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12 de jul. de 2010

ESPANHA CAMPEÃ NUMA COPA RUIM

Ontem a correria excessivamente faltosa do time da Holanda a fez perder a Copa. O time laranja correu tanto e bateu tanto no afã de impedir que o time da Espanha jogasse, que chegou à prorrogação extenuado, levando bolas nas costas da zaga até que o gol saiu.

A Espanha venceu a Copa, não se deve desmerecer o trabalho de Vicente Del Bosque com esta geração de atletas, que para o país está como a geração de Zidàne para a França, mas que está longe, como a França, de virar uma escola como são as do Brasil, Alemanha, Argentina e Itália.

Critico o futebol desta copa.

A praga européia do futebol de resultados cobrou uma conta cara.

Foi a pior que já assisti, incluindo a também medonha Itália 90'.
Jogos sonolentos por excessivamente defensivos. Poucas decisões dramáticas. Poucos craques. Excesso de faltas mal punidas pelos juízes (o Brasil que o diga nos jogos contra Costa do Marfim e Holanda). Erros grosseiros de juízes e bandeiras. E tudo ao som irritante das vuvuzelas, acionadas pelos entediados das arquibancadas.

A simpatia dos africanos não compensa o futebol horroroso desta copa, e, principalmente, a falta dos craques como (eca!) Maradona, Romário e Zidâne que levaram nas costas os seus times ao título fazendo jogadas memoráveis.

Futebol é craque no campo e bola na rede e sinceramente, cansei desse futebol de poucos gols que assistimos em 2006 e 2010. Queira Deus que em 2014, as redes balancem e os craques brilhem!

2 de jul. de 2010

MAS É SÓ UM JOGO...


....e antes de torcedor, eu sou brasileiro, com orgulho e amor!



Porque futebol é só um jogo.



Ele não decide se seremos felizes ou não, se o Brasil é um país justo ou não se temos progresso ou não.



Futebol é só um jogo.



E sendo só um jogo, não há culpados, quem joga está sujeito a perder.



Se eu pudesse, daria um abraço apertado no Dunga, no Julio Cesar, no Robinho, no Lúcio e em todos os atletas brasileiros porque errar é humano e jogo é jogo e não vi ninguém entre eles fazendo corpo mole, todo mundo suou a camisa, correu e enfrentou os adversários.

Se é por futebol, voltemos a torcer pelo Coxa, pelo Botafogo, pelo Sport, pelo Náutico, pelo Flamengo, pelo Grêmio... mas não deixemos de se orgulhar de sermos brasileiros, um país multiracial, pacífico, riquíssimo e com muita coisa por construir ainda.
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PS.: Uma seleção não pode dar certo se treina no CT do Caju...ahahahahahahahahahahahahahah!!!

13 de jun. de 2010

SUCESSÃO E COPA

Governos com bons números econômicos e sociais geralmente fazem seus sucessores.

José Sarney sequer lançou candidato, tamanho o fracasso de seu governo. Ele foi, em 1989, o referencial dos presidenciáveis - todos buscaram se afastar dele - era condição sine qua non para a eleição, sendo que o povo brasileiro tinha apenas uma exigência: o fim do processo inflacionário e da incompetência demonstrada em sucessivos planos econômicos.

Collor não teve a oportunidade de lançar uma candidatura que lhe representasse, foi cassado. Mas Itamar Franco, que pegou o bonde andando teve a capacidade de lançar o Plano Real e acabou fazendo seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso, com relativa facilidade, até porque o país vislumbrava a chance de livrar-se de uma vez por todas de um monstro que lhe assombrou desde o governo Juscelino Kubitschek, a inflação desmedida combatida a caneladas, sendo que o PT de Lula bradava contra o Plano Real.

FHC teve a reeleição mais fácil da história do país basicamente porque seu primeiro governo ainda representou a guerra renhida contra a inflação. Em 1998, o Brasil votou pela manutenção do processo de estabilização. Havia o sentimento geral de que mudanças radicais na condução econômica poderiam por em risco o que se havia ganho até ali: uma economia assolada de problemasm mas onde havia mínima estabilidade de preços.

