10 de dez. de 2007

NON, JE NE REGRETTE RIEN (NÃO, DE JEITO NENHUM)

Ontem tive o prazer de assistir um daqueles filmes que ficam na retina pelo resto de uma vida, um daqueles momentos mágicos que nos fazem ter certeza que o cinema é efetivamente uma arte.

Piaf é simplesmente arrebatador, tal qual a interpretação da atriz Marion Cotillard.

Eu sabia que a vida de Piaf não foi fácil, só não imaginava a quantidade de fatos tristes e a fibra monumental de uma gigante de 1 metro e 42 centímetros cuja voz e a a coragem apaixonaram uma nação inteira.

O filme arranca emoções desde a primeira cena, ele funde a realidade nua e crua com a fantasia que a música é capaz de provocar em uma pessoa. Os sofrimentos e os desvios morais da personagem são amenizados pelas canções criando um vai-vem frenético de emoções em quem assiste. Quando as lágrimas começam a descer o rosto, eis que o som transforma a tristeza em alegria para que a edição das imagens novamente apresente outra tristeza e outra canção a amenizar a história trágica.

O filme termina com uma licença poética, quando, supostamente no último show de sua vida, a diva, que a essa altura do filme já é dona dos corações de quem o assistiu, canta a música título deste post, cuja letra em português é a que segue, uma síntese da vida e do jeito de encará-la, da portentosa cantora francesa.

Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Nem o bem que me fizeram,
Nem o mal, tudo me parece igual

Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Está pago, varrido, esquecido
Eu estou farta do passado

Com minhas lembranças,
Eu alimentei o fogo
Minhas aflições, meus prazeres
Eu não preciso mais deles

Varri meus amores
Junto a seus aborrecimentos
Varri por todo dia
Eu volto ao zero

Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Nem o bem que me fizeram,
Nem o mal, tudo me parece igual

Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Minha vida, Minhas jóias
Hoje
Começa com você

9 de dez. de 2007

DIREITOS HUMANOS

Tratar de direitos humanos é difícil, porque sempre há o risco de escorregar para a demagogia. Eu mesmo sou um adepto das obrigações humanas, que bem aplicadas, substituem o arcabouço de direitos humanos, com a vantagem de que diminuem em muito a demagogia.

Uma das obrigações humanas fundamentais é respeitar o próximo, inclusive em razão do sexo, da raça e das opções religiosas e sexuais dele.

Alguém pode dizer que isso é tratar de direitos humanos sob o prisma contrário, mas eu não penso exatamente assim.

Se aquelas "autoridades" paraenses atentassem para suas obrigações humanas, jamais teriam jogado aquela garota numa cela com 20 homens. Isso porque, a teor de suas declarações na semana passada, eles esperaram que ela se declarasse menor (e provavelmente, mulher também), para lhe deferir o direito humano fundamental da dignidade. Como ela não disse nada, e eles não vêem o assunto como uma obrigação própria, mas um direito de terceiro que precisa ser requisitado, deu no que deu.

O problema é que isso se repete todos os dias em muitos lugares do mundo, mas especialmente nos lugares onde as pessoas só têm noções de seus direitos, não atentando para suas obrigações, caso típico do Brasil, onde nossa constitituição foi redigida com base apenas em direitos das classes desfavorecidas e principalmente, do Estado (no sentido de conjunto de instituições e agentes), sem perceber que deu a impressão de que a estas classes e o Estado não tinham mais obrigações a partir de 1988.

O resultado foi o país quebrar 5 vezes desde então, violando direitos humanos basicamente pela não observância das obrigações humanas comezinhas.

Outro exemplo?

É obrigação humana cuidar do meio ambiente onde se vive, mas parece, as vezes, que o direito humano só é deferido a quem mais o destrói, como algumas pessoas no Brasil que jogam até geladeira nos rios, mas na primeira enchente vão para a frente dos palácios de governo pedir ajuda oficial em prol de sua dignidade, a mesma que eles mcorromperam ao destruir o meio-ambiente de modo estúpido e doloso.

