2009 foi escolhido para ser o Ano Internacional da Astronomia.
Dentre os muitos ramos da ciência, este talvez seja o que mais me fascina.
O ser humano é um explorador por natureza. Estudar o espaço sideral é consequência desse instinto e da própria necessidade que ele nos impõe, em conhecer o universo para povoá-lo, tal qual fizemos com nosso planeta.
Mas a astronomia é mais ampla que esse instinto colonizador. Ela estuda o passado do universo para nos ajudar a projetar um futuro mais seguro. É preciso saber de onde viemos para decidirmos para onde ir.
Vamos festejar o Ano Internacional da Astronomia, abrindo nossas mentes para a importância de olhar para o espaço como um exercício de auto-conhecimento da raça humana e para que ela se conscientize de ser apenas pó na imensidão do universo.
Mas um pó capaz de coisas grandiosas dentro de sua limitação de tempo e espaço.
Inicio os festejos aqui no blog com uma dica de leitura:
PÁLIDO PONTO AZUL
Carl Sagan
Esta é a melhor obra de astronomia para leigos como eu e a maior parte dos meus leitores. O genial Carl Sagan escreve com naturalidade sobre as descobertas científicas e os programas espaciais.
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2 de abr. de 2009
6 de mai. de 2008
O ME-ME DOS LIVROS
A Letícia Coelho me passou a doce tarefa de escrever sobre literatura, com o me-me "5 LIVROS QUE EU GOSTO E UM QUE FICARIA APODRECENDO NA PRATELEIRA".
É dífícil para mim listar apenas 5 livros dos quais gosto, então vou eleger os 5 que considero melhores, numa escolha extremamente difícil. Depois deixo uma lista de recomendações adicionais e no final, cito o livro que ficaria apodrecendo na prateleira.
1º - A FESTA DO BODE -Mário Vargas Llosa.
É a narrativa romanceada dos últimos dias de vida do ditador da República Dominicana, Trujillo, e ao mesmo tempo um alerta sobre os males do poder total, da ditadura personalista e sem freios morais.
Em toda e qualquer lista de bons romances que eu fizer, esta obra estará presente e provavelmente, na primeira posição. O melhor livro que já li, o que fiz em um fim de semana em que praticamente não o larguei.
Garcia Marques, ao comentar sobre essa obra afirmou em alto e bom som que "não se faz isso com um velho como eu", querendo afirmar que é melhor que o seu consagradíssimo "Cem Anos de Solidão".
2º - CEM ANOS DE SOLIDÃO - Gabriel Garcia Marques.
A saga dos Buendia e da cidade que fundaram, Macondo. Envoltas em revoluções a família e a cidade evoluem entre fatos bizarros e fantásticos,
ditaduras, generais e romances diversos. Os Buendia adotam a prática de nomear seus descendentes com os mesmos nomes dos ícones familiares do passado, o que leva a uma narrativa que demonstra a passagem do tempo que, no entanto, não altera a essência das pessoas.
Antes do livro de Llosa, era meu preferido.
3º - O ÚLTIMO SUSPIRO DO MOURO - Salman Rushdie.
Um indivíduo cujo corpo cresce à razão de 2 anos para 1, que acompanha a evolução da Índia, de colônia do Império Britânico, a uma república influenciada por inúmeras tradições milenares, religiões, raças e superstições.
Este livro sucedeu o também muito bom, embora polêmico, "Os Versículos Satânicos", e faz uma crítica não só à Índia, mas ao mundo caótico em que vivemos.
4º - A CAPITAL - Eça de Queirós.
Foi difícil escolher entre este livro, "O Primo Basílio" e o "O Crime do Padre Amaro", todos absolutamente sensacionais, polêmicos e com a marca da crítica severa de Eça sobre a aristocracia portuguesa que já na época atrasava o desenvolvimento daquele país.
O que acontece quando um jovem ajudante de farmácia entediado com a vida no interior herda uma bela quantia em dinheiro e, cansado da vida simples, resolve viver na então sofisticada Lisboa?
Uma crítica ácida contra os costumes da aristocracia da época, mas de uma atualidade marcante, ao voltar-se contra a futilidade das aparências que ficam acima do caráter.
5º - O EGÍPCIO - Mika Waltari.
Há quem diga que Mika Waltari é um autor menor e piegas. Mas "O Egípcio" é um livro excepcional, que prende o leitor pela simplicidade da história da vida agitada de Sinuhe, o trepanador real, médico que acompanhou os faraós Akhenaton e Nefertiti no que foi uma verdadeira revolução religiosa do antigo Egito, substituindo a principal divindade do país na época, Aton, pelo culto a Amon-Rá.
