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21 de fev. de 2009

IMAGENS DE CURITIBA - 15

Hoje vou mostrar a Ópera de Arame e a Pedreira Paulo Leminski, que ficam num parque próximo de dois outros, o São Lourenço e o Tanguá, que já mostrei aqui. Como Trata-se de mais uma área doada ao município pela família Gava, que ali mantinha atividades de mineração até que a região virou cidade e inviabilizou o negócio, a partir do que, a prefeitura resolveu montar um espaço para shows e num lance de ousadia, o então prefeito Jaime Lerner resolveu transformar o lugar num dos pontos turísticos símbolos da cidade.

A Ópera de Arame, apesar de muito bonita, não é um bom teatro. Falta espaço nas coxias, a acústica é considerada péssima pelo excesso de eco e não raro, mesmo com a manutenção apurada do prédio, o espectador é surpreendido com goteiras, culpa da belíssima arquitetura em tubos de aço, chapas de acrílico e paredes de vidro.

Mesmo assim, é um local prestigiado para eventos em Curitiba, pela sua beleza e harmonia com o meio ambiente.

A primeira foto é da entrada, onde há a bilheteria. Após ela, há uma ponte sobre o lago artificial, que leva ao teatro. No lago, há peixes ornamentais e em volta dele, vivem pequenos animais, como patos, garças e cágados.

A segunda foto, a vista clássica do local, após o hall de entrada.














Nesta foto, vista do palco, da platéia e da cúpula de acrílico.
















Aqui, a cachoeira e o lago. Ao lado da cachoeira, um paredão, onde são fixadas placas homenage- ando as pessoas ilustres e os eventos marcantes tanto da Ópera quanto da Pedreira. Ali há homenagens a políticos que visitaram Curitiba, palestrantes, artistas e entidades. Citando algumas há Paul McCartney (show na Pedreira), Tom Jobim, Roberto Carlos (vigília de Páscoa na Pedreira), José Carreras (que fez na Pedreira o inesquecível concerto dos 300 anos da cidade, transmitido para todo o Brasil ao vivo pela TV Bandeirantes), Chico Buarque de Holanda, os pianistas Arthur Moreira Lima e Arnaldo Cohen, a bailarina Ana Botafogo, os escritores Alvin Tofler e Mário Vargas Llosa, o montanhista Waldemar Niclewicz, o então presidente de Portugal Mário Soares, o então presidente do BIRD Enrique Iglesias, a Camerata Antíqua de Curitiba e a Orquestra Sinfônica Brasileira.

No canto inferior direito da foto, mesinhas de um ótimo café que funciona ali, em atendimento ao turista e/ou aos espectadores.


Já a pedreira é um espaço interessante para shows ao ar livre. Mas com aquela área é residencial, existem restrições de uso. O problema é que essas restrições foram levantadas depois de inúmeras ações judiciais e, um dia, chegou-se a um acordo, para o uso do local uma vez por mês, com encerramento dos trabalhos e do barulho impreterivelmente à 1 e 30 da manhã. Infelizmente, logo após isso, aconteceu um show country e as pessoas que acompanham esse tipo de evento, notoriamente sem educação e sem muito apreço a regras, fizeram arruaça até o sol raiar. O resultado é que a Justiça proibiu eventos noturnos na pedreira, em defesa do direito aop sossego, dos cidadãos que moram em volta.

De qualquer modo, ela homenageia o boêmio poeta curitibano, que foi parceiro de composições de Paulo Coelho e Raul Seixas e que tinha a cidade na alma. Tanto, que é um dos seus símbolos.

Na primeira foto, uma visão geral. Note o detalhe da imponente Araucária (araucaria angustifolia) ao fundo. Na segunda, um dos prédios de apoio com homenagem ao poeta, que é para Curitiba, o que Mário Quintana representa para Porto Alegre.













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Essa postagem é feita em conjunto com o blog Imagens de Curitiba, onde você pode conferir toda a série.

16 de jan. de 2009

IMAGENS DE CURITIBA - 14

O maior parque urbano de Curitiba é o Tingüi. Localizado no bairro do Tanguá, e muito próximo de outros parques e monumentos curitibanos (o parque Tanguá, a Ópera de Arame e a Unilivre), ele abriga quadras esportivas, churrasqueiras, ciclovia e alguns monumentos, entre eles, o Memorial da Imigração Ucraniana, motivo das fotos de hoje.

Em Curitiba, há vários memoriais homenageando as muitas correntes migratórias que formaram a cidade. Já mostrei aqui, os memoriais da imigração alemã e polonesa, e agora repito com esta, avisando que ainda há outras nacionalidades que serão homenageadas.




A primeira foto é da entrada do memorial. O prédio principal é a réplica em madeiras nobres da igreja da comunidade de imigrantes ucranianos da Serra do Tigre, no município paranaense de Mallet. Este monumento foi inaugurado na gestão do prefeito Rafael Greca de Macedo, durante o governo estadual de Jaime Lerner, com a presença do então presidente da Ucrânia, Leonid Kutchma.

Visão geral do local, tirada por detrás da igreja. À esquerda, uma pêssanka estilizada e à direita, o campanário da igreja. O leitor me perdoe pela lixeira em primeiro plano.

Escultura estilizada de uma pêssanka. Pêssankas, são ovos decorados, uma tradição ucraniana de páscoa e se não me engano, também natalina. Dentro da réplica da igreja, há uma mostra permanente de arte ucraniana. Dezenas de pêssankas lindíssimas, quadros e toalhas bordadas, pinturas e esculturas num ambiente em que se ouve baixinho, ao fundo, músicas típicas ucranianas.

Esta imagem tirada da porta do monumento, eu ponho aqui para que o leitor entenda o efeito de um parque urbano numa cidade. Em volta do parque Tingüi existem agora dezenas de condomínios de luxo e mansões. Áreas que poderiam transformar-se em favelas, foram bem aproveitadas pela municipalidade, gerando empregos na construção civil e riquezas que melhoram a vida de todo o município. O parque e o monumento já se pagaram várias vezes, além de trazer turistas.

E próximos dali, mais patos...















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6 de dez. de 2008

IMAGENS DE CURITIBA - 13

Na década de 70, o então jovem prefeito Jaime Lerner inventou uma grande avenida que unia a região do Parque Barigüi às áreas habitáveis mais afastadas do centro, como o bairro do Campina do Siqueira e o mais adiante, Tatuquara.

Chamou-a de conectora 5, que anos depois a oposição raivosa disse que unia o nada ao coisa nenhuma. Mas o tempo passou, e o que unia o nada ao coisa nenhuma passou a receber prédios, condomínios e grandes estabelecimentos de comércio, virando a área de crescimento urbano ordenado da cidade.

Hoje interesses mesquinhos de incorporadoras querem que o bairro tenha a horrorosa denominação de "Ecoville". Mas pelo menos para mim, continuará sendo o tradicional Campina do Siqueira, lugar onde, de modo muito inteligente, instalou-se o campus principal da Universidade Positivo.

Um lugar aberto ao público da região, onde em meio a laboratórios e salas de aula, há pista de cooper, lagos, farta arborização e ajardinamento, além de equipamentos destinados a uso exclusivo da comunidade acadêmica, como quadras esportivas. E como uma universidade que se preze tem que agregar cultura e idéias, a instituição construiu neste mesmo local o maior teatro da América Latina, a trabalhar em conjunto com o segundo maior, o Guaíra, que está no centro da capital paranaense.

Estive lá para visitar a Exposição sobre Darwin, e acabei descobrindo mais um lugar sensacional da capital paranaense, digno da visita turística.

A 1ª foto é uma imagem do Campus, vista de quem adentra à ele, passando antes pelo teatro, que está em primeiro plano no complexo, em meio a estacionamentos..














A 2ª, outra imagem do campus, apenas para o leitor perceber a arquitetura moderna em meio ao verde.















Vista do lago.


















As duas fotos que seguem, a fachada e a parte de trás, do grande teatro.














E um casal de faceiros habitantes do local.












PS.:

Todas as fotos são de minha autoria, o uso na internet é livre, citada a fonte.
Clique sobre elas para ampliar.

8 de nov. de 2008

IMAGENS DE CURITIBA - 12

Próximo ao Centro Cívico e praticamente na mesma área verde que abriga o Museu Oscar Niemeyer, existe em Curitiba o Memorial da Imigração Polonesa, comumente chamado de Bosque Polonês ou Bosque do Papa, vez que foi parte do roteiro da visita de João Paulo II, quando esteve em Curitiba.