Ou seja, por não terem noção de obrigação humana, acabam mendicando por direitos humanos que muitas vezes eles mesmos podem preservar sem ajuda de ninguém.

Enfim, o conceito de direitos humanos envolve uma carga de obrigações, de responsabilidades, de punição e premiação. Um habitante deste planeta jamais terá observado todo o arcabouço de seus direitos humanos fundamentais, se não perceber e atentar que eles dependem de sua atitude em observar suas obrigações humanas.

8 de dez. de 2007

PARA QUEM GOSTA DE MÚSICA POPULAR

Música é arte e dizem que arte não tem parâmetros, precisa ser apreciada sem preconceitos. Não que eu aceite exatamente essa premissa, mas quando o assunto é música eu gosto de experimentar todos os sons, porque fui criado ouvindo todos os gêneros, que me fizeram conhecer um pouquinho de várias partes do mundo, porque a música de um país diz muito sobre ele.

Resolvi deixar aqui uns clipes do youtube, relevando um pouco do meu gosto musical.

São de música popular mesmo, de um tempo antes e depois em que a "Eurovision", um consórcio de TV(s) européias promovia festivais sediados um ano em cada país. Nesses festivais, os cantores arriscavam homenagear países vizinhos cantando nos diversos idiomas ou fazendo versões de músicas famosas de cada um deles.

Foi uma época em que apareceram na cena musical grandes artistas de estrondoso sucesso em suas terras natais, como Julio Iglesias (Espanha), Mireille Mathieu (França), Demis Roussos (Grécia), Freddy Breck (Alemanha) e Pepino di Capri (Itália). Mais que isso, era uma época em que o Brasil importava música do mundo inteiro do mesmo jeito que exportava a nossa.

Lentamente, porém, o mercado fonográfico brasileiro encolheu e passou a importar apenas aquilo que fazia muito sucesso lá fora, o que nos privou de ótimas interpretações, o que só melhorou com o advento do CD e da importação maciça, o que foi a verdadeira felicidade para eu e meu amigo Osmar, colecionador de CD(s) de música de todos os tipos, mas vidrado nos cantores europeus populares.

Deixo aqui três bons exemplos.

Gilbert Bécaud foi o primeiro cantor popular moderno da França, uma espécie de Roberto Carlos deles, alguém que deixou de lado o estilo "cabaret" e assumiu a mídia como ferramenta para vender seu peixe. O clipe, de L'important c'est la Rose foi feito para o cinema. Música espetacular.



Mireille Mathieu, também da França, foi considerada por muitos a nova Edith Piaf, até porque ela imitou a diva e tem um timbre de voz muito, mas muito parecido. Chegou a gravar um LP apenas com canções de Piaf e chegaram a maquiá-la para parecer com a mítica cantora dos cabarés parisienses. Mas não chegou a virar um mito, embora grande cantora quando no uso do seu repertório próprio. O clipe é de "Acropolis Adieu" uma homenagem à Grécia, num dos festivais da Eurovision.



E Demis Roussos encantou o mundo com a canção "Goodbye My Love Goodbye", embora eu goste mais desta do clip, "My Friend the Wind". Tempos atrás esteve em Curitiba, não fui assisti-lo, mas comprei o CD, e constatei que, infelizmente, a idade chega e a voz se vai... mas vale a pena ouvir e lembrar dos seus tempos áureos.





Esse post, foi feito por inspiração da Renata, que pediu para eu escrever um pouco de mim. Tarefa cumprida, embora não exigida, porque ela deu só uma sugestão.

7 de dez. de 2007

O DEIXA DISSO DOS BACANAS

Uma mulher é jogada numa carceragem com um monte de marginais do sexo masculino e fica lá a apodrecer por semanas, sofrendo estupros e sabe Deus quais outros tipos de torturas.

E quando a imprensa descobre a gravíssima violação de direitos humanos fundamentais, o país descobre um outro fato ainda mais grave, a omissão contumaz das autoridades bem instruídas e remuneradas, com o que acontece no andar de baixo, aquele reservado ao povão.

Quando a ministra presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça, Ellen Gracie, informou que as autoridades do Pará seriam investigadas pelo caso absurdo, soou o alarme entre muitos "bacanas" do estado nortista, mormente detentores de cargos importantíssimos como de delegados, juízes e promotores, cujas vidas são limitadas a esperar seus gordos salários dentro de gabinetes, onde a realidade das ruas não os atinge e só se faz saber por autos processuais, pilhas de papéis que armazenam muitas informações, mas que são sentimentalmente inócuos, incapazes de transmitir as emoções que sente a patuléia que lhes paga os salários.

E absortos pelo papelório, esses profissionais alçados ao cargo por concursos que não avaliam suas vocações, mas tão somente seu conhecimento enciclopédico de textos, regras e "macetes" legais, parecem não entender o que se passa na vida de verdade, aquela que se desenvolve fora dos palácios cheios de mármore e granito, dos tratamentos cheios de deferência, o típico "doutor" para cá ou "excelência" para lá, das viaturas potentes e confortáveis que lhes servem e de uma função pública que lhes possibilita cometer todo tipo de arbitrariedade com a quase certeza de se manterem impunes.

O delegado declarou achar que a garota é débil mental porque não lhe avisou que era menor de idade. E logo depois a corregedora da polícia, uma "bacana" ainda mais "bacana" que o delegado, veio com a história de que ele foi levado ao erro, porque a vítima não se declarou menor de idade.

Uma mocinha de 15 anos, mal e porcamente alfabetizada levou um delegado ao erro, como se a maioridade dela bastasse para afastar o crime que ele cometeu, de jogá-la numa carceragem que deveria ser exclusivamente masculina, para ter a vida destroçada por indivíduos que, nada tendo a perder, não se importaram de cometer outros crimes de concupiscência.

E teve "bacana" que aplaudiu!

Para os "bacanas" solidários ao delegado, a garota devia mesmo ter dito ser menor daí ele não a jogaria na carceragem!

Mas o fato é que se não a jogasse na carceragem, a próxima mulher maior de idade que aparecesse em sua delegacia e ousasse roubar a tranquilidade do seu gabinete, iria para o meio da homarada na mesma cela, do mesmo jeito. E daí qual seria a desculpa?

Eu mesmo respondo, porque usariam uma alegação segundo a qual a vítima não seria vítima, por, quem sabe, ser profissional do sexo!

Seria o delírio dos "bacanas"! Profissional do sexo não tem moral para discutir atos de delegado, promotor ou juiz, afinal, "bacana" de verdade não usa profissionais do sexo, usa? Aquelas boates maravilhosas que existem em áreas nobres de todas as grandes cidades brasileiras, cheias de luxo e garotas lindíssimas afinal, são para a patuléia, para os pobres, para o andar de baixo! Se é profissional do sexo, não tem direito a humanidade, é assim que pensam os "bacanas" quando é para salvar a cara de outro "bacana" que, formado em direito, provavelmente não foi à faculdade no dia em que o professor de Direito Constitucional falou da Revolução Francesa e suas consequências.

E assim caminha o Brasil, onde a lei é para o pobre ou o remediado e onde os "bacanas" se protegem com suas imunidades e prerrogativas, recebendo belos salários e vivendo em meio à solidariedade dos demais "bacanas", pois que nunca nenhum deles perde o emprego, vai preso ou, pior, é jogado nula cela cheia de marginais até que outros "bacanas", juízes ou promotores, atentem para o estado de seus direitos humanos fundamentais.

A Justiça brasileira é rápida e eficiente só para os ricos e famosos, a verdade é essa.

PS: Resolvi mexer no template hoje, tirar os excessos (para voltar com eles daqui há pouco, é verdade) e dar uma cara mais pessoal. Espero que gostem.

1 REAL

Por que complicamos nossas vidas?