O livro conta a história dos faraós segundo uma versão que foi em parte confirmada por arqueólogos e historiadores muitos anos após seu lançamento, tendo como elemento dramático a vida agitada do médico da corte, que acompanhava o faraó, tratando-o de surtos de epilepsia.
Eu ficaria dias aqui só tratando de livros, não só por gostar de lê-los, mas também por colecionar tantos quantos meu dinheiro pode comprar. Vou deixar também uma lista de obras diversas que recomendo, desejando boa leitura para meus leitores:
História/Biografias:
- A Era dos Extremos. Eric Hobsbawn;
- Chatô - O Rei do Brasil. Fernando Morais;
- Churchill - Visionário, Estadista, Historiador. John Lukacs;
- Mauá, o Empresário do Império. Jorge Caldeira;
- A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis. Lilia Moritz Schwarcz;
- Vale Tudo, Tim Maia. Nelson Mota;
- Churchill. Lorde Roy Jenkins;
- Estrela Solitária, Garrincha. Ruy Castro;
- Memórias da Segunda Guerra Mundial. Lorde Winston Spencer Churchill.
Romances/Contos:
- "A Ilustre Casa de Ramires", "O Crime do Padre Amaro" e "O Primo Basílio", todos do Eça de Queirós;
- "Dom Casmurro" e "O Alienista", de Machado de Assis;
- O Amor nos Tempos do Cólera. Gabriel Garcia Marques;
- A Era Dourada. GOre Vidal;
- O Retrato de Dorian Gray. Oscar Wilde;
- O Nome da Rosa. Umberto Eco.
Outros:
- Pálido Ponto Azul. Carl Seagan;
- O Mundo é Plano. Thomas L. Friedman.
APODRECENDO NA PRATELEIRA:
Eu não sei onde estava com a cabeça no dia em que comprei A PROFECIA CELESTINA, que é uma verdadeira bomba.
Estória irritante, piegas, cheia de clichês esotéricos e diálogos idiotas, o que me fez largá-lo no terceiro capítulo, escondê-lo na prateleira e nunca abri-lo nem para consultar o nome da editora.
Já li livros ruins, um deles, O Código Da Vinci. A diferença é que o livro de Dan Brown, se lido como ficção prende o leitor por ser uma trama cinematográfica competentemente posta em papel. O problema é que tem gente que acredita que ele trata de fatos reais, o que é assunto para outros comentários.
Mas a Profecia Celestina tenta incutir desde o primeiro parágrafo que é algo real e que seus personagens efetivamente constataram as profecias e seus supostos efeitos.
É péssimo, basta dizer que na esteira de seu sucesso comercial, apareceram obras como "A Décima Profecia" ou "Para entender a Profecia Celestina", o que demonstra que foi apenas uma bem engendrada ação de marketing.
Como literatura, não serve para nada, depois de tentar ler isso, passei a nutrir admiração pelo Paulo Coelho.
Vou repassar a tarefa, mas que fiquem como convidados, sem obrigação de cumpri-la:
- Shirlei;
- Cejunior;
- Elisabete Cunha;
- Marta Belini; e
- Letícia, do Flanela Paulistana.
É dífícil para mim listar apenas 5 livros dos quais gosto, então vou eleger os 5 que considero melhores, numa escolha extremamente difícil. Depois deixo uma lista de recomendações adicionais e no final, cito o livro que ficaria apodrecendo na prateleira.
1º - A FESTA DO BODE -Mário Vargas Llosa.
É a narrativa romanceada dos últimos dias de vida do ditador da República Dominicana, Trujillo, e ao mesmo tempo um alerta sobre os males do poder total, da ditadura personalista e sem freios morais.
Em toda e qualquer lista de bons romances que eu fizer, esta obra estará presente e provavelmente, na primeira posição. O melhor livro que já li, o que fiz em um fim de semana em que praticamente não o larguei.
Garcia Marques, ao comentar sobre essa obra afirmou em alto e bom som que "não se faz isso com um velho como eu", querendo afirmar que é melhor que o seu consagradíssimo "Cem Anos de Solidão".
2º - CEM ANOS DE SOLIDÃO - Gabriel Garcia Marques.
A saga dos Buendia e da cidade que fundaram, Macondo. Envoltas em revoluções a família e a cidade evoluem entre fatos bizarros e fantásticos,
ditaduras, generais e romances diversos. Os Buendia adotam a prática de nomear seus descendentes com os mesmos nomes dos ícones familiares do passado, o que leva a uma narrativa que demonstra a passagem do tempo que, no entanto, não altera a essência das pessoas.
