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22 de ago. de 2016

E O QUE SERÁ DO ESPORTE BRASILEIRO?



Acompanho olimpíadas desde 1980. Vi muita medalha perdida por despreparo emocional, gente chorando antes mesmo de começar a competir assustada com a cobrança incessante por medalhas praticada por certa rede de TV. Ouvi discursos chateados com o desempenho ruim, presenciei o conformismo por quartos, quintos e sextos lugares, quando o discurso era de pódio.

Posso dizer que alguma coisa mudou em 2016. O Thiago Braz botou pressão no favorito saltador francês porque queria o ouro. Vi o sangue frio da  Rafaela Silva mesmo depois do racismo do qual foi vítima em, Londres, 2012. A fé das meninas da vela no seu conhecimento da baía de Guanabara, mudando o percurso para serem campeãs. O Robson Conceição e o Maicon Siqueira partirem para cima dos adversários. Desta vez eu vi sangue nos olhos, gente que não estava contente apenas por estar ali ou por frequentar a vila dos atletas, atletas com o objetivo definido de vencer.

É certo que olimpíada em casa melhora o rendimento do atleta. Mas o Brasil teve ótimos resultados em várias modalidades em que jamais sonhara pontuar até então. Inegável que evoluiu, apesar de ser óbvio que houve um investimento direto em atletas de alto desempenho, já com resultados que indicavam a capacidade de fazer boa campanha, coisa que todo o país que sedia olimpíada faz.

Também é certo que muitos atletas brasileiros tremeram nesta Rio 2016 tal qual aconteceu muitas vezes no passado. Muita gente boa e favorita não conseguiu vencer a pressão, o que não faz deles maus atletas, mas exige do país que os ajude a melhorar sua preparação e aprenda de uma vez por todas que derrota não é o fim, pode ser um recomeço como o de Diego Hypólito.

O medalhista de hoje é o cara que vai atrair gente para o esporte que ele pratica. O medalhista de hoje pode ser o técnico ou o dirigente do amanhã, ele pode ser o cara que vai mudar a face daquela modalidade para sempre.

Foi assim no vôlei. Carlos Arthur Nuzmann não foi medalhista, mas sabia a fórmula de criar ídolos para fomentar a modalidade. O vôlei passou a ter rostos e nomes, caras com quem se identificar como Bernard, Renan, Montanaro, William e Bernardinho. E nós então pudemos comentar o "Jornada nas Estrelas" e o "Viagem ao Fundo do Mar" e ver o Brasil vencer a URSS em pleno Maracanã lotado e abaixo de chuva.  Aquela prata de 1984 valeu muito mais que ouro, ela transformou o vôlei em mania e o ouro em objetivo. Hoje nós temos jovens que querem praticar vôlei e fazer carreira nele, e aprendemos isso tão bem que ajudamos a criar outra modalidade de vôlei olímpico, a de praia. E na Rio 2016 o vôlei fez bonito, trouxe 3 medalhas, emocionou o país com o ouro da seleção de quadra e nos causou aquela tristeza enorme não pelo fracasso das bi-campeãs olímpicas, mas porque sabíamos que apenas uma derrota às separou da medalha, derrota esta contra uma seleção do mesmo nível.

É óbvio que o esporte brasileiro será desafiado como nunca antes a partir de agora. Temos o desafio de fomentá-lo na base a partir dos heróis que criamos ao financiar o atletas de alto rendimento. Temos o desafio ainda maior de ocupar, utilizar e manter as instalações caríssimas construídas para a Rio 2016. Temos que vencer o descaso dos governos e a corrupção das federações. Temos que conseguir espaço permanente de mídia para todas as modalidades, precisamos de patrocínio privado. Temos que levar o esporte para as escolas do país inteiro e voltar a ensinar os valores da disciplina e do esforço pessoal que o sistema educacional brasileiro perdeu quando abdicou do mérito, empurrando alunos de série para série sem exigir desempenho.

Podemos aproveitar o lado bom daquelas vaias feias que promovemos nas quadras da Rio 2016, que é a vontade férrea de vencer e o inconformismo com a derrota sem luta que nos espreitou no futebol masculino, aprender a cobrar e sermos cobrados, a pedir e dar satisfações, a fugir das desculpas e aprender com os erros. 

