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23 de jun. de 2010

IMPRESSIONANTE!

Nestes tempos de Copa do Mundo, devemos exaltar os bons exemplos de garra e doação no esporte, como a vitória dos EUA sobre Argélia aos 46 minutos do segundo tempo.

Mas esta acabou ofuscada pelo recorde em outro esporte, o tênis, que hoje contabilizou a partida mais longa da história: 10 horas de confronto, e que ainda não terminou!

Veja AQUI e considere que o jogo foi interrompido pela segunda vez.

O que faz um atleta ultrapassar assim os limites da resistência física e psicológica?

Vitória, nem sempre. Apesar de uma das imagens esportivas mais vívidas em minha memória, ser a do técnico Carlos Alberto Parreira descendo os degraus do estádio Rose Bowl em Pasadena com a Copa FIFA nas mãos, dizendo às pessoas à sua volta para tocá-la porque era verdade, ele, seus jogadores e o Brasil haviam vencido o torneio, ainda assim, a imagem mais forte e expressiva que conheço do esporte ainda é a da maratonista extenuada de Los Angeles, que foi até a marca final tão somente pela honra de chegar lá. (*)

Eventos como as Copas do Mundo de Futebol, as Olimpíadas e os torneios do Grand Slam (Wimbledon, US-Open, Australian-Open e Roland Garros) encerram valores muito maiores que seus prêmios financeiros gigantescos, muita gente ainda é capaz de competir por honra e mesmo por representar bem a sua pátria.

É um aspecto belíssimo da alma humana, que contrasta com as imagens feias patrocinadas pelos senhores Domenech e Dunga nos últimos dias.
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(*) Na verdade, a imagem esportiva mais emocionante da minha vida, nítida na memória e representativa de muitas coisas para mim, é o gol marcado pelo atacante Henrique Dias do Coritiba, aos 47 minutos do segundo tempo contra o Santa Cruz no estádio do Arruda, que deu o título de Campeão Brasileiro da Série B de 2007 ao meu time do coração. Foi algo que ultrapassou os limites do drama, do bom senso e do verissímil e a explosão de alegria que me proporcionou foi tão forte que até hoje me emociono.

E você, caro leitor?

Conte seu momento esportivo marcante também...

22 de fev. de 2010

A TV GLOBO E OS SEUS MITOS


A imagem é de uso comercial exclusivo no Brasil da Rede Record de TV e dos concessionários do Comitê Olimpico Internacional. Este blog não tem fins lucrativos.


A TV Globo sempre comprava os direitos de transmissão em TV aberta das Olimpíadas de Inverno, mas simplesmente não cobria o evento e não o transmitia.

Depois que criou-se a TV por assinatura, esta lindíssima festa do esporte e congraçamento dos povos era exclusividade da TV fechada, inacessível às pessoas mais pobres, porque no Brasil ela é praticamente um monopólio das organizações Globo e, como todo monopólio, absurdamente cara!

Neste ano, a TV Record adquiriu os direitos e colocou os jogos no ar. E o efeito foi imediato: brasileiros de todas as classes sociais deslumbrados com a beleza e plasticidade dos esportes de neve e inverno, que assistem, comentam e ficam ansiosos em acompanhar uma cobertura espetacular, de bom gosto, cujo resultado foi triplicar a audiência da casa em alguns horários.

A mesma Rede Globo que tanto mal faz ao futebol brasileiro, ao privilegiar as transmissões de Flamengo e Corinthians, boicotando sistematicamente clubes de fora do eixo Rio-SP, que muitas vezes não aparecem nem nos boletins esportivos da programação.

A Globo que tenta impor ídolos na marra, que vende um Ronaldo ou um Roberto Carlos como atletas de primeira linha, e não medalhões em fins de carreira, porque no futebol brasileiro só existe um super craque atuando em time daqui no auge, que é Adriano, do Flamengo.

Enfim, me revolta certas vezes, ver os canais abertos de Curitiba transmitindo jogos do campeonato paulista, porque a Globo só negocia com outras emissoras este evento, em todos os demais estados, ela força o pay-per-view dos campeonatos estaduais.

Ao contrário do que muita gente pensa, a Globo paga pouco pelo campeonato brasileiro. Menos da metade do que o futebol alemão da primeira divisão, e 1/4 do futebol inglês, sem contar a injustiça da distribuição das verbas que, claro, é muito maior para os clubes do eixo Rio-SP, mesmo que vários deles tenham sido rebaixados nos últimos anos.

