1 de jul. de 2010

ÍNDIO QUER APITO!

Se a candidatura a vice do (bom) senador paranaense Álvaro Dias em nada agregava à chapa de José Serra à presidência, a emenda imposta pelos Democratas saiu pior que o soneto triste do candidato solitário.

Ontem à tarde, ouvi uma lista de membros do Democratas que supostamente teriam sido indicados para a vice de José Serra. Um mais irrelevante que o outro, incapazes de agregar absolutamente nada a uma campanha onde o adversário conta com a popularidade do presidente e com um candidato a vice que, se criticado por suas péssimas relações políticas, ainda assim tem peso e influência, no sentido de que é conhecido nacionalmente por ter sido duas vezes presidente da Câmara dos Deputados.

A imprensa relata que o candidato a vice, Antonio Pedro Siqueira Índio da Costa fez carreira política à sombra do ex-prefeito do Rio, Cesar Maia. Ora, Maia ainda agregaria alguma coisa por ser conhecido fora das divisas do seu estado e até pelo seu lado folclórico, mas Índio, me desculpem os tucanos, não agrega nada, é um desconhecido, um zé-ninguém, por mais que tenha (e acredito que tenha) qualidades pessoais.

José Serra teria o vice ideal em Aécio Neves. Em Neves não aceitando, o PSDB teria que voltar-se para um político nordestino de peso, o que não fez. Álvaro Dias poderia atrair o apoio de seu irmão Osmar para José Serra, mas fora isso, o sul tende a votar no PSDB de qualquer jeito. Ou seja, Serra precisaria, coisa que não fez, captar votos no nordeste.

Em verdade, acontece com Serra uma debandada geral, nenhum dos próceres do seu partido ou mesmo do DEM quer se arriscar a ficar sem mandato, porque hoje Dilma Roussef lidera as pesquisas e a impressão geral é que, mesmo que os números se acirrem, ainda assim ela terá o diferencial de Lula e a maior parte dos votos de Marina Silva no segundo turno, por afinidade ideológica.

O PSDB, mesmo inconscientemente, tratou de reforçar os palanques estaduais onde tem chances de vitória: São Paulo, Minas Gerais, Paraná e mesmo Rio Grande do Sul, onde Yeda Crusius não está tão cambaleante quanto acredita a oposição, por seu bom relacionamento com prefeitos no interior. Tudo que vier além disso é lucro. Em Santa Catarina, por exemplo, o grupo liderado por pelo governador Luiz Henrique da Silveira tende a apoiar Serra, é um exemplo de que os tucanos podem trabalhar já pensando em 2014, vez que em 2010, seus erros de estratégia e relutância transformaram as grandes chances de eleição em uma novela que corroeu a candidatura de um governante altamente capacitado como José Serra, mesmos erros que levaram Geraldo Alckmin a ter menos votos no segundo turno, que no primeiro em 2006.

Serra deve estar arrependido de não disputar a reeleição para o governo de São Paulo.

28 de jun. de 2010

FALEMOS DE ÉTICA E ELEIÇÕES

É de enjoar ver petistas e tucanos se acusando mutuamente de corrupção. É o roto falando do rasgado, o torto acusando o outro de não reto e assim por diante.

Tanto o PT quanto o PSDB fizeram governos coniventes com a corrupção. O presidente Lula e o presidente Fernando Henrique se omitiram em casos escabrosos de corrupção dentro de suas administrações, isso é fato demonstrado.

É pequena, quase nula a diferença entre um José Dirceu e um Eduardo Jorge. Talvez ela resida no fato de que o primeiro nunca escondeu o objetivo de subir a rampa do Planalto como governante do país, mas fora isso, não vejo absolutamente nada de diferente entre os dois influentíssimos assessores presidenciais imersos em acusações e investigações diversas.

Tanto o PT quanto o PSDB foram à fonte e pediram o apoio do PMDB para governar. Ambos se fizeram acompanhar e apoiar de figuras emblemáticas da política nacional, tal qual José Sarney, Orestes Quércia, Severino Cavalcanti, Paes de Andrade e Paulo Maluf. Ambos foram obrigados a cooptar parlamentares com favores em forma de emendas orçamentárias em algum momento de seu governo.

Ou não? Alguém tem coragem de afirmar que PT ou PSDB não comeram nas mãos destes políticos e partidos?

Um debate presidencial entre PT e PSDB pode muito bem versar sobre a maior capacidade de Dilma Roussef ou José Serra para governar, afinal, ambos têm histórico de serviço público para mostrar. Também pode comparar as circunstâncias econômicas e os sucessos que cada partido eventualmente experimentou eu seu tempo de governo. Pode até fazer construções ideológicas estúpidas como um acusar outro de neoliberal ou socialista mesmo com ambos aplicando a exata mesma fórmula macroeconômica (âncora fiscal e tributária, superávit primário e altas taxas de juros) ministrada desde tempos imemoriais pelo Fundo Monetário Internacional e adotada pelo Brasil como única forma de conter a gastança desordenada e ineficiente de recursos públicos, promovida por todos os governantes do país desde Getúlio Vargas, uma das gêneses do subdesenvolvimento de um país tremendamente rico.

Só por favor não venham dizer que um dos partidos é mais ético que o outro. São farinha do mesmo saco, grandes organizações que querem o poder para distribuir cargos, benesses, contratos e negócios para seus afiliados, eventualmente deixando algum benefício para o resto do país. Só isso, nada mais que isso.

PT e PSDB podem debater sobre absolutamente tudo, menos ética.

23 de jun. de 2010

IMPRESSIONANTE!

Nestes tempos de Copa do Mundo, devemos exaltar os bons exemplos de garra e doação no esporte, como a vitória dos EUA sobre Argélia aos 46 minutos do segundo tempo.

Mas esta acabou ofuscada pelo recorde em outro esporte, o tênis, que hoje contabilizou a partida mais longa da história: 10 horas de confronto, e que ainda não terminou!

Veja AQUI e considere que o jogo foi interrompido pela segunda vez.

O que faz um atleta ultrapassar assim os limites da resistência física e psicológica?

Vitória, nem sempre. Apesar de uma das imagens esportivas mais vívidas em minha memória, ser a do técnico Carlos Alberto Parreira descendo os degraus do estádio Rose Bowl em Pasadena com a Copa FIFA nas mãos, dizendo às pessoas à sua volta para tocá-la porque era verdade, ele, seus jogadores e o Brasil haviam vencido o torneio, ainda assim, a imagem mais forte e expressiva que conheço do esporte ainda é a da maratonista extenuada de Los Angeles, que foi até a marca final tão somente pela honra de chegar lá. (*)

Eventos como as Copas do Mundo de Futebol, as Olimpíadas e os torneios do Grand Slam (Wimbledon, US-Open, Australian-Open e Roland Garros) encerram valores muito maiores que seus prêmios financeiros gigantescos, muita gente ainda é capaz de competir por honra e mesmo por representar bem a sua pátria.

É um aspecto belíssimo da alma humana, que contrasta com as imagens feias patrocinadas pelos senhores Domenech e Dunga nos últimos dias.
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(*) Na verdade, a imagem esportiva mais emocionante da minha vida, nítida na memória e representativa de muitas coisas para mim, é o gol marcado pelo atacante Henrique Dias do Coritiba, aos 47 minutos do segundo tempo contra o Santa Cruz no estádio do Arruda, que deu o título de Campeão Brasileiro da Série B de 2007 ao meu time do coração. Foi algo que ultrapassou os limites do drama, do bom senso e do verissímil e a explosão de alegria que me proporcionou foi tão forte que até hoje me emociono.

E você, caro leitor?

Conte seu momento esportivo marcante também...

22 de jun. de 2010

MAIS GROSSO QUE DEDO DESTRONCADO!

A foto é do portal UOL


Tá certo que o esporte bretão é rude.

Mas o que tem de casca grossa nele é assustador. Passa pelo técnico da seleção brasileira com seus maus bofes (embora ele tenha certa razão em cortar as asinhas de certa rede de TV), por jogadores que agem como se estivessem numa guerra (veja as traulitadas distribuídas pela Costa do Marfim domingo), pelo irremediavelmente chato, mal-educado e paranóico Diego Armando Maradona e deságua neste senhor francês, que já em 2006 dava mostras de pouco "savoir faire".

Sobrou pro Parreira, um indivíduo reconhecido por ser boa praça, educado, calmo e correto... o pessoal da FIFA que criou aquele cerimonial bonito a pedir "fair play" deve ter pesadelos quando vê cenas como as da foto.

21 de jun. de 2010

ÁLVARO URIBE E JUAN MANOEL SANTOS

Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, foi o principal cabo eleitoral de seu candidato vitorioso nas eleições encerradas domingo, Juan Manoel Santos, que foi ministro da defesa.

Eleito e reeleito presidente, Uribe fracassou na tentativa de alterar a Constituição para concorrer a um terceiro mandato, nódoa na sua biografia.

Mesmo assim fez o sucessor e varreu do mapa político do país a oposição idiossincrática e sem discurso contra o seu governo, porque deu ao país o que o povo pedia, o combate sem tréguas ao terrorismo das FARC e, por consequência, uma política de segurança pública.

