O Itamaraty, aliás, o Brasil fez papel de palhaço nessa história do retorno de Manuel Zelaya a Honduras.
Onde já se viu um país se prestar a esse papel de fornecedor de lenha numa fogueira que não lhe diz respeito, e aceitar que um indivíduo bata na porta de sua embaixada e seja recebido com direito a elogios do chanceler?
Zelaya foi oportunista. Ele sabe que nem os EUA nem a Venezuela são bem vistos na América Latina, o primeiro pela postura histórica, o segundo, pelos atos destrambelhados de seu presidente-ditador. O que fez? Envolveu o Brasil com imagem de potência emergente e com a simpatia do seu presidente e ao mesmo tempo afastou-se do mau histórico norte-americano e dos desvarios bolivarianos da Hugo Chaves. Ótimo para sua causa, péssimo para o Brasil.
O noticiário de ontem é que o Brasil não mantém relações diplomáticas efetivas com Honduras, o que significa que sua embaixada não necessariamente está blindada pelas leis internacionais. E se ela for invadida? E se morrerem civis? E se Zelaya morrer?
Quem responderá pela estupidez de aceitar que Zelaya se abrigasse lá?
Governo interino de Honduras diz que culpará Brasil por violência
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