É a reprodução de uma vila de imigrantes, com suas casas rústicas erguidas em madeira encaixada, que abrigam uma loja de souvenires, uma capela onde o "papa do povo" rezou uma das missas em Curitiba e um museu, que homenageia os imigrantes e também o saudoso Carol Wojtyla.

A primeira foto é a entrada do parque. À esquerda, antes da ponte, há uma confeitaria que vende doces típicos poloneses, que eu recomendo.




Esta é a capela, uma das várias casas típicas polonesas que existem no local.






As duas fotos que seguem, são detalhes das janelas, por fora, e por dentro a partir da casa que abriga a loja de souvenires.












Única parte do acervo do museu que é possivel fotografar, os utensílios usados pelos imigrantes, num estábulo que é parte do complexo.




As fotos que seguem, são de monumentos em homenagem a dois dos mais famosos poloneses da história, Nicolau Copérnico, estátua que foi inaugurada quando da visita do também histórico presidente polonês, Lech Walesa,e, claro, a de outro bravo soldado da democracia, o papa João Paulo II.



















Estas fotos não saíram com a qualidade desejada, porque eu estava inaugurando minha nova câmera e ainda não havia entendido boa parte de seus recursos. Aliás, não entendo até agora.

No mesmo local, ainda há a sede de um núcleo escoteiro, com outro belo monumento de autoria do curitibano Poty Lazarotto que, de tão apaixonado pela cidade, deixou suas marcas espalhadas por ela, algumas das quais já mostrei aqui, mas que serão objeto de um Imagens de Curitiba especial, em homenagem ao grande artista plástico.

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18 de out. de 2008

IMAGENS DE CURITIBA - 11

O Parque Barigui é o segundo grande parque urbano da capital em antiguidade, mas o primeiro da história recente da cidade.

Ele foi inicialmente criado para o alagamento do rio Barigui que existe até hoje, medida de prevenção de enchentes que deu tão certo, que acabou servindo de exemplo para os demais grandes parques na cidade, todos eles com estrutura parecida.

Hoje, é conside- rado a praia do curitibano. É um lugar sem monu- mentos, sem chafarizes, sem atrativos maiores, é apenas uma área onde as pessoas podem ficar à vontade, tal qual a orla do mar. Nos fins de semana de sol e calor, fica lotadíssimo, as pessoas vão lá andar e correr, levam seus cães ao passeio, usam os pedalinhos e o parque de diversões e as inúmeras canchas esportivas.

À sua volta, existem alguns bares, o museu do automóvel, a torre da Telepar e bairros de belíssima arquite-
tura. Quando eu era criança, todos os grandes eventos de Curitiba eram realizados no galpão de exposições que até hoje existe. Também lembro das churrasqueiras que foram extintas para preservar a área verde.
















É um lugar que os turistas acabam conhecendo pelo seu valor histórico do ponto de vista do urbanismo. É um com exemplo de como ações públicas inteligentes são capazes de gerar qualidade de vida, valorizar os imóveis à volta e preservar a natureza.

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3 de set. de 2008

O TRÂNSITO VAI PARAR? (parte 4)

Um médico de mão cheia, referência na sua especialidade, que além disso, é dono de clínicas e hospitais, professor e ex-reitor da maior e melhor universidade do sul do país.

Um indivíduo assim, candidato a prefeito, poderia fazer ótimas propostas na área de saúde municipal, com a competência de quem entende do assunto e a capacidade comprovada em colocar em prática tudo o que prometer. Além disso, professor e ex-reitor, poderia fazer propostas na área da educação, pois sua experiência o autoriza a pô-las em prática.

Mas não! O candidato a que me refiro foi para a campanha de rádio e TV tal qual uma madame estressada porque o trânsito atrasou pegar seu cachorrinho no pet shop, e reclama que o tempo parado nos engarrafamentos (é, Curitiba também os têm!) é perda de tempo de trabalho e lazer.

E por isso, tem a solução mágica na cartola: VAI ENCHER A CIDADE DE VIADUTOS E TRINCHEIRAS!

Em primeiro lugar, disse o óbvio sobre a perda de tempo.

