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22 de fev. de 2012

CADERNOS DE VIAGEM - 16 - APARECIDA/SP

É chover no molhado falar da emoção que uma pessoa normal sente ao deparar com tanta fé estampada nos rostos das pessoas, nos cumprimentos das promessas, nas oferendas acumuladas na sala dos milagres, no trabalho incessante de construção da Basílica que levará centenas de anos para estar pronta e quem sabe, nunca chegue a tanto.

Dizer que chorou ao encarar a imagem da santa é apenas constatar ser humano. Todos choram, todos se emocionam, é impossível adentrar a um recinto de energias tão boas e poderosas sem sentir a presença de Deus e sem imaginar o quanto o homem é pequeno e limitado, um grão de areia em um oceano.

Mas muito há que se falar da grandiosidade, da arquitetura de tirar o fôlego, do bom gosto das estátuas, do bom atendimento ao romeiro, da preocupação com o bem estar de quem lá vai em busca da proximidade com Deus.

Tudo na Basílica remete ao trabalho duro do homem inspirado por Deus, em tudo, sentimos a presença d'Ele.

A beleza das fotos que seguem é apenas reflexo do que se vê em Aparecida. Mas não há palavras para descrever o que se sente no lugar!



São Pedro, na fachada da Basílica.



Interior da Basílica, ao fundo, no quadrado dourado, a imagem da Santa, padroeira do Brasil.



A torre onde situa-se o museu. Um prédio colossal que visto de fora nem parece ter o tamanho que tem.



As muitas promessas cumpridas pelas graças recebidas.




A nova Basílica em toda sua grandiosidade. E mesmo a foto, não demonstra o quanto ela é imponente.




A antiga Basílica, outro espetáculo de arquitetura, beleza e fé!

Clique na imagens para ampliá-las.

Todas as fotos são de minha autoria, o uso na internet é livre, citada a fonte.

4 de set. de 2009

KASSAB X ALCKMIN?

O atual governador de São Paulo foi eleito prefeito da capital em virtude de sua boa imagem e seus inegáveis méritos políticos e administrativos enquanto senador e ministro.

Mas um ano e meio depois renunciou e saiu candidato ao governo.

Lesados os paulistanos que elegeram Serra prefeito para 4 anos, assumiu o até então ilustre desconhecido Gilberto Kassab, que certamente não teria sido escolhido no pleito 2004 se fosse cabeça de chapa.

Agora são grandes os rumores de que Kassab deixará a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do estado, provavelmente contra o tucano Geraldo Alckmin, lesando novamente o eleitores da cidade de São Paulo, que reelegeram o político do DEM em 2008 por suas inegáveis qualidades administrativas, mas que certamente o queriam à frente da municipalidade por 4 anos.

É mais um capítulo da desastrosa atitude oposicionista da dupla DEM/PSDB. Quando pareciam se entender no Congresso Nacional, aparecem estes rumores no estado e na cidade mais importantes da federação, locais onde um bate-chapa entre democratas e tucanos, cindindo a aliança que já ganhou várias eleições seguidas, abre caminho para uma candidatura vitoriosa do PT e seus aliados PP, PTB, PR, etc...

Antonio Palocci, Aloísio Mercadante e Marta Suplicy dão pulos de alegria ao lerem notícias nesse sentido, abrem-se as portas do Palácio dos Bandeirantes para eles, na exata medida da insatisfação do eleitorado da capital e da quebra a aliança histórica entre o DEM e o PSDB.

É vergonhoso e não é exclusividade de São Paulo, pois o prefeito de Curitiba, Beto Richa, ensaia lesar meus conterrâneos que o elegeram com votação recorde no primeiro turno, para experimentarem mais 4 anos de sua administração, mas correm o risco de vê-lo renunciar para bater chapa com seu aliado Osmar Dias, fortalecendo assim os planos do governador do estado, Roberto Requião.

Eu consigo até tolerar que um político renuncie ao seu mandato 6 meses antes do término para concorrer a outro cargo público. Mas cumprir apenas 1 ano e meio de 4 é acintoso e imoral, ofende a democracia e desvaloriza o voto das pessoas que escolhem seus administradores públicos pelas qualidades que eles efetivamente apresentam, casos de Serra, Kassab e Richa.

Fico me perguntando como construir uma democracia com tanto desrespeito ao voto.

8 de dez. de 2008

PONTOS CORRIDOS EXIGE REGULARIDADE


O São Paulo foi campeão brasileiro mais uma vez, justamente porque aposta em times e administrações regulares, coisa que não é de hoje.

Se o moderno campeonato brasileiro (de 1971 para cá) fosse por pontos corridos desde a primeira edição, provavelmente o São Paulo já teria sido campeão em 10 ou 12 ocasiões. Basta constatar que, pelos pontos acumulados até sua eliminação, ele seria campeão, por exemplo, em 1985 e 2001, anos em que os clubes paranaenses venceram a competição. Some-se à isto a quantidade de vezes em que foi vice-campeão (1971, 1973,1981,1989, 1990) em que nem sempre ficou, em pontos, atrás do campeão.

Isso porque o clube aposta em projetos de longo prazo (Telê, Cilinho, Muricy), técnicos que trabalham vários anos e categorias de base bem estruturadas, que funcionam em conjunto com o departamento de futebol profissional. No São Paulo, não são três derrotas consecutivas que abalam o prestígio do técnico e mesmo as inevitáveis vendas de jogadores são assimiladas com uma política de repor as "peças" antes delas se irem, planejando o momento das negociações.

Claro que no clube há problemas, como em todo o futebol brasileiro. Mas os resultados dos últimos 5 anos demonstram que o caminho é este, o da regularidade tanto dos resultados em campo, quanto das práticas administrativas.

Bom é saber ao final deste campeonato nacional de 2008, que clubes como o Grêmio, o Internacional e o Cruzeiro já atentaram para a fórmula deste sucesso tricolor, e demonstram que no curto prazo, podem melhorar muito e encostar no clube do Morumbi.

Em Porto Alegre, os dois gigantes rivais já acumulam juntos mais de 75 mil sócios. O Internacional prepara-se para fazer uma reforma espetacular no estádio Beira-Rio e o Grêmio iniciará em 2009 a construção do mais moderno estádio da América Latina, em um complexo de prédios que mudará a face urbana de um bairro inteiro da cidade.

Já o azul de Minas conta com o melhor centro de treinamentos do país, sem negligenciar os trabalhos na antiga Toca da Raposa, celeiro de futuros craques. São todos clubes que têm mantido práticas administrativas rigorosas e resultados regulares em campo.

Se o exemplo do São Paulo for seguido por mais clubes, o futebol brasileiro reencontrará a antiga glória e a capacidade de manter aqui, os craques que produz. O jeito, então, é torcer para que isso aconteça.

7 de jul. de 2008

O TRÂNSITO VAI PARAR?


A bonança econômica experimentada pelo Brasil nos ultimos 6 anos fez com que a venda de automóveis disparasse, o que teve efeito imediato em nossas cidades.

Cresceu o tamanho dos engarrafamentos, o número de acidentes e a perda de tempo no trânsito, o que é agravado pela absoluta falta de educação do motorista daqui, acostumado a, entre outros atos, travar o trânsito para encaixar o carro numa vaga de avenida movimentada, ou fazer fila tripla para pegar os filhos na escola ou, ainda, negligenciar a manutenção do veículo, que pára no meio da rua com consequências para todos os demais motoristas.

Não se pode reclamar do adicional de veículos porque ele é reflexo do modelo econômico e social que escolhemos. Todas as pessoas que têm carro ou moto, sejam ricas ou pobres, de direita ou de esquerda, são responsáveis pela situação, porque o carro é uma espécie de locomotiva do desenvolvimento. É sabido que a indústria automobilística é uma das que puxa para cima os índices de crescimento do PIB, por muitas razões que não vêm ao caso comentar aqui.

Enfim, ao deparar com um engarrafamento, não adianta reclamar que hoje em dia todo mundo têm carro, porque isso é o ônus de uma sociedade consumista, que dizer de uma em que não se planeja absolutamente nada por inépcia dos agentes políticos.

Mas o fato objetivo é que engarrafamentos aumentam o custo dos produtos transportados, potencializam a poluição, impõem investimentos públicos relevantes e causam stress, além de vários outros problemas de saúde, tudo absolutamente insolúvel no curto prazo e provavelmente sem solução até no longo prazo.