Em 2002, porém, o discurso da estabilização perdeu força. Entre 1998 e 2002, FHC cometeu tantos erros na condução do país que não adiantava lembrar a estabilidade para o eleitorado. Foram sucessivos saltos para cima nas taxas de juros, aumentos constantes de impostos e escândalos de corrupção sem novidades na área econômica, que não haveria candidato, nem o próprio FHC, capaz de bater Lula por uma terceira vez.

Em 2006 Lula reelegeu-se com alguma dificuldade muito mais em razão da antipatia pelo seu partido que à seu governo. O governo Lula, na eleição de 2006 estava afundado em escândalos de corrupção do PT que até hoje não foram julgados, mas ele, Lula, representou para o povo os frutos da estabilidade econômica. Penso que não foi o bolsa-família que garantiu o segundo mandato do presidente, mas sim o sentimento generalizado de que finalmente a luta contra a inflação trazia alguma vantagem e não mais apenas sacrifícios para as pessoas comuns.

Tenho afirmado aqui no blog que qualquer que fosse o candidato do presidente Lula nas eleições de 2010, ele seria favorito. E a cada dia que passa, me convenço mais disso.

Todo discurso econômico ou governamental se esgota, mas o de Lula aguentou até 2010 porque o país ainda tem potencial de consumo e crescimento, que estavam estancados havia várias décadas. Pode ser que dentro de 4 anos o país efetivamente queira o "mais" que os tucanos tentam requisitar, mas hoje, o brasileiro médio está satisfeito com a forma com que se administra a economia. O brasileiro ainda está embevecido com a capacidade de comprar eletrodomésticos e automóveis, ainda é preciso algum tempo para que comece a exigir saúde, educação e segurança pública, como exigiu no passado o fim da inflação.

José Serra é bom candidato. Ele tem biografia de luta contra a ditadura, de ascensão social, de capacidade administrativa e sólida formação intelectual. Mas Dilma Roussef hoje representa o que FHC foi em 1994 - uma pessoa sem grande carisma, pouco intelegível e até antipática para as massas, mas que engloba uma idéia de algo que está funcionando e dando frutos (no caso, em 1998 o Plano Real e a estabilização econômica e hoje, o acesso da população às facilidades e conquistas de uma economia estável).

Dilma Roussef é favorita. Pode ser que as pesquisas mostrem um empate técnico mas, na hora do voto, o indeciso votará com o sentimento, como o anti-Sarney de 1989, o anti-inflação de 1994 e o anti-estagnação de 2002. Agora o sentimento é o de aproveitar os frutos de um longo processo, sem pensar exatamente nas minúcias.

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Até agora uma Copa de baixíssimo nível técnico ao som irritante das vuvuzelas e em meio ao caos da desorganização do trânsito e dos estádios sul-africanos. Se a África do Sul organizou uma Copa com 5 bilhões de dólares, nada justifica o Brasil orçar a de 2014 em 16 bilhões. Há estádios da Copa da África, piores que o Morumbi ou o Beira Rio... custo a acreditar que a infra-estrutura do Brasil seja tão pior que a sul-africana, que justifique um gasto de 3 vezes o que foi aplicado lá.

31 de mai. de 2010

PATRIOTISMO DE OCASIÃO

A cada 4 anos é a mesma coisa. Bandeiras nacionais nas casas, nos carros, nas janelas dos prédios e nos estabelecimentos comerciais. Ruas enfeitadas em verde-amarelo irradiando ufanismo, gente declarando amor eterno ao país. Músicas em homenagem ao jeito brasileiro alegre e descontraído, propagandas de TV em verde-amarelo exaltando a seriedade da "nação de guerreiros" dispostos a lutar contra tudo e contra todos em busca dos objetivos.

E ao mesmo tempo, a indignação dos justos. A discussão sisuda sobre a não convocação de alguém, a crítica raivosa ao técnico da seleção (seja ele quem for), cujos atos são esquadrinhados e as frases são dissecadas nos mínimos detalhes, porque ele é o vilão nacional, o indivíduo sobre o qual repousa a responsabilidade de atender aos anseios brasileiros de vencer a Copa do Mundo sem perder um único ponto, goleando todos os adversários por no mínimo 3 tentos, sem tomar gols e apresentando futebol-arte.

