Foto: Fábio Mayer - Campus Central da UFPR na Praça Santos Andrade, Curitiba/PR.
Uma pesquisa do ENADE divulgada esta semana e comentada hoje pela Gazeta do Povo de Curitiba, dá conta que os alunos do ensino superior brasileiro praticamente não estudam em casa (fora às aulas), não empreendem atividades de pesquisa, não praticam atividades extra-curriculares e não lêem jornais e revistas com regularidade.
O ensino superior brasileiro é uma piada de mau-gosto e a culpa não é apenas dos governos, que não fiscalizam a instituições, que promovem e deixam promover o pagou-passou ou o simples empurrar de alunos para fora da faculdade, quando não deixam que se criem verdadeiros jardins de infância de nível superior, como o que aconteceu em fins da década de 90, quando, por exemplo, o número de faculdades de direito em Curitiba pulou de 3 para 12, sendo que as 9 adicionais não conseguem aprovar ninguém em concursos de carreira jurídica e nem 10% dos que se candidatam no Exame de Ordem da OAB.
As comunidades acadêmicas , se é que esse termo se aplica aqui, também têm responsabilidades.
Quando eu estudava, tive dois professores alcoólatras. Eles passavam a noite na farra, chegavam, às vezes perguntavam se aquela era a sua turma, sentavam, davam 15 minutos de aula e caíam fora.
Outro, que deu nome à minha turma, fazia uma espécie de brincadeira de gato e rato. Suas aulas iniciavam-se às 7 da manhã e iam até às 9. Quando chegávamos às 7, ele chegava às 8. Quando chegávamos às 8, ele chegava às 7:30, quando chegávamos às 7:30 ele entrava na sala às 8:30 e quando ele não tinha vontade de dar aulas, o que era quase todos os dias, ficava a debater os temas com um colega meu, um verdadeiro gênio já naqueles tempos, e que hoje, além de brilhante advogado de sucesso, também dá aulas na mesma disciplina e na mesma faculdade, para sorte dos alunos atuais que queiram estudar.
E ainda havia as faltas recorrentes de indivíduos que eram professores apenas pelo status de sê-lo, causadas por seus muitos compromissos não acadêmicos. Afinal, advogados famosos, juízes, promotores e procuradores nem sempre têm tempo para bater ponto numa faculdade.
E isso se repete em maior ou menor grau em todas as demais faculdades, onde a dedicação exclusiva ao magistério não é uma regra.
Porém, a despeito disso, quem quisesse ainda aproveitava a experiência de vida deles, e mesmo com estes defeitos todos, podia aprender muito. Foram os melhores anos da minha vida, porque não só aprendi o ofício do direito como passei a ter uma visão ampla de mundo, que me abriu horizontes e ampliou minha curiosidades sobre vários assuntos (filosofia, astronomia, política, economia, biologia, finanças). Deixei de ser um suburbano criado numa cidade medíocre, de gente medíocre, analfabeta e indolente, para me tornar um cidadão capaz de entender o mundo em que vivo.
Mesmo assim, o pior de uma faculdade brasileira, qualquer faculdade brasileira, são seus alunos.
Alçados ao corpo discente geralmente decorando fórmulas e macetes, até porque o ensino médio é péssimo mesmo nas escolas particulares mais caras, os alunos encaram a faculdade como uma continuidade da escola legalzinha que frequentavam antes.
Cansei de ver colegas que pediam para outros falsificarem suas assinaturas nas listas de chamada. E outros que entravam, assinavam a lista e saíam em direção aos muitos botecos próximos ou ao centro acadêmico, onde organizavam torneios de truco e futebol e especulavam sobre a próxima pendura de 11 de agosto. E outros engajados em política estudantil, sempre prontos a organizar greves ou a arregimentar cara-pintadas, mas ao mesmo tempo sempre ávidos em copiar os cadernos alheios. E ainda havia especialistas em criar novos métodos de cola e estrategistas, como uma colega que não suportava o fato de não ser a primeira da turma. Ela arranjava atestados médicos e simplesmente não fazia as provas, requisitava segunda chamada para ter mais tempo para estudar e para saber o que foi cobrado na primeira. O azar dela era que seu desempenho sempre ficava abaixo de outros colegas que não usavam esses artificios, hoje ela cuida de uma empresa que aluga piscina de bolinhas e organiza festas infantis, a despeito de ter sido a terceira da turma.
