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4 de fev. de 2008

UMA SÍNTESE DO CARNAVAL


"Não vi nada de carnaval esse ano. Minto. Vi 5 minutos de um desfile da, creio eu, Acadêmicos do Tucuruvi, cujo enredo versava sobre o sorvete. Duas escolas elegeram sorvete como tema. Junte a falência do axé, pense nesses temas, lembre o carro do Holocausto que foi sabiamente proibido de sair na avenida, a invasão de banners com propagandas de cerveja no Galo da madrugada em Recife e quem sabe não tenhamos dados suficiente para afirmar que o carnaval, a mais espetacular manifestação popular do planeta, saiu dos trilhos, perdeu o rumo, vendeu-se".


Leia aqui, a matéria completa, coluna de Márcio Alemão, no Terra Magazine.

12 de dez. de 2007

UM FESTIVAL DE INCOERÊNCIA

Não há muito mais o que falar.

Segundo os jornais de hoje, o presidente instruiu sua "base aliada" a votar a CPMF para vencer ou não, tentando, ao menos, salvar a DRU - Desvinculação das Receitas da União no caso de acontecer a derrota.

Acredito que o tributo será aprovado mas, mesmo que isso não ocorra, importante informar o que se viu em Brasília desde o início da tramitação dessa emenda constitucional.

Um festival de incoerência e desfaçatez poucas vezes repetido na triste história dos conchavos parlamentares nacionais.

Um governo que detém uma "base aliada" com mais de 2/3 dos componentes da Câmara dos Deputados foi obrigado a negociar, liberar emendas e preencher cargos públicos vagos para conseguir naquela casa uma vitória apertada, onde ficou visível que houve traição por parte de muitos parlamentares que apóiam a popularidade do presidente, não o seu governo.

Um partido governista, o PT, que enquanto oposição sempre votou contra o tributo não chegando sequer a discutí-lo, rechaçando qualquer argumentação, deixando claro ser uma taxação desnecessária (pois, segundo o PT, para evitá-la bastaria cobrar os sonegadores, calotear a dívida externa e romper com o FMI e sua mania de superávits primários).

Um partido de oposição, o PSDB, que criou a taxação original e lançou as bases para que seu uso fosse deturpado e não aplicado à área de saúde, reclamando justamente que ela afeta os mais pobres e que é indefensável num contexto de carga tributária altíssima, a mesma carga que o próprio PSDB aumentou o que pôde enquanto gozou das benesses do poder.

No Senado, parlamentares incoerentes como Mercadante e Arthur Virgílio a relativizarem seus discursos passados, jogando no lixo qualquer resquício de ideologia ou principiologia partidária, sem contar que a casa, onde a idéia geral era de que o governo não teria votos para aprovar a emenda, ainda não se decidiu por isso, e pode muito bem dar uma vitória consagradora à tese de manter esse imposto perverso.

Incoerência que denota uma opinião geral entre os parlamentares: A OPINIÃO PÚBLICA NÃO SERVE PARA NADA!

25 de set. de 2007

O QUE EU SEI AGORA QUE NÃO SABIA ANTES?


O "me-me" é convocação da Letícia Coelho, que eu resolvi encarar. Mas antes, quero fazer um elogio à ela, que é militante partidária (PMDB), ou seja, acredita na boa política, na ciência de trocar idéias e opiniões e buscar programas partidários para o bem da comunidade e/ou do seu país. Ela é uma honrosa exceção, num país onde a regra é de entrar na política apenas para se dar bem e conseguir cargo em comissão.

Bem, o que eu sei agora que não sabia antes?

Na verdade, divido minha vida em antes e depois da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná. E digo isso, porque depois de estudar Direito em si, com extratos de sociologia, economia política, filosofia, medicina legal, história e administração pública, passei a ser outra pessoa porque aprendi coisas que nem sempre são percebidas, tais como:

1. Tudo o que se vive na atualidade é decorrência de um processo histórico. Absolutamente nada aparece do nada, as idéias são criadas por longos processos de maturação que por sua vez nunca terminam. Os problemas ou sucessos econômicos de hoje são frutos do passado e as decisões jurídicas e políticas são resultados da dinâmica social;

2. Não há malefício de natureza social que dure para sempre. Ditadores morrem, regimes econômicos e políticos acabam, governos são transitórios. A URSS, o socialismo e o comunismo acabaram, vítimas das suas próprias incongruências, sua falta de democracia e sua incapacidade de criar riqueza econômica e justiça social. Um dia, os EUA também acabarão e o capitalismo por vezes injusto (conquanto mais eficiente que o outro sistema) que conhecemos hoje idem, quando será substituído por uma outra diretriz econômica gestada a cada dia de nossas vidas;

3. Não adianta brigar com ignorantes, porque eles não sabem quando estão derrotados. O ignorante continua sempre a incorrer nos mesmos erros e não muda de opinião. Ele não aprende porque não quer, não aceita as idéias alheias e tem medo do progresso. O ignorante é, basicamente, alguém que não aceita que as coisas evoluem.

4. Não adianta burlar o progresso tecnológico, ele acaba atingindo a todos, é melhor tê-lo como aliado que como inimigo.

5. É impossível compreender tudo o que acontece no mundo. Compreender um mínimo dele só é deferido às pessoas de cultura, as que estudam e discutem, que estão abertas a ouvir as opiniões alheias (mesmo que não concordes com as suas) e dispostas a pelo menos analisar os vários lados de uma questão antes de declarar que não a discute mais. Todas as coisas boas do mundo são fruto da inteligência e do bom senso, todas as coisas ruins, são frutos da ignorância.