Eu gostaria que o brasileiro fosse tão inquisidor com nossos políticos quanto é com o técnico da seleção e seus convocados. Gostaria que o brasileiro cobrasse dos políticos por educação, saúde, cultura e segurança pública quanto cobra do Dunga pelo futebol arte.

Eu quero um dia chegar a ver os brasileiros discutindo nas esquinas das ruas, nos bares, nas praças e nas rodas de amigos, as decisões de Luis Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Roussef, José Serra ou qualquer outro político, tal como discute as do Dunga. Eu gostaria de ver gente indignada, chorando de raiva e prostrada de indignação perante os casos escabrosos de corrupção, como vi nas viúvas de Neymar e Ganso. Eu gostaria de ver esta festa cívica colorida e bonita que se arma a cada 4 anos nas datas pátrias, como o 7 de setembro, o 15 de novembro ou o 21 de abril, e não aquelas crianças com cara de tédio por terem de cantar o hino nacional na marra no pátio do colégio.

Esse patriotismo de ocasião me enoja.

A maioria dos brasileiros não se importa com o país onde vive por quase 1000 dias, e de repente, às portas de uma Copa do Mundo, quer demonstrar algo que não sente no tempo certo, ou seja, sempre!

Pintar ruas de verde-amarelo e pendurar bandeirinhas é fácil. Rir de comerciais sobre futebol, decorar a musiquinha da copa, aprender a dança idiota da copa ou falar algumas palavras no idioma da copa... tudo isso é fácil, muito fácil!

Difícil é votar direito e acabar com a carreira de políticos ladrões sem necessitar da nossa (péssima) Justiça, ou seja, simplesmente não reelegê-los a despeito de seus recursos infindáveis para driblar a legislação eleitoral. Difícil é ser guerreiro para combater a disseminação criminosa de álcool entre crianças e adolescentes, para ajudar com ações cívicas na melhoria do ensino, para denunciar os abusos contra os direitos civis, para peitar os prevalecidos que dizem "você sabe com quem está falando?". Difícil é esquadrinhar a vida de candidatos a cargos públicos, entender sua trajetória política, suas realizações, seus erros, suas propostas, suas boas e más intenções. Dífícil é perguntar com quem eles andam e o que pretendem fazer. Difícil é se perguntar e analisar para onde vai o dinheiro dos impostos extorsivos que todos pagamos. Difícil é entender que um prefeitinho ou vereador de m... semi-analfabeto e miserável não pode enriquecer da noite para o dia ao assumir o cargo sem roubar dinheiro público.

Seria bom para o Brasil se a Copa do Mundo tivesse 365 dias e a escalação da seleção dependesse dos senhores políticos. Quem sabe o brasileiro aprendesse o mal que eles fazem quando ficam livres dessa fiscalização cívica que se vê a cada 4 anos contra a CBF e seus contratados.

Eu adoro futebol, eu torço pela seleção como torço pelo Coxa. Mas é apenas futebol, chorar e indigar-se por uma derrota em campo é irrelevante, chorar, indignar-se e exigir providências pela falta de recursos para a saúde e a educação, isso sim é patriótico.

Mas o brasileiro, via de regra, só chora pelo país na desclassificação de alguma copa, ou na efêmera comemoração de uma vitória.

11 de mai. de 2010

OS ACERTOS DO DUNGA


Desde que acompanho as copas do mundo é sempre a mesma coisa. Após a convocação final o técnico da seleção é chamado de burro e criticado por não levar para o evento algum jogador da preferência da imprensa paulista e/ou carioca.

E Dunga entrou pro mesmo time de vilões nacionais do qual fazem parte figuras vencedoras como Zagallo, Carlos Alberto Parreira, Felipão e Telê Santana. Neste ano, o a chiadeira se deu por conta da dupla Neymar e Ganso do Santos e de Ronaldinho Gaúcho que joga no Milan.

A seleção brasileira é a primeira experîência de Dunga como técnico, é verdade. Mas parece que todo mundo esqueceu que ele foi capitão de todas as equipes em que jogou antes de aposentar a braçadeira, de modo que era ele quem às organizava dentro de campo mediante as determinações de seus técnicos. Ou seja, ele entende, sim, de tática, de posicionamento e de disciplina e tem plenas condições de montar uma equipe vencedora.