Foram ótimos anos, é verdade. Cultuo daquele periodo, as melhores lembranças de minha vida, mas o fato é que não havia dia que não se falava em alguma festa, greve, manifestação, apoio ou eleição para qualquer porcaria. E nas festas, que ocorriam quase sempre no meio da semana, o álcool e as drogas corriam soltos e estudar era para os otários, como este que vos escreve e que, sendo otário, naquela época disponibilizava o cadernos para os descolados copiarem.
Se era assim naquela época, imaginemos hoje, quando tem pais que acompanham seus filhinhos estúpidos nas faculdades e dão de dedo nos professores perguntando o sabe com quem tá falando? ou dizendo em alto e bom som que pagam aquela m...! como se seus rebentos ainda tenham 5 anos de idade?
Não senso injusto, é fato que havia muitos que se preocupavam em fazer as coisas pelos meios corretos. Gente que estudava e se esforçava independentemente de classe social, a maioria com carreiras brilhantes, títulos acadêmicos, prêmios profissionais e grandes clientes no currículo.
Mas é triste constatar passados quase 20 anos, que muitos dos que não estudaram se formaram na mesma cerimônia sem saber absolutamente nada, conseguiram bons cargos por indicação política, viraram juízes e promotores ou montaram grandes bancas de advocacia por conta de seus sobrenomes.
Muitos alunos tem o defeito da preguiça, talvez por saber que no Brasil pouco importa o mérito. Na área do direito, tendo sobrenome de juiz ou promotor, provavelmente ele será juiz ou promotor. E se tiver nome de dono de cartório com deputado no bolso, será dono de cartório. E se não tiver nada disso no patronímico, basta adular algum político que as coisas se acertam do mesmo jeito. E mesmo se não tiver oportunidade alguma assim, sempre sobra um bolsa-família ou um seguro-desemprego para salvar a lavoura. É fato que há os que estudam e vencem por seus próprios méritos, mas se o fazem, é por mérito pessoal porque nem as faculdades ajudam, nem as pessoas exigem.
Mas que se diga que há um aspecto material interessante. O aluno brasileiro não estuda apenas por preguiça, há várias outras razões. Uma delas é a falta de atividades culturais dentro da maioria das faculdades. Tirando as instituições públicas, as privadas disponibilizam aos seus alunos apenas o que está no orçamento e não comprometa o lucro que obrigatoriamente deve sempre ser maior que o do exercício anterior. Nas faculdades brasileiras pouco se pensa, pouco se discute e pouco se faz para abrir as mentes dos alunos, elas são cursinhos, a ensinar macetes para que o futuro profissional enrole bem os seus clientes.
É um estado de coisas deplorável, causado por inércia governamental, conceitos errados sobre a universalização do ensino superior, falta de um conceito meritório, má formação moral do brasileiro médio e mau uso de recursos materiais.
Corrigir isso é tarefa para gerações de pessoas, e deveria começar imediatamente.
PS: Pode parecer ao leitor se tratar de um desabafo de quem não teve o sucesso profissional que almejava. Não é. Tenho plena consciência de que se não obtive o sucesso profissional que desejava, é porque ou não fui competente ou não soube aproveitar as oportunidades que me apareceram. Mas meus erros e deméritos não significam que não se deva discutir e melhoria do ensino brasileiro.
4 de abr. de 2009
2 de abr. de 2009
ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA
2009 foi escolhido para ser o Ano Internacional da Astronomia.
Dentre os muitos ramos da ciência, este talvez seja o que mais me fascina.
O ser humano é um explorador por natureza. Estudar o espaço sideral é consequência desse instinto e da própria necessidade que ele nos impõe, em conhecer o universo para povoá-lo, tal qual fizemos com nosso planeta.
Mas a astronomia é mais ampla que esse instinto colonizador. Ela estuda o passado do universo para nos ajudar a projetar um futuro mais seguro. É preciso saber de onde viemos para decidirmos para onde ir.
Vamos festejar o Ano Internacional da Astronomia, abrindo nossas mentes para a importância de olhar para o espaço como um exercício de auto-conhecimento da raça humana e para que ela se conscientize de ser apenas pó na imensidão do universo.
