7 de abr. de 2011

NÃO MISTUREM O ASSASSINO DE REALENGO COM A POMBA BRANCA DA PAZ!


Um indivíduo entra numa escola armado até os dentes, mata 11 crianças indefesas e ainda fere outras tantas e deixa uma carta testamento sem pé nem cabeça se dizendo islâmico, destilando frustrações e se fazendo de vítima do mundo.

Ato contínuo, a sociedade brasileira HIPÓCRITA e desconectada da realidade começa a discutir novamente o desarmamento, como se as armas usadas pelo psicopata não fossem irregulares e adquiridas na clandestinidade.

A velha mania brasileira de confundir alhos com bugalhos faz com que não se atente para o fato de que psicopata é psicopata, bandido é bandido. Meliantes com problemas mentais ou não, conseguem armas na clandestinidade, armas estas não registradas, roubadas, contrabandeadas. O meliante vai conseguir arma independentemente da Lei proibir seu porte ou sua comercialização, ele vai usá-la independentemente de setores da sociedade em que vive pregarem a paz e o desarmamento dos cidadãos de bem. O meliante que quer incidir no crime seja por interesse econômico, seja por frustrações psicológicas, não vai preocupar-se com a legalidade da arma que portar e se não consegui-la por meios normais, vai roubá-la ou contrabandeá-la. É simples, o meliante é meliante porque não observa a Lei, e não adianta fazer Leis que tiram direitos dos cidadãos de bem mas não afetam a vida dos meliantes.

No Brasil, quando se fala em desarmamento existe sempre o esquecimento conveniente de que bandidos não seguem a Lei. Muitos políticos demagogos e mesmo pessoas bem intencionadas que não atinam para o mundo em que vivem, defendem a proibição da comercialização mas esquecem da precariedade absurda da segurança pública do país, onde a regra é ninguém atender o telefone 190 e, se atender, nada fazer mesmo nas situação de maior risco, que dizer nas situações de "desordem social" que um policial me disse com todas as letras certa feita, que tinha ordem para não atender.

Muita gente tem armas pela necessidade de suprir a segurança que o Estado brasileiro não dá, embora cobre os impostos mais altos do mundo para dizer que dá. Tirar dos cidadãos de bem suas armas, até pode ter algum efeito nos índices de segurança pública, mas em última análise, vai mais é deixar os meliantes mais fortes para fazer o que melhor entenderem, em um contexto em que a polícia vai continuar inexistindo e o Estado vai continuar dizendo que se preocupa com segurança, mesmo fazendo pouco ou nada por ela.

Novamente, ante uma tragédia, o Brasil escolhe o debate errado e pior que isso, escolhe punir as vítimas da violência, e não seus protagonistas.

9 comentários:

  1. Não adianta fazer leis para desarmamento e blá blá blá, pois não resolve. Quem devolve armas são pessoas de bem. Os bandidos não.

    Outro detalhe: conversei com um amigo meu psicológo e ele me falou que pelo teor da carta, o "louco de realengo" poderia tê-la copiado da internet. Ele crê que, quem a escreveu de próprio punho, possui um bom grau de leitura, e não seria, portanto, o caso desse meliante. O crime dele foi premeditado.

    Após o incidente, algumas pessoas (gente bem instrída que eu fiquei até surpreso!) imediatamente correram a afirmar diversos tipos de versões como a que, por exemplo, o "louco de realengo" seria um terrorista da Al Qaeda, um islâmico infiltrado no país, um terrorista e blá blá blá... suposições e devaneios a parte, a verdade mesmo está em tudo o que você falou nesse post: não há uma segurança pública adequada, não há educação de qualidade, não há investimento do governo para que isso mude e não há boa vontade por parte de nenhum político ou autoridade, portanto, em vários rincões desse país, sempre existirá moribundos como ele sofrendo e com 'revoltas mentais na cabeça'. Isto tudo (este quadro), aliado à esquizofrênia, distúrbios mentais e nenhuma base familiar, alem da influência negativa da mídia, só leva o doente a ficar cada vez mais doente e é uma bomba prestes a explodir. Como foi o caso.

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  2. É o que sempre dgo, Neto.

    O cara que vai delinquir não se importa se a Lei diz que ele não pode comprar uma arma. A arma, ele arranja do mesmo jeito...

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  3. Falou tudo e mais um pouco, caro Fábio. Uma lástima essa hipocrisia de boa parte dos políticos, imprensa e formadores de opinião em geral.

    Mas deixe os "pombinhas" e comunas em geral virem com outro plebiscito/referendo: irão perder de novo!

    Grande abraço.

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  4. Muito bem dito.

    Parabens.

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  5. OLá, tudo bem? É uma PALHAÇADA o segundo plebiscito do desarmamento.. Patética as declarações do Sr. Sarney... Abraços, Fabio www.fabiotv.zip.net

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  6. Assino embaixo todo o seu texto! Como desarmar uma população que vive insegura sem proteção do Estado?

    O "bandido" é uma cria social.

    Vim te trazer um link. Acho interessante aproximar blogues que possuem pensamentos comuns.

    Boa semana! Beijus,

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  7. Pois é meu caro, e após a tragédia, tem uns pelegos que se denominam vereadores que resolveram discutir a segurança nas escolas de Foz. Mas isso não deveria ser uma constante, com acompanhamento o ano todo? Só agora que a casa caiu eles resolvem tocar no assunto?

    Pra onde vamos? Liga não, aqui na fronteira, se você quiser uma arma é só ligar no Paraguai, com sigilo absoluto e entregue em sua residência. Plebiscito pra que?

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  8. Eu não vou suportar mais uma campanha de desarmamento e , depois, ir votar sim ou não. Um ou dois decidem que deve ser gasto mais de 600 milhões para a brincadeira desajustada.Mais se fazia em perguntar de queremos filmes e novelas violentas, indecentes na televisão.Um bando de cínicos a decidir por nós.

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  9. Mais um plebiscito, que significa "mais verba pública pa financiar os debates e as eleições". Votei contra a hipocrisia da proibição das armas, e voto vontra a existência de outro plebiscito. Tudo o que você disse aí é verdade. E há ainda muito mais verdade! Solução? Não há! Conformar-mo-nos? Não devemos. Então, o que fazer? Não adianta radicalizar. O mundo é móvel; a História é móvel. O que podemos fazer é, inidivualmente, aprender a driblar as situações.

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