E por isso foi campeão da Copa América numa final contra a Argentina, campeão da Copa das Confederações e campeão da Eliminatórias (quando venceu duas vezes a seleção argentina). Será que ele é mesmo tão ruim e inexperiente quando estão falando?

Não, não é! Nas últimas 5 partidas das Eliminatórias, a seleção brasileira jogou de modo brilhante um futebol moderno, pragmático. Sem as firulas de Ronaldinho Gaúcho mas com a alta capacidade de Kaká. Sem a explosão de Ronado Fenômeno, mas com a presença de Luis Fabiano. Dunga não cedeu às tentações de fazer dezenas de experiências que só beneficiariam empresários loucos para ter pupilos se apresentando com a camisa amarela e valorizando seus passes. Testou quem tinha que testar (inclusive Ronaldinho Gaúcho) e chegou a um time base bem definido. Mandou pro chuveiro quem não agiu com o espírito de disciplina, doação e garra que se exige de uma seleção brasileira.

Essa campanha sórdida que vimos nos últimos meses tentando impor a convocação Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Ganso foi injusta com Dunga e com os jogadores da base de sua seleção, que venceram os torneios que citei.

Ronaldinho Gaúcho já provou que é craque e já foi campeão mundial. Mas em 2006 ele simplesmente não jogou nada e foi um dos artífices do clima de "oba-oba" que Carlos Alberto Parreira não conseguiu controlar. Por mais que seu futebol seja brilhante, já está provado que ele não precisa mais da camisa amarela, ele já está na história, mais uma copa pouco lhe acrescenta ao currículo.

Neymar e Ganso, por sua vez, são inexperientes e os "shows" que patrocinaram no Santos não são base para auferir toda a sua capacidade. Em 2010, o Santos enfrentou São Paulo e Corinthians despreocupados no campeonato paulista e o Palmeiras em crise técnica. As "provas de fogo" dos "meninos da vila" este ano, foram o jogo final do paulistão contra o Santo André e os embates contra o Atlético Mineiro. Pouco para se auferir a capacidade dos garotos em enfrentar uma Copa do Mundo. Ademais são jovens e com 3 ou 4 Copas do Mundo pela frente.

Portanto, Dunga está certo. Ele convocou os jogadores que se encaixam melhor na sua filosofia de trabalho e não deu bola para o besteirol de repórteres, comentaristas e locutores. Talvez seja campeão, talvez não, mas acredito que fará uma grande campanha, lembrando sempre que seleções brilhantes como o Brasil em 82, Hungria em 54 e Holanda em 74 e 78 não foram campeãs.

Ser campeão em Copa do Mundo é detalhe, mas que eu lembre, sempre que o Brasil aderiu ao "oba-oba" voltou de mãos abanando...

16 de fev. de 2010

46664 (*)

.Nascido livre, vale a pena viver.
Mas só vale a pena viver,
porque você nasceu livre.
(da música Born Free de Andy Willians e John Barry, para o filme "A História de Elza")


Sempre digo que o século XX foi pródigo em grandes homens.

Winston Churchill, Carol Woytila (o papa João Paulo II), Franklin Delano Roosevelt, Wladimir Ilitch Lênin, Golda Meir, Margareth Thatcher, Gamal Abdel Nasser, Mohandas Ghandi, Jawaharlal Nehru, Madre Teresa de Calcutá, Lech Walesa, e muitos outros fizeram do século XX uma era de igualdade e direitos jamais imaginada no passado.

Grandes homens são o farol da civilização. O sacrifício e a coragem são, historicamente, o motor das mudanças sociais, a inspiração para grandes movimentos de progresso e realização. Quando grassa a injustiça, o ser humano prostrado precisa de um líder.

Entre 1910, ano da independência do país, e os anos finais do século XX, na África do Sul os negros foram gradualmente isolados em guetos onde não tinham autorização sequer para empreenderem atividades econômicas que lhes vislumbrassem a melhoria de suas condições sociais. A eles eram negados os direitos políticos e os econômicos, suas vidas resumiam-se a experimentar a miséria eterna sob o jugo cruel de um regime racial baseado exclusivamente na opressão violenta que lhes negava a terra onde trabalhar e mesmo a discussão sobre as injustiças que lhes acometiam (Steve Biko, ativista, foi assassinado e seus algozes jamais foram julgados por alegada falta de provas). Mesmo aos negros que eram autorizados ao convívio com os brancos, não era permitida mais que uma relação de servilismo escravo.

