O Brasil aceitou que Manuel Zelaya, que estava exilado na Nicarágua, voltasse para seu país e se abrigasse em sua embaixada.
A declaração de boas vindas dada pelo ministro Celso Amorin levanta suspeitas da participação brasileira na aventura tresloucada do presidente hondurenho no exílio, cujas informações dão conta de que quer voltar a assumir o cargo, desde que possa ser candidato à reeleição mesmo com a Constituição daquele país proibindo isso.
Se bem que Honduras é uma m... mesmo e ninguém lá respeita constituição coisa nenhuma. Se respeitassem, Zelaya teria sido preso na ocasião do golpe e não estaria colocando a diplomacia brasileira numa gelada. Ou, melhor, nem teria havido o golpe, se bem que eles justificam-no em texto constitucional.
Zelaya afirmou que não pediu asilo ao Brasil, e que só quer a embaixada para ficar por lá e fazer barulho, não tem interesse em ser devolvido em segurança para outro lugar.
As autoridades hondurenhas cortaram água, luz e telefone do prédio, até porque, o embaixador brasileiro não está presente no local e não se sabe ao certo se, com o não reconhecimento do governo de fato daquele país pelo Brasil, as imunidades diplomáticas do lugar se mantém. Mas é a tal coisa, fizeram porque é a embaixada do Brasil, se fosse a dos EUA, nem pensariam nisso.
Daí, os funcionários da representação brasileira, precisando acionar o gerador para garantir algum conforto ao oligarca Zelaya e seus puxa-sacos(que só se converteram ao bolivarianismo quando viram que isso poderia lhes garantir perpetuação no poder), pedem ajuda (óleo diesel) para... a EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA!!!
Os mesmos EUA inimigos de tudo e todos, que cortaram 300 milhões de dólares em ajudas humanitárias para Honduras e pediram a devolução do cargo a Zelaya. Os EUA tão odiados no Itamaraty de Celso Lafer e pelo assessor Marco Aurélio Garcia, que nessas horas de aperto e vexame servem para ajudar.
Pergunto:
Se Honduras invadir a embaixada, o que o Brasil fará?
Será que vamos enviar para lá o porta-aviões São Paulo (que estava docado há 4 anos e saiu dessa situação há 2 meses sem terem terminado sua reforma) com seus 4 (quatro) caças A-4 Skyhawk operacionais para punir os golpistas hondurenhos?
Será que vamos convocar as tropas do Exército, que não estão de prontidão antes do almoço por contingenciamento orçamentário?
Será que vamos enviar a corveta Caboclo para bombardear a sede do governo golpista de Honduras?
Esse episódio comprova que se o Brasil avançou muito em matéria econômica e conseguiu, com méritos indiscutíveis do governo Lula, melhorias sensíveis na qualidade de vida de milhões de pessoas e mesmo na competitividade econômica do país, ainda assim não aprendeu que isso não basta para ser potência global a ponto de pleitear uma vaga no Conselho de Segurança da ONU (se bem que esta serve para pouco ou nada)ou querer influir nas decisões dos países vizinhos.
Hoje, os governantes de fato de Honduras dão gargalhadas ao ouvir falar do Brasil e sua "política externa".
Como Evo Molares da Bolívia, Fernando Lugo do Paraguai e Rafael Corrêa do Equador também...
PS.: Não discuto a legitimidade de Zelaya em tentar voltar ao cargo, embora a notícia de que só aceita isso mediante o direito de reeleição seja de dar risada, porque de golpeado viraria golpista por "direito" de compensação pelos 3 meses que ficou fora do poder. O que discuto é porque colocar o Brasil nisso, e porque o Brasil aceitou esse papel ridículo.
23 de set. de 2009
DIA SEM CARRO E COM HIPOCRISIA
Algumas cidades brasileiras experimentaram engarrafamentos recorde ontem, que foi o Dia Mundial sem Carro.
Eu mesmo sou um viciado em automóvel, até porque meu trabalho demanda visitar repartições públicas num raio de 30 km do meu escritório, sempre observando os exíguos prazos da legislação tributária. Ou seja, não posso ficar sem automóvel.
Mas defendo, sim, um tratamento mais rigoroso para ele. Penso por exemplo, que as vagas de estacionamento nas ruas devem ser extintas para melhorar o tráfego ou para aumentar as calçadas, vez que se alguém usa automóvel, deve arcar também com o custo financeiro de estacioná-lo. É apenas uma idéia, há muitas outras ações que podem limitar o uso, pois a tendência mundial é de que a aquisição de um veículo seja cada vez mais barata, mas sua manutenção cada vez mais cara, à guisa de restrições de tráfego e estacionamento, impostos mais caros e maiores obrigações de segurança e de controle de poluentes
Não critico campanhas como a do dia sem carro, porque o fato é que o transporte individual está matando as cidades e contribuindo para a piora da qualidade de vida das pessoas.
