Tá no uol:
Severino Cavalcanti (PP) volta à cena política em Pernambuco com apoio de PT e PSB
Eu não faço oposição radical a ninguém, muito menos ao PT ou ao atual governo.
Mas notícias como esta, provam que o PT não é mais ético ou melhor que o PSDB ou o DEM, é tudo farinha do mesmo saco.
Aos partidos políticos brasileiro só importa o poder a qualquer custo, por mais que ele implique em beneficiar gente do quilate deste senhor, envolvido na névoa de casos escabrosos até hoje não totalmente esclarecidos, mas que não o impediram de renunciar ao seu cargo em Brasília, com medo confesso dos processos a que estaria sujeito.
Se vivêssemos num país onde a política fosse levada a sério, este senhor até conseguiria se candidatar. Mas não teria o apoio de partidos que se dizem éticos e historicamente comprometidos com tudo o que ele representa na história recente do país, ficaria restrito a um partido de oligarcas como é o PP.
O PT foi rigoroso ao tratar da aliança Frankenstein que o diretório de Belo Horizonte queria fazer com o PSDB, na qual o candidato do partido seria apoiado. Mas é leniente e incoerente ao apoiar este senhor que envergonhou o país inteiro ao ser o primeiro presidente da Câmara dos Deputados a renunciar ao cargo no seu exercício, para não enfrentar um processo de cassação.
E estendo todas essas críticas também ao PSB.
4 de jul. de 2008
1 de jul. de 2008
SE BEBEU, PROIBIDO DIRIGIR
Tem muita gente dizendo que essa nova lei sobre o álcool ao volante é arbitrária.
Alguns alegam que é discriminatório porque, supostamente, um usuário de maconha, cocaína ou LSD não seria punido se pego dirigindo fora de condições, mas alguém que tivesse consumido um bombom de licor, sim.
Mas isso não procede. Usuários de droga são a minoria da minoria da população, o que significa que, em número, causam problemas infinitamente menores no trânsito, conquanto não menos graves. Mas se alguém é flagrado pego em condições assim, é encaminhado às autoridades do mesmo jeito e ao invés de responder pelo crime de que trata a nova Lei, responde pelo de tráfico ou uso de entorpecentes. Basta que o policial faça o encaminhamento, e o resultado será idêntico, talvez até pior para o drogado, de modo que não se sustenta essa comparação entre bombom de licor e maconha, usada para justificar o consumo de álcool seguido de direção.
O álcool é uma epidemia de proporções assustadoras, potencializada pela publicidade irresponsável que o associa à beleza, à inteligência e ao sucesso com o sexo oposto. Está comprovado que a idade em que os jovens iniciam o consumo é cada vez menor ao mesmo tempo em que a quantidade de viciados aumenta exponencialmente, viciados estes que certamente representam uma parcela relevante dos motoristas, o que não acontece com os usuários de droga que, repita-se, existem, representam um problema gravíssimo mas em números muito inferiores.
Associe esse consumo desenfreado de álcool, com e juventude e seus traços de personalidade naturalmente contestadores, exibicionistas e aversos à autoridade a um automóvel cuja publicidade é centrada no desempenho e o que temos? Milhões de vítimas anuais entre mortos, mutilados e feridos, prejuízos de ordem material, processos judiciais infindáveis e até a perda de capacidade de trabalho do país a um custo de BILHÕES de reais que não remediam absolutamente nada. O país perde, todos perdem, especialmente aqueles que têm seus entes queridos mortos por assassinos alcoolizados aos volantes, cujas estatísticas já comprovaram são,na imensa maioria, da faixa dos 18 a 25 anos.
A arbitrariedade não está nas letras da Lei, ela está dentro das pessoas. É óbvio que a Lei dá margem à corrupção policial, como, aliás, toda e qualquer Lei dá margem à corrupção de agentes administrativos. Achar que uma Lei não pode ser aplicada porque um ou outro agente administrativo vai corromper-se é desculpa esfarrapada de quem se acha mais importante que um todo social.