Uribe foi sucessor de Andrés Pastrana, que iniciou a luta contra as FARC fazendo acordos de segurança com os EUA numa época em que a Colômbia era considerada o país mais inseguro do mundo, o que afastava investimentos econômicos e causava estagnação.

Portanto, a Colômbia já experimenta 12 anos de governos de sucesso econômico e social, calcados quase que exclusivamente no combate à violência, que naquele país tem ligação direta com um exército de ideologia marxista e anti-democrática radical que pretende instalar uma ditadura de narcotráfico, as FARC.

Ocorreu nas eleições colombianas um fenômeno muito parecido com que ocorre hoje no Brasil. Assim como José Serra e Marina Silva não criticam as políticas econômicas do governo do PT, os adversários de Santos não tiveram a coragem de vir em defesa das FARC e, em consequência, dos desvarios do seu maior apoiador, o ditador venezuelano Hugo Chaves. Ninguém quer se afastar da vontade popular que na Colômbia, apóia os acordos de segurança com os EUA.

A política firme de segurança alavancou o desenvolvimento econômico, a Colômbia libertou-se das FARC e experimentou um progresso estancado por governos lenientes com os terroristas. E o povo aplaudiu!

As FARC representam um braço armado do narcotráfico. Qualquer governo colombiano que tenha pretensão de sucesso, só o terá entendendo que a luta contra ela só se encerra quando o último terrorista estiver morto, já que eles não aceitam diálogo.

16 de jun. de 2010

HAVERÁ ESTÁDIOS PRIVADOS EM 2014?

O Comitê Organizador da Copa 2014 (leia-se: CBF) excluiu hoje o Morumbi, estádio do São Paulo FC, da lista dos que sediarão o evento, porque clube não apresentou garantias finaceiras.

Eu alertava aqui no blog há algum tempo que não haveria investidores para estádios privados fora do eixo Rio-SP.

Errei! Simplesmente não haverá investidores para estádios privados porque é muito mais fácil aderir à tese da moleza: para quê investir na construção de estádios se basta esperar que os governos dos otários brasileiros os façam, e depois da Copa patrociná-los a custo infinitamente menor sem a necessidade de recuperar o investimento imobilizado?

O Engenhão está aí de exemplo: orçado em 50 milhões, custou 300 e nem será usado na Copa. Se interessar para alguém, basta oferecer a quantia mensal da manutenção, que é em torno de R$ 250 mil, para garantir o "naming rights" e explorar o elefante branco, o que o Botafogo não consegue!

O Bob Fernandes, no Terra, leia AQUI, faz comentários interessantes sobre a precariedade dos estádios sul-africanos.

Ora, se na África do Sul os estádios podem ser precários, porque o Morumbi, que é um ótimo estádio, não pode sediar Copa? Se na África do Sul tem estádio com fosso (teoricamente proibido pela FIFA), porque o estádio em Curitiba precisa acabar com o seu e empreender dezenas de modificações suntuosas?

Tudo caminha para a construção e reforma bilionária de estádios públicos que depois da Copa voltarão a cair aos pedaços como a Fonte Nova e o Pituaçú em Salvador, o Machadão em Natal e mesmo o Maracanã e o Engenhão no Rio.

Fala-se num Piritubão em São Paulo, ao custo de 1 bilhão de reais, para sediar jogos do Corinthians que, por sua vez, já está usando o Pacaembú com ótimos resultados para o clube. Especula-se de um estádio público em Curitiba para atender Coritiba e Paraná Clube, dois clubes que jamais precisaram de ajuda governamental para nada e cujas torcidas certamente preferem mais polícia na rua, que um elefante branco a afastá-los dos confortáveis Couto Pereira e Durival de Britto.

Porto Alegre só se livrou da jaca porque muito antes dessa hstória sórdida de Copa do Mundo, o Gremio conseguiu um investidor para fazer um estádio independente dela! Se não, os gaúchos estariam tratando de uma arena estadual ou municipal também.

Não sou engenheiro mas afirmo: o Morumbi pode muito bem sediar a Copa com uma reforma de 200 milhões. Assim como o estádio de Curitiba também, com uma reforma de 30 milhões. Assim como é desperdício construir estádios novos suntuosos em Cuiabá, Natal e Manaus, cidades onde nem há grandes clubes de futebol. Assim como é desperdício fazer mais uma reforma caríssima no Maracanã, que passou por intervenções para o Mundial FIFA de clubes em 2000 e para o Pan-Americano, ambas estourando orçamento, o mesmo que já passou dos 700 milhões e não pára de crescer, mesmo sem que um tijolo seja aplicado no lugar.

Alguém está vendendo a idéia de que a FIFA quer que a Copa no Brasil seja igual à da Alemanha. Estamos assistindo os governos de um país que não consegue fazer funcionar um prosaico telefone 190 para a segurança pública, se disporem a torrar bilhões em estádios que, de regra, depois do evento não servirão para nada!