São Paulo, onde o problema é gravíssimo e antigo, já apelou para a construção de vias expressas, viadutos, pontes, áreas de trânsito exclusivo de ônibus, rodízio de veículos e finalmente, a restrição ao tráfego de caminhões em certas áreas e horários. Ao custo de bilhões de reais, a capital paulista acabou com bairros inteiros que foram desapropriados, degradou áreas nobres da cidade, agravou a impermeabilização do solo e nem assim conseguiu evitar que o trânsito entrasse em colapso.

Com efeito, as novas vias compostas de avenidas, pontes e viadutos em pouco tempo ficaram lotadas e as restrições de rodagem geraram um mercado paralelo, pessoas que têm dois carros na garagem para fugir do rodízio, mesma coisa que acontecerá com o tráfego de caminhões, que serão substituídos por veículos menores e em maior número, para dar conta das mesmas entregas que ocorrem hoje.

Já Curitiba, é uma cidade que discute há pelo menos duas décadas a implantação de um metrô, que teria aqui um preço absolutamente razoável em virtude da cidade já possuir eixos norte-sul, leste-oeste e alguns longitudinais, que a cortam com grandes avenidas, onde já transitam os chamados "ligeirões", e que evitariam boa parte da febre de desapropriações em que implica uma obra subterrânea.

No entanto, uma das boas coisas dela é concentrar todos os estudos e decisões urbanísticas em um único órgão, o IPPUC, criado pelo então prefeito Jaime Lerner na década de 70 e até hoje formado por técnicos com uma visão muito próxima à dele, Lerner, nos assuntos que envolvem a mobilidade urbana.

E uma das coisas a que historicamente o IPPUC faz graves restrições que eu chamaria de ideológicas, é justamente à implantação do metrô, porque é sabido que é um meio de transporte que privilegia o automóvel, ao ceder-lhe mais espaço na superfície, colocando o pedestre sob a terra.

Com efeito, em Curitiba nota-se uma preferência em atrapalhar o fluxo de veículos individuais em favor dos coletivos. De certa forma, isso tem mudado lentamente nos últimos anos, mas a opção da cidade ainda é em desenvolver o sistema de ônibus, ao invés de embarcar numa arriscada e caríssima aventura pelo metrô, que levaria pelo menos uma década para se tornar operacional.

Ainda assim, é, hoje, uma cidade onde o trânsito está caminhando para o esgotamento idêntico ao de São Paulo, porque, nos dois casos, nenhuma das metrópoles suporta a quantidade de veículos que é diariamente adicionada à sua frota, o que é algo visível em todas as grandes cidades do país.

Penso que a tendência não só no Brasil, mas no mundo todo, é que a aquisição de um automóvel será cada dia mais barata, mas sua manutenção cada vez mais cara.

Em Curitiba, a cada ano, diminuem as vagas públicas de estacionamento para dar lugar à pistas de rolamento e não raro, exclusivas para o transporte coletivo.

O motorista do futuro poderá adquirir um veículo a preço convidativo, mas terá que calcular o quanto gastará de estacionamento, manutenção mecânica, impostos (que certamente vão aumentar), seguro total obrigatório e outras coisas, como um laudo anual para conferir suas emissões de poluentes. E também não vai demorar que os rodízios de veículos se espalhem por todas as grandes cidades, até o ponto em que forem instituídos pedágios urbanos, o que é apenas questão de tempo.

E as multas por infrações de trânsito terão seus valores aumentados junto com a rigidez das normas. Acredite o leitor, não é apenas por questão de saúde pública que o Brasil proibiu a direção após o consumo de álcool, isso é apenas o início de uma batalha em que os derrotados serão os motoristas que se acham proprietários das ruas. As normas vão ficar mais rígidas em todos os sentidos, multas por filas triplas serão absurdamente altas, atrapalhar o trânsito poderá implicar perda da habilitação, etc...

Talvez a solução para o problema seja justamente a de transformar o carro num objeto que todos possuam, mas que poucos tenham coragem de tirar da garagem todos os dias.

O fato é que a sociedade que privilegia o transporte individual, parece, está com os dias contados. Quando o trânsito parar nas grandes metrópoles, e isso já estamos presenciando, o carro será reconhecido como um vilão a mando se outro, o seu proprietário.