Mas critico a hipocrisia:
1. Num país em que automóvel é vendido em até 100 prestações, pedir para que as pessoas não o usem, soa falso. O indivíduo passou a vida inteira sonhando em ter um carro, um dia, as condições de crédito lhe proporcionam isso e daí os governos tentam convencê-lo do contrário?
2. É válida a iniciativa de se promover o transporte coletivo, desde que ele funcione a contento. Há uns 20 dias deixei o carro na revisão e tive que vir de Curitiba a Rio Branco do Sul de ônibus, coisa que não fazia há uns 8 anos. Para meu desgosto, os mesmos problemas dos meus tempos de estudante persistem: a) atraso de 25 minutos na chegada do ônibus; b) super-lotação; c)ônibus sujo; e) falta de troco na catraca. Ou seja, no mínimo o indivíduo procura adquirir uma moto e circular por aí com o custo mais próximo ao do ônibus, porque o transporte coletivo pode até ser super-lotado, como acontece nos metrôs de NY ou Tóquio, mas no mínimo precisa ser pontual, prático e higiênico, o que não acontece na região de Curitiba, que dizer no resto do país!
3. O transporte coletivo também exige segurança pública. Ora, você pega um ônibus cujo ponto final está a 5 quadras da sua casa. Mas quem vai trocar o automóvel pelo ônibus sabendo que ao andar essas 5 quadras poderá ser assaltado porque não existe policiamento ostensivo e porque as condições de segurança pública de modo geral são aterradoras? Curitiba tem hoje o mesmo número de policiais na ativa que em 1983. Já aqui na minha cidade, não há policiamento à noite e o 190 simplesmente não atende. Será que o dono de automóvel vai encarar o ônibus se colocando em risco de assalto, assassinato ou estupro?
É a tal coisa. O discurso ecológico é muito bonito. E é adequado para as condições européias, onde existe efetiva preocupação dos governos em prestar bons serviços públicos e dar garantias de segurança aos cidadãos. Mas no Brasil soa hipócrita
Eu mesmo sou um viciado em automóvel, até porque meu trabalho demanda visitar repartições públicas num raio de 30 km do meu escritório, sempre observando os exíguos prazos da legislação tributária. Ou seja, não posso ficar sem automóvel.
Mas defendo, sim, um tratamento mais rigoroso para ele. Penso por exemplo, que as vagas de estacionamento nas ruas devem ser extintas para melhorar o tráfego ou para aumentar as calçadas, vez que se alguém usa automóvel, deve arcar também com o custo financeiro de estacioná-lo. É apenas uma idéia, há muitas outras ações que podem limitar o uso, pois a tendência mundial é de que a aquisição de um veículo seja cada vez mais barata, mas sua manutenção cada vez mais cara, à guisa de restrições de tráfego e estacionamento, impostos mais caros e maiores obrigações de segurança e de controle de poluentes
Não critico campanhas como a do dia sem carro, porque o fato é que o transporte individual está matando as cidades e contribuindo para a piora da qualidade de vida das pessoas.
Mas critico a hipocrisia:
1. Num país em que automóvel é vendido em até 100 prestações, pedir para que as pessoas não o usem, soa falso. O indivíduo passou a vida inteira sonhando em ter um carro, um dia, as condições de crédito lhe proporcionam isso e daí os governos tentam convencê-lo do contrário?
2. É válida a iniciativa de se promover o transporte coletivo, desde que ele funcione a contento. Há uns 20 dias deixei o carro na revisão e tive que vir de Curitiba a Rio Branco do Sul de ônibus, coisa que não fazia há uns 8 anos. Para meu desgosto, os mesmos problemas dos meus tempos de estudante persistem: a) atraso de 25 minutos na chegada do ônibus; b) super-lotação; c)ônibus sujo; e) falta de troco na catraca. Ou seja, no mínimo o indivíduo procura adquirir uma moto e circular por aí com o custo mais próximo ao do ônibus, porque o transporte coletivo pode até ser super-lotado, como acontece nos metrôs de NY ou Tóquio, mas no mínimo precisa ser pontual, prático e higiênico, o que não acontece na região de Curitiba, que dizer no resto do país!
3. O transporte coletivo também exige segurança pública. Ora, você pega um ônibus cujo ponto final está a 5 quadras da sua casa. Mas quem vai trocar o automóvel pelo ônibus sabendo que ao andar essas 5 quadras poderá ser assaltado porque não existe policiamento ostensivo e porque as condições de segurança pública de modo geral são aterradoras? Curitiba tem hoje o mesmo número de policiais na ativa que em 1983. Já aqui na minha cidade, não há policiamento à noite e o 190 simplesmente não atende. Será que o dono de automóvel vai encarar o ônibus se colocando em risco de assalto, assassinato ou estupro?
É a tal coisa. O discurso ecológico é muito bonito. E é adequado para as condições européias, onde existe efetiva preocupação dos governos em prestar bons serviços públicos e dar garantias de segurança aos cidadãos. Mas no Brasil soa hipócrita
22 de set. de 2009
MANCADA!
O Itamaraty, aliás, o Brasil fez papel de palhaço nessa história do retorno de Manuel Zelaya a Honduras.
Onde já se viu um país se prestar a esse papel de fornecedor de lenha numa fogueira que não lhe diz respeito, e aceitar que um indivíduo bata na porta de sua embaixada e seja recebido com direito a elogios do chanceler?
Zelaya foi oportunista. Ele sabe que nem os EUA nem a Venezuela são bem vistos na América Latina, o primeiro pela postura histórica, o segundo, pelos atos destrambelhados de seu presidente-ditador. O que fez? Envolveu o Brasil com imagem de potência emergente e com a simpatia do seu presidente e ao mesmo tempo afastou-se do mau histórico norte-americano e dos desvarios bolivarianos da Hugo Chaves. Ótimo para sua causa, péssimo para o Brasil.
O noticiário de ontem é que o Brasil não mantém relações diplomáticas efetivas com Honduras, o que significa que sua embaixada não necessariamente está blindada pelas leis internacionais. E se ela for invadida? E se morrerem civis? E se Zelaya morrer?
Quem responderá pela estupidez de aceitar que Zelaya se abrigasse lá?
Governo interino de Honduras diz que culpará Brasil por violência
Onde já se viu um país se prestar a esse papel de fornecedor de lenha numa fogueira que não lhe diz respeito, e aceitar que um indivíduo bata na porta de sua embaixada e seja recebido com direito a elogios do chanceler?
Zelaya foi oportunista. Ele sabe que nem os EUA nem a Venezuela são bem vistos na América Latina, o primeiro pela postura histórica, o segundo, pelos atos destrambelhados de seu presidente-ditador. O que fez? Envolveu o Brasil com imagem de potência emergente e com a simpatia do seu presidente e ao mesmo tempo afastou-se do mau histórico norte-americano e dos desvarios bolivarianos da Hugo Chaves. Ótimo para sua causa, péssimo para o Brasil.
O noticiário de ontem é que o Brasil não mantém relações diplomáticas efetivas com Honduras, o que significa que sua embaixada não necessariamente está blindada pelas leis internacionais. E se ela for invadida? E se morrerem civis? E se Zelaya morrer?
Quem responderá pela estupidez de aceitar que Zelaya se abrigasse lá?
Governo interino de Honduras diz que culpará Brasil por violência
18 de set. de 2009
17 de set. de 2009
IMAGENS DO COXA - 3
A foto não é de ontem, porque não levo aparelhos eletrônicos para o estádio em dia de casa cheia. Mas é uma amostra do que a torcida do Coritiba fez no jogaço contra o próximo centenário do futebol brasileiro, o Corinthians, cuja torcida também fez uma festa bonita no belo embate. No portal Globo.com você pode assistir a festa de ontem, que certamente será comum nos estádios brasileiros de agora em diante, idéia da torcida Coxa!
KRUGER:
Nesta foto, a torcida homenageia um dos maiores ídolos da história do clube, Kruger, o flecha-loira.
Jogador altamente técnico, chegou no Alto da Glória em 1966, de onde nunca mais saiu, porque acabada a carreira de atleta, virou auxiliar técnico, depois técnico, depois supervisor de futebol e atualmente cuida das categorias de base do clube.
Conta a lenda que fazia dupla com outro jogador de sobrenome germânico, Kosilec, que apesar de bom atleta, não se comparava ao flecha. E um dia um diretor do Vasco da Gama veio comprar Kruger mas não lembrava do sobrenome do rapaz. Acabou levando Kosilec, dada a esperteza do inesquecível presidente Coxa, Evangelino da Costa Neves.
E num jogo do campeonato paranaense de 1970, numa jogada brusca, Kruger sofreu um gravíssimo rompimento de alças intestinais e esteve com a vida por um fio, chegou a receber a extrema-unção.