Esta Lei vai direto ao ponto, se não é possível proibir uma pessoa de beber, muito menos avaliar a quantidade de bebida que a torna perigosa no trânsito, assim, a proíbe de dirigir, multa e cassa-lhe a carteira se constata que bebeu e, se bebeu além de qualquer conta razoável, transforma em crime.
É justo, simples e direto. Quer beber, vá de táxi, de ônibus, de metrô, mas não dirija, não ponha em risco a vida de terceiros. O direito de ir e vir não é afetado, o de beber também não.
O ideal seria que esta Lei fosse complementada com a proibição da publicidade de álcool e com medidas acessórias, como a proibição de álcool em estádios de futebol, como já existe em outros países. O processo é idêntico ao existente contra o cigarro, e não menos relevante.
Mas o sintomático é que muita gente reclama que o governo não faz nada para resolver o caos da saúde. Mas quando faz, como é o caso desta Lei, desatam a dizer que ela é arbitrária, que vai prejudicar os donos de bar, que atenta contra a liberdade dos cidadãos.
É querer dizer que o problema é só com os outros.
Alguns alegam que é discriminatório porque, supostamente, um usuário de maconha, cocaína ou LSD não seria punido se pego dirigindo fora de condições, mas alguém que tivesse consumido um bombom de licor, sim.
Mas isso não procede. Usuários de droga são a minoria da minoria da população, o que significa que, em número, causam problemas infinitamente menores no trânsito, conquanto não menos graves. Mas se alguém é flagrado pego em condições assim, é encaminhado às autoridades do mesmo jeito e ao invés de responder pelo crime de que trata a nova Lei, responde pelo de tráfico ou uso de entorpecentes. Basta que o policial faça o encaminhamento, e o resultado será idêntico, talvez até pior para o drogado, de modo que não se sustenta essa comparação entre bombom de licor e maconha, usada para justificar o consumo de álcool seguido de direção.
O álcool é uma epidemia de proporções assustadoras, potencializada pela publicidade irresponsável que o associa à beleza, à inteligência e ao sucesso com o sexo oposto. Está comprovado que a idade em que os jovens iniciam o consumo é cada vez menor ao mesmo tempo em que a quantidade de viciados aumenta exponencialmente, viciados estes que certamente representam uma parcela relevante dos motoristas, o que não acontece com os usuários de droga que, repita-se, existem, representam um problema gravíssimo mas em números muito inferiores.
Associe esse consumo desenfreado de álcool, com e juventude e seus traços de personalidade naturalmente contestadores, exibicionistas e aversos à autoridade a um automóvel cuja publicidade é centrada no desempenho e o que temos? Milhões de vítimas anuais entre mortos, mutilados e feridos, prejuízos de ordem material, processos judiciais infindáveis e até a perda de capacidade de trabalho do país a um custo de BILHÕES de reais que não remediam absolutamente nada. O país perde, todos perdem, especialmente aqueles que têm seus entes queridos mortos por assassinos alcoolizados aos volantes, cujas estatísticas já comprovaram são,na imensa maioria, da faixa dos 18 a 25 anos.
A arbitrariedade não está nas letras da Lei, ela está dentro das pessoas. É óbvio que a Lei dá margem à corrupção policial, como, aliás, toda e qualquer Lei dá margem à corrupção de agentes administrativos. Achar que uma Lei não pode ser aplicada porque um ou outro agente administrativo vai corromper-se é desculpa esfarrapada de quem se acha mais importante que um todo social.
Esta Lei vai direto ao ponto, se não é possível proibir uma pessoa de beber, muito menos avaliar a quantidade de bebida que a torna perigosa no trânsito, assim, a proíbe de dirigir, multa e cassa-lhe a carteira se constata que bebeu e, se bebeu além de qualquer conta razoável, transforma em crime.
É justo, simples e direto. Quer beber, vá de táxi, de ônibus, de metrô, mas não dirija, não ponha em risco a vida de terceiros. O direito de ir e vir não é afetado, o de beber também não.