Temos que aprender que competir é antes de tudo uma escola de cidadania, onde se moldam bons homens e boas mulheres, que aprendem suas responsabilidades, que respeitam o próximo, que sabem a importância do que fazem para um todo. O esporte pode trazer decepções eventuais, mas no geral ele fomenta o sucesso de uma pessoa.

É um grande desafio, é do tamanho da nação que os brasileiros bons, honestos e trabalhadores querem ter.



13 de ago. de 2009

HIPOCRISIA ESPORTIVA


Dias atrás uma onda de alegria e júbilo varreu o país nas imagens das TV(s), mostrando os históricos e espetaculares resultados do nadador César Cielo, que é vencedor por esforço exclusivamente próprio e brasileiro apenas por acaso, embora orgulhoso disso.

O rapaz inteligente e dedicado, treina nos EUA com apoio de entidades norte-americanas e, consta, é brigado com os dirigentes da natação nacional, cujos resultados de modo geral são pífios e vergonhosos, considerando o tamanho da verba que administram, advinda das loterias da Caixa Econômica Federal.

O Parque Aquático Maria Lenk, que foi construído a peso de ouro para receber as provas de natação dos Jogos Panamericanos de 2007 está abandonado e caindo aos pedaços pouco mais de 2 anos depois de sua inauguração. A situação é tão grave que ele não é considerado no nababesco projeto de candidatura para as Olimpíadas de 2016.

Já o Parque Aquático Júlio Delammare, anexo ao estádio do Maracanã, que é o preferido dos atletas nacionais, bem como o mais bem equipado do país, está sob risco de iminente demolição, para que se justifiquem gastos astronômicos para organização da Copa de 2014. Querem substituí-lo por um estacionamento que poderia ser feito do outro lado da rua, certamente apenas para agregar os custos de demolição no orçamento geral, vez que a notícia é que à sua demolição corresponderia a construção de outro, em local próximo(?).

Eu já escrevi aqui e repito que o Brasil é um país que não valoriza o esforço e a dedicação de ninguém.

Gustavo Kuerten venceu Roland Garros 3 vezes, mas no primeiro torneio depois do primeiro título, quando chegou à final e foi vice-campeão, foi chamado de preguiçoso para baixo, porque brasileiro só valoriza a vitória.

E fenômeno parecido com Rubens Barrichelo, porque muito além das piadas sobre ele, há um desprezo por que chegou à F-1, ganhou corridas, ficou milionário, mas... não foi campeão e não bateu Michael Schummacher. Ambos vítimas do viuvismo nacional pró Ayrton Senna, que por sua trágica morte prematura não experimentou o declínio que todo atleta sofre na carreira, e que certamente faria estragos em sua imagem de herói nacional invencível.

E o que acontece com os parques aquáticos citados, tem ampla relação com essa "cultura" esportiva de só valorizar a vitória, porque esta representa uma imagem e o esforço do atleta, um trabalho.

Queremos construir estádios padrão FIFA para a Copa 2014 mas os clubes de futebol do país estão quebrados. Queremos promover olimpíadas melhores que as da China, mas não reconhecemos o esforço de atletas e, pior, deixamos que o apoio oficial a eles seja administrado por entidades no mínimo incompetentes, para não dizer corruptas!

Não se faz esporte apenas com vencedores. Não se consegue resultados esportivos taxando de otário a quem treina. Não há desenvolvimento em área alguma com o apadrinhamento que existe a partir de dirigentes, como o que facilita a vida dos clubes paulistas e cariocas, sempre beneficiados pelas arbitragens nacionais.

Estádios e prédios lindos, atletas esfomeados!

Aos amigos a estrutura. Os inimigos que treinem no exterior!

Ao vencedor tudo, ao esforçado, nem as batatas!

31 de mar. de 2009

MALDADE


Foto: Agência Brasil.

Na Gazeta do Povo de Curitiba:

Jade Barbosa lança campanha na internet para custear tratamento no punho

O Ministério do Esporte e as secretarias estaduais e municipais do assunto em vários lugares do Brasil andam em polvorosa organizando-se para sediar a Copa do Mundo e torrar BILHÕES de dinheiro público em estádios suntuosos.

