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4 de mar. de 2011

OBRAS AVANÇAM NA AVENIDA WADISLAU BUGALSKI EM TAMANDARÉ

Nota: Esta postagem é feita em conjunto com matéria do Jornal RaioX. É publicada aqui em razão do alto interesse público envolvido, em razão do supercongestionamento da Rodovia dos Minérios.

As obras de revitalização nos 7 km e meio da Avenida Wadislau Bugalski já estão facilitando o trânsito no local - resta apenas a execução de 1500 metros depavimentação. O investimento de aproximadamente 7 milhões de reais em uma das principais avenidas que liga o centro da cidade de Almirante Tamandaré à Curitiba, passando por bairros populosos do município, está em fase bastante adiantada.

Após os transtornos sofridos pela população do município e pela Prefeitura, devido ao rompimento de contrato com as empreiteiras que ganharam a primeira licitação, a obra está com alguns trechos já em fase de iluminação, sendo que o primeiro trecho localizado próximo a sede sentido Curitiba já está em fase de finalização com sinalização e execução de lombadas.

Além do trânsito, a obra está beneficiando escolas, creches, postos de saúde e estabelecimentos comerciais e residenciais localizados ao longo da Avenida Wadislau Bugalski.

O Secretário Municipal de Obras, Dilaor Machado, estipula que a previsão de conclusão das obras seja até o final do primeiro semestre deste ano no mês de junho.

Realizada com recursos viabilizados junto ao governo do Estado por meio da Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedu) e pelo Paranacidade, a obra será inteiramente paga pela Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré.

Para o Prefeito Vilson Goinski, essa é uma das mais importantes obras de revitalização da gestão municipal, a qual se constitui emum dos eixos estruturais essenciais para o município.

Matéria de responsabilidade de Aline Presa, assessora de comunicação da Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré.

8 de mar. de 2010

COMENTÁRIOS SOBRE A COPA 2014

O clube paranaense dono do estádio de Curitiba anunciou que só cobrirá 30% do custo da obra exigida pela FIFA, deixando os 70% restantes sob a responsabilidade do poder público, visto que seus dirigentes entendem que "não é justo" o clube arcar com custos tão altos por conta de "apenas" 3 ou 4 jogos.

Engraçado é que qualquer pessoa que acompanhe copas do mundo pelo menos desde 1986 sabe que estádios alocados para a tarefa recebem no máximo 6 jogos do evento. Mas agora virou desculpa para ficar de olho grande nos recursos, a fundo perdido, dos cofres públicos.

Bem, a FIFA também não aprova o projeto de reformas do Morumbi em São Paulo, sendo que ontem, o noticiário aventava um "plano B", ou seja, a construção de uma arena completamente nova a um custo proporcional à importância da cidade de São Paulo, algo em torno de R$ 500 ou 600 milhões.

Segundo o que li ontem, a notícia diz que "sairia mais cara" mas resolveria o problema. A questão é saber que problema? E sairia mais cara para quem?
Ora, o São Paulo Futebol Clube já deixou claro que arcará com todos os custos de requalificação do estádio mas, se a arena escolhida for outra, quem vai pagar a conta? Eu mesmo respondo: a União, o Estado e o Município, sendo que pode ser que o Corinthians mande seus jogos lá, tal qual acontece no Pacaembu, que ora o clube alvinegro usa, ora não.

Já no Rio, as obras no Maracanã já começaram de modo tímido (mas começaram!) não sem dois problemas: O primeiro é a necessidade do Flamengo em usar o estádio para a Copa Libertadores, o que vai atrasar o início de adequações internas. O segundo, o custo que, inicialmente previsto de R$ 430 milhões, pulou para R$ 500 e agora já é tido como de R$ 630 milhões. O Brasil foi escolhido em meados de 2007 pra sediar o evento, de lá para cá, o custo do Maracanã subiu em média R$ 80 milhões por ano. Arriscamos chegar em 2014 com obras custando a bagatela de R$ 1 bilhão!

Em Natal, a Arena das Dunas continua no papel, mas seu custo já aumentou 30%. Em Cuiabá, já se fala em dispensas de licitação por urgência e falta de tempo hábil, especialmente para a adequação do novo estádio.

Enfim, absolutamente todos os receios que este blogueiro tinha a opor-se à Copa do Mundo no Brasil estão se concretizando, sem que nenhuma autoridade tome conta disto e pelo menos dê murros na mesa e exija a adequação dos custos e o cuidado com o dinheiro público.