Faltavam pouco mais de 10 anos para o fim do século, quando a tensão social explodia e a população negra, que era a maioria absoluta naquele país chegava ao seu limite. Foi mais ou menos a época em que ouvi falar pela primeira vez de um líder incomum, condenado à prisão perpétua por traição e terrorismo e cumprindo sua pena após pegar em armas mesmo pregando a paz, revoltado com o massacre de 69 indefesos e desarmados que pediam melhores condições de vida em 1960.

Alguém que durante a vida fez declarações díspares como “...entre a bigorna que é ação da massa unida e o martelo que é a luta armada, devemos esmagar o apartheid...” e “...unam-se, mobilizem-se, lutem!...” e também pregou comiseração ao dizer que “...uma boa cabeça e um bom coração formam uma formidável combinação...” ou ainda pregar que “...não há caminho fácil para a Liberdade...”.

E da prisão sua imagem serena inspirava a luta de um povo cansado de lutar pela Liberdade, que não queria a guerra mas precisava de um líder, uma luz na escuridão da injustiça.

Então, o destino elegeu presidente dos brancos um pequeno herói de nome Frederik de Klerk, cujo grupo político compreendera que aquele regime não se sustentaria, que o mundo mudara e mesmo que entre os negros havia um líder, cuja ascendência tornaria impossível a manutenção do apartheid.

Nelson Mandela foi libertado em 12 de fevereiro de 1990. Naquela ocasião, levantou o braço direito em um ângulo de 45 graus com o punho cerrado, marca da resistência heróica do seu povo. Mas pregou a conciliação ao invés da vingança, abdicando da guerra para trabalhar pela paz como nenhum outro ser humano nos últimos 20 anos. Nem a injustiça de sua prisão e as acusações de trair o país que sempre amou e de um terrorismo que jamais praticou, foram suficientes para desviá-lo de seu sonho pelo “...dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos...”.

Mandela é advogado de formação, fundador do Congresso Nacional Africano em 1942, signatário da Carta da Liberdade de 1955, Nobel da Paz de 1993 (em conjunto com Frederick de Klerck) “pelo trabalho de pacificação com o fim do regime do Apartheid e pela fundação da nova democracia da África do Sul”(**). Em 1994 foi eleito presidente de seu país e ao contrário do que se poderia imaginar de alguém que chegara ao poder como ele, não manobrou por sua reeleição, entregando o cargo em 1999 e deixando oficialmente a vida pública em 2004, quando virou símbolo de um país saído das trevas, a pregar a Justiça e a Igualdade, a luta incesssante e sem tréguas pelos direitos humanos e pelo combate à AIDS.

É o grande herói nacional da África do Sul porque foi capaz de unir o país no complicado processo de integração racial ainda em curso, sem atentar contra a democracia nem pregar o ódio ao passado.

Mandela é um daqueles seres humanos especiais, que merecem cada uma das muitas homenagens, como o Nobel da Paz de 1993, a honraria maior da multirracial Índia, o Bharat Ratna em 1990, o título de Cidadão Honorário do Canadá em 2001 e o de Embaixador da Consciência em 2006 pela Anistia Internacional. Mas a homenagem mais singela e bonita que reconheci à sua pessoa, foi feita pelo grupo musical típico chileno, Illapu, cuja letra diz o seguinte:


La noche que anda de negro
cargada de soledad
que se levante Mandela
Mandela, mande ya

La noche que anda escondida
y sigue siempre esperando
debe ser el mediodia
o la manana cantando

Mande Mandela, Mandela ya!
que la noche se levante,
y no se vuelva acostar!


Neste ano de 2010, quando o mundo será recepcionado na terra de Mandela para uma festa esportiva, vamos prestar a merecida homenagem para este homem que honrou àqueles que acreditam na paz e entrou para a história da luta dos direitos de todos nós seres humanos.


(*) Número de inscrição de Nelson Mandela na prisão na qual ficou por 28 anos.
(**) Palavras da comissão que defere o Prêmio Nobel.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...