Toda a sociedade Coxa-Branca acorreu para ajudá-lo e mesmo torcedores dos adversários rezaram por ele (o presidente do rubro-negro da capital encomendou uma missa pela sua recuperação), que milagrosamente voltou aos campos, claro, vestindo a camisa do Coritiba, onde atuou até 1976.
Campeão paranaense em 1968, 69, 71, 72, 73, 74, 75 e 76, do Torneio do Povo em 1973 e campeão brasileiro como auxiliar técnico em 1985, Kruger (e uma equipe de profissionais do clube, como o professor Miro) é responsável pela descoberta de talentos como Henrique, Pedro Ken e Keirrison.
Um dos maiores Coxas da história, um ícone a ser homenageado neste ano de centenário e mais do que isso, um exemplo de amor ao clube, pois em fevereiro completou 41 anos de competentes serviços em seu favor.
16 de set. de 2009
MIOLO MOLE É FATOR DE VIOLÊNCIA
O termo "miolo mole" e a dica foi da Letícia, mas dentro do contexto do post anterior, vejam no G1:
Conselheiro tutelar diz que mãe incentivou briga por ex-namorado.
Duas meninas de 15 anos de idade disputando um indivíduo de 23. Um indivíduo de 23 anos que namora menininhas na porta de escola e sabe Deus se algum crime não cometeu nesse contexto, afinal, é maior de idade interessado por menores, o não é algo que se possa considerar normal ante as leis penais de um país que tem um problema sério de pedofilia. E uma mãe ainda mais desmiolada que os outros envolvidos porque além de aceitar que sua filha de 15 anos namore um indivíduo maior de idade, ainda a incentiva a pregar a mão na cara da "rival".
Falta de cultura, bom senso e discernimento também são causas de violência. E quando isso acontece num contexto em que as pessoas têm acesso a rádio e TV, de tal modo que não podem se furtar às informações praticamente diárias sobre o assunto (pedofilia incluída) e ainda agem dessa forma, está bem claro que não bastam boas condições econômicas.
Pais que não zelam pela integridade física de um filho, são como outros, que acham que o dever de educar é só da escola. E atitudes como estas, não são exclusividade de desassistidos, tem muito bacana que não abre mão da academia ou do "happy hour" para gastar tempo conversando e ensinando alguma coisa para os filhos.
Conselheiro tutelar diz que mãe incentivou briga por ex-namorado.
Duas meninas de 15 anos de idade disputando um indivíduo de 23. Um indivíduo de 23 anos que namora menininhas na porta de escola e sabe Deus se algum crime não cometeu nesse contexto, afinal, é maior de idade interessado por menores, o não é algo que se possa considerar normal ante as leis penais de um país que tem um problema sério de pedofilia. E uma mãe ainda mais desmiolada que os outros envolvidos porque além de aceitar que sua filha de 15 anos namore um indivíduo maior de idade, ainda a incentiva a pregar a mão na cara da "rival".
Falta de cultura, bom senso e discernimento também são causas de violência. E quando isso acontece num contexto em que as pessoas têm acesso a rádio e TV, de tal modo que não podem se furtar às informações praticamente diárias sobre o assunto (pedofilia incluída) e ainda agem dessa forma, está bem claro que não bastam boas condições econômicas.
Pais que não zelam pela integridade física de um filho, são como outros, que acham que o dever de educar é só da escola. E atitudes como estas, não são exclusividade de desassistidos, tem muito bacana que não abre mão da academia ou do "happy hour" para gastar tempo conversando e ensinando alguma coisa para os filhos.
14 de set. de 2009
O QUE EXPLICA TANTA VIOLÊNCIA?
A vida toda cansei de ouvir que a violência no Brasil era fruto da falta de oportunidades e da crise econômica constante. Se dizia no passado que ela era fruto do desemprego, dos baixos salários e da falta de políticas sociais.
Mas nos últimos 7 anos o Brasil experimentou crescimento econômico constante. Os níveis do desemprego caíram, a massa salarial aumentou e, segundo dados do próprio governo, a maioria dos brasileiros encontra-se na classe média.
Programas sociais como o bolsa-família atingem considerável massa de menos favorecidos, tiram pessoas da miséria absoluta e de certa forma alavancam o crescimento econômico. Quotas raciais e sociais nas universidades, microcrédito e políticas educacionais que dão uniformes, transporte, merenda e material escolar completam a lista.
No entanto, os índices de violência só aumentam.
O Paraná que era um estado considerado calmo, experimenta os piores índices de sua história. Mesmo com o incompetente governador Requião negando, Curitiba tem em média 21 assassinatos por fim de semana.