Mas um pó capaz de coisas grandiosas dentro de sua limitação de tempo e espaço.
Inicio os festejos aqui no blog com uma dica de leitura:
PÁLIDO PONTO AZUL
Carl Sagan
Esta é a melhor obra de astronomia para leigos como eu e a maior parte dos meus leitores. O genial Carl Sagan escreve com naturalidade sobre as descobertas científicas e os programas espaciais.
Dentre os muitos ramos da ciência, este talvez seja o que mais me fascina.
O ser humano é um explorador por natureza. Estudar o espaço sideral é consequência desse instinto e da própria necessidade que ele nos impõe, em conhecer o universo para povoá-lo, tal qual fizemos com nosso planeta.
Mas a astronomia é mais ampla que esse instinto colonizador. Ela estuda o passado do universo para nos ajudar a projetar um futuro mais seguro. É preciso saber de onde viemos para decidirmos para onde ir.
Vamos festejar o Ano Internacional da Astronomia, abrindo nossas mentes para a importância de olhar para o espaço como um exercício de auto-conhecimento da raça humana e para que ela se conscientize de ser apenas pó na imensidão do universo.
Mas um pó capaz de coisas grandiosas dentro de sua limitação de tempo e espaço.
Inicio os festejos aqui no blog com uma dica de leitura:
PÁLIDO PONTO AZUL
Carl Sagan
Esta é a melhor obra de astronomia para leigos como eu e a maior parte dos meus leitores. O genial Carl Sagan escreve com naturalidade sobre as descobertas científicas e os programas espaciais.
1 de abr. de 2009
6 x 1
Não é pegadinha de 1º de abril.
A Argentina, treinada pelo arrogante e insuportável Maradona, foi goleada pela Bolívia, por 6 x 1.
Só tenho uma coisa a comentar sobre isso:
AAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAAAAAHHHHAAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHA! (pausa para respirar)
6x1?
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! (outra pausa)
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!
A Argentina, treinada pelo arrogante e insuportável Maradona, foi goleada pela Bolívia, por 6 x 1.
Só tenho uma coisa a comentar sobre isso:
AAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAAAAAHHHHAAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHA! (pausa para respirar)
6x1?
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! (outra pausa)
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!
PAPELÓRIO
Um cliente resolveu quitar uma dívida judicial e me deixou o dinheiro para tanto.
Fui ao fórum e perguntei o que fazer. Me deram uma guia, que pode ser paga em qualquer banco, no valor de R$ 18,10. E outra, que só pode ser paga na Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 86,00. Daí, me disseram para ir ao Cartório Distribuidor e pagar R$ 22,75. Depois eu devo voltar, com dois cheques, um de R$ 171,50 para a vara cível e outro de R$ 193,37, para a procuradoria da fazenda, sendo que não podem receber em dinheiro. E a conta principal deve ser paga exclusivamente no Banco do Brasil mediante GRPR emitida pela internet.
6 documentos diferentes para quitar uma dívida de pouco menos de R$ 2.400,00.
E tem gente que ainda se pergunta do por quê da Justiça não funcionar...
31 de mar. de 2009
MALDADE
Foto: Agência Brasil.
Na Gazeta do Povo de Curitiba:
Jade Barbosa lança campanha na internet para custear tratamento no punho
O Ministério do Esporte e as secretarias estaduais e municipais do assunto em vários lugares do Brasil andam em polvorosa organizando-se para sediar a Copa do Mundo e torrar BILHÕES de dinheiro público em estádios suntuosos.
Estádios que farão a felicidade apenas de políticos que se fartarão em manipular dinheiro, tal qual o que aconteceu nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, orçados em 350 milhões, mas que custaram 5 vezes isso sem deixar absolutamente nada de bom para a cidade e sua população, vez que as prometidas melhorias urbanas não saíram do papel, apesar do orçamento muito mais que estourado.
Contas, aliás, que não aprovadas pelo Tribunal de Contas da União.
E no Rio de Janeiro, há um grupo que quer porque quer sediar as Olimpíadas, mesmo com o fracasso retumbante, a organização pífia e vergonhosa dos Pan-Americanos, que legou uma Vila Olímpica que está afundando e desistiu das obras que beneficiariam as pessoas com melhorias do trânsito porque, não houve tempo para elas.