Antes do livro de Llosa, era meu preferido.
3º - O ÚLTIMO SUSPIRO DO MOURO - Salman Rushdie.
Um indivíduo cujo corpo cresce à razão de 2 anos para 1, que acompanha a evolução da Índia, de colônia do Império Britânico, a uma república influenciada por inúmeras tradições milenares, religiões, raças e superstições.
Este livro sucedeu o também muito bom, embora polêmico, "Os Versículos Satânicos", e faz uma crítica não só à Índia, mas ao mundo caótico em que vivemos.
4º - A CAPITAL - Eça de Queirós.
Foi difícil escolher entre este livro, "O Primo Basílio" e o "O Crime do Padre Amaro", todos absolutamente sensacionais, polêmicos e com a marca da crítica severa de Eça sobre a aristocracia portuguesa que já na época atrasava o desenvolvimento daquele país.
O que acontece quando um jovem ajudante de farmácia entediado com a vida no interior herda uma bela quantia em dinheiro e, cansado da vida simples, resolve viver na então sofisticada Lisboa?
Uma crítica ácida contra os costumes da aristocracia da época, mas de uma atualidade marcante, ao voltar-se contra a futilidade das aparências que ficam acima do caráter.
5º - O EGÍPCIO - Mika Waltari.
Há quem diga que Mika Waltari é um autor menor e piegas. Mas "O Egípcio" é um livro excepcional, que prende o leitor pela simplicidade da história da vida agitada de Sinuhe, o trepanador real, médico que acompanhou os faraós Akhenaton e Nefertiti no que foi uma verdadeira revolução religiosa do antigo Egito, substituindo a principal divindade do país na época, Aton, pelo culto a Amon-Rá.
O livro conta a história dos faraós segundo uma versão que foi em parte confirmada por arqueólogos e historiadores muitos anos após seu lançamento, tendo como elemento dramático a vida agitada do médico da corte, que acompanhava o faraó, tratando-o de surtos de epilepsia.
Eu ficaria dias aqui só tratando de livros, não só por gostar de lê-los, mas também por colecionar tantos quantos meu dinheiro pode comprar. Vou deixar também uma lista de obras diversas que recomendo, desejando boa leitura para meus leitores:
História/Biografias:
- A Era dos Extremos. Eric Hobsbawn;
- Chatô - O Rei do Brasil. Fernando Morais;
- Churchill - Visionário, Estadista, Historiador. John Lukacs;
- Mauá, o Empresário do Império. Jorge Caldeira;
- A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis. Lilia Moritz Schwarcz;
- Vale Tudo, Tim Maia. Nelson Mota;
- Churchill. Lorde Roy Jenkins;
- Estrela Solitária, Garrincha. Ruy Castro;
- Memórias da Segunda Guerra Mundial. Lorde Winston Spencer Churchill.
Romances/Contos:
- "A Ilustre Casa de Ramires", "O Crime do Padre Amaro" e "O Primo Basílio", todos do Eça de Queirós;
- "Dom Casmurro" e "O Alienista", de Machado de Assis;
- O Amor nos Tempos do Cólera. Gabriel Garcia Marques;
- A Era Dourada. GOre Vidal;
- O Retrato de Dorian Gray. Oscar Wilde;
- O Nome da Rosa. Umberto Eco.
Outros:
- Pálido Ponto Azul. Carl Seagan;
- O Mundo é Plano. Thomas L. Friedman.
APODRECENDO NA PRATELEIRA:
Eu não sei onde estava com a cabeça no dia em que comprei A PROFECIA CELESTINA, que é uma verdadeira bomba.
Estória irritante, piegas, cheia de clichês esotéricos e diálogos idiotas, o que me fez largá-lo no terceiro capítulo, escondê-lo na prateleira e nunca abri-lo nem para consultar o nome da editora.
Já li livros ruins, um deles, O Código Da Vinci. A diferença é que o livro de Dan Brown, se lido como ficção prende o leitor por ser uma trama cinematográfica competentemente posta em papel. O problema é que tem gente que acredita que ele trata de fatos reais, o que é assunto para outros comentários.
Mas a Profecia Celestina tenta incutir desde o primeiro parágrafo que é algo real e que seus personagens efetivamente constataram as profecias e seus supostos efeitos.
É péssimo, basta dizer que na esteira de seu sucesso comercial, apareceram obras como "A Décima Profecia" ou "Para entender a Profecia Celestina", o que demonstra que foi apenas uma bem engendrada ação de marketing.
Como literatura, não serve para nada, depois de tentar ler isso, passei a nutrir admiração pelo Paulo Coelho.
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