Em segundo lugar, o mais grave, demonstra não entender absolutamente nada de urbanismo e muito menos do mundo em que vive, o que seria essencial para alguém que pretende ser prefeito de uma grande cidade.

Fazer viadutos e trincheiras significa criar um paliativo que só beneficia o transporte individual em detrimento ao transporte público de massas.

Uma coisa é a pessoa ser motorista e reclamar de modo meio confuso que hoje em dia todo mundo tem carro, que não há mais rua que chegue, que o trânsito só piora, que antigamente fazia o mesmo trajeto em 15 minutos e hoje leva 1 hora, etc... Outra completamente diferente, é pensar assim sentado na cadeira de prefeito, buscando "soluções" sob o ponto de vista de quem segura um volante. O excesso de carros é culpa do modelo econômico que adotamos, de tal modo que cabe aos políticos tratar de limitar o uso deles para benefício de toda a sociedade... e escrevo isso na qualidade de motorista contumaz.

À volta de uma trincheira ou viaduto os imóveis perdem valor. São abandonados e não raro invadidos por marginais. Viram mocós que degradam bairros inteiros com aumento generalizado de violência e feiúra urbana, como pichações e fachadas destruídas pelo tempo. Em conceito urbanístico moderno, é solução para casos extremos e não pode ser considerado como proposta de governo.

Analisando o que aconteceu com as grandes cidades que adotaram a prática de erguer viadutos para aliviar o tráfego, o que se conclui é que isso só piorou o problema no longo prazo, porque incentivou as pessoas a saírem de carro, ao mesmo tempo em que prejudicou soluções que poderiam ser tomadas para melhorar o transporte coletivo, sem contar os valores faraônicos gastos na construção de vias de rodagem que poucos meses após inauguradas, já se encontravam saturadas.

E o aspecto mais grave: as áreas mortas destas cidades, lugares abandonados pela sombra ou pelo barulho dos viadutos, sem possibilidades de revitalização. Já têm áreas assim em Curitiba, em Porto Alegre, em Florianópolis, em São Paulo, Rio, BH, etc... e nada consegue consertá-las.

É por essas razões que admiro muito o ex-prefeito Jaime Lerner. Suas soluções sempre tenderam a valorizar o transporte coletivo e limitar o individual. Há 20 anos atrás, ele já cuidava para que Curitiba não caísse no mesmo erro de outras cidades pelo mundo afora... e fez isso com um mínimo de viadutos e trincheiras! Se esse mínimo já criou problemas, imaginemos com a cidade cheia de elevados e subterrâneos?

3 de ago. de 2008

IMAGENS DE CURITIBA - 10

Temperos exóticos, peixes e aquários, hortifruti- granjeiros, iguarias do Brasil inteiro, pastéis e bolinhos de bacalhau, botecos e lanchonetes, ótimos restaurantes, adegas e confeitarias, cafés do mundo todo, lembranças e presentes. Tudo isso e muito mais, você encontra no MERCADO MUNICIPAL de Curitiba.

Minha história com o Mercado Municipal não começou bem. Acontece que lá se instalava o dentista do meu pai, que passou a ser o meu dentista, isso quando eu tinha 7 anos. Associei o Mercado Municipal a sofrimento e daí não teve jeito, só fui redescobri-lo muitos anos depois como um lugar simpático, cheio de maravilhas da culinária.



É o melhor lugar para quem pretende encontrar lembranças e "souve- nires" de Curitiba.

Ontem, ele completou 50 anos no atual endereço, vez que já passeou pela cidade fazendo as vezes do que hoje é o CEASA. Mas em verdade, com seu comércio variado foi o primeiro "shopping center" de Curitiba. Ao redor dele, cresceu um comércio de iguarias e utilidades, como uma loja especializada em vender óleo de oliva e azeitonas, além de muitas outras, como aviários, cordas e embalagens, vidraçarias, peças de maquinaria e automotivos e agropecuárias.


Mural do grande Poty Lazarotto, homenage- ando mais um espaço de Curitiba.

Horários:

2a. Feira: 7 às 14 horas.
Terças a Sábados: 7 às 18 horas.
DOmingos: 7 às 13 horas.

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26 de jul. de 2008

IMAGENS DE CURITIBA - 9

Após um bom tempo, mesmo eu acumulando fotos no arquivo, Imagens de Curitiba está de volta.