E o ufanismo histriônico durante as olimpíadas. A Globo irrita os atletas brasileiros, impõe-lhes enorme pressão por medalhas e inventa baboseiras como as "musas" dos jogos, tirando o foco de moças e rapazes de tenra idade, que precisam de altíssima concentração para competir em alto nível.

Não estou dizendo que a Globo é culpada pelos pífios resultados esportivos brasileiros. De certa forma, muitas vezes ela presta um inestimável serviço de divulgação.

Mas seus critérios nem sempre são os corretos. E muitos dirigentes esportivos são covardes em não discuti-los!

1 de out. de 2009

RAZÕES PARA ABOMINAR A RIO 2016

1. Veja matéria de hoje no ESTADÃO:

Tiro, nova dor de cabeça para o COBPromessas em vão e inoperância dos dirigentes ameaçam o funcionamento do Centro Nacional em Deodoro

2. E matéria sobre o Parque Aquático Maria Lenk, construído a peso de ouro para os Panamericanos de 2007:

COB agora diz que Maria Lenk não receberá Olimpíada
Complexo aquático não atende exigências para que a cidade do Rio receba uma edição de Jogos Olímpicos


3. E as notícias de abandono:

PRIMEIROS SINAIS DE ABANDONO NO PARQUE AQUÁTICO MARIA LENK

Acho que não preciso tecer comentários adicionais, leiam as matérias e vejam o descalabro, a desfaçatez, a sem-vergonhice com o dinheiro público, às vistas dos tribunais de contas e legislativos. E ainda gastam-se milhões de reais para candidatar a cidade maravilhosa a continuar jogando dinheiro público fora, prejudicando saúde, educação, habitação e segurança pública para atender a interesses mesquinhos e ao ego de uns poucos dirigentes esportivos quase eternos do COB.

30 de set. de 2009

RIO 2016?

Esta semana, saiu uma notícia segundo a qual o Flamengo, clube que ostentou por décadas o patrocínio de empresa pública mesmo sendo contumaz devedor de impostos, pretende reorganizar sua divida de meio bilhão de reais aproveitando as verbas para construção de estádios que o BNDES aventa liberar para a Copa 2014. O presidente do clube chegou a exortar os demais integrantes do Clube dos 13 a fazer o mesmo.

Ou seja, o que já era ruim, o financiamento com dinheiro estatal e subsidiado para estádios públicos em cidades onde não há futebol (Natal, Campo Grande, Manaus) ou para entidades privadas (Curitiba, São Paulo, Porto Alegre), piorou porque está claro que existem interesses em aproveitar de brechas nesta carteira de crédito, para fazer com que o suado dinheiro dos impostos seja usado para sanear clubes de futebol mal administrados por dirigentes amadores e não raro mal intencionados.

E ontem, nada mais, nada menos que o presidente da FIFA, Joseph Blatter, aderiu de corpo e alma ao lobby contra o estádio do Morumbi, fazendo menção a uma reforma absurda que a Prefeitura de São Paulo pretende tocar no estádio do Pacaembu, orçada em 250 milhões, podendo chegar a 300, para depois entregar a praça para o Corinthians.

Mas nas entrelinhas, Blatter faz coro a quem diz que, se São Paulo quiser sediar o jogo de abertura ou uma semi-final do evento, tem que levantar um estádio totalmente novo, para 60 ou 70 mil pessoas, ao custo aproximado de 1 bilhão de reais, segundo o que têm se especulado, porque o "novo" Pacaembu teria capacidade máxima de 45 mil espectadores.

Bom para o Corinthians que, de sem estádio, poderia escolher o que mais lhe agradasse, além de deixar de se preocupar com o terreno que recebeu da municipalidade em Itaquera, para construir um estádio, mas que hoje é usado como centro de treinamentos.

O Brasil aceitou o encargo da Copa em 2007. Passados mais de 2 anos, ainda não iniciou sequer uma obra.

E assistimos um verdadeiro circo onde se diz que não haverá dinheiro público para estádios, mesmo com prefeituras e governos estaduais prometendo levantar estádios nababescos em praças onde não existe um clube de futebol capaz de atrair público que torne a arena viável financeiramente, como Manaus, Natal e Cuiabá. O mesmo filme que vimos nos Jogos Pan-Americanos de 2007, com as cifras multiplicadas por 100: O impasse sobre o financiamento das praças esportivas, depois o atraso desesperador para a entrega das obras, depois a liberação de recursos públicos emergenciais sem licitação e por fim, o esquecimento dos casos de hiper-faturamento nos meandros de tribunais de contas atrelados aos interesses políticos menores dos orgãos político-legislativos.