Dizem fazer política esportiva mas nada fazem pelos atletas.
Essa moça linda e dedicada é o melhor exemplo disso. Durante os jogos Pan-Americanos e os Olímpicos, foi assediada de modo criminoso pela imprensa e usada pela Confederação de Ginástica e pelo Comitê Olímpico como garota-propaganda do esporte brasileiro.
Deu-se a entender que seus bons resultados seriam uma consequência de um trabalho de promoção esportiva.
Que nada! Estão pouco se lixando para as dificuldades dos atletas e jamais sequer pensaram em promovê-los, até porque vivem empurrando essa função para a iniciativa privada, porque os governos só guardam preocupações se existem contratos, obras, licitações e MUITO dinheiro envolvido.
Os governos preferem investir bilhões em estádios para a Copa e torrar outros milhões nessa candidatura brancaleone do Rio de Janeiro, mas não se preocupam com as pessoas, e quando digo pessoas, não me refiro só aos atletas.
Quando uma campeã consagrada como Jade Barbosa chega a esse ponto, precisamos nos perguntar para quê uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada no Brasil?
Se este país não é capaz de ter uma política esportiva que atenda uma atleta como ela ou, mais grave ainda, não é capaz sequer de ter um sistema público de saúde que pudesse atendê-la na qualidade de brasileira que depende da cirurgia para exercer sua profissão, como é que pode se imaginar construindo estádios em padrão europeu ou ainda promovendo uma Olimpíada?
O fato é que não há dinheiro para as pessoas no Brasil. Os brasileiros são apenas um número de CPF que identifica quanto pagam de impostos para que os políticos joguem dinheiro fora construindo arenas e promovendo candidaturas que só beneficiam a si mesmos.
E atletas são pessoas, estão fora da festa dos políticos que só dizem apoiar o esporte.
28 de mar. de 2009
IMAGENS DE CURITIBA - 16
Conta a lenda que o General Eleodoro Ébano Pereira veio em expedição vencendo a Serra do Mar para encontrar ouro e índios. E que chegando no planalto, deparou com a tribo Tingui dos Tupis-Guaranis, e ali nasceu um entreposto de mercadorias para os que se aventuravam em explorar o interior do Paraná.
E em 1693 resolveu-se erguer uma capela com vias a fundar uma vila. E no dia da sua inauguração, batizaram a nova povoação de Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Porém, naquele ato estavam presentes os índios tribo, verdadeiros habitantes do local. E seu cacique, feliz ou contrariado, ninguém sabe ao certo, chamou a atenção de todos, gritou a palavra "coré-etuba" e fincou no chão uma estaca de madeira.
Nascera a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, terra de "corá-etuba" (muito pinhão) com o marco-zero ali, na praça onde encontra-se hoje a Catedral Basílica e a homenagem ao herói da Inconfidência. E a estaca de madeira virou uma das frondosas árvores do local.
Realidade ou fantasia, a povoação de muito pinhão, "coré-etuba" nascera sob o símbolo do arrojo do cacique que, sem deixar-se intimidar pelo poderoso colonizador, mostrou que aquela terra tinha nome e que novos habitantes eram bem vindos desde que a reconhecessem como "coré-etuba".
E os novos habitantes vieram.
Portugueses, alemães, italianos, japoneses, ucranianos, poloneses, árabes, libaneses e africanos vieram juntar-se com os índíos Tupis-Guaranis e continuar a saga inaugurada pelo cacique. Cresceu, desenvolveu e acabou por reconhecer sua verdadeira identidade: De Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, virou Vila de Curii-tyba, Curi-tyba, Cory-tiba, Coritiba e finalmente, Curitiba, terra de muito pinhão, muitas gentes e muitas raças.
Hoje, vou mostrar um pouco de Curitiba sem me ater a um lugar específico, pois amanhã a cidade completa 316 anos, e como seu filho, presto-lhe uma homenagem. A a despeito dos muitos problemas, ela é motivo de orgulho, júbilo e consideração de todos nós, "corés-etubas", herdeiros a homenagear o Cacique Tindiquera, o primeiro dos nossos heróis, aquele que moldou nossa identidade.