Estádios que farão a felicidade apenas de políticos que se fartarão em manipular dinheiro, tal qual o que aconteceu nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, orçados em 350 milhões, mas que custaram 5 vezes isso sem deixar absolutamente nada de bom para a cidade e sua população, vez que as prometidas melhorias urbanas não saíram do papel, apesar do orçamento muito mais que estourado.

Contas, aliás, que não aprovadas pelo Tribunal de Contas da União.

E no Rio de Janeiro, há um grupo que quer porque quer sediar as Olimpíadas, mesmo com o fracasso retumbante, a organização pífia e vergonhosa dos Pan-Americanos, que legou uma Vila Olímpica que está afundando e desistiu das obras que beneficiariam as pessoas com melhorias do trânsito porque, não houve tempo para elas.

Dizem fazer política esportiva mas nada fazem pelos atletas.

Essa moça linda e dedicada é o melhor exemplo disso. Durante os jogos Pan-Americanos e os Olímpicos, foi assediada de modo criminoso pela imprensa e usada pela Confederação de Ginástica e pelo Comitê Olímpico como garota-propaganda do esporte brasileiro.

Deu-se a entender que seus bons resultados seriam uma consequência de um trabalho de promoção esportiva.

Que nada! Estão pouco se lixando para as dificuldades dos atletas e jamais sequer pensaram em promovê-los, até porque vivem empurrando essa função para a iniciativa privada, porque os governos só guardam preocupações se existem contratos, obras, licitações e MUITO dinheiro envolvido.

Os governos preferem investir bilhões em estádios para a Copa e torrar outros milhões nessa candidatura brancaleone do Rio de Janeiro, mas não se preocupam com as pessoas, e quando digo pessoas, não me refiro só aos atletas.

Quando uma campeã consagrada como Jade Barbosa chega a esse ponto, precisamos nos perguntar para quê uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada no Brasil?

Se este país não é capaz de ter uma política esportiva que atenda uma atleta como ela ou, mais grave ainda, não é capaz sequer de ter um sistema público de saúde que pudesse atendê-la na qualidade de brasileira que depende da cirurgia para exercer sua profissão, como é que pode se imaginar construindo estádios em padrão europeu ou ainda promovendo uma Olimpíada?

O fato é que não há dinheiro para as pessoas no Brasil. Os brasileiros são apenas um número de CPF que identifica quanto pagam de impostos para que os políticos joguem dinheiro fora construindo arenas e promovendo candidaturas que só beneficiam a si mesmos.

E atletas são pessoas, estão fora da festa dos políticos que só dizem apoiar o esporte.

17 de ago. de 2008

O ESPORTE BRASILEIRO INVOLUI

Nossas escolas mal e porcamente conseguem ensinar o básico para seus alunos, e não me refiro apenas à rede pública. Mesmo as escolas privadas são péssimas, por mais que a cada janeiro façam publicidade caríssima mostrando alunos contentes em salas de aulas modernas e em torno de equipamentos esportivos e culturais que só servem para justificar o aumento constante de suas mensalidades.

E o mesmo acontece nas universidades. Estudei na UFPR, numa época em que os equipamentos esportivos estavam praticamente abandonados, mas mesmo assim, quando havia competições entre instituições, ela vencia todas, porque as estruturas das universidades privadas eram ainda menos que ridículas, considerando as mensalidades milionárias que já na época cobravam, sem contar o "pagou-passou" que é a regra do ensino superior nacional, basta ver as más qualificações do ENADE.

Antigamente, o esporte amador no Brasil era praticado nos clubes sociais. O Flamengo e o Vasco da Gama, o São Paulo e o Pinheiros, o Pinheiros de Curitiba, o Minas Tênis de Belo Horizonte e a SOGIPA em Porto Alegre. Se não criavam atletas olímpicos, difundiam os esportes e criavam bases que, melhor trabalhadas, poderiam gerar bons resultados nos circuitos regulares. Se isso não acontecia, é porque no Brasil nunca houve o passo seguinte. Havia a base, e só.

Mas todos esses clubes entraram em crise. Os que mantém futebol, pelo aumento exponencial do custo deste esporte, obrigados a carrear todos os seus recursos para pagar jogadores nem sempre bons. Já os clubes eminentemente sociais, porque sofreram a concorrência dos condomínios com piscinas e quadras esportivas (que viraram mania da construção civil nacional nos ultimos 10 ou 15 anos), perdendo sócios e obrigando-se a desfazer de patrimônio para manter as contas em ordem.