Estamos em 8 de março de 2010, todas as obras de estádios para a Copa 2014 deveriam ter iniciado em fevereiro, mas quase nada foi feito.

21 de dez. de 2009

NEM UM PREGO!

O Brasil pretende sediar a Copa 2014, mas ao fim de 2009 ainda não colocou sequer um prego em obras e não se sabe ao certo em que pé andam os projetos de estádios.

De prático temos a informação de que o custo projetado da reforma do Maracanã aumentou em 100 milhões (+ ou -), por conta de reavaliações do projeto.

Ou seja, mesmo antes de iniciadas, as obras já estão saindo do controle administrativo-financeiro.

Fala-se em trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, mas o comentário sempre vem acompanhado da dúvida se haverá tempo para a conclusão das obras que, por sua vez, também não têm projeto, embora especulou-se semana passada que a tecnologia seria japonesa.

Aqui, em Curitiba, aguarda-se o PAC-II para definir as obras do metrô, cujos recursos do PAC o ministro Paulo Bernardo negou para a cidade, que é entendida como de boa estrutura de transportes e por esta razão posta em segundo plano no que existe de planejamento. Mas ficou a dúvida sincera: será que isso aconteceu porque o prefeito daqui é do PSDB?

E os aeroportos? Bem, espera-se o caos ao fim deste ano, isso dá bem a dimensão do problema.

De prático, só trataram de ferrar o Coritiba para acalmar os ânimos da FIFA, mas esquecem que uma invasão como a havida no Couto Pereira pode acontecer em qualquer estádio brasileiro. Não se engane o leitor, não há, hoje, nenhum estádio brasileiro em condições de sediar jogos da Copa do Mundo. A sorte do país é que o público que frequenta uma copa, não é o mesmo que assiste os jogos do brasileirão.

O cronograma está atrasado, se é que ele existe. O problema todo é que isso implica custos adicionais que serão bancados pelo governo federal e, portanto, por todos nós por meio da mais extorsiva carga tributária do mundo e muitos dos piores serviços públicos do planeta.

7 de out. de 2009

FAVELAS - UM DOS DESAFIOS DA RIO 2016


Até por ser contra as olimpíadas no Rio de Janeiro, embora, repita, voto vencido e portanto agora torcendo para que sejam um sucesso, mesmo assim não vou deixar de apontar os enormes desafios que a cidade terá que enfrentar para sediar os jogos.

Em primeiro lugar, é preciso um amplo programa de desfavelização, que não pode ser confundido com aquela experiência demagógica dos anos 80, quando estado e município construíram escadarias para melhorar o acesso da população aos morros e quando muito bondes e teleféricos nos casos mais graves, mas sem uma visão verdadeiramente urbanística. O "socialismo moreno" institucionalizou o morro tolerando a instalação do caos urbano. Custou caro para o Brasil inteiro, que dizer para o Rio.

Há dois tipos de favelas no Rio, as pequenas, com até 5 mil habitantes, e as demais, que são verdadeiras cidades dentro cidade e cujo porte implica investimentos colossais em diversas áreas.

Urbanização pressupõe acesso, transporte, lazer, educação e segurança pública, de modo que, para desfavelizar uma comunidade não raro é preciso derrubar 1/3 dos barracos para fazer arruamento, iluminação pública, praças, canchas esportivas e obras de contenção de encostas, quando existe num morro.

A questão é que, em áreas menores, esse processo não é tão difícil ou custoso, e já existe ação pública nesse sentido, o programa Favela-Bairro, cujos fundamentos o leitor pode conferir aqui, e são justamente o de anexá-las aos bairros próximos, melhorando a mobilidade das pessoas que nelas vivem e buscando a melhoria da organização urbana, o arruamento e a construção de equipamentos de lazer, segurança e educação.

É óbvio também que, pelas características da empreitada, as pequenas comunidades são prioridade, porque urbanizando-as, a tendência é que deixem de ser fortalezas do crime organizado, até porque a enorme maioria de quem vive nelas não tem relação alguma com o crime. Ademais, em lugares com poucas pessoas, basta transferi-las, demolir os barracos e reconstituir a área.

Agora, o que fazer com as favelas de grandes dimensões, que além do caos urbano ainda encontram o seríssimo problema da criminalidade organizada a ditar seus rumos?