E o pior...estão usando a Copa na África para aliviar o impacto no noticiário.

13 de jun. de 2010

SUCESSÃO E COPA

Governos com bons números econômicos e sociais geralmente fazem seus sucessores.

José Sarney sequer lançou candidato, tamanho o fracasso de seu governo. Ele foi, em 1989, o referencial dos presidenciáveis - todos buscaram se afastar dele - era condição sine qua non para a eleição, sendo que o povo brasileiro tinha apenas uma exigência: o fim do processo inflacionário e da incompetência demonstrada em sucessivos planos econômicos.

Collor não teve a oportunidade de lançar uma candidatura que lhe representasse, foi cassado. Mas Itamar Franco, que pegou o bonde andando teve a capacidade de lançar o Plano Real e acabou fazendo seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso, com relativa facilidade, até porque o país vislumbrava a chance de livrar-se de uma vez por todas de um monstro que lhe assombrou desde o governo Juscelino Kubitschek, a inflação desmedida combatida a caneladas, sendo que o PT de Lula bradava contra o Plano Real.

FHC teve a reeleição mais fácil da história do país basicamente porque seu primeiro governo ainda representou a guerra renhida contra a inflação. Em 1998, o Brasil votou pela manutenção do processo de estabilização. Havia o sentimento geral de que mudanças radicais na condução econômica poderiam por em risco o que se havia ganho até ali: uma economia assolada de problemasm mas onde havia mínima estabilidade de preços.

Em 2002, porém, o discurso da estabilização perdeu força. Entre 1998 e 2002, FHC cometeu tantos erros na condução do país que não adiantava lembrar a estabilidade para o eleitorado. Foram sucessivos saltos para cima nas taxas de juros, aumentos constantes de impostos e escândalos de corrupção sem novidades na área econômica, que não haveria candidato, nem o próprio FHC, capaz de bater Lula por uma terceira vez.

Em 2006 Lula reelegeu-se com alguma dificuldade muito mais em razão da antipatia pelo seu partido que à seu governo. O governo Lula, na eleição de 2006 estava afundado em escândalos de corrupção do PT que até hoje não foram julgados, mas ele, Lula, representou para o povo os frutos da estabilidade econômica. Penso que não foi o bolsa-família que garantiu o segundo mandato do presidente, mas sim o sentimento generalizado de que finalmente a luta contra a inflação trazia alguma vantagem e não mais apenas sacrifícios para as pessoas comuns.

Tenho afirmado aqui no blog que qualquer que fosse o candidato do presidente Lula nas eleições de 2010, ele seria favorito. E a cada dia que passa, me convenço mais disso.

Todo discurso econômico ou governamental se esgota, mas o de Lula aguentou até 2010 porque o país ainda tem potencial de consumo e crescimento, que estavam estancados havia várias décadas. Pode ser que dentro de 4 anos o país efetivamente queira o "mais" que os tucanos tentam requisitar, mas hoje, o brasileiro médio está satisfeito com a forma com que se administra a economia. O brasileiro ainda está embevecido com a capacidade de comprar eletrodomésticos e automóveis, ainda é preciso algum tempo para que comece a exigir saúde, educação e segurança pública, como exigiu no passado o fim da inflação.

José Serra é bom candidato. Ele tem biografia de luta contra a ditadura, de ascensão social, de capacidade administrativa e sólida formação intelectual. Mas Dilma Roussef hoje representa o que FHC foi em 1994 - uma pessoa sem grande carisma, pouco intelegível e até antipática para as massas, mas que engloba uma idéia de algo que está funcionando e dando frutos (no caso, em 1998 o Plano Real e a estabilização econômica e hoje, o acesso da população às facilidades e conquistas de uma economia estável).

Dilma Roussef é favorita. Pode ser que as pesquisas mostrem um empate técnico mas, na hora do voto, o indeciso votará com o sentimento, como o anti-Sarney de 1989, o anti-inflação de 1994 e o anti-estagnação de 2002. Agora o sentimento é o de aproveitar os frutos de um longo processo, sem pensar exatamente nas minúcias.

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Até agora uma Copa de baixíssimo nível técnico ao som irritante das vuvuzelas e em meio ao caos da desorganização do trânsito e dos estádios sul-africanos. Se a África do Sul organizou uma Copa com 5 bilhões de dólares, nada justifica o Brasil orçar a de 2014 em 16 bilhões. Há estádios da Copa da África, piores que o Morumbi ou o Beira Rio... custo a acreditar que a infra-estrutura do Brasil seja tão pior que a sul-africana, que justifique um gasto de 3 vezes o que foi aplicado lá.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...