Daí vemos os resultados dos atletas olímpicos do Brasil e descobrimos que as medalhas mais importantes são conquistadas ou por verdadeiros fenômenos do esporte, ou por pessoas que treinam e vivem fora do país.

O Brasil não tem bases esportivas.

Penso que as pessoas se acostumam à pressão constante, mas sofrem com a pressão eventual. Isso explica o por que de chineses e americanos terem bons resultados olímpicos. Eles são pressionados sempre e não é incomum que suas competições sejam transmitidas e comentadas periodicamente e que as pessoas os reconheçam nas ruas, aplaudindo seu desempenho e cobrando resultados. E eles suportam, porque são resultados de um processo de criação de atletas que se inicia nas escolas e passa pela universidade até chegar à profissionalização.

Aqui no Brasil foram criados centros de excelência que escolhem alguns atletas promissores e os trabalham. Mas isso não é suficiente, porque esse tipo de programa depende muito de resultados para conseguir patrocínio e evoluir no sentido de aumentar o número de pessoas que o componha.

E ao mesmo tempo não há o apoio constante da sociedade, basta ver que as TV(s) brasileiras só transmitem competições de judô, ginástica e atletismo se elas custam baratinho ou se de graça. Mas essas mesmas TV(s) cobram, e cobram bastante, os resultados que tragam medalhas e audiência durante as Olimpíadas, com direito a comoção nacional quando elas entrevistam os avós, ou os tios ou as ex-namoradas dos eventuais medalhistas.

Daí criamos uma situação sui generis: Atletas olímpicos que recebem treinamento de qualidade mas só são cobrados e só sofrem pressão durante as Olimpíadas. Nos 4 anos anteriores, esquecimento, durante os jogos, cobrança e pressão.

Sem contar que de regra, esses atletas chegam à competição máxima do esporte sem experiência esportiva de base. Não participaram de competições infantis e juvenis, não fizeram exatamente uma carreira esportiva, não se acostumaram às pressões, porque nos circuitos eles não são lembrados por ninguém e seus resultados são motivo de notinhas de canto de página nos jornais.

Mas nas Olimpíadas, eles viram capas e motivos de flashes e são perseguidos pelos repórteres.

Os resultados brasileiros em Olimpíadas não são pífios por não conseguir medalhas.

Eles são pífios porque a cada 4 anos, não constatamos evolução alguma nos esportes.

Continuamos escolhendo uma meia dúzia de agraciados a receber patrocínio de fome de empresas estatais, mas as crianças brasileiras não lutam judô, não correm nem saltam, não praticam ginástica e não têm sequer bolas para jogar basquete e handebol. Não há torneios infantis e juvenis, não há o embate entre escolas e universidades e mesmo as competições entre clubes vão rareando porque todos eles estão quebrando.

É preciso, sim, investir nos centros de excelência e nos atletas olímpicos. Metade do dinheiro que é jogado fora a cada vez que o Rio de Janeiro tenta sediar uma olimpíada, já seria uma evolução e tanto. Mas ao mesmo tempo é necessário desenvolver bases esportivas para que o país não dependa mais de fenômenos e que aprenda pelo esporte coisas vitais para o desenvolvimento humano e social, como disciplina, responsabilidade, capacidade de absorver derrotas e humildade em encarar as vitórias.

Desenvolver o esporte no Brasil seria bom para a sociedade, e não só para acumular medalhas.

14 de fev. de 2008

CAMPEÕES

O esporte proporciona lições de honradez nas derrotas e sentimentos de euforia em momentos mágicos gravados para sempre na memória de quem o aprecia.

Escrevo isso para homenagear três esportistas que são muito mais que campeões do esporte, são campeões na arte mais difícil, a de viver.

GUSTAVO KUERTEN nos deu esta semana uma lição de humildade típica de sua notória personalidade de bom moço, brasileiro orgulhoso de sua pátria, filho e irmão dedicado à sua família e mais que isso, atleta genial.

Aos prantos, ele declarou o fim de sua carreira ao dizer: "Não é que eu não queira jogar mais, é que não consigo mais".