Tive que trocar de telefone celular. O anterior não funcionava mais e eu já estava de saco cheio de não conseguir atender ligações sem algum tipo de problema.

E o anterior é um aparelho bom, display colorido, máquina fotográfica, MP3, jogos, internet, agenda, acessórios e coisa e tal.

Custou quase os olhos da cara e não durou mais que 2 anos.

No dia a dia, constatei que a máquina fotográfica é de péssima qualidade. Que eu só consegui arrumar a data e a hora quase ano e meio depois de comprá-lo. Que o sistema de internet, por mais que evolua, é péssimo em aparelhos celulares e que os jogos são uma porcaria, e além de tudo, estragam o teclado.

Conclui que, em quase 2 anos, só usei o aparelho como agenda telefônica e, óbvio, telefone.

Não só eu, mas milhares de pessoas compram aparelhos sofisticadíssimos e não usam nem 1/10 de suas funções, muitas delas complicadas, escondidas em menus esotericamente ocultos em algum lugar daquela tela minúscula.

Daí cheguei ontem na loja precisando de um aparelho e fui simples e direto: Quero o mais simples e barato que tiver. Me ofereceram um com autonomia baixa de bateria, que faz ligações e tem agenda telefônica. Nada de fotografia, nenhuma função sonora, internet só em ficção.

Graças à minha fidelidade com a operadora, custou 1 real... e o aparelho anterior não faz falta nenhuma!

3 de dez. de 2007

ASSIM NÃO

1. ASÍ NO!

Me diga o leitor:

Você trabalha numa empresa tradicional, controlada, digamos, pelo capital espanhol.

A empresa está há décadas no seu país, emprega milhares de pessoas e paga em dia, sem contar que, por ser multinacional, paga um pouco acima da média nacional e concede alguns benefícios adicionais.

Daí, o governante do seu país, se achando injustiçado, humilhado e escorraçado pela declaração do chefe de Estado da Espanha, ameaça nacionalizar a empresa em que você e mais algumas milhares de pessoas trabalham, dependendo do resultado das eleições... espanholas!

Você continuaria a votar num governante assim se lhe for dada a chance de sufragar?

Acho que Chaves se encontrou ontem com sua arrogância. E ela lhe deu um pontapé!

2. ASSIM NÃO!

O Chaves paranaense, que atende pelo nome de Roberto, veio com o discurso de classes, dizendo que ia aumentar o IPVA em 20% porque é um imposto que afeta a quem tem carro, que por sua vez, é a parcela mais rica da população.

E pretendia aumentar também o ITCMD para as heranças acima de R$ 600 mil, que para ele, é o padrão dos "ricos".

Daí o caldo entornou, e sua "base aliada" resolveu ouvir as vozes sensatas da oposição (que fez barulho)e começou a se rebelar.

Hoje o governo recolheu a mensagem e, pelo andar dos trabalhos legislativos, os paranaenses se livraram por pelo menos um ano de mais uma tungada em seus combalidos bolsos.

Provavelmente lhe disseram: Assim não, governador!

3. ASSIM NÃO, MERCADANTE!

Assisti parte do discurso do senador Mercadante, defendendo a CPMF.

Um discurso muito bonito, em que ele falou do custo que a estabilidade econômica, trabalho de vários governantes, teve para o Brasil.

Falou que a CPMF ajuda na manutenção do superávit primário que por sua vez ajuda na queda dos juros e da dívida pública.

Mas no meio da peroração, ele saiu com uma pérola, que não foi comentada pela imprensa. Disse que a arrecadação aumentou mesmo mais que uma CPMF, mas isso é porque o crescimento econômico está aí.

Ou seja, reconheceu que o governo arrecadará em 2007 mais que uma CPMF, mas deixou claro que não abre mão dela, mesmo com o governo não precisando, porque, afinal, terá em 2007, arrecadação adicional maior que ela!

Bonito discurso, mas soou falso, porque se fosse para contribuir para a estabilidade desse modo tão bonito que ele citou, ele mesmo teria votado em favor dela, naquele tempo em que éramos governados pelos tucanos.