E ainda a safadeza dos clubes proprietários dos estádios privados escolhidos para o evento. Antes da escolha, faziam campanha por ela em meio a discursos otimistas e projetos mirabolantes. Agora, choram e dizem que não se endividarão para cumprir o encargo, clamando por dinheiro público, de preferência a fundo perdido e contando com o apoio velado de políticos, como um vereador de Curitiba que afirmou em alto e bom som que 150 milhõesnão entregues para reformar um estádio, farão a cidade perder 2,4 bilhões em obras do PAC.

Sem contar alguns relatórios menos divulgados, segundo os quais, obras como o trem-bala entre Campinas, Sâo Paulo e Rio, o metrô de Curitiba, a extensão do metrô de Porto Alegre e outras, não ficariam prontas ao tempo do evento.

E como um pesadelo que só piora e faz a vítima suar frio nos colchões e cobertores, ainda existe a possibilidade real do Rio de Janeiro ser escolhido para sediar as olimpíadas de 2016, mesmo com os escândalos do Pan-Americano de 2007, sua violência descontrolada e sua desorganização urbana vergonhosa, a ponto de exigir o "choque de ordem", verdadeira guerra da prefeitura contra o hábito da desordem e desrespeito à Lei, parte da cultura da Cidade Maravilhosa.

Não bastasse a conta colossal que pagaremos por esta Copa do Mundo de 2014, ainda daremos um troco para financiar uma aventura primeiro-mundista, num país onde a educação é ridícula, a saúde inexistente e a segurança pública exclusividade de políticos corruptos.

Queira Deus que o Comitê Olímpico Internacional impeça mais este acinte!

PS: Vejam a matéria que segue, da Folha de S.Paulo. É sobre a cidade brasileira que pretende sediar uma olimpíada, onde se não se morre por conta da onda de criminalidade, se morre no péssimo sistema de saúde pública.

Superbactéria hospitalar infecta médico baleado e mulher ferida em assaltos no Rio

31 de mar. de 2009

MALDADE


Foto: Agência Brasil.

Na Gazeta do Povo de Curitiba:

Jade Barbosa lança campanha na internet para custear tratamento no punho

O Ministério do Esporte e as secretarias estaduais e municipais do assunto em vários lugares do Brasil andam em polvorosa organizando-se para sediar a Copa do Mundo e torrar BILHÕES de dinheiro público em estádios suntuosos.

Estádios que farão a felicidade apenas de políticos que se fartarão em manipular dinheiro, tal qual o que aconteceu nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, orçados em 350 milhões, mas que custaram 5 vezes isso sem deixar absolutamente nada de bom para a cidade e sua população, vez que as prometidas melhorias urbanas não saíram do papel, apesar do orçamento muito mais que estourado.

Contas, aliás, que não aprovadas pelo Tribunal de Contas da União.

E no Rio de Janeiro, há um grupo que quer porque quer sediar as Olimpíadas, mesmo com o fracasso retumbante, a organização pífia e vergonhosa dos Pan-Americanos, que legou uma Vila Olímpica que está afundando e desistiu das obras que beneficiariam as pessoas com melhorias do trânsito porque, não houve tempo para elas.

Dizem fazer política esportiva mas nada fazem pelos atletas.

Essa moça linda e dedicada é o melhor exemplo disso. Durante os jogos Pan-Americanos e os Olímpicos, foi assediada de modo criminoso pela imprensa e usada pela Confederação de Ginástica e pelo Comitê Olímpico como garota-propaganda do esporte brasileiro.

Deu-se a entender que seus bons resultados seriam uma consequência de um trabalho de promoção esportiva.

Que nada! Estão pouco se lixando para as dificuldades dos atletas e jamais sequer pensaram em promovê-los, até porque vivem empurrando essa função para a iniciativa privada, porque os governos só guardam preocupações se existem contratos, obras, licitações e MUITO dinheiro envolvido.

Os governos preferem investir bilhões em estádios para a Copa e torrar outros milhões nessa candidatura brancaleone do Rio de Janeiro, mas não se preocupam com as pessoas, e quando digo pessoas, não me refiro só aos atletas.

Quando uma campeã consagrada como Jade Barbosa chega a esse ponto, precisamos nos perguntar para quê uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada no Brasil?

Se este país não é capaz de ter uma política esportiva que atenda uma atleta como ela ou, mais grave ainda, não é capaz sequer de ter um sistema público de saúde que pudesse atendê-la na qualidade de brasileira que depende da cirurgia para exercer sua profissão, como é que pode se imaginar construindo estádios em padrão europeu ou ainda promovendo uma Olimpíada?

