16 de mar. de 2009

SIM! SERRA E DILMA ESTÃO EM CAMPANHA.

José Serra é candidato à presidência desde que perdeu a eleição presidencial em 2002.

Só não tentou em 2006 porque não quis enfrentar o presidente Lula ao mesmo tempo em que deixava a prefeitura de São Paulo. Imaginemos ele no lugar de Geraldo Alckmin, perdendo as eleições e absorvendo severas críticas por abandonar o terceiro cargo executivo mais importante do país com menos de dois anos de exercício. É a tal coisa. Se ele tivesse encarado a disputa em 2006, o PSDB não teria candidato para o governo de São Paulo. E consequentemente pairava a ameaça de ficar sem nenhuma das 3 jóias da corôa (presidência da república, governadoria de São Paulo e prefeitura de São Paulo).

Logo, ele preferiu esperar e enfrentar Aécio Neves e o candidato do governo Lula, ao invés do próprio ex-metalúrgico, o que, aliás, foi inteligente porque preservou os interesses do partido.

Na época eu acreditava que ele iria para o tira-teima com o atual presidente, mas não sou assim tão versado em política e agora, vendo em perspectiva, noto que provavelmente o alto tucanato interveio, temendo perder o governo de São Paulo, sem contar o risco do próprio ocaso político do atual governador, além, claro, da derrota na eleição presidencial, que não era nem um pouco implausível em meados de 2006.

Portanto, Serra está em campanha sim senhor!

Como a ministra Dilma Roussef também está desde o primeiro momento em que seu nome caiu no agrado do presidente Lula.

Dilma sofre com as resistências dentro do PT, mas conta com o melhor cabo eleitoral possível. De praticamente desconhecida do grande público, hoje abocanha 6 pontos percentuais nas pesquisas preliminares de intenção de votos, e isso não decorre certamente de sua atuação competente como ministra, coisa que pouquíssimos brasileiros acompanham. Ela é alçada a esse patamar por uma campanha orquestrada que, se não é considerada eleitoral, tem por finalidade fazê-la entrar em 2010 como notória escolhida do atual presidente, pronta para enfrentar José Serra e seu apenas suposto favoritismo.

Sem contar Aécio Neves. Mas este está cada dia mais enfraquecido dentro do PSDB e faz um governo apagado em Minas. Aliás, ele desapareceu da mídia de uns meses para cá, reflexo das dificuldades que teve na eleição do ano passado em Belo Horizonte, quando foi incongruente em aliar-se ao PT. Ou seja, Aécio hoje só representa algo em torno de uma conciliação com o PT e o PMDB, ele simplesmente não consegue encarnar qualquer sentimento oposicionista, de tal forma que, numa disputa contra Dilma, arriscaria fazer o eleitorado refutá-lo como segunda opção do presidente e não como a primeira da oposição.

Escrevo tudo isso para comentar sobre a investigação do TSE sobre supostos atos de campanha antecipada de tais agentes.

É difícil impedir que isso aconteça. No Brasil, não existem restrições aos discursos de inaugurações de obras ou mesmo à personalização da política, dada a fraqueza considerável de todos os partidos, se vistos como entidades programáticas.

Na ausência de partidos, só se constrói um candidato que esteja eternamente em campanha. Fernando Henrique Cardoso virou presidente porque capitaneou o Plano Real e desde que a moeda foi lançada, todo mundo em Brasília, desde o jardineiro do Planalto até o então presidente Itamar Franco sabiam que ele seria candidato. Luis Inácio Lula da Silva virou presidente porque já era conhecido do eleitorado e soube parecer oposição ao modelo político tucano, era uma opção construída por campanha permanente ao longo dos anos. Fernando Collor virou presidente porque soube capitalizar a indignação popular contra a corrupção em um determinado momento histórico do país, foi construído a partir de um sentimento generalizado.

Todos eles fizeram campanhas antecipadas, todos construiram suas imagens não dentro de partidos, mas no tecido social a partir de ações que chamaram a atenção da opinião pública.

Querer que José Serra ou Dilma Roussef não sigam a mesma receita é no mínimo bobagem, porque ninguém vai arriscar entrar numa campanha milionária apenas com apoios dentro de nossos partidos políticos erráticos e disfuncionais. Eles estão jogando sob as regras impostas pela inexistência de partidos. E sem partidos, o que sobra é usar a máquina dos governos, as inaugurações e os eventos que decorrem do poder.