2 de jun. de 2008

MATAR E ENTERRAR UM RIO, APOSTAR EM MAIS ENCHENTES E MUDAR O NOME DA CIDADE PARA INFERNO!

Vou construir uma laje sobre os rios Tietê e Pinheiros, com oito pistas para o trânsito. Entrego a obra em quatro anos.

A frase acima foi dita pelo candidato à prefeitura de São Paulo, Paulo Salim Maluf, que, como se vê, pretende CANALIZAR os rios Tietê e Pinheiros para supostamente melhorar o trânsito da capital paulista.

Eu comentei esse assunto no blog do Cejunior, mas vou repetir aqui meus argumentos.

A maior parte dos problemas de trânsito não é causada pela falta de vias, mas sim pela falta de educação dos motoristas. Pesquisa recente dá conta de 32% dos motoristas brasileiros abusam do álcool, especialmente a cerveja, antes de dirigir. Junte-se a isso alguns fatos comuns, como filas duplas e triplas nas portas de escolas, rachas entre adolescentes que dirigem sem habilitação, estacionamentos irregulares, conversões perigosas e ilegais, "costuras" e péssima manutenção de veículos.

Nossos motoristas erradamente concluem serem prioridade no trânsito, levados a isso justamente por políticas irresponsáveis como as do senhor Maluf, que pouco fez pelo transporte coletivo e pela humanização da cidade de São Paulo enquanto prefeito dela a abrir avenidas e levantar viadutos. São Paulo virou uma selva de pedra onde é possível rodar por horas sem encontrar uma área verde. E a conta é paga pelos próprios paulistanos, vítimas de enchentes e neuroses urbanas causadas pela feiúra ímpar do cimento pichado em conjunto com os demais fatores, como a poluição do ar e a visual e o barulho insuportável.

O que a maioria das pessoas não entende é que o progresso econômico impõe uma escolha. As pessoas podem adquirir veículos, mas em troca, recebem o trânsito ruim e não é válido destruir a natureza, ou, no caso, de São Paulo, impedir programas de recuperação ambiental, para melhorar a rodagem dos veículos por 1 ou 2 anos. No ritmo do crescimento da frota brasileira, o senhor Maluf poderá construir pistas elevadas sobre o mesmo Tietê que ele pretende canalizar, que as coisas só vão melhorar temporariamente. Se ele não investir em educação dos motoristas e transporte coletivo, essas obras faraônicas e ambientalmente irresponsáveis de nada servirão.

As margens do Rio Tietê têm recebido reflorestamento por várias razões, as mais relevantes delas, melhorar a permeabilidade do solo da capital para evitar enchentes, e facilitar a oxigeração do rio, que está morto, e precisa de ações firmes para ser recuperado pelo próprio bem dos paulistanos.

Aliás, acabou a era de devastar áreas verdes para construir avenidas, isso é passado, o planeta não resiste mais a esse tipo de gestão urbana. Cidades como São Paulo precisam investir em parques, praças e jardins, e em fiscalização de propriedades privadas para acabar com a selva de pedra. Se isso não acontecer, idéias de jerico como a do senhor Maluf representarão uma melhoria de 1 km/h no trânsito, em troca de mais um dia de enchentes e prejuízos para a cidade.

E o trânsito?

Bem, o trânsito tem jeito se o transporte coletivo melhorar e as pessoas entenderem que não são proprietárias da rua ao instalar-se em frente de um volante. A simples educação dos motoristas seria suficiente para melhorar sensivelmente a situação dos engarrafamentos.

15 de jan. de 2008

QUANDO SÃO PAULO FICA IGUALZINHA A RIO BRANCO DO SUL/PR.

UOL/Agestado:
Alencar estuda ajuda a Kassab para enfrentar chuvas em São Paulo



Todos os anos, em meados de janeiro, é a mesma coisa. São Paulo alagada, as TV(s) fazendo alarde e entrevistando gente aos prantos informando que perdeu tudo, políticos em polvorosa com pires na mão pedindo dinheiro e uns até exigindo a criação de impostos para atacar o problema (já ouvi gente dizendo que enchente é problema de saúde, e a panacéia para isso é, claro, CPMF).

E fica o tititi por uns dias até que chega o carnaval, daí o assunto é esquecido até janeiro do ano seguinte.

O engraçado disso, é que todo o ano é a mesma coisa aqui em Rio Branco do Sul, no Paraná.