6. O progresso econômico e social só tem um caminho e dois requisitos: O caminho é a democracia, os requisitos são educação e cultura. Quanto mais educada e culta uma população, menos injusta será sua divisão de renda, melhor será sua condição de vida. Só que educação e cultura só existem realmente em regimes democráticos, onde não é crime ter opinião e ser minoria.

Bem, vou listar 5 pessoas para continuar o "me-me", informando que, se não quiserem manter a brincadeira, não tem problema nenhum:

1. O DO do Ramsés Século XXI;
2. A Fábia Rossoni do Seis Passeios pelos Bosques da Ficção;
3. A Renata, do Devaneios e Desabafos;
4. O Ronald;
5. A Mônika, do Leitora de Blog.

25 de ago. de 2007

SENSO E SENSIBILIDADE

Copiando o Lino Resende, hoje vou escrever sobre outros blogs, especialmente os femininos.

É certo que todos os que estão listados aí do lado e muitos outros que visito esporadicamente são ótimos, mas hoje eu resolvi fazer chamada (algumas, novamente) para alguns blogs cuja visão feminina é singela e ao mesmo tempo poderosa, porque alertam o leitor masculino para outra ótica sobre os fatos.

Rosane e Fábia são minhas amigas de bate papo pelo MSN. A primeira recém inaugurou seu blog, que é intimista, no sentido de comentar fatos praticamente conversando com o leitor. Fábia é jornalista e gosta (gosta mesmo!) de literatura, o que é possível perceber pelo próprio título da página, Seis Passeios pelos Bosques da Ficção, que ainda está começando, mas que promete ótimas matérias sobre literatura e, tenho um pequeno palpite, com certo destaque para Oscar Wilde.

A Letícia escreve o Flanela Paulistana. O legal deste blog é que ele mistura história e imagens de São Paulo, com opiniões da autora. Ela leva sua câmera para todos os lados e extrai o pitoresco da cidade, sem deixar de lado uma visão crítica não só sobre a cidade, mas por tudo que São Paulo representa em termos de história e desenvolvimento do país.

E ainda há muitos outros, alguns pessoais, como a Ciça Donner, da minha irmã, Leitora de Blog ou da jovem mamãe Blogiana, e os engajados politicamente como a Shirlei, a Marta Belini, a Luma, a Cilene e a Letícia Coelho.

Em todos eles, e nos outros, eu aprendo um pouco sobre o jeito feminino de encarar a realidade que nos cerca. Todos recomendados e a quem estou fazendo publicidade, pois com conteúdo interessante e importante para todos.
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Post novo e enquete em Prédica e História. O Mundo é dos Ignorantes?

7 de ago. de 2007

COLUNA DO GILBERTO DIMENSTEIN

Não gosto do Gilberto Dimenstein, que sempre me pareceu alguém um tanto quanto alheio à realidade que nos cerca. Porém, hoje, na sua coluna da Folha de S. Paulo, ele expressou exatamente o que eu penso sobre esse assunto, razão pela qual eu reproduzo aqui:

07/08/2007
VOCÊ NÃO CANSOU?
da Folha Online


Não consegui entender direito o clima um tanto histérico, nutrido pelo governo, contra o movimento batizado de "Cansei", apontado como um núcleo conspiratório; outros viram ali uma reação ideológica conservadora como se o governo Lula não tivesse apoio entre setores da chamada "direita".

Alguns se incomodam com o fato de gente mais rica protestar como se todos, numa democracia, não tivessem o direito legítimo de protestar. É um direito não correr risco voando num avião.

Talvez, quem sabe, aquele movimento se converta em algo como maior consistência (inclusive conspiratória, com o olho na sucessão presidencial). Mas, por enquanto, o "Cansei" padece de um problema: o cansaço. Não propôs nada de concreto, rigorosamente, apenas a irritação --e, por isso, o cansaço é estéril.

Mas quem não cansou de ver um país com tantas possibilidades, com tantos recursos, sofrendo com tanta pobreza e violência? Quem não se cansou de ver tanto dinheiro público desperdiçado e sermos obrigados a pagar tanto imposto?

O que seria injusto é culpar apenas Lula, mas também seria injusto isentá-lo de parte da responsabilidade, pois seu governo vem investindo menos do que poderia em obras de infra-estrutura, torrando dinheiro com funcionalismo.

Não é possível ser um brasileiro com um mínimo de responsabilidade sem estar cansado da diferença entre o que somos e o que poderíamos ser, devido à crônica incompetência pública.

PS: Para mim, o problema desse movimento é justamente o que o GD disse: não tem proposta nenhuma e tenta parecer não político. Deveria ser político, sim! Essa hipocrisia é que incomoda e que confunde as pessoas. Muita gente não apóia, porque acha que é apenas mais uma nuvem de fumaça criada pelo próprio governo ou pelos políticos safados para tirarem o foco de si. Não sendo político, é estéril... por isso que concordo com o GD, apesar de não gostar dele.

PS2: Além de petralha e bolivariano, o leitor que se autodenomina "verme" é analfabeto. Imaginem os leitores que ele interpretou o texto acima e disse que eu se não concordo com o GD é porque sou direitista mesmo. Simplesmente não entendeu o que eu escrevi antes de reproduzir o texto do GD. É burro mesmo...

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...