E essa é uma questão que só resolve-se com a profissionalização do Estado, ou seja, com a diminuição das estruturas partidárias dentro do poder e não em função da conquista dele, como é nos países de melhor tradição democrática. E isso significaria diminuir drasticamente a quantidade de cargos em comissão e a possibilidade que eles geram dos partidos manusearem verbas públicas em favor de atos de campanha por este ou aquele candidato.

Mas impedir um governador ou uma ministra de aparecer em público e construir uma imagem não dá, isso decorre da própria natureza dessas funções.

15 de mar. de 2009

RESSUSCITANDO OS MORTOS


José Sarney é cantado em prosa e verso como o pior presidente da história do país. Planos econômicos desastrosos, escândalos de corrupção, greves a torto e direito, vários ministros da fazenda. O cáos completo ditado pela República do Maranhão. E não é que o povo do Amapá deu a ele alguns mandatos consecutivos de Senador? Aliás, bobagem dele, ou meio de facilitar a carreira política dos filhos, porque, no Maranhão, ele seria eleito e reeleito do mesmo jeito, sem maiores dificuldades.

Fernando Collor, foi o segundo pior presidente da história. Este confiscou dinheiro da poupança e foi envolvido em dezenas de escândalos e atos de arrogância e destempero. Foi cassado e escorraçado do país e, quanto todos pensavam que era seu ocaso político, eis que menos de década e meia depois ele volta à cena pública como Senador por Alagoas, nos braços do povo, com direito a reverências dentro do mesmo Congresso Nacional que o expulsou da vida política nacional.

E ainda há outros casos, como o de Severino Cavalcanti, que virou prefeito em Pernambuco. Ou Renan Calheiros, que manteve seu cargo no Senado mesmo bombardeado pela opinião pública. E ainda Orestes Quércia, que manobra interesses próprios na política nacional por meio de seu procurador plenipotenciário, Michel Temer. Sem contar Paulo Salim Maluf, que é deputado, a despeito até mesmo do breve período de prisão que experimentou.

A política brasileira é um eterno ressuscitar de mortos do ponto de vista político. E o mais grave de tudo é que essa turma toda, e muitos outros eventualmente escorraçados da cena pública, mantém consideráveis nacos de poder, manobram bancadas no Congresso e são consultados pelo atual governo, cujos próceres prometiam ética e um modo diferente de fazer política até 31/12/2002.

O Brasil precisa é enterrar seus mortos para conseguir vencer a guerra pelo desenvolvimento e pela melhoria das relações político-eleitorais. O jeito que os mortos voltam à cena, é a representação material da continuidade das oligarquias, que funcionam como simbiontes, adaptando-se às mudanças de fachada da política, mas mantendo controle sobre o todo social.

Hoje faz-se política no Brasil, tal qual se fazia durante a ditadura do Getúlio Vargas ou durante a Ditadura Militar. Nossa política hoje não difere dos acertos antigos entre o PSD, a UDN e o PTB, o Brasil ressuscita seus mortos, nem que eles voltem com roupagem e partido novo.

Ou não?

PS: Na semana que passou, viajei pelo interior do Paraná ministrando um curso de capacitação para contabilistas. É algo que sempre quis fazer, sempre gostei de atividades assim, uma oportunidade única, na qual além de ensinar o que pude, aprendi muito e troquei muitas opiniões com colegas tão capazes quanto comprometidos com a profissão e com o progresso do Brasil.

6 de mar. de 2009

OPORTUNIDADE

Oportunidade não se despreza. Dizem que o cavalo só passa encilhado uma vez na sua fazenda, de modo que não se deve deixar passar sem pelo menos tentar montá-lo, não?

Por isso, não postarei nos próximos 10 dias.

Claro que isso é complicado, eu mesmo sinto falta.

Mas 10 dias passam rápido.

Obrigado a todos os leitores.

4 de mar. de 2009

NA RABEIRA DOS BRICS, NA CORRIDA TECNOLÓGICA


Praticamente uma vez por semana eu tomo conhecimento de que Rússia, Índia e China colocam em andamento projetos de tecnologia ligados ou não às suas forças armadas, mas sempre a partir da premissa do investimento em pesquisa e capacitação nacional.

