada vez mais parecidos com o PFL.

4 de jul. de 2008

NADA É TÃO RUIM QUE NÃO POSSA FICAR PIOR

Tá no uol:

Severino Cavalcanti (PP) volta à cena política em Pernambuco com apoio de PT e PSB

Eu não faço oposição radical a ninguém, muito menos ao PT ou ao atual governo.

Mas notícias como esta, provam que o PT não é mais ético ou melhor que o PSDB ou o DEM, é tudo farinha do mesmo saco.

Aos partidos políticos brasileiro só importa o poder a qualquer custo, por mais que ele implique em beneficiar gente do quilate deste senhor, envolvido na névoa de casos escabrosos até hoje não totalmente esclarecidos, mas que não o impediram de renunciar ao seu cargo em Brasília, com medo confesso dos processos a que estaria sujeito.

Se vivêssemos num país onde a política fosse levada a sério, este senhor até conseguiria se candidatar. Mas não teria o apoio de partidos que se dizem éticos e historicamente comprometidos com tudo o que ele representa na história recente do país, ficaria restrito a um partido de oligarcas como é o PP.

O PT foi rigoroso ao tratar da aliança Frankenstein que o diretório de Belo Horizonte queria fazer com o PSDB, na qual o candidato do partido seria apoiado. Mas é leniente e incoerente ao apoiar este senhor que envergonhou o país inteiro ao ser o primeiro presidente da Câmara dos Deputados a renunciar ao cargo no seu exercício, para não enfrentar um processo de cassação.

E estendo todas essas críticas também ao PSB.

11 de mar. de 2008

EM PLENA CAMPANHA ELEITORAL

O governador do Paraná declarou hoje que o estado tem o melhor sistema penitenciário do Brasil. Declarou ainda que o sistema penitenciário estadual é melhor e mais eficiente até que o dos EUA, e atribuiu a alta criminalidade constatada em Curitiba ao regime de progressão das penas dos crimes hediondos, que possibilitam a evasão de condenados da Colônia Penal Agrícola, indivíduos estes que voltam para o crime porque, condenados e foragidos, precisam dele para sobreviver.

Em outras palavras, disse que a culpa da criminalidade é do Poder Judiciário, e lavou as mãos.

Ontem, por sua vez, a candidata petista à Prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann (esposa do ministro do planejamento, Paulo Bernardo) declarou que a alta criminalidade de Curitiba é fruto da falta de políticas sociais.

É bom informar que nas eleições municipais passadas, o governador e seu grupo dentro do PMDB praticamente expulsaram do partido quem se recusou a apoiar de primeira hora a candidatura do petista Ângelo Vanhoni.

E o mesmo grupo que defenestrou o deputado Gustavo Fruet do partido em 2004, mantém as rédeas dele na cidade até hoje, dando sustentação ao governo de Requião, do qual o PT é aliado fiel.

Sem candidato viável, e dado que o PT é aliado de Requião no estado, é certo que tanto o partido quanto o governador Requião apoiarão Hoffmann se ocorrer um segundo turno na capital do Paraná..

Mas Curitiba é hoje uma das capitais mais violentas do Brasil, e esse será o mote principal da campanha.

Tanto será, que o prefeito Beto Richa criou de afogadilho uma secretaria especial anti-drogas em ano eleitoral.

O que vai acontecer é o PT e o PMDB acusando o PSDB de Richa de negligenciar políticas sociais, e este afirmando que políticas sociais existem, o que não existe mais é polícia, porque a Secretaria de Segurança Pública do estado perdeu muito tempo brigando com o Ministério Público para que seu titular não perdesse o cargo de Promotor de Justiça do qual se licenciou para adentrar à política.

Mas vamos aos fatos graves:

- Ontem um grupo de vândalos atacou uma rua inteira no bairro do Batel e, chamada a PM, os moradores foram informados que para os dois bairros daquela região (Batel e Bigorrilho), só há uma viatura e ela não poderia atender a ocorrência.

- Assassinatos contam-se às dezenas a cada fim de semana, tanto na capital, quanto na paupérrima região metropolitana, cujos municípios são currais eleitorais de deputados estaduais de baixíssimo clero que apóiam o governador do mesmo jeito que apoiávam o ex-governador Jaime Lerner, de viés ideológico completamente diferente.

- Várias delegacias do estado e de Curitiba sofrem processos de interdição a pedido da Comissão de Direitos Humanos da OAB e mesmo de fiscalizações sanitárias, por não atenderem mínimos requisitos de higiene, vez que hoje sua superlotação funciona como um sistema prisional provisório ao sistema oficial que o governador alega ser ótimo.

- Dias atrás, o jornal Tribuna do Paraná informou que as aposentadorias, baixas ou falecimentos de PM(s) não correspondem a concursos em mesmo número, de modo que o efetivo da tropa vem caindo substancialmente durante o governo Requião.

Já contei para os leitores que na minha cidade e em Itaperuçú, distantes 30km do centro de Curitiba, não há policiamento ostensivo e consta que há apenas um soldado para atender às duas localidades, que somadas, contabilizam 50 mil habitantes, e que estão à mercê de traficantes de drogas e "jacuboys" que ligam suas aparelhagens de som no volume mais alto possivel em qualquer lugar e em qualquer horário do dia ou da noite. Pior que isso, os "jacuboys" causam acidentes de trânsito e na semana passada, uma vítima de um acidente destes quase foi linchada pelos "jovens" que não admitem que seus excessos de drogas, de álcool, de velocidade, de falta de educação e de música alta, sejam objeto de qualquer tipo de reclamação.