Este é o relógio da Praça Osório, onde tem início a menor avenida do mundo, a Luiz Xavier, que depois vira Rua XV.
Estátua em homenagem a Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. Ao fundo o atual Palácio do Governo do Estado, o das Araucárias.
Monumen- to na rótula em frente à prefeitu- ra, que está à esquerda. Ao fundo, outro símbolo da cidade, um Ligeirinho da frota do sistema de transporte coletivo. Também ao fundo, o Palácio Iguaçú, sede histórica do Governo do Estado, atualmente em reformas.
A serpente e o olho do Museu Oscar Niemeyer.
A Rua XV e seu bondinho.
Fachada do Museu do Expedicio- nário, homena- gem de Curitiba aos bravos brasileiros da FEB, que lutaram na Itália pela liberdade do mundo.
O prédio mais belo da cidade. A sede central da UFPR, onde encontra-se a Faculdade de Direito, lugar de muitas de minhas melhores lembranças.
O Jardim Botânico.
Estátua do Homem Nú, na Praça 19 de Dezembro,homenageia o povo paranaense pelo centenário da Emancipação Política do estado.
A "vista alegre" no bairro de mesmo nome, foto tirada do Memorial da Imigração Alemã.
O pagode, Memorial da Imigração Japonesa, na Praça do Japão. Batel, bairro mais valorizado da cidade.
O mais belo dos seus muitos parques, o Tanguá.
Estátua de Nicolau Copérnico, presente da República da Polônia à terra que recebeu com carinho muitos de seus emigrantes.
Parque Barigüi, a praia curitiba- na, seus pedalinhos e gramados. Ao fundo, a torre da Telepar, símbolo do progresso da cidade.
A bailarina tímida e solitária da Ópera de Arame.
TODAS AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA. O SEU USO É LIVRE NA INTERNET, CITADA A FONTE. CLIQUE SOBRE ELAS PARA AMPLIAR.
E em 1693 resolveu-se erguer uma capela com vias a fundar uma vila. E no dia da sua inauguração, batizaram a nova povoação de Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Porém, naquele ato estavam presentes os índios tribo, verdadeiros habitantes do local. E seu cacique, feliz ou contrariado, ninguém sabe ao certo, chamou a atenção de todos, gritou a palavra "coré-etuba" e fincou no chão uma estaca de madeira.
Nascera a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, terra de "corá-etuba" (muito pinhão) com o marco-zero ali, na praça onde encontra-se hoje a Catedral Basílica e a homenagem ao herói da Inconfidência. E a estaca de madeira virou uma das frondosas árvores do local.
Realidade ou fantasia, a povoação de muito pinhão, "coré-etuba" nascera sob o símbolo do arrojo do cacique que, sem deixar-se intimidar pelo poderoso colonizador, mostrou que aquela terra tinha nome e que novos habitantes eram bem vindos desde que a reconhecessem como "coré-etuba".
E os novos habitantes vieram.
Portugueses, alemães, italianos, japoneses, ucranianos, poloneses, árabes, libaneses e africanos vieram juntar-se com os índíos Tupis-Guaranis e continuar a saga inaugurada pelo cacique. Cresceu, desenvolveu e acabou por reconhecer sua verdadeira identidade: De Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, virou Vila de Curii-tyba, Curi-tyba, Cory-tiba, Coritiba e finalmente, Curitiba, terra de muito pinhão, muitas gentes e muitas raças.
Hoje, vou mostrar um pouco de Curitiba sem me ater a um lugar específico, pois amanhã a cidade completa 316 anos, e como seu filho, presto-lhe uma homenagem. A a despeito dos muitos problemas, ela é motivo de orgulho, júbilo e consideração de todos nós, "corés-etubas", herdeiros a homenagear o Cacique Tindiquera, o primeiro dos nossos heróis, aquele que moldou nossa identidade.
Este é o relógio da Praça Osório, onde tem início a menor avenida do mundo, a Luiz Xavier, que depois vira Rua XV.
Estátua em homenagem a Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. Ao fundo o atual Palácio do Governo do Estado, o das Araucárias.