Sejam satélites de comunicação ou monitoramento, sejam projetos nas áreas naval e aeronáutica, sejam programas militares que ao fim do processo sempre implicam em aplicações civis dos resultados.

Já no Brasil, o que se constata é que o Programa Espacial está parado por falta de verbas e, quando estas aparecem, por burocracia, pois até áreas quilombolas viraram desculpa para que ele não saia do papel. A Embraer, por sua vez, não dá um impulso definitivo no projeto de um moderno avião militar de carga, porque até agora o governo brasileiro não deixou claro se vai adquiri-lo ou não, e isso com o Tesouro Nacional detendo goldes shares da empresa. E já há impasse sobre os novos estaleiros que, conforme o acordo com a França, devem ser construídos para colocar em prática o programa de novos meios submarinos na Marinha.

O Brasil negligencia projetos que, militares ou não, levem à capacitação de nossa indústria.

Rússia, Índia e China são países que, como o Brasil, têm grandes extensões territoriais e, portanto, muitos recursos naturais. Mas por miopia política, falta de visão global e de futuro ou mesmo a prevalência de interesses pessoais sobre os nacionais por parte de nossa classe governante, o Brasil se contenta em exportar produtos primários enquanto os demais membros do BRIC reforçam seus parques industriais agregando valor aos seus produtos e potencializando suas vantagens naturais.

Sem contar que o Brasil talvez seja um caso único no mundo, pois tributa pesadamente atividades de pesquisa ao considerá-las investimento no cálculo do lucro das empresas. Ou seja, o empresário que pretenda substituir a inépcia governamental lança as despesas de suas pesquisas numa conta ativa do balanço que, portanto, contribui para o aumento do resultado positivo do exercício, que por sua vez é pesadamente tributada pelo IR e pela CSLL, quando não por PIS, COFINS e ICMS, vez que não é todo investimento pode ser abatido destes três últimos impostos citados.

Sem contar que, ao empreender qualquer atividade que envolva profissionais (como geólogos, químicos e físicos) não raro é exigido que as empresas paguem anuidades para os respectivos conselhos profissionais que pouco ou nada fazem pelo progresso do país.

Pode ser uma percepção errada da minha parte. Talvez seja até reflexo da minha birra contra a burocracia insana, contra a mania cartorial, a irresponsabilidade política e a falta de foco do Brasil em questões importantes, especialmente ligadas ao desenvolvimento.

Mas minha impressão é de uma situação grave. Ao invés de investir para gerar empregos qualificados na indústria, o Brasil prefere gerar empregos braçais na lavoura ou na mineração. Ao invés de vender produtos com valor agregado e ganhar mais sobre suas riquezas naturais, o Brasil prefere vender produtos in natura desvalorizando as riquezas que Deus lhe deu.

O crescimento econômico consistente dos últimos anos não deve mascarar o fato de que o país ainda cresce muito menos que os demais membros do BRIC, que encaminha um número ínfimo de patentes e que têm alguns dos piores índices do G-20 no que tange a investimentos em pesquisa tecnológica e qualidade da educação.

Nossa classe política não valoriza as potencialidades de nosso país. Vende a imagem de um país rico, mesmo que sua riqueza esteja apenas em pedras e vegetais. Enquanto os russos, chineses e indianos saem pelo mundo vendendo aviões, navios e sistemas de informática, o Brasil oferece carne, soja e pedra, embora, claro, haja exceções, como os produtos da já citada Embraer, cujo índice de nacionalização, porém, é baixo.

Não que carne, soja e pedra não tenham valor, mas o fato é que, toneladas de um certo vegetal as vezes não pagam uma unidade de um produto manufaturado.

2 de mar. de 2009

NÃO SE DEVE TORCER PELA CRISE


Esta crise econômica global põe à nu o fato de que nos últimos anos, viveu-se demais de aparências e de menos em realidade no mundo em que vivemos.

Enquanto executivos americanos viravam pop-stars com seus livros chinfrins de auto-ajuda vendendo o sucesso a qualquer preço, as pessoas comuns entraram na onda adquirindo casas, refinanciando-as para comprar carros luxuosos e opulentos e refinanciando-as de novo para fazer viagens internacionais.

O que importava não era efetivamente ter sucesso, mas escancará-lo, mostrar ser alguém no mundo e eventualmente dizer que aprendeu tudo aquilo num livro miraculoso.