O ideal seria que esta Lei fosse complementada com a proibição da publicidade de álcool e com medidas acessórias, como a proibição de álcool em estádios de futebol, como já existe em outros países. O processo é idêntico ao existente contra o cigarro, e não menos relevante.
Mas o sintomático é que muita gente reclama que o governo não faz nada para resolver o caos da saúde. Mas quando faz, como é o caso desta Lei, desatam a dizer que ela é arbitrária, que vai prejudicar os donos de bar, que atenta contra a liberdade dos cidadãos.
É querer dizer que o problema é só com os outros.
A FALTA DO MÉRITO
Um comentarista político de Curitiba, Raul Mazza, sempre comenta que o Brasil é um país em que não existe uma meritocracia.
Ele quer dizer com isso que o Brasil, via de regra, não premia quem é mais competente, porque aqui, o que mais importa é ser popular, ser bonito ou ter algum tipo de apadrinhamento.
E não deixa de ser verdade.
Quem procura emprego nessas agências estúpidas de recrutamento passa pelas maiores humilhações. Em processos seletivos, convocam uns 10 ou 15 profissionais e fazem várias entrevistas e as ridículas dinâmicas de grupo, mas o contratado geralmente é alguém indicado por um dos diretores da empresa ou até mesmo da agência ou ainda pior, o mais bonito dentre os candidatos. A maioria dessas empresas de recrutamento cobra sem prestar um mísero serviço, se aproveitam na necessidade alheia de trabalhar. Elas alimentam a deméritocracia ao selecionar os bons e escolher apenas os mais ou menos.
Mas vamos mais longe.
Conheço uma funcionária de tribunal cuja promoção foi preterida em favor de outra, com anos a menos de serviço, porque esta adulava o juiz responsável pela sua repartição, e aquela, se limitava a trabalhar feito escrava e deixar seus prazos em dia. Ou seja, mais vale elogiar diariamente a cor da gravata do magistrado, que trabalhar sério e fazer as coisas funcionarem.
E sob outro aspecto, aqui na cidade onde vivo um dos candidatos a prefeito mal e porcamente sabe escrever o nome, mas ele é favorito às eleições porque é parente de um ex-prefeito que foi cassado porque condenado em todas as instâncias por comprar votos na cara dura, mas praticava assistencialismo barato. Mesmo assim, o gajo é favorito, porque o povão vê nele a continuidade do "injustiçado".
Eu mesmo já senti na carne que o mérito não é valorizado entre nós. Certa feita, um cliente meu foi acionado em valores milionários. Eu e minha sócia trabalhamos durante uns 10 dias sem parar para juntar provas, montar alegações e fazer a contestação. Um trabalho estafante, sob a pressão de um prazo exíguo combinado com a preocupação do cliente, empresa formada por fundos de pensão, que queriam explicação detalhada do por que de serem réus em juízo.
Não nos negamos a atender à situação de urgência, decidimos discutir o valor dos serviços depois, confiando no cliente. Ganhamos a ação em primeira instância, mas ele se recusou a pagar pelos serviços, alegando que era nossa obrigação contratual, mesmo havendo cláusula expressa dizendo que não.
Tempos depois, o mesmo cliente que nunca nos pagou, forçou-nos a aceitar um novo advogado na causa, um ex-desembargador que "cuidaria" do recurso. O tal advogado usou a mesma petição feita no meu escritório, acrescentou um parágrafo e fez uma sustentação oral completamente fora do que estava escrito, não sem antes botar banca e garantir para minha sócia que aquele processo se encerraria ali. Perdeu a ação no tribunal e mesmo assim, recebeu R$ 40 mil, enquanto eu e minha sócia nunca recebemos nem um centavo porque, afinal, não somos ex-desembargadores, pouco importa a qualidade de nosso serviços.
Longe de reclamar da vida, me considero um advogado comum mas pouco acima da média do que se encontra nos fóruns. Mas fico estarrecido ao ver o trabalho que prestam alguns dos grandes figurões do mundo jurídico. É incrível como se encontram erros crassos de português e de interpretação jurídica tudo compensado porque o advogado "x" tem boa influência no tribunal, de onde as vezes ele é aposentado, ou porque advogado "y" é ligado ao deputado "w". Enfim, claro que há os profissionais excepcionais, aqueles que são uma referência, mas a maioria dos figurões só o é porque atropelaram o mérito, e porque é comum no Brasil se escolher um advogado bom em trocar influência, ou bom em ganhar tempo para quem não quer pagar o que deve.
No Brasil é quase sempre assim. Bons empregos são deferidos a quem tem indicação ou a quem é mais bonito, pouco importando sua competência. Promoções no serviço público não consideram as fichas funcionais. Correligionários imbecis de políticos recebem chefias que seriam melhor ocupadas por funcionários de carreira. Políticos comprovadamente corruptos são extremamente populares. As dançarinas do Tchan recebem mais reconhecimento que, por exemplo, as talentosas Vanessa da Mata ou Ana Carolina. Quem promete vender influência é mais valorizado que os que trabalham duro. Até no futebol que antigamente era exceção esse quadro chegou, à vista dos cabeças de bagre que conseguiram a façanha de perder para a seleção da Venezuela, convocados não exatamente pelo seu mérito.
Não existe meritocracia no Brasil. Pouco importa se o leitor tenha estudado para conseguir lugar nas melhores universidades. Pouco importa se antes das provas você estudava de madrugada e tirava nota 10 porque é provável que seu colega que saía do bar para a sala de aula, fazia a prova, colava e tirava 5 tomará o seu lugar no mercado de trabalho por tem alguém que o indique ou por ser mais bonito e descolado. De nada adianta trabalhar sério, as promoções não são decididas pelo seu desempenho. E no resumo, pouco adianta ser honesto, porque o que importa entre nós é "se dar bem" e pessoas honestas não aceitam isso, elas querem vencer por méritos.
Somos um país de indicações, de cargos em comissão que desprezam os concursos públicos, de mulheres que só fazem sucesso por mostrarem as carnes em revistas masculinas e de políticos populistas. Excluímos o mérito de nossas vidas, e o fazemos isso justificando até em boas intenções, como a de desafogar as escolas públicas, que aprovam alunos que sequer aprender a ler e escrever, ou ainda, damos o direito de trabalhar a profissionais saídos de faculdades tipo fim de semana e pagou-passou, porque supostamente isso tira pessoas da pobreza.
Enfim, vivemos a cultura do "se dar bem".
Ele quer dizer com isso que o Brasil, via de regra, não premia quem é mais competente, porque aqui, o que mais importa é ser popular, ser bonito ou ter algum tipo de apadrinhamento.
E não deixa de ser verdade.
Quem procura emprego nessas agências estúpidas de recrutamento passa pelas maiores humilhações. Em processos seletivos, convocam uns 10 ou 15 profissionais e fazem várias entrevistas e as ridículas dinâmicas de grupo, mas o contratado geralmente é alguém indicado por um dos diretores da empresa ou até mesmo da agência ou ainda pior, o mais bonito dentre os candidatos. A maioria dessas empresas de recrutamento cobra sem prestar um mísero serviço, se aproveitam na necessidade alheia de trabalhar. Elas alimentam a deméritocracia ao selecionar os bons e escolher apenas os mais ou menos.
Mas vamos mais longe.
Conheço uma funcionária de tribunal cuja promoção foi preterida em favor de outra, com anos a menos de serviço, porque esta adulava o juiz responsável pela sua repartição, e aquela, se limitava a trabalhar feito escrava e deixar seus prazos em dia. Ou seja, mais vale elogiar diariamente a cor da gravata do magistrado, que trabalhar sério e fazer as coisas funcionarem.
E sob outro aspecto, aqui na cidade onde vivo um dos candidatos a prefeito mal e porcamente sabe escrever o nome, mas ele é favorito às eleições porque é parente de um ex-prefeito que foi cassado porque condenado em todas as instâncias por comprar votos na cara dura, mas praticava assistencialismo barato. Mesmo assim, o gajo é favorito, porque o povão vê nele a continuidade do "injustiçado".