Monumen- to na rótula em frente à prefeitu- ra, que está à esquerda. Ao fundo, outro símbolo da cidade, um Ligeirinho da frota do sistema de transporte coletivo. Também ao fundo, o Palácio Iguaçú, sede histórica do Governo do Estado, atualmente em reformas.
A serpente e o olho do Museu Oscar Niemeyer.
A Rua XV e seu bondinho.
Fachada do Museu do Expedicio- nário, homena- gem de Curitiba aos bravos brasileiros da FEB, que lutaram na Itália pela liberdade do mundo.
O prédio mais belo da cidade. A sede central da UFPR, onde encontra-se a Faculdade de Direito, lugar de muitas de minhas melhores lembranças.
O Jardim Botânico.
Estátua do Homem Nú, na Praça 19 de Dezembro,homenageia o povo paranaense pelo centenário da Emancipação Política do estado.
A "vista alegre" no bairro de mesmo nome, foto tirada do Memorial da Imigração Alemã.
O pagode, Memorial da Imigração Japonesa, na Praça do Japão. Batel, bairro mais valorizado da cidade.
O mais belo dos seus muitos parques, o Tanguá.
Estátua de Nicolau Copérnico, presente da República da Polônia à terra que recebeu com carinho muitos de seus emigrantes.
Parque Barigüi, a praia curitiba- na, seus pedalinhos e gramados. Ao fundo, a torre da Telepar, símbolo do progresso da cidade.
A bailarina tímida e solitária da Ópera de Arame.
TODAS AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA. O SEU USO É LIVRE NA INTERNET, CITADA A FONTE. CLIQUE SOBRE ELAS PARA AMPLIAR.
26 de mar. de 2009
RACISMO PARA JUSTIFICAR A CRISE?
No portal Terra:
Crise foi provocada por "brancos de olhos azuis", diz Lula
Essa declaração do presidente é racista.
Ao invés de criticar especuladores, preferiu o populismo. Ficou parecendo Fernando Collor ao falar dos descamisados, só faltou o "não me deixem só".
Colocou a culpa da crise que rouba empregos pelo mundo todo nas pessoas brancas e de olhos azuis, pouco importa sejam trabalhadoras, como eu, que não especulo nem na bolsa nem em lugar nenhum, sejam especuladores, mesmo negros, mulatos, pardos ou índios, que existem aos montes tanto em Wall Street quanto na City em Londres.
Aliás, vamos falar de especuladores.
Os hidrocarbonetos (petróleo, gás, etc.,..) são produtos sujeitos a especulação. Dependendo dos humores do mundo, seus preços sobem sem maiores justificativas, por mera ESPECULAÇÃO dentro de um mercado. E quem são seus maiores especuladores?
Não são somente pessoas brancas, de olhos azuis. São pessoas de olhos escuros, como o senhor Hugo Chaves da Venezuela ou o senhor Morales da Bolívia, representante indígena, ou ainda os sheiks árabes e até mesmo representantes orientais.
Especulador tem de todas as raças e seu crime não é eventualmente ter olhos azuis. É o de não ter freios morais.
O presidente me deve desculpas por essa declaração.
Crise foi provocada por "brancos de olhos azuis", diz Lula
Essa declaração do presidente é racista.
Ao invés de criticar especuladores, preferiu o populismo. Ficou parecendo Fernando Collor ao falar dos descamisados, só faltou o "não me deixem só".
Colocou a culpa da crise que rouba empregos pelo mundo todo nas pessoas brancas e de olhos azuis, pouco importa sejam trabalhadoras, como eu, que não especulo nem na bolsa nem em lugar nenhum, sejam especuladores, mesmo negros, mulatos, pardos ou índios, que existem aos montes tanto em Wall Street quanto na City em Londres.
Aliás, vamos falar de especuladores.
Os hidrocarbonetos (petróleo, gás, etc.,..) são produtos sujeitos a especulação. Dependendo dos humores do mundo, seus preços sobem sem maiores justificativas, por mera ESPECULAÇÃO dentro de um mercado. E quem são seus maiores especuladores?
Não são somente pessoas brancas, de olhos azuis. São pessoas de olhos escuros, como o senhor Hugo Chaves da Venezuela ou o senhor Morales da Bolívia, representante indígena, ou ainda os sheiks árabes e até mesmo representantes orientais.
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