Para os executivos pop-stars era o melhor dos mundos. Além de ganharem fortunas das corporações que dirigiam, ganhavam outras vendendo livros ruins para uma patuléia crédula de que regras pré-estabelecidas levam ao sucesso, enganadas por uma ciranda de crédito fácil e irresponsável patrocinado geralmente pelos mesmos chairmen que estampam as capas de livros que de ajuda não têm nada, feitos muito mais para afagar os egos já inchados de indivíduos que chegaram ao topo de carreiras executivas e precisavam mostrar isso ao mundo.

No Brasil não foi muito diferente. A questão é que a farra chegou aqui bem depois. Nossos yuppies têm no máximo uns 10 anos de carreira e, em verdade, a bonança econômica global só chegou por aqui em meados de 2005. Mesmo assim, os políticos aproveitaram para vender a imagem de sucesso do país, que passou a andar de 4 rodas ao invés dos desgastados pés no chão do passado.

E dá-lhe vender carros como se fossem eletrodomésticos, aproveitando a falta de instrução financeira da população, mas auferindo os muitos dividendos políticos,à guisa de realizar os sonhos honestos das pessoas, igualmente influenciadas pela cultura do sucesso material a qualquer preço, o sucesso exteriorizado e comprovado por acúmulo de bens.

Alguém duvida que a enxurrada de votos favoráveis ao governo, tanto no Congresso quanto nos Executivos, em 2006 e 2008 não têm relação com isso?

Eu não. Não me iludo, acho que este governo é muito melhor que o anterior (de FHC) mas boa parte de seu sucesso nas urnas deve-se à realização de sonhos de consumo das pessoas. Ninguém fica feliz com justiça social e distribuição de renda, as pessoas só se contentam com um carro novo, um DVD moderno, um celular ou uma TV de plasma.

Mas de qualquer maneira, o que eu quero escrever é que não se deve torcer por crise econômica, nem no Brasil, muito menos fora dele.

Tenho visto algumas pessoas exultantes, seja porque a marola virou onda, seja porque o Tio Sam está prostrado, revendo uma prática capitalista de 80 anos e diminuindo o seu poder global. Aqueles acreditam que a crise impede a continuidade do PT no poder, estes, que ela é o inicio do fim do imperialismo americano.

Confundem política com economia e, pior, ideologia rasteira com questões de Estado.

Eu não torço pela crise em hipótese alguma. Se em alguns comentários eu critiquei o governo e as instituições financeiras do mundo afora, é porque entendo que é momento de corrigir certas atitudes erradas e erros estruturais do sistema econômico.

Ensinar as pessoas a administrarem suas finanças é um aspecto importante no Brasil. Já nos EUA, seria mais importante que os bancos passem a ter uma regulamentação bem mais rígida na concessão de créditos, como a que existe no Brasil e que mesmo assim, as vezes falha, seja pelas inúmeras carências sociais tupiniquins, seja por interesses eleitoreiros.

De qualquer maneira, eu torço para que a economia vá sempre bem. E não me importa se isso elege Dilma presidente ou se faz os EUA ainda mais poderosos e interventores no mundo afora.

A questão é que a crise deve ensinar o mundo (e o Brasil) a tomar mais cuidado com certas coisas. É preciso sair dela, melhor e mais preparado do que quando entrou.

26 de fev. de 2009

ESTOUROU A BOLHA AUTOMOBILÍSTICA

A Folha de S.Paulo informa que os bancos retomaram 100 mil veículos em virtude da inadimplência.

Eu já comentei sobre isso aqui, mas vou repetir.

Penso que esse fato, a retomada de veículos pelos bancos, ocorreria independentemente da crise. O carro não é um bem cujo valor da aquisição se esvai na compra ou no pagamento da última parcela, como ocorre com uma TV. Ele gera despesas constantes de combustíveis, manutenção, impostos, seguros, multas e estacionamentos.

Carro não é para quem quer, é para quem pode.

Eu conheci algumas pessoas que inventaram de comprar carro. Entendo o sonho de consumo delas, é natural que numa sociedade que cultive a idéia de sucesso pela aquisição de bens materiais queiram adquirir um veículo.