Eu pretendia fazer um post com o tema "Terra de Muitas Raças", pois Curitiba é o feliz resultado da mistura de imigrantes que são homenageados com parques, monumentos e mesmo bairros inteiros. O problema é que ficaria um post enorme, porque teria que retratar muitos lugares.

Então vou continuar retratando a cidade em partes. Hoje trago o Memorial da Imigração Alemã, Bosque Alemão, fazendo homenagem aos meus antepassados.

A imigração alemã no Paraná iniciou-se no interior. Só depois de já estabelecidos em Curitiba os ucranianos e italianos, é que os germânicos começaram a chegar, isso ainda no século XIX.

Eles influenciaram a arquitetura, a indústria e a vida social. Fundaram instituições que deixaram a marca do trabalho sério e dedicação, como a Sociedade Germânia (primeiro clube de Curitiba), a Fundição Mueller (primeira indústria metalúrgica) o Clube Concórdia (que existe até hoje), Pianos Essenfelder (mundialmente reconhecidos) e o Coritiba FootBall Club, cujas cores verde e branca nada mais são que uma homenagem à casa real dos Habsburgos.

O Bosque Alemão está no bairro da Vista Alegre, e o turista pode visitá-lo seguindo a jardineira da linha turismo, que faz o circuito de várias atrações da cidade. Ele fica próximo à Ópera de Arame, Parque Tanguá e à Unilivre.

Este é o prédio principal do bosque, uma construção que tanto poderia servir como templo luterano, quanto salão de baile nos dias de festa, prova da praticidade alemã. Nele, há hoje o "Espaço Bach", um pequeno auditório e anexo, uma deliciosa confeitaria alemã.

Visão de dentro para fora, retrata a torre que inicia a "Trilha de João e Maria", um passeio na mata fechada, em que estações decoradas com azulejos contam a história infantil, passando, inclusive, pela "Casa de Chocolate" que em verdade é uma biblioteca infantil.

Esta é a "Casa de Chocolate". Ao lado dela, um córrego e um pequeno lago artificial.

Outra visão da casa, desta vez com o lago.

E no fim da trilha, uma fachada típica alemã, com o ajardinamento sempre bem cuidado que caracteriza os espaços públicos de Curitiba.

E esta, é a vista que dá nome ao bairro.













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Reveja a série IMAGENS DE CURITIBA:

1. Praça do Expedicionário.
2. Shopping Estação.
3. Rua XV.
4. Largo da Ordem.
5. Museu Oscar Niemeyer e Centro Cívico.
6. Parque Tanguá.
7. Jardim Botânico.
8. Santuário de Shoenstatt.

7 de jul. de 2008

O TRÂNSITO VAI PARAR?


A bonança econômica experimentada pelo Brasil nos ultimos 6 anos fez com que a venda de automóveis disparasse, o que teve efeito imediato em nossas cidades.

Cresceu o tamanho dos engarrafamentos, o número de acidentes e a perda de tempo no trânsito, o que é agravado pela absoluta falta de educação do motorista daqui, acostumado a, entre outros atos, travar o trânsito para encaixar o carro numa vaga de avenida movimentada, ou fazer fila tripla para pegar os filhos na escola ou, ainda, negligenciar a manutenção do veículo, que pára no meio da rua com consequências para todos os demais motoristas.

Não se pode reclamar do adicional de veículos porque ele é reflexo do modelo econômico e social que escolhemos. Todas as pessoas que têm carro ou moto, sejam ricas ou pobres, de direita ou de esquerda, são responsáveis pela situação, porque o carro é uma espécie de locomotiva do desenvolvimento. É sabido que a indústria automobilística é uma das que puxa para cima os índices de crescimento do PIB, por muitas razões que não vêm ao caso comentar aqui.

Enfim, ao deparar com um engarrafamento, não adianta reclamar que hoje em dia todo mundo têm carro, porque isso é o ônus de uma sociedade consumista, que dizer de uma em que não se planeja absolutamente nada por inépcia dos agentes políticos.

Mas o fato objetivo é que engarrafamentos aumentam o custo dos produtos transportados, potencializam a poluição, impõem investimentos públicos relevantes e causam stress, além de vários outros problemas de saúde, tudo absolutamente insolúvel no curto prazo e provavelmente sem solução até no longo prazo.

São Paulo, onde o problema é gravíssimo e antigo, já apelou para a construção de vias expressas, viadutos, pontes, áreas de trânsito exclusivo de ônibus, rodízio de veículos e finalmente, a restrição ao tráfego de caminhões em certas áreas e horários. Ao custo de bilhões de reais, a capital paulista acabou com bairros inteiros que foram desapropriados, degradou áreas nobres da cidade, agravou a impermeabilização do solo e nem assim conseguiu evitar que o trânsito entrasse em colapso.

Com efeito, as novas vias compostas de avenidas, pontes e viadutos em pouco tempo ficaram lotadas e as restrições de rodagem geraram um mercado paralelo, pessoas que têm dois carros na garagem para fugir do rodízio, mesma coisa que acontecerá com o tráfego de caminhões, que serão substituídos por veículos menores e em maior número, para dar conta das mesmas entregas que ocorrem hoje.

Já Curitiba, é uma cidade que discute há pelo menos duas décadas a implantação de um metrô, que teria aqui um preço absolutamente razoável em virtude da cidade já possuir eixos norte-sul, leste-oeste e alguns longitudinais, que a cortam com grandes avenidas, onde já transitam os chamados "ligeirões", e que evitariam boa parte da febre de desapropriações em que implica uma obra subterrânea.

No entanto, uma das boas coisas dela é concentrar todos os estudos e decisões urbanísticas em um único órgão, o IPPUC, criado pelo então prefeito Jaime Lerner na década de 70 e até hoje formado por técnicos com uma visão muito próxima à dele, Lerner, nos assuntos que envolvem a mobilidade urbana.

E uma das coisas a que historicamente o IPPUC faz graves restrições que eu chamaria de ideológicas, é justamente à implantação do metrô, porque é sabido que é um meio de transporte que privilegia o automóvel, ao ceder-lhe mais espaço na superfície, colocando o pedestre sob a terra.

Com efeito, em Curitiba nota-se uma preferência em atrapalhar o fluxo de veículos individuais em favor dos coletivos. De certa forma, isso tem mudado lentamente nos últimos anos, mas a opção da cidade ainda é em desenvolver o sistema de ônibus, ao invés de embarcar numa arriscada e caríssima aventura pelo metrô, que levaria pelo menos uma década para se tornar operacional.

Ainda assim, é, hoje, uma cidade onde o trânsito está caminhando para o esgotamento idêntico ao de São Paulo, porque, nos dois casos, nenhuma das metrópoles suporta a quantidade de veículos que é diariamente adicionada à sua frota, o que é algo visível em todas as grandes cidades do país.

Penso que a tendência não só no Brasil, mas no mundo todo, é que a aquisição de um automóvel será cada dia mais barata, mas sua manutenção cada vez mais cara.

Em Curitiba, a cada ano, diminuem as vagas públicas de estacionamento para dar lugar à pistas de rolamento e não raro, exclusivas para o transporte coletivo.

O motorista do futuro poderá adquirir um veículo a preço convidativo, mas terá que calcular o quanto gastará de estacionamento, manutenção mecânica, impostos (que certamente vão aumentar), seguro total obrigatório e outras coisas, como um laudo anual para conferir suas emissões de poluentes. E também não vai demorar que os rodízios de veículos se espalhem por todas as grandes cidades, até o ponto em que forem instituídos pedágios urbanos, o que é apenas questão de tempo.

E as multas por infrações de trânsito terão seus valores aumentados junto com a rigidez das normas. Acredite o leitor, não é apenas por questão de saúde pública que o Brasil proibiu a direção após o consumo de álcool, isso é apenas o início de uma batalha em que os derrotados serão os motoristas que se acham proprietários das ruas. As normas vão ficar mais rígidas em todos os sentidos, multas por filas triplas serão absurdamente altas, atrapalhar o trânsito poderá implicar perda da habilitação, etc...

Talvez a solução para o problema seja justamente a de transformar o carro num objeto que todos possuam, mas que poucos tenham coragem de tirar da garagem todos os dias.

O fato é que a sociedade que privilegia o transporte individual, parece, está com os dias contados. Quando o trânsito parar nas grandes metrópoles, e isso já estamos presenciando, o carro será reconhecido como um vilão a mando se outro, o seu proprietário.