A demagogia come solta. Tanto em Rio Branco do Sul quanto em São Paulo as prefeituras preferem fazer obras caríssimas (com padrões proporcionais, bem dito) do que, por exemplo, exigir dos habitantes, mediante multa e processo criminal se necessário for, que façam coisas simples como não jogar lixo nos rios e não construir a mais do que o permitido em lei para cada área de zoneamento, preservando a permeabilidade do solo e diminuindo o risco de enchentes.

É a tal coisa, não haverá solução para o problema de ambas as cidades, se não se atacar o fator humano envolvido na questão, com reintegração de posse, demolição completa e preservação permanente de áreas de ribeirinhas invadidas por favelas, além, claro, de fiscalização severa sobre pseudo-cidadãos que não observam a necessidade de prevervar jardins ou de gerenciar melhor o seu lixo para evitar que toda uma comunidade (no caso de São Paulo, uma mega-hiper comunidade!) seja prejudicada.

Tanto em São Paulo, quanto em Rio Branco do Sul, os políticos evitam fazer coisas que impliquem fazer o povão se coçar, como impedir que ele construa e invada o que bem entenda, e jogue lixo onde quiser, porque quem faz as coisas desse jeito é justamente quem vende seu voto em troca de chinelo e cesta básica.

Eu até consigo entender que isso aconteça aqui em Rio Branco do Sul, onde o primeiro requisito para um político ter sucesso é não saber nem falar, que dizer escrever.

Mas em São Paulo? A maior cidade da América do Sul, o centro econômico, financeiro e cultural de um continente inteiro, terceiro orçamento do país, terra natal de pelo menos meia dúzia de ex-presidentes da república?

O fato é que São Paulo é administrada absolutamente do mesmo jeito que uma cidadezinha de políticos analfabetos, distante 30 km de Curitiba.

Os políticos de São Paulo precisam compreender a grandeza e a importância da cidade, e tratar de transmitir isso a seus eleitores.

Sem isso, todos os anos, pela eternidade, haverá enchentes... e isso só faz felizes os diretores dos jornais da Rede Globo, que sabem que captar lágrimas de desgraçados aumenta a audiência!

16 de out. de 2007

ALÍVIO TRIBUTÁRIO




O estado de São Paulo inovou em matéria tributária, lançando um programa de desconto de impostos para quem pedir nota fiscal.

Pedindo notas fiscais, o contribuinte terá o direito a receber de volta uma parte do imposto recolhido pelas empresas, mediante abatimento no valor do IPVA, ou devolução em conta corrente, conforme sua opção. Até 30% do ICMS recolhido pelas empresas poderá ser devolvido às pessoas que se cadastrarem na receita estadual e entregarem as notas fiscais para ela, ao final de certo período de tempo.

Há quatro coisas que precisam ser esclarecidas:

a) Imposto recolhido não é o ICMS cheio sobre a nota fiscal. O ICMS sobre uma nota de restaurante é, de regra, de 18%, mas a empresa recolhe bem menos que isso, ou porque abate o ICMS embutido em seus insumos, ou porque é microempresa que faz jus a algum incentivo fiscal, isenção e/ou diferimento.

b) Não é automático, é preciso cadastrar-se no sistema, que, por sua vez, é implantado paulatinamente e ainda não se aplica a todos os ramos de atividade. Por enquanto, só restaurantes.

c) O valor a que cada pessoa fará jus, vai variar, obviamente, com a quantidade de notas fiscais que apresentar e sofrerá análise pela fazenda.

d) Só vale para pessoas domiciliadas no estado de São Paulo, se bem que é obrigação de todo o brasileiro exigir nota fiscal em TODAS as suas compras.

A Secretaria de Fazenda de São Paulo estima que só o fato das pessoas exigirem mais a nota fiscal, vai aumentar a arrecadação, mesmo que haja devolução de parte dela. Trata-se de uma desoneração inteligentíssima, adotada em alguns estados dos EUA, onde, para calcular o imposto de renda, o contribuinte pode abater todos os gastos que comprovar com documento fiscal hábil. É verdade que a tímido, porque o valor a ser devolvido é bem pequeno, mas é um bom indício de que a mentalidade tributária pode mudar.

Leia mais sobre isso aqui.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...