E o governador, com essa declaração, tenta esconder o desgoverno que preside, protegendo seus interesses eleitorais, pois é certo que o PT dirá na campanha inteira que Curitiba é violenta porque faltam políticas sociais, o que não é verdade, porque a cidade mantém programas de habitação, saúde, educação, lazer e inserção social melhores que os da maioria das cidades do Brasil, apesar de insuficientes, como o de todas as cidades do Brasil, inclusive as administradas pelo póprio PT e pelo PMDB.

Enfim, estão todos em campanha, mas a segurança pública, que depende de policiamento ostensivo, está abandonada e o governador prefere tapar o sol com a peneira, ao dizer que fugitivos da Colônia Penal promovem o terror que a polícia paranaense têm sido impotente em combater.

O que eu peço, como cidadão, é menos política eleitoreira e mais política de segurança. Mas fazendo isso,arrisco ser chamado de direitista ou tucano, com inveja de quem recebe bolsa-familia.

12 de dez. de 2007

UM FESTIVAL DE INCOERÊNCIA

Não há muito mais o que falar.

Segundo os jornais de hoje, o presidente instruiu sua "base aliada" a votar a CPMF para vencer ou não, tentando, ao menos, salvar a DRU - Desvinculação das Receitas da União no caso de acontecer a derrota.

Acredito que o tributo será aprovado mas, mesmo que isso não ocorra, importante informar o que se viu em Brasília desde o início da tramitação dessa emenda constitucional.

Um festival de incoerência e desfaçatez poucas vezes repetido na triste história dos conchavos parlamentares nacionais.

Um governo que detém uma "base aliada" com mais de 2/3 dos componentes da Câmara dos Deputados foi obrigado a negociar, liberar emendas e preencher cargos públicos vagos para conseguir naquela casa uma vitória apertada, onde ficou visível que houve traição por parte de muitos parlamentares que apóiam a popularidade do presidente, não o seu governo.

Um partido governista, o PT, que enquanto oposição sempre votou contra o tributo não chegando sequer a discutí-lo, rechaçando qualquer argumentação, deixando claro ser uma taxação desnecessária (pois, segundo o PT, para evitá-la bastaria cobrar os sonegadores, calotear a dívida externa e romper com o FMI e sua mania de superávits primários).

Um partido de oposição, o PSDB, que criou a taxação original e lançou as bases para que seu uso fosse deturpado e não aplicado à área de saúde, reclamando justamente que ela afeta os mais pobres e que é indefensável num contexto de carga tributária altíssima, a mesma carga que o próprio PSDB aumentou o que pôde enquanto gozou das benesses do poder.

No Senado, parlamentares incoerentes como Mercadante e Arthur Virgílio a relativizarem seus discursos passados, jogando no lixo qualquer resquício de ideologia ou principiologia partidária, sem contar que a casa, onde a idéia geral era de que o governo não teria votos para aprovar a emenda, ainda não se decidiu por isso, e pode muito bem dar uma vitória consagradora à tese de manter esse imposto perverso.

Incoerência que denota uma opinião geral entre os parlamentares: A OPINIÃO PÚBLICA NÃO SERVE PARA NADA!

17 de set. de 2007

RESSACA!

O governo podia ter feito sua base aliada votar contra Renan Calheiros.

Teria, numa tacada só, conseguido um atestado ético e facilitado a aprovação rápida da CPMF. Mas não! Preferiu declarar a bancada livre e deixou que alguns de seus senadores, especialmente a senhora Ideli Salvatti e o senhor Mercadante, cabalassem votos para a absolvição do senador alagoano, o que levou à evidente prorrogação da crise e a problemas adicionais em aprovar mais 4 anos para o citado tributo.

Se o PT (e o governo) tivesse cerrado fileiras contra o senador Renan, teria fortalecido o governo Lula e dado um "cala-boca" em muita gente, inclusive este blogueiro. Teria sido um certificado de ética, uma qualidade que me fez votar no PT em 2002 e que, hoje, me faz criticá-lo.

Agora, porém, o governo vai aprovar a CPMF do mesmo jeito, mas além de demorar mais, ninguém sabe o quanto vai custar.

O senador Pedro Simon deu uma declaração sintomática na semana que passou. Ele afirmou estar convencido de que o Planalto vai "comprar a alma" e "passar o rolo compressor" para conseguir aprovar a prorrogação CPMF, alegando que "o governo fala e (libera) emenda".

E se liberar emenda, terá senador do DEM e do PSDB votando em favor do governo, acredite o leitor.

Vai custar caro em termos financeiros, mas custará mais caro ainda em termos morais, porque é esse costume nefasto de trocar voto de parlamentar, que vem de muito tempo mas foi usado diuturnamente no governo Fernando Henrique Cardoso, é que tornou o Congresso Nacional um mero apêndice do Poder Executivo.

E isso é muito triste, porque o costume de conseguir emendas em troca de votos no parlamento só tende a piorar, e aumentar a cotação a cada projeto importante que o governo tenha que discutir no Congresso. Se vai custar caro agora, na próxima ocasião custará mais ainda.

Enfim, a ressaca do caso Renan vai dar dor de cabeça em muita gente no governo, mas vai doer no bolso de todos nós.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...