Porém, muita gente pensa no carro como se ele fosse uma TV. Daí vai na loja, analisa se a prestação cabe no orçamento e acaba comprando, sem atinar exatamente para os efeitos disto.

O orçamento doméstico de quem adquire um carro, por mais apertado que seja, aguenta alguns tempos mantendo-o, mas chega um momento em que estoura.

No início do sonho, a manutenção do carro é paga à vista. Depois, em cheque ou em débito. Quando o saldo do cheque especial não autoriza mais o pagamento das despesas da casa mais as automotivas, as despesas do carro passam a ser pagas com cartão de crédito e um dia se alcança o limite dele. Depois disso, os juros pelo não pagamento integral da fatura mês a mês vão corroendo as contas da familia, já prejudicadas pelo pagamento de juros no cheque especial ou nas faturas atrasadas.

Muita gente experimentou esse processo. As lojas de automóveis venderam o carro como se ele fosse um eletrodoméstico comum e muitas pessoas com orçamentos apertados embarcaram na canoa furada do sonho, deixando de analisar exatamente a despesa extra, que neste caso não tem um carnê para ser controlada.

A bolha estourou. 100 mil veículos é um número impressionante, mas ao contrário do que dizem os bancos, não lhes arranha a lucratividade porque muita gente que devolveu o carro perdeu tudo o que pagou e ainda ficou devendo uns quebrados.

E muitas outras receberam de volta valores bem inferiores aos que deram de entrada no negócio. Os bancos faturaram com a taxa de juros e ainda ficaram com os veículos que podem revender no mercado, mesmo esperando algum tempo.

Se o leitor quer um conselho, eu penso que, se não puder manter o veículo ou sua prestação, deve mais é devolvê-lo ao banco, negociando o ato nas melhores bases possíveis.

Se conseguir, troque o veículo por outro de menor valor, que implique uma prestação menor ou zerada. Os bancos estão com veículos em estoque e podem fazer isso por meio de agências de automóveis com que trabalham.

Se financiou o valor integral do carro, não adianta, vai perder dinheiro, mas tente diluir o eventual saldo o máximo que puder, de tal maneira à prestação disso ser inferior à que se pagava pelo veículo.

E se o número de parcelas pagas lhe autoriza receber alguma devolução de valor, faça os cálculos e busque receber o máximo possível, não caia na primeira oferta do banco, tente negociar.

De qualquer modo, esse estouro de bolha deve servir para que as pessoas aprendam a administrar suas contas pessoais. Tá certo que o aumento do desemprego gerou uma boa parcela dessas devoluções de veículos mas eu tenho certeza que este seria um processo que mais cedo ou mais tarde o país experimentaria.

25 de fev. de 2009

GALO...

Acabo de bater o telefone na cara de uma telefonista de um desses bancões brasileiros de varejo.

Ela veio com o papo clássico: Eu tenho crédito na praça, minha ficha é boa e o banco resolveu me presentear com uma oportunidade única de receber um exclusivo cartão que chegará a mim pelos correios provavelmente amanhã!

Pelo amor de Deus! 20 anos de Código de Defesa do Consumidor e essa prática nojenta ainda persiste? Os caras enviam cartão pelo correio. Por mais que você não habilite a porcaria, um dia, em futuro incerto e não sabido, eles acabam mandando uma fatura de tarifas e dá-lhe o otário recebedor fazer a via-sacra para explicar que o cartão que eles mandaram por conta não foi aceito!

Na última vez que recebi um assim, de uma companhia petrolífera, eu recebi o telefonema antes e disse em alto e bom som, para que não mandassem o cartão. Mandaram! Levei 4 horas no telefone para devolvê-lo e esclarecer, mais uma vez, que não tinha interesse e oara dexar claro que qualquer minimo problema com aquilo, iria pro Judiciário.

Sem contar o "causo" que contei aqui, em que coisa parecida já me acometeu, embora sem cartão.

A mocinha me desculpe, ela até me pediu calma, mas haja paciência! Os bancos pensam que o tempo das pessoas não vale nada. Para quem detesta telefone, como este que vos escreve, atender esses call centers jé é um saco. Mas que dizer depois, eventualmente sendo obrigado a ligar para eles explicando que não deve uma conta que lhe estão cobrando.

Péssimo modo de voltar do feriado... com galos na cabeça, de batê-la contra o batente da porta, de tanta raiva!

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...