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20 de jan. de 2011

DILMA ADIOU O PROJETO FX-2

O projeto FX-2, de renovação dos aviões de combate da FAB é decorrência do projeto FX, iniciado ainda no governo FHC. Desde a primeira canetada, após a Força Aérea praticamente implorar pelo estudo (comprar é outro assunto) de aquisição destas novas aeronaves, já se vão 12 anos, 3 ministros da Defesa (José Viegas, Waldir Pires e Nelson Jobim) e dois presidentes incapazes de decidir, Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva.

Agora, Dilma Roussef entra no processo e com a mesma desculpa de Lula em 2003, de fazer ajuste fiscal, e o adia novamente.

O que é surpreendente é que até 31/12/2010 o Brasil navegava em calmas águas econômico-fiscais, com céu de brigadeiro e vento favorável, o que supostamente justificava a enorme popularidade do semi-deus que deixou o Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro... mas isso é outro assunto.

O Brasil dos discursos do ex-presidente Lula é um país internacionalmente influente, que desagrada a Rússia, a Europa e os EUA apoiando o Irã, que dá uma peitada na Itália deixando de extraditar um assassino, que manda tropas para o Haiti e está sempre disposto a dar sua opinião e mediação em qualquer problema, por mais espinhoso que seja. É um país que dá abrigo a Césare Battisti, mas comete a atrocidade de devolver dois boxeadores para o ditador Fidel Castro torturar. É um país que sabendo das leis iranianas, pede clemência para uma condenada e sujeita-se à ira de fundamentalistas radicais religiosos.

Mas a realidade é outra. O Brasil é um país cujas forças armadas tem seu limite de projeção externa no caos do Haiti. Mais que isso, não há pessoal, aviões, navios ou equipamentos terrestres com que possa trabalhar, porque todos os programas de reequipamento das forças armadas ou andam a passo de tartaruga ou são empurrados sem cerimônia com a barriga presidencial, caso da aquisição dos caças, onde a presidente Dilma repete as colossais irresponsabilidade e incompetência e de seus dois antecessores, e deixa visível para o mundo que a audaciosa política externa de Lula é incapaz de sustentar-se militarmente, isso num campo onde não é preciso usar armas, mas apenas tê-las para demonstrar poder e opinião.

O país quer ser internacionalmente influente, mas leva mais de 10 anos para decidir que 3 aviões vão para a fase final do processo. Depois que isso acontece, numa bravata o presidente Lula afirma em alto e bom som que o escolhido é o francês Rafale. No dia seguinte, o ministro da defesa desmente o mandatário máximo do país. Dias depois, especulações sobre a volta de duas empresas desclassificadas à disputa, informando que ela seria cancelada. Daí por um ano inteiro o ministro da defesa sai dizendo que no mês seguinte haverá decisão sobre a questão, sendo que ela é sempre adiada. Chega o fim do governo sem ser proferida e no início da nova gestão, as especulações se confirmam com novo adiamento!

Incompetência dos presidentes, isso já foi falado. Incapacidade visceral dos ministro da defesa, em especial do atual, cujas atitudes demonstram claramente ter preferência por uma das aeronaves, sem que se transmita isso à sociedade. Incapacidade dos militares em explicar para a classe política e a sociedade da necessidade de tais meios, e mesmo de convencer o presidente e o ministro de que, para a FAB, a melhor escolha é A ou B, tentando impedir a especulação e o lobby.

O Brasil está brincando com coisa séria. Se é pequena (embora existente) a possibilidade de um conflito paroquial na América Latina, especialmente com o ditador venezuelano, não se pode entrar de sola na arena política internacional ou se oferecer para mediar conflitos sem ao menos ter dentes com que se defenda de eventuais agressões. O Brasil, já disse um diplomata estrangeiro, é um rottweiler sem dentes, e o que é pior, seus políticos estão impedindo-o de visitar um dentista!

23 de out. de 2009

O QUE FAZ A FALTA DE INVESTIMENTO NAS FORÇAS ARMADAS E DEFESA NACIONAL

Do site "DEFESANET":

FUZIS DAS FARC PARA OS MORROS DO RIO

O equipamento, adestramento e manutenção das forças armadas se faz imperioso em qualquer país do mundo, porque elas são as responsáveis pelo controle de fronteiras.

A negligência com que o Brasil sempre encarou isso, facilitou por muitas décadas o trabalho de contrabandistas, que afeta diretamente a receita tributária, com efeitos ainda no fortalecimento da pirataria de produtos e concorrência desleal contra empresários devidamente legalizados.

E, pior, também possibilitou a entrada e saída no país de drogas e seus insumos, bem como de armas a fortalecer vários setores do crime organizado.

Dois fatores fizeram o Brasil acordar para discutir de modo sério a defesa nacional:

a) A discussão sobre a aceitação dos encargos para a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 e consequentemente, a assunção da obrigação de combater seus altíssimos índices de violência urbana, especialmente no Rio de Janeiro, mas não muito menores em São Paulo, ou mesmo em cidades mais calmas, como Curitiba e Porto Alegre.

b) A constatação de que precisa proteger as muitas riquezas nacionais, tais como os estoques de água potável, a biodiversidade, os minérios e, claro, seu petróleo, com o reforço decorrente em razão do início da produção na camada Pré-Sal (já que a descoberta se deu há bastante tempo, muito antes do atual governo).

E agora está constatando o grave erro que foi negligenciar as forças armadas por tanto tempo. Apenas recentemente, com o advento da Lei do Abate com a patrulha aérea pelos aviões modelo Super Tucano da Embraer, e pela tímida revisão da estrutura de pelotões de fronteira, o sistema SIVAM passou a ser efetivo em termos de controle na amazônia, mas de modo ainda incipiente, pois que ainda existe muito contingenciamento de recursos orçamentários para a pasta de Defesa.

No entanto, a notícia acima é sintomática do tamanho do problema que o país tem que enfrentar, o que passa por aumentar o número de militares bem armados nas fronteiras, além de dotar a FAB e a Marinha de aeronaves e navios adequados à enorme tarefa.

Nas últimas décadas, houve completo abandono de políticas de defesa do país. Boa parte dos aviões da FAB está não-operacional. A Marinha tem 30% menos navios que há 15 anos e a maior parte da esquadra terá que ser desativada na próxima década. E o Exército sofre com a obsolescência de seus veículos blindados e até com a falta de fuzis modernos, pois o pádrão ainda é o FAL, uitilizado desde a década de 60.

Por isso o crime organizado é poderoso no país. Por mais esforços empreendidos pelas polícias, elas precisam licitar os equipamentos que adquirem, enquanto a bandidagem simplesmente consegue os que precisa no mercado negro, importando-os pelas fronteira ainda mal guarnecidas, mesmo com todo o esforço dos militares brasileiros, que dispendem muito tempo e pessoal em programas como o FX-2, que simplesmente só geram papelório e raramente chegam a uma solução final.

O investimento em defesa pode parecer caro e ao mesmo tempo é antipático na exata medida em que implica na compra de armas. Mas no médio prazo ele se paga e gera até dividendos, basta pensar nos custos menores de combate ao crime organizado (sob a premissa de que ele teria bem menos insumos e equipamentos à sua disposição), no aumento da arrecadação tributária pela diminuição do contrabando e do descaminho e mesmo com a aquisição e desenvolvimento pelo país, de tecnologia em programas militares, capaz de gerar produtos de exportação até mesmo na área civil

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...