Eu mesmo já senti na carne que o mérito não é valorizado entre nós. Certa feita, um cliente meu foi acionado em valores milionários. Eu e minha sócia trabalhamos durante uns 10 dias sem parar para juntar provas, montar alegações e fazer a contestação. Um trabalho estafante, sob a pressão de um prazo exíguo combinado com a preocupação do cliente, empresa formada por fundos de pensão, que queriam explicação detalhada do por que de serem réus em juízo.
Não nos negamos a atender à situação de urgência, decidimos discutir o valor dos serviços depois, confiando no cliente. Ganhamos a ação em primeira instância, mas ele se recusou a pagar pelos serviços, alegando que era nossa obrigação contratual, mesmo havendo cláusula expressa dizendo que não.
Tempos depois, o mesmo cliente que nunca nos pagou, forçou-nos a aceitar um novo advogado na causa, um ex-desembargador que "cuidaria" do recurso. O tal advogado usou a mesma petição feita no meu escritório, acrescentou um parágrafo e fez uma sustentação oral completamente fora do que estava escrito, não sem antes botar banca e garantir para minha sócia que aquele processo se encerraria ali. Perdeu a ação no tribunal e mesmo assim, recebeu R$ 40 mil, enquanto eu e minha sócia nunca recebemos nem um centavo porque, afinal, não somos ex-desembargadores, pouco importa a qualidade de nosso serviços.
Longe de reclamar da vida, me considero um advogado comum mas pouco acima da média do que se encontra nos fóruns. Mas fico estarrecido ao ver o trabalho que prestam alguns dos grandes figurões do mundo jurídico. É incrível como se encontram erros crassos de português e de interpretação jurídica tudo compensado porque o advogado "x" tem boa influência no tribunal, de onde as vezes ele é aposentado, ou porque advogado "y" é ligado ao deputado "w". Enfim, claro que há os profissionais excepcionais, aqueles que são uma referência, mas a maioria dos figurões só o é porque atropelaram o mérito, e porque é comum no Brasil se escolher um advogado bom em trocar influência, ou bom em ganhar tempo para quem não quer pagar o que deve.
No Brasil é quase sempre assim. Bons empregos são deferidos a quem tem indicação ou a quem é mais bonito, pouco importando sua competência. Promoções no serviço público não consideram as fichas funcionais. Correligionários imbecis de políticos recebem chefias que seriam melhor ocupadas por funcionários de carreira. Políticos comprovadamente corruptos são extremamente populares. As dançarinas do Tchan recebem mais reconhecimento que, por exemplo, as talentosas Vanessa da Mata ou Ana Carolina. Quem promete vender influência é mais valorizado que os que trabalham duro. Até no futebol que antigamente era exceção esse quadro chegou, à vista dos cabeças de bagre que conseguiram a façanha de perder para a seleção da Venezuela, convocados não exatamente pelo seu mérito.
Não existe meritocracia no Brasil. Pouco importa se o leitor tenha estudado para conseguir lugar nas melhores universidades. Pouco importa se antes das provas você estudava de madrugada e tirava nota 10 porque é provável que seu colega que saía do bar para a sala de aula, fazia a prova, colava e tirava 5 tomará o seu lugar no mercado de trabalho por tem alguém que o indique ou por ser mais bonito e descolado. De nada adianta trabalhar sério, as promoções não são decididas pelo seu desempenho. E no resumo, pouco adianta ser honesto, porque o que importa entre nós é "se dar bem" e pessoas honestas não aceitam isso, elas querem vencer por méritos.
Somos um país de indicações, de cargos em comissão que desprezam os concursos públicos, de mulheres que só fazem sucesso por mostrarem as carnes em revistas masculinas e de políticos populistas. Excluímos o mérito de nossas vidas, e o fazemos isso justificando até em boas intenções, como a de desafogar as escolas públicas, que aprovam alunos que sequer aprender a ler e escrever, ou ainda, damos o direito de trabalhar a profissionais saídos de faculdades tipo fim de semana e pagou-passou, porque supostamente isso tira pessoas da pobreza.