Na Bahia, o crime chega a coagir a polícia e destruir delegacias, o que acontece também em outros estados, sendo que Alagoas é o campeão nacional de homicídios.
No Rio de Janeiro nem se fale, tamanho o caos que vive a cidade e o estado.
Em São Paulo, os índices mantém-se estáveis, quando muito com quedas pequenas. Mas sendo o estado mais rico da federação, bem como o que mais se beneficia da melhoria do quadro econômico, isso é pouco.
Muitos fatores podem ser considerados para explicar a situação. A impunidade, por conta do Judiciário incompetente e formalista bem como da falta dramática de policiamento ostensivo (aqui onde eu vivo, ouvi de um policial que a PM simplesmente não verifica mais situações de desordem social, se alguém parar na porta da minha casa as 3 da madrugada e resolver tocar o Bonde do Tigrão no último volume, a PM já avisou que não se importa). O sistema carcerário que não consegue recuperar nem os casos mais fáceis. A confusão entre autoridades e marginais, vez que não são poucos os políticos com ligações com o crime organizado ou dentro de esquemas de corrupção. A falta de normas mais rígidas sobre costumes, pois no Brasil, bebe-se na rua e vende-se cigarro e álcool para menores sem maiores dificuldades.
Parece que a violência está no cerne da sociedade brasileira. O indivíduo bebe todas e sai na rua dirigindo agressivamente (O Brasil é campeão mundial de mortes no trânsito). Se leva sorte de não envolver-se num acidente, chega em casa e desfere chapoletadas na mulher e nos filhos (o Brasil detém índices alarmantes de violência doméstica e contra a mulher). Se não bate na mulher e nos filhos, vai para o estádio de futebol e se envolve em brigas com torcidas adversárias ou com a PM. Isso se no boteco não se envolver em alguma confusão... o mito do povo dócil cai por água abaixo ao constatar-se essa verdadeira guerra civil, que nem os índices econômicos bons conseguem conter.
Mas nos últimos 7 anos o Brasil experimentou crescimento econômico constante. Os níveis do desemprego caíram, a massa salarial aumentou e, segundo dados do próprio governo, a maioria dos brasileiros encontra-se na classe média.
Programas sociais como o bolsa-família atingem considerável massa de menos favorecidos, tiram pessoas da miséria absoluta e de certa forma alavancam o crescimento econômico. Quotas raciais e sociais nas universidades, microcrédito e políticas educacionais que dão uniformes, transporte, merenda e material escolar completam a lista.
No entanto, os índices de violência só aumentam.
O Paraná que era um estado considerado calmo, experimenta os piores índices de sua história. Mesmo com o incompetente governador Requião negando, Curitiba tem em média 21 assassinatos por fim de semana.
Na Bahia, o crime chega a coagir a polícia e destruir delegacias, o que acontece também em outros estados, sendo que Alagoas é o campeão nacional de homicídios.
No Rio de Janeiro nem se fale, tamanho o caos que vive a cidade e o estado.
Em São Paulo, os índices mantém-se estáveis, quando muito com quedas pequenas. Mas sendo o estado mais rico da federação, bem como o que mais se beneficia da melhoria do quadro econômico, isso é pouco.
Muitos fatores podem ser considerados para explicar a situação. A impunidade, por conta do Judiciário incompetente e formalista bem como da falta dramática de policiamento ostensivo (aqui onde eu vivo, ouvi de um policial que a PM simplesmente não verifica mais situações de desordem social, se alguém parar na porta da minha casa as 3 da madrugada e resolver tocar o Bonde do Tigrão no último volume, a PM já avisou que não se importa). O sistema carcerário que não consegue recuperar nem os casos mais fáceis. A confusão entre autoridades e marginais, vez que não são poucos os políticos com ligações com o crime organizado ou dentro de esquemas de corrupção. A falta de normas mais rígidas sobre costumes, pois no Brasil, bebe-se na rua e vende-se cigarro e álcool para menores sem maiores dificuldades.
Parece que a violência está no cerne da sociedade brasileira. O indivíduo bebe todas e sai na rua dirigindo agressivamente (O Brasil é campeão mundial de mortes no trânsito). Se leva sorte de não envolver-se num acidente, chega em casa e desfere chapoletadas na mulher e nos filhos (o Brasil detém índices alarmantes de violência doméstica e contra a mulher). Se não bate na mulher e nos filhos, vai para o estádio de futebol e se envolve em brigas com torcidas adversárias ou com a PM. Isso se no boteco não se envolver em alguma confusão... o mito do povo dócil cai por água abaixo ao constatar-se essa verdadeira guerra civil, que nem os índices econômicos bons conseguem conter.
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