O fato é que não há dinheiro para as pessoas no Brasil. Os brasileiros são apenas um número de CPF que identifica quanto pagam de impostos para que os políticos joguem dinheiro fora construindo arenas e promovendo candidaturas que só beneficiam a si mesmos.

E atletas são pessoas, estão fora da festa dos políticos que só dizem apoiar o esporte.

22 de ago. de 2008

A HORA DE ELOGIAR

A cada quatro anos, a cada olimpíada, nós torcedores do esporte brasileiro experimentamos muitas decepções. Minha opinião sobre a atuação deletéria da imprensa e pela falta de base esportiva decorrente da irresponsabilidade de nossos cartolas e políticos é apenas o complemento do que deve ser dito sobre muitos de nossos atletas, que precisam, e muito, de um acompanhamento psicológico melhor para focar suas atuações em resultados.

Eu continuo achando que o esporte brasileiro está involuindo. Bons resultados em modalidades em que não temos tradição, têm sido fruto de uma política de pinçar fenômenos, atletas excepcionais e prepará-los em separado dos demais. Dá certo as vezes, mas o melhor era o Brasil ter carreiras esportivas, circuitos de competições e categorias de base em todos os esportes em que tenciona disputar jogos olímpicos. Seria bom do ponto de vista de ganhar medalhas, mas seria muito melhor do ponto de vista de difundir os bons conceitos e valores que o esporte encerra, ajudando a criar cidadãos melhores.

Mas não vou deixar de elogiar quem merece (na ordem de importância que atribuo), por seu destaque nestes jogos de Pequim:

1. Maurren Higa Maggi. Ganhou uma medalha ainda mais importante que a da natação de Cesar Cielo. Isso porque ela não teve o treinamento específico no exterior, sempre atuou com base aqui no Brasil. Além disso, deu prova de superação e caráter, porque foi injustamente punida por doping e soube dar a volta por cima. Haverá quem diga que suas principais adversárias sairam da disputa e não chegaram à final. Mas isso é do esporte, e o que ficará na história é que ela não tremeu quando o ouro lhe acenava, ao contrário do que aconteceu com muitos brasileiros, cujos nomes não citarei aqui.

2. Ketleyn Quadros. Uma moça pobre, humilde e que teve enormes dificuldades em ir a Pequim. Chegando lá, foi a primeira brasileira a ganhar uma medalha individual na história dos jogos. Não se pode deixar de reverenciar tanto esforço. Bronze que valeu ouro.

3. Robert Scheidt. Ele e seu parceiro estavam em 13º lugar quando faltavam 3 regatas para acabar a competição. Partiu pro tudo ou nada e chegou na regata final sonhando com um bronze. Conseguiu prata num esporte onde o vento a favor ou contra nem sempre é justo com o trabalho dos atletas.

4. Cesar Cielo. Sem maiores comentários, entrou nos jogos focado para vencer, chegou em Pequim como um invisível, saiu de lá como o maior nadador brasileiro de todos os tempos.

5. Seleção Feminina de Futebol. Apesar da atuação desastrosa na final, a seleção feminina tem méritos, porque aqui no Brasil não existe nenhuma estrutura para que elas pratiquem seu esporte. São ignoradas pela CBF e jogam torneios de várzea aqui no Brasil e mesmo assim, são medalhistas de prata contra verdadeiras profissionais, como as americanas, as norueguesas, as suecas e as alemãs. Pela absoluta falta de apoio, são vitoriosas.

6. Não sei se o Brasil será medalha de ouro no volei de quadra masculino e feminino. Penso que são as seleções mais bem montadas que o Brasil mandou a Pequim, basicamente porque o volei é um esporte que tem bases, onde se disputam campeonatos e mal ou bem há patrocínios e divulgação pela TV. O que ficou claro, é que há um trabalho muito sério nesse esporte, tocado por gente como Bernardinho e José Roberto Guimarães, onde se nota que não vivemos mais de uma geração de ouro ou prata. Hoje, há renovação constante e o Brasil virou potência no esporte. Mesmo que eventualmente percam as medalhas de ouro, ainda assim o resultado será ótimo por demonstrar que o Brasil trabalha as duas categorias sem preconceitos e discriminações.

21 de ago. de 2008

TEXTO PERFEITO!

Sabe quando você lê algo que queria escrever mas não teve capacidade?

Pois é, o jornalista Bob Fernandes, no seu blog no Portal Terra escreveu algo assim hoje.

Recomendo... e fico aqui, na invejinha de não ter escrito:

BRASIL: O MEDO DE VENCER E AS DERROTAS.

E também a Ruth de Aquino, na versão digital da Revista Época:

ESSA GENTE BRONZEADA E O CHORORÔ OLÍMPICO.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...