3 de jun. de 2008

DEMOCRACIA DE FAZ DE CONTA

O PMDB de Curitiba escolherá o candidato a prefeitura de Curitiba pelo voto de incríveis 112 convencionais, 90 deles escolhidos a dedo pelo governador Requião e seu puxa-saco oficial, Doático Santos.

O candidato do governador, o Reitor Moreira Junior da UFPR, ganhará a convenção, mas terá que disputar uma eleição contra o atual prefeito Beto Richa (PSDB), a ex-candidata a senadora Gleisi Hoffman (PT) e o filho do apresentador Ratinho (PSC).

Ou seja, o ego inflado do governador Requião tirou o PMDB da disputa da prefeitura antes dela começar.

Beto Richa é franco favorito, Gleisi ostentará a efígie de Lula na campanha e Ratinho Jr. terá grande simpatia do eleitorado de classe social mais baixa. Já Moreira Junior, será um candidato intelectual, apoiado por um governador cujos índices de popularidade despencam e envolvido em denúncias por todos os lados.

Requião já enterrou o seu governo, agora, pelo jeito, pretende enterrar o PMDB.

29 de mar. de 2008

IMAGENS DE CURITIBA - 8

Hoje Curitiba completa 315 anos.

Em meio a muitos problemas, como a explosão da violência, o trânsito cada dia pior e o gargalo do transporte coletivo, ainda assim continua sendo um bom lugar para se viver.

Não custa lembrar de seus muitos parques (alguns já mostrados aqui) que garantem uma cidade onde enchentes são fatos isolados. E de seus eixos de transporte, que garantem a possibilidade de se construir no futuro o metrô mais barato do mundo, se necessário.

Também não se deve esquecer que a maior obra urbana do país na atualidade está aqui, a Linha Verde, uma grande avenida na antiga BR-116 e que se transformará num novo pólo de desenvolvimento urbano, um novo centro da cidade capaz de receber empreendimentos comerciais, prédios e serviços públicos diversos, desafogando o centro original, pelo qual passam 70% dos curitibanos todos os dias.

É fato que aqui não se vive só de flores. A Região Metropolitana de Curitiba apresenta municípios paupérrimos, alguns deles listados como os de pior IDH do Brasil, perdendo inclusive para muitos do Nordeste. Itaperuçú, Tunas do Paraná, Rio Branco do Sul e Doutor Ulisses, são lugares dominados por oligarquias locais e deputados estaduais corruptos de baixo clero, de um tal modo que sair de Curitiba para chegar a esses lugares é como deixar Paris para encontrar Cabul. O bom senso e o progresso de Curitiba não emanam para suas divisas.

Mas graças à visão de grandes prefeitos, como Jaime Lerner (o melhor,definitivamente), Raphael Greca, Maurício Fruet, Saul Raiz, Omar Sabbag, Ivo Arzua e Ney Braga Curitiba é uma cidade que ainda pode apresentar soluções para os gargalos que o progresso impõe à ela.

Nos links que seguem, o leitor verá toda a série Imagens de Curitiba:

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.

Hoje, trago imagens do Santuário de Shoenstatt, célula de uma obra internacional fundada pelo padre alemão José Kentenich, que também tem uma filial brasileira em Atibaia/SP, mas cujo centro e origem é o Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, na Alemanha.

É um pequeno parque no bairro Campina do Siqueira, de jardins com uma capela, um local de meditação e paz em contato com a natureza. Clique nas fotos para ampliá-las, a cópia é livre e o uso também, citando, claro, a minha autoria.

1. Vista da capela.











2. Isto é um incinerador. As pessoas podem ir à capela, fazer uma oração e deixar marcadas num papel suas angústias e mesmo seus pedidos. Após algum tempo, eles são incinerados em uma cerimônia.












3. Vista dos jardins.













4. Vista dos jardins, oratório.













Com essas imagens,que homenageiam a capital paranaense e Nossa Senhora, peço sua benção em fazer de Curitiba, minha terra natal, uma cidade cada dia mais bela e justa.


PS: No início deste mês eu havia pedido para os leitores que conhecem outros Santuários de Schoenstatt pelo Brasil afora, postarem fotos deles. Ninguém respondeu, mas ontem, um leitor que chegou aqui recentemente avisou da existência de uma filial em Londrina e colocou fotos que podem ser conferidas aqui. Agradeço ao Airton, vão lá e confiram que belo lugar, na bela cidade de Londrina.