Num lugar onde vivem 20 mil pessoas como o da foto acima, é preciso ter arruamento pelo qual se possa fomentar o trânsito, especialmente o transporte coletivo regular integrado ao resto da cidade. É preciso ter parques e praças que aguentem um grande fluxo de visitantes. É errada a idéia de que bastam canchas esportivas e postos de saúde, é preciso criar corredores de trânsito e ruas arborizadas para fazer com que as pessoas circulem, o que leva à criação de áreas comerciais com melhoria efetiva da qualidade de vida das pessoas. Lugares assim precisam deixar de ser guetos para virarem parte de uma cidade, um bairro com ruas residenciais pacatas e outras movimentadas para o comércio. Estas áreas devem conhecer desenvolvimento econômico, o que é impossível sem mobilidade urbana.

A questão é que no Rio algo assim implicará numa anterior guerra ao crime organizado, que certamente não quer urbanização nenhuma. E haverá, claro, a contraposição a interesses políticos dos mais mesquinhos, partida daqueles que se aproveitam da miséria e da exclusão de pessoas, indivíduos que não têm interesse na criação de novos bairros e corredores de desenvolvimento.

É um desafio monumental. Mas se o Rio de Janeiro pelo menos não tentá-lo, e adotar a solução mais fácil, de fazer acordo com traficantes para sediar jogos tranquilos como ocorreu em 2007, o projeto olímpico de nada valerá para as pessoas que vivem nesses lugares, elas continuarão excluídas da sociedade.

5 de ago. de 2009

EU JÁ SABIA!

Olhem aí, notícia do Estadão, com comentário do próprio Ricardo Teixeira:

CBF revela uso de dinheiro público nos estádios da Copa

Esses oito estádios públicos certamente receberão dinheiro público do grosso para sofrerem as reformas que praticamente exigem que sejam reconstruídos. Disso eu já sabia, porque, afinal, não existe interesse privado na construção de estádios no Brasil, salvo uma ou outra exceção.

Mas ao mesmo tempo, haverá linha de crédito do BNDES para os estádios privados. Ou seja, TODA a verba sairá do dinheiro público e provavelmente a fundo perdido, tal qual aconteceu com os Jogos Panamericanos.

CRISE:

Os "aliados" de Sarney, que também são do governo, porque o maranhense tem o apoio até de petistas como Idelli Salvatti, já cantam o arquivamento das denúncias no conselho de... "ética"... escolhido a dedo por Renan Calheiros. Pizza!!!

Editorial de hoje, do Estadão:

O fermento da podridão

2 de jun. de 2008

MATAR E ENTERRAR UM RIO, APOSTAR EM MAIS ENCHENTES E MUDAR O NOME DA CIDADE PARA INFERNO!

Vou construir uma laje sobre os rios Tietê e Pinheiros, com oito pistas para o trânsito. Entrego a obra em quatro anos.

A frase acima foi dita pelo candidato à prefeitura de São Paulo, Paulo Salim Maluf, que, como se vê, pretende CANALIZAR os rios Tietê e Pinheiros para supostamente melhorar o trânsito da capital paulista.

Eu comentei esse assunto no blog do Cejunior, mas vou repetir aqui meus argumentos.

A maior parte dos problemas de trânsito não é causada pela falta de vias, mas sim pela falta de educação dos motoristas. Pesquisa recente dá conta de 32% dos motoristas brasileiros abusam do álcool, especialmente a cerveja, antes de dirigir. Junte-se a isso alguns fatos comuns, como filas duplas e triplas nas portas de escolas, rachas entre adolescentes que dirigem sem habilitação, estacionamentos irregulares, conversões perigosas e ilegais, "costuras" e péssima manutenção de veículos.

Nossos motoristas erradamente concluem serem prioridade no trânsito, levados a isso justamente por políticas irresponsáveis como as do senhor Maluf, que pouco fez pelo transporte coletivo e pela humanização da cidade de São Paulo enquanto prefeito dela a abrir avenidas e levantar viadutos. São Paulo virou uma selva de pedra onde é possível rodar por horas sem encontrar uma área verde. E a conta é paga pelos próprios paulistanos, vítimas de enchentes e neuroses urbanas causadas pela feiúra ímpar do cimento pichado em conjunto com os demais fatores, como a poluição do ar e a visual e o barulho insuportável.

O que a maioria das pessoas não entende é que o progresso econômico impõe uma escolha. As pessoas podem adquirir veículos, mas em troca, recebem o trânsito ruim e não é válido destruir a natureza, ou, no caso, de São Paulo, impedir programas de recuperação ambiental, para melhorar a rodagem dos veículos por 1 ou 2 anos. No ritmo do crescimento da frota brasileira, o senhor Maluf poderá construir pistas elevadas sobre o mesmo Tietê que ele pretende canalizar, que as coisas só vão melhorar temporariamente. Se ele não investir em educação dos motoristas e transporte coletivo, essas obras faraônicas e ambientalmente irresponsáveis de nada servirão.

As margens do Rio Tietê têm recebido reflorestamento por várias razões, as mais relevantes delas, melhorar a permeabilidade do solo da capital para evitar enchentes, e facilitar a oxigeração do rio, que está morto, e precisa de ações firmes para ser recuperado pelo próprio bem dos paulistanos.

Aliás, acabou a era de devastar áreas verdes para construir avenidas, isso é passado, o planeta não resiste mais a esse tipo de gestão urbana. Cidades como São Paulo precisam investir em parques, praças e jardins, e em fiscalização de propriedades privadas para acabar com a selva de pedra. Se isso não acontecer, idéias de jerico como a do senhor Maluf representarão uma melhoria de 1 km/h no trânsito, em troca de mais um dia de enchentes e prejuízos para a cidade.

E o trânsito?

Bem, o trânsito tem jeito se o transporte coletivo melhorar e as pessoas entenderem que não são proprietárias da rua ao instalar-se em frente de um volante. A simples educação dos motoristas seria suficiente para melhorar sensivelmente a situação dos engarrafamentos.

21 de jan. de 2008

JUSTIÇA?

Curitiba, acredite o leitor, não tem um fórum. O que existe para atender o público são vários prédios em lugares diferentes da cidade, todos improvisados e acanhados, sem contar que o número de varas cíveis e criminais da capital é o mesmo há 30 anos. Há uma promessa de criar no bairro do Ahú, no lugar da antiga penitenciária, um Centro Judiciário. Mas as obras que eram para iniciar em 2007, ainda não saíram do discurso vazio e dos lindíssimos "banners" de publicidade oficial.

Rio Branco do Sul/PR, tem um fórum em construção cujas obras estão paradas há 6 meses por falta de verbas para comprar móveis e fazer o acabamento. Enquanto isso, trabalha-se num prédio improvisado e inseguro. As audiências são feitas em uma sala menor que canil aqui de casa e os júris, julgamentos de crimes contra a vida, são feitos na sala de sessão da Câmara Municipal da cidade.

O município de Almirante Tamandaré/PR doou um terreno para a construção de um fórum, o que só é lembrado pela placa de bronze que puseram no local. O fórum funciona numa antiga escola improvisada, com corredores estreitos e boa parte da construção em madeira, a ponto do escrivão da vara cível ter alugado uma casa próxima para instalar sua serventia, que fica há 300 metros da sede do judiciário do local.

Faltam verbas para o TJPR atender o público?

Claro que não! Há cerca de 3 anos, o TJ inaugurou um anexo suntuoso ao seu prédio original, que custou em torno de 70 milhões de reais, e é decorado com muito mármore e granito, contando com nada menos que 8 elevadores, e espaços para barbeiros, cabeleireiros, chaveiros e engraxates. Na época do projeto, especulou-se em fazer 5 andares adicionais no prédio original, mas isso foi afastado porque, segundo o noticiário, era preciso estudar melhor os aspectos estruturais.

Eis que ontem, na Gazeta do Povo de Curitiba, a notícia de que, por módicos 97,5 milhões de reais, o prédio original do TJ receberá 5 novos andares (?) e uma reforma completa!

É a tal coisa, no Palácio da Justiça o afluxo de público é 1/10 do que ocorre nas varas cíveis, criminais e de pequenas causas de Curitiba. Mas lá, os corredores são amplos, as salas de espera idem e tudo é muito bem cuidado. Onde transita o povão, porém, é tudo apertadinho e improvisado em prédios alugados que vivem mudando de lugar. Para o deleite dos senhores desembargadores, sempre há verbas. Para melhorar o acesso do povão ao Judiciário, dá-lhe alegar problemas com licitação e falta de dinheiro.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...