Mas na época ele votou contra, de modo que, hoje, o discurso soou como se o país só tivesse importância para ele a partir de 2003.

Assim não, Mercadante!

2 de dez. de 2007

A MÍSTICA DO JOGO

O bom futebol, aquele que é jogado em campo, prega peças em nós torcedores.

E isso porque o futebol não é uma ciência, e muito menos é exato. Ele envolve coisas estranhas como fé, sorte, azar e mística.

Na semana passada, no apagar das luzes de um jogo dramático eu vivi uma das mais arrebatadoras emoções da vida, uma explosão de alegria que ficará na retina pelo resto da minha vida.

Hoje, no entanto, vi uma verdadeira religião chorar e fiquei triste, porque um time aqui de Curitiba, pelo qual nutro simpatia fora de campo, o Paraná Clube, também caiu.

Mas penso que o Paraná caiu pela falta de mística, enquanto o Corinthians, pelo excesso dela.

Queira ou não queira, mesmo quem não tem a mínima simpatia pelo Corinthians (meu caso), é triste ver milhões de pessoas decepcionadas porque faltou apenas um gol, um gol de nada e ao mesmo tempo de tudo, para que a tragédia não ocorresse. Se bem que esse gol teria que ser feito em um time tão grande, importante e tão místico quanto o alvi-negro, o imortal tricolor gaúcho de tantas batalhas.

O problema é que o Corinthians que foi rebaixado hoje não é o alvi-negro do bom futebol e da mística, a mesma mística que faltou ao Paraná Clube que perdeu do Santos uma partida que vencia até os 28 do segundo tempo.

Pelo contrário, o Corinthians que caiu hoje, é o de Duailib, de Kia, da MSI, e do suspeito Berezovski, às voltas com a Policia Federal e com ligações com uma coisa ainda mais má, a política. O Corinthians que caiu hoje é o da vergonha de gente que enriqueceu e se aproveitou daquela massa retumbante que lota estádios por onde o time joga, e que por vezes, de modo incauto e irresponsável, chegou a gritar coisas como "el, el, el" Kia é da Fiel!".

O Corinthians de hoje, de mística não tem nada, porque ela, a mística, no esporte acompanha quem compete, não quem compra.

A mística do Corinthians é a do clube sofredor, dos craques formados em casa, do time empurrado pela massa. Esse Corinthians que víamos há alguns anos, não era o verdadeiro. Era um Corinthians moldado pela força de um dinheiro maldito e não o time do povão paulista. A mística do futebol manda avisar que pode até ser deixada de lado, mas um dia cobra a conta disso.

Porque o Corinthians de verdade, o do bom futebol e da mística, até poderia cair, como cairam Grêmio, Sport, Náutico, Palmeiras, Fluminense, Coritiba e Atlético Mineiro, com a certeza de que voltaria um dia, como todos voltaram, sem que isso seja vergonha, nem desgraça, muito menos o fim de tudo.

A mística no futebol tem disso, presente, ela não deixa seu apadrinhado se apequenar.

O Paraná Clube, por não ter mística, ou ter pouca, se apequenou e caiu, o Corinthians, abandonou a sua e acreditou no conto de fadas da riqueza instantânea,
e não há nada que a mística odeie mais que ser trocada por algo fugaz, porque ela tem vocação de eternidade.

O futebol cobra a taxa da mística. Grandes clubes não podem se afastar dela porque se o fazem, se apequenam.

O que seria do Grêmio sem sua mística de lutador?

Ou do Coxa sem a sua, a do sofredor que precisa acreditar até o último minuto?

Ou ainda, a do São Paulo, para quem a organização é a mistica?

O Paraná voltará à Série A e um dia, daqui há muitos anos, terá a mística a lhe acompanhar.

Já o Corinthians, terá de fazer as pazes com a sua, e voltar a ser o time do povo, embalado pela galera, não o time dos executivos engravatados a prometer milhões de dólares para quem só se contenta com troféus e glórias.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...