A mesma humildade de quem venceu Roland Garros em três ocasiões, foi campeão mundial e líder do ranking de entradas da ATP e mesmo assim dedicou todas as conquistas ao irmão deficiente. A mesma simpatia do "manezinho da ilha" que saiu de Florianópolis para ganhar o mundo, virou ídolo global e mesmo assim continua frequentando as arquibancadas da Ressacada para assistir os jogos do Avaí. O patriotismo de quem chorou ao dizer não poder jogar mais e não representar mais o seu país.

Para mim é o fim da carreira de um ídolo, um gênio do esporte que deixará muitas saudades nas quadras pelo mundo afora. Ele sempre será para mim, o garoto extraordinário que bateu reverência a Bjorn Borg ao receber o troféu de campeão de Roland Garros e me proporcionou aqui em casa, uma festa quase tão grande quanto as que fazemos nos títulos do Coxa!

JOANA MARANHÃO merece uma homenagem nem tanto por seus feitos esportivos, pois ainda teremos muitas alegrias com ela nessa área.

Merece, sim, por sua coragem de enfrentar o passado, os medos, as angústias e as vergonhas da mente e trazer a público um horroroso caso de pedofilia.

Ela provou ter a fibra do campeão que não se abate em derrota nenhuma, aquele que encara o adversário poderoso de pé e não se intimida, exemplo de fibra, de mulher, de cidadã.

RONALDO nunca foi um fenômeno como alguns apregoaram. Mas entre o eterno diz-que-me-diz em torno de seus namoros e amores, encontra-se um rapaz que promove programas sociais ajudando a infância brasileira por meio daquilo que sabe fazer melhor (e bem, muito bem, diga-se de passagem!), o futebol.

Novamente contundido de modo grave, é provável que sua carreira tenha acabado.

Da minha parte, não vou esquecer que na final de 1994, naquele angustiante empate com a Itália o garoto de 17 anos olhou para Carlos Alberto Parreira e pediu para entrar em campo para resolver a parada. E também não vou esquecer que foi o artilheiro da Copa de 2002 trazendo o "caneco" para o Brasil. Naquela ocasião, ele driblou duas contusões gravíssimas e problemas pessoais para trazer alegria à sua terra natal.

Ronaldo pode ter defeitos, mas é um lutador. Quem dera houvesse mais como ele.

Por fim, homenageio também uma não esportista, a Luma que organizou uma blogagem coletiva de sucesso, com mais de 200 blogs, e ainda ao fim desta tarde, recebendo mais participações.

Quisera ser possível compilar todas as valorosas informações que os blogueiros agrupados por ela produziram, para montar cartilhas a serem distribuídas nas escolas e nas casas de família, na busca por combater esse ato desumano da pedofilia.

Não sou eu quem lhe agradeço Luma, é o próprio futuro deste país nos olhos de milhões de crianças que te dizem obrigado.

8 de jun. de 2007

AVE, GUGA!


Há pouco, em um dia terrivelmente ocupado, fui lembrado do aniversário de 10 anos do primeiro título do brasileiro Gustavo Kuerten em Roland Garros.

Pois é, esse florianopolitano simpático com eterno jeito de menino, torcedor do Avaí, que dá todos os seus troféus para o seu irmão deficiente é um desbravador do tênis brasileiro. Campeão em mais de 20 torneios da ATP, 3 vezes campeão de Roland Garros, campeão da Copa do Mundo de tênis e 1º lugar geral do ranking mundial em 2000, Guga foi onde nenhum brasileiro jamais sonhou chegar, é um ícone do esporte, que eu ponho na mesma galeria da também espetacular Maria Esther Bueno, do desbravador das pistas Emerson Fittipaldi e do Rei Pelé.

Naquele 8 de junho de 1997 minha família estava grudada em frente da TV e lembro que tão surpreendente quanto o título de um então desconhecido vindo de um país quase sem tradição no esporte, foi o jeito simpático e despojado com que ele recebeu o troféu, fazendo reverência a um verdadeiro deus do tênis, o sueco Björn Borg.

Gustavo Kuerten sempre será um ídolo para mim, por mais que essa maldita contusão atrapalhe sua carreira, é uma daquelas pessoas com quem me identifico pela humildade, trabalho e dedicação. Um vencedor que já deu inúmeros exemplos de vida, e que merece o respeito e a adoração de todos os brasileiros.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...