9 de mar. de 2008

IMAGENS DE CURITIBA - 7

Lembro da área do Jardim Botânico como um imenso terreno baldio ao lado do velódromo de Curitiba, pronto para ser atacado pela especulação imobiliária ou transformado em favela, dada sua proximidade com a BR 277, saída da cidade para o litoral.

No entanto, vendo que havia ali uma pequena área ainda nativa de floresta, a prefeitura (Jaime Lerner, claro!) foi lá e transformou em símbolo da cidade.

Vamos às fotos (clique sobre elas para ampliar, pode copiar livremente para seu computador).

1. Vista dos jardins e dos chafarizes.









2. Dentro do chafariz,a estátua "Amor Materno" de João Zago, que foi doada ao município pela comunidade polonesa, e que compõe uma bela imagem com o a cúpula envidraçada ao fundo.









3. Outro ângulo da cúpula envidraçada. Dentro dela, há várias espécies vegetais que não resistem ao frio. Aliás, em todo o parque, há placas indicativas das espécies raras que são preservadas ali.









4. Dentro da cúpula, um chafariz.









5. Visão lateral da cúpula, do espaço cultural Frans Krajcberg e de um jardinete decorado com uma estrutura de bambus.









Além do espaço cultural citado, ainda há no local uma galeria de arte e um local onde as escolas municipais levam os alunos para ministrar educação ambiental. E um parque que fecha seus portões por volta de 20:00, reabrindo-os em torno das 6:00 da manhã.

No próximo Imagens de Curitiba, vou mostrar fotos do Santuário de Schoenstatt. É um santuário da Obra Internacional de Schoenstatt, originado do Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Shoenstatt, na Alemanha, fundado pelo Padre José Kentenich. Consta que tem versões em vários lugares do Brasil(eu sei da de Atibaia), mas eu gostaria que os leitores me dêem informações e fotos sobre os de outros lugares, se conhecerem. Tentemos uma blogagem conjunta.

26 de jan. de 2008

IMAGENS DE CURITIBA - 6

Não tem jeito. É eu pegar a câmera e dizer que vou fotografar para o blog o tempo fecha a a garoa começa. Mesmo assim, IMAGENS DE CURITIBA está de volta.

Hoje trago fotos do parque mais bonito da cidade.

Encravado na divisa entre os municípios de Curitiba e Almirante Tamandaré, o parque foi inaugurado na gestão do prefeito Raphael Greca de Macedo (ótimo prefeito, pena que de anos para cá bandeou pro lado do Requião, cuja gestão à frente de Curitiba foi de ruim para desastrosa).

É a área de uma antiga mineradora da família Gava, complexo de extração de pedras do qual também faziam parte os terrenos da Pedreira Paulo Leminski e da Ópera de Arame.

Segundo consta foi doado justamente para virar espaço público.

Na época, Greca era discípulo de Jaime Lerner, de quem herdou o gosto por monumentos bem cuidados e arquitetura inovadora, de modo que o parque conta com um mirante, essa estrutura do fundo dos chafarizes na primeira foto, de onde se pode avistar o lago artificial criado com a vazão do Rio Barigui. Á água do rio é bombeada para o sistema dos chafarizes no alto de um morro e depois devolvida ao rio, por uma lindíssima queda d'água, que fica cintilante nos dias de sol, e pode ser vista de baixo, porque abriram uma passagem na pedra e um mirante inferior dentro da água.

Dentro do mirante, uma pequena cachoeira artificial, um bistrô e uma loja de souvenires.

Vamos às fotos, tirei em formato bem grande, clique sobre elas para ampliar.

A 1ª, uma vista dos chafarizes e do mirante, na entrada no parque.









2ª, foto lateral, para mostrar o complexo de chafarizes. Procurei mostrar os três.

















3ª, a visão do lado contrário ao do mirante.


















4ª, a visão do lago, a partir do mirante.
















5ª, a visão do lago, e do paredão de pedra sobre o qual está o mirante.
















6ª, panorâmica do mirante, e do paredão de pedra.
















7ª, a queda d'água. Não dá a impressão que ela sobe?

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...