Enfim, vivemos a cultura do "se dar bem".
27 de jun. de 2008
CADERNOS DE VIAGEM - 7 (Serra Gaúcha - V)
São Marcos e Nova Petrópolis não são, exatamente, cidades turísticas. O forte nelas é a industria mecânica da primeira e a têxtil da segunda, sem contar a agricultura, que em toda aquela região é muito desenvolvida.
Sendo, porém, cidades de colonização italiana e alemã, encontra-se nelas a limpeza e o ajardinamento apurados, culinária típica e gente simpática e acolhedora.
Eu já conhecia São Marcos, mas tive o prazer de passar por lá desta vez, numa celebração de Corpus Christi, quando a belíssima Praça do Caminhoneiro é rodeada com o tapete mais bonito que já vi nesse tipo de celebração religiosa e cujas fotos seguem para o leitor constatar.
A última foto é uma vista parcial da praça, onde se vê o chafariz de água cristalina, prova do esmero no cuidado com o local.
Em Nova Petrópolis, a arquitetura de inspiração alemã confere o mesmo ar europeu que se encontra em Gramado e Canela, com destaque para a praça central da cidade.
Detalhe da arquitetura.
Esse é um dos bancos da praça. Para ver o por quê de eu mostrá-lo, clique sobre a foto, aumente-a e preste atenção nos detalhes dos desenhos.
Vista do labirinto verde. A casa, em primeiro plano, é uma loja de souvenires construída em estilo enxaimel.
Detalhe dos jardins.
AMPLIE AS FOTOS CLICANDO SOBRE ELAS.
USO LIVRE DAS IMAGENS NA INTERNET, CITADA A FONTE.
Na próxima semana, Mini-Mundo, Aldeia do Papai Noel e Museu do Piano em Gramado.
Sendo, porém, cidades de colonização italiana e alemã, encontra-se nelas a limpeza e o ajardinamento apurados, culinária típica e gente simpática e acolhedora.
Eu já conhecia São Marcos, mas tive o prazer de passar por lá desta vez, numa celebração de Corpus Christi, quando a belíssima Praça do Caminhoneiro é rodeada com o tapete mais bonito que já vi nesse tipo de celebração religiosa e cujas fotos seguem para o leitor constatar.
A última foto é uma vista parcial da praça, onde se vê o chafariz de água cristalina, prova do esmero no cuidado com o local.
Em Nova Petrópolis, a arquitetura de inspiração alemã confere o mesmo ar europeu que se encontra em Gramado e Canela, com destaque para a praça central da cidade.
Detalhe da arquitetura.
Esse é um dos bancos da praça. Para ver o por quê de eu mostrá-lo, clique sobre a foto, aumente-a e preste atenção nos detalhes dos desenhos.
Vista do labirinto verde. A casa, em primeiro plano, é uma loja de souvenires construída em estilo enxaimel.
Detalhe dos jardins.
AMPLIE AS FOTOS CLICANDO SOBRE ELAS.
USO LIVRE DAS IMAGENS NA INTERNET, CITADA A FONTE.
Na próxima semana, Mini-Mundo, Aldeia do Papai Noel e Museu do Piano em Gramado.
26 de jun. de 2008
O AUMENTO DO BOLSA-FAMÍLIA
Nunca fui contra o Bolsa-Familia.
Mas não aceito esse aumento para ele, de quase 8%, anunciado ontem pelo governo.
Porque o governo, que bate recorde atrás de recorde de arrecadação, calculou e prometeu aumentos salariais para várias categorias do serviço público e simplesmente não os honrou. Um bom exemplo, os fiscais agropecuários, que ameaçam parar na virada do mês, porque o governo simplesmente não paga o aumento que negociou na greve do ano passado.
O mesmo governo que se nega a dar aos aposentados um percentual de aumento este ano, igual ao do salário-mínimo, proposta do senador Paulo Paim (PT-RS).
Governo que não dá garantia alguma de que vai honrar o reajuste dos soldos militares, estes, ainda mais aviltados que qualquer outra classe do funcionalismo público.
Uma coisa, é tratar de verba alimentar, que é salário, aposentadoria e soldo. Outra completamente diferente, é tratar de verba complementar como o Bolsa-Família e o seguro-desemprego.
Verba complementar tem natureza diferente, por mais que seu uso seja alimentar. No BF ela é uma ajuda do Estado para uma condição excepcional de necessidade. O problema é que não sendo uma verba alimentar e recebendo aumentos generosos à guisa da inflação, isso é discriminatório contra milhares de pessoas com empregos na ativa, e de aposentados, que contribuíram durante a vida para receber uma contraprestação mensal na sua inatividade.
Não nego que o Bolsa-Familia recebeu este como o primeiro aumento percentual, desde que foi criado em 2003.
Mas ao mesmo tempo, o governo alardeia que o país cresceu e a pobreza diminuiu, e se assim foi, a verba complementar pode sofrer um congelamento, porque sua função precípua é atender uma situação emergencial que, repita-se, segundo o próprio governo, ficou menos grave desde 2003.
Enfim, é preciso entender que programas sociais são paliativos provisórios feitos para alavancar o progresso pessoal de quem os recebe. Eles não podem ser tratados do mesmo jeito com que se trata a renda advinda do trabalho, que dizer em ano eleitoral.
Mas não aceito esse aumento para ele, de quase 8%, anunciado ontem pelo governo.
Porque o governo, que bate recorde atrás de recorde de arrecadação, calculou e prometeu aumentos salariais para várias categorias do serviço público e simplesmente não os honrou. Um bom exemplo, os fiscais agropecuários, que ameaçam parar na virada do mês, porque o governo simplesmente não paga o aumento que negociou na greve do ano passado.
O mesmo governo que se nega a dar aos aposentados um percentual de aumento este ano, igual ao do salário-mínimo, proposta do senador Paulo Paim (PT-RS).
Governo que não dá garantia alguma de que vai honrar o reajuste dos soldos militares, estes, ainda mais aviltados que qualquer outra classe do funcionalismo público.
Uma coisa, é tratar de verba alimentar, que é salário, aposentadoria e soldo. Outra completamente diferente, é tratar de verba complementar como o Bolsa-Família e o seguro-desemprego.
Verba complementar tem natureza diferente, por mais que seu uso seja alimentar. No BF ela é uma ajuda do Estado para uma condição excepcional de necessidade. O problema é que não sendo uma verba alimentar e recebendo aumentos generosos à guisa da inflação, isso é discriminatório contra milhares de pessoas com empregos na ativa, e de aposentados, que contribuíram durante a vida para receber uma contraprestação mensal na sua inatividade.
Não nego que o Bolsa-Familia recebeu este como o primeiro aumento percentual, desde que foi criado em 2003.
Mas ao mesmo tempo, o governo alardeia que o país cresceu e a pobreza diminuiu, e se assim foi, a verba complementar pode sofrer um congelamento, porque sua função precípua é atender uma situação emergencial que, repita-se, segundo o próprio governo, ficou menos grave desde 2003.
Enfim, é preciso entender que programas sociais são paliativos provisórios feitos para alavancar o progresso pessoal de quem os recebe. Eles não podem ser tratados do mesmo jeito com que se trata a renda advinda do trabalho, que dizer em ano eleitoral.
24 de jun. de 2008
BUROCRACIA DO CÃO!
No dia 30/06 vence a declaração anual do Super Simples. Seria algo simples de ser feito, se não fosse um tal Comitê Gestor, que inventou que todo e qualquer procedimento sobre o tributo deve ser feito on-line, diretamente no site do sistema, site este que nunca funciona bem e é um verdadeiro tormento para contadores, por ser lerdo e instável, comumente perdendo dados digitados, além da demora do acesso em si.
O que era para ser Super Simples virou super-complicado, à guisa das normas cretinas inventadas por burocratas retardados que ganham lautos salários no tal Comitê Gestor, passando seus dias a inventar asneiras para aporrinhar os contribuintes.
É a tal coisa, inventaram um órgão que só serve de cabide de emprego. Nenhum de seus componentes entende nada sobre pequenas empresas, nenhum deles sabe distinguir uma empresa como a Microsoft, do boteco do Mané na esquina de casa.
Impõem regras absurdas, fazem o diabo para incomodar o contribuinte, que só pode se queixar para a sogra, uma vez que jamais seria atendido por um desses engravatados que passam a vida a encontrar meios de arrancar mais dinheiro do contribuinte, tornando sua vida um verdadeiro inferno.
Antigamente o contribuinte instalava seu software no escritório e enviava a declaração via Receitanet, tal qual se faz com a declaração de imposto de renda pessoa física. Ao invés de aperfeiçoar o sistema, conseguiram torná-lo intratável.
E quem paga a conta?
O contribuinte, claro. Porque não acredite o leitor que o Super-Simples diminuiu a tributação porque isso não é verdade - apenas as menores empresas comerciais tiveram um alívio de carga tributária, todas as demais, pagam mais impostos hoje do que pagavam na vigência do antigo SIMPLES.
O que era para ser Super Simples virou super-complicado, à guisa das normas cretinas inventadas por burocratas retardados que ganham lautos salários no tal Comitê Gestor, passando seus dias a inventar asneiras para aporrinhar os contribuintes.
É a tal coisa, inventaram um órgão que só serve de cabide de emprego. Nenhum de seus componentes entende nada sobre pequenas empresas, nenhum deles sabe distinguir uma empresa como a Microsoft, do boteco do Mané na esquina de casa.
Impõem regras absurdas, fazem o diabo para incomodar o contribuinte, que só pode se queixar para a sogra, uma vez que jamais seria atendido por um desses engravatados que passam a vida a encontrar meios de arrancar mais dinheiro do contribuinte, tornando sua vida um verdadeiro inferno.
Antigamente o contribuinte instalava seu software no escritório e enviava a declaração via Receitanet, tal qual se faz com a declaração de imposto de renda pessoa física. Ao invés de aperfeiçoar o sistema, conseguiram torná-lo intratável.
E quem paga a conta?
O contribuinte, claro. Porque não acredite o leitor que o Super-Simples diminuiu a tributação porque isso não é verdade - apenas as menores empresas comerciais tiveram um alívio de carga tributária, todas as demais, pagam mais impostos hoje do que pagavam na vigência do antigo SIMPLES.
21 de jun. de 2008
CADERNOS DE VIAGEM - 6 (Serra Gaúcha - IV)
O Parque da Ferradura fica 8 km adiante do Parque do Caracol, por uma estrada de chão que está "mais ou menos". Mas vale o passeio. Ele é composto basicamente de trilhas no meio da mata, de onde se pode avistar o cânion do Rio Caí, levando a diversos mirantes e mesmo à margem do rio, se você se dispuser a caminhar por 52 minutos de ida e outros tantos para a volta em subida íngreme.
Esta, é a "ferradu-ra", que captei com minha limitada máquina.
Cachoeira. É possível chegar à sua base, caminhan-do muito, o que, naquele dia e nas condições físicas em que nos encontrávamos, não tivemos coragem de fazer.
E uma foto deste que vos escreve em um dos mirantes, para dar idéia da profundidade do cânion, ao fundo.
Clique sobre as fotos para ampliá-las.
Uso livre na internet, citada a fonte.
Na próxima semana: Corpus Christi em São Marcos e Nova Petrópolis.
Esta, é a "ferradu-ra", que captei com minha limitada máquina.
Cachoeira. É possível chegar à sua base, caminhan-do muito, o que, naquele dia e nas condições físicas em que nos encontrávamos, não tivemos coragem de fazer.
E uma foto deste que vos escreve em um dos mirantes, para dar idéia da profundidade do cânion, ao fundo.
Clique sobre as fotos para ampliá-las.
Uso livre na internet, citada a fonte.
Na próxima semana: Corpus Christi em São Marcos e Nova Petrópolis.
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