17 de mai. de 2007

RASGANDO SEDA... DE NOVO!


O Mário do Apoio Fraterno renovou a homenagem feita há alguns dias, listando meu blog entre os seus preferidos. Uma honra, sem dúvida, até porque, pelos seus textos ótimos e sua grande cultura ele mesmo é um dos blogs que eu recomendo.

Há uns 15 dias eu havia listado alguns blogs de minha preferência, renovo a opinião de que todos os linkados aí do lado sãó ótimos mas, por conta da exigência do "Thinking Blogger Award", preciso indicar outros cinco, e passar a corrente pra frente.

Não vou repetir blogs que já havia citado, e certamente, os que vou citar agora já receberam a indicação umas trocentas vezes, porque são os "top de linha" da blogosfera:

A Santa, cujo blog trata dos mais variados assuntos, sempre com bom humor e audiência qualificada.

A Cilene Bonfim, que é um blog de variedades, abordando a vida de brasileiros na Europa.

O Dono do Bar com um bom humor contagiante, principalmente quando mostra as curiosidades com novos produtos à venda por aí.

Patacoadas do Cleber, de humor gráfico, um talento dos quadrinhos.

Por fim, o Luz de Luma, um belo blog, de assuntos variados, com uma visão muito sensível sobre todos eles.

Na verdade, todos os blogs onde eu comento são ótimos. O bom dessa atividade é conhecer a visão que cada um tem dos assuntos, a variedade de opiniões e o debate livre e franco de idéias.

14 de mai. de 2007

PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE E PROGRESSO

Aqui onde eu vivo, que é região de Mata Atlântica, ainda há muitas pedreiras exploradas sem qualquer critério devastando tudo à sua volta.

Até pouco tempo atrás, abriam-se novos veios tão logo esgotada a produção mais superficial, que, claro, é a mais barata. O resultado são centenas de áreas estéreis, onde não cresce nem capim-gordura, cuja exploração acabou sem aproveitar todo o potencial produtivo, prejudicando outros terrenos adjacentes, alguns invadidos por loteamentos irregulares.

De uns tempos para cá, para abrir pedreira é preciso plano de exploração, relatório de impacto ambiental e em certos casos, a compensação de reserva legal, que é um instrumento pelo qual troca-se a preservação de uma área, pela exploração em outra.

Guardada a crítica sobre a dificuldadec e demora do licenciamento, é um grande progresso numa região que foi simplesmente devastada, porque a indústria do cal, além de precisar de pedra em abundância, precisa também de lenha, matriz energética que só agora sofre alteração, visto que as indústrias rudimentares estão em extinção, dados os custos proibitivos.

Enfim, para ser minerador, é preciso antes de tudo profissionalismo e capacidade financeira.

É fato que as regras ambientais rígidas (e outros fatores empresariais, não apenas isso) causaram quebradeira de pequenas empresas e problemas sociais. Mas, hoje, o que se nota é que a indústria em questão recuperou a força, embora concentrada em empresas maiores e mais profissionalizadas, que necessitam de mão-de-obra mais qualificada (conquanto melhor remunerada) e ao mesmo tempo causam menos impacto ambiental e distribuem melhor a riqueza que geram.

É um sinal dos tempos. O mundo em que vivemos exige empresas profissionais e empregados qualificados. A tendência mundial da mineração é que ela fique concentrada em empresas altamente especializadas, que retiram a maior quantidade de minério possível com o menor impacto ambiental, tratando, inclusive, de medidas de reflorestamento e recomposição das áreas cuja lavra foi encerrada.

Aqui, havia centenas de pequenos mineradores e 90% deles não seguiam nenhuma regra ambiental, trabalhista, de segurança no trabalho ou de competição saudável. Cada um com uma pequena pedreira, carregando explosivos em porta-malas de automóveis e usando-os sem o acompanhamento de um profissional habilitado (o blaster), queimando a pedra sem qualquer critério, competindo uns com os outros de modo selvagem, aviltando o preço dos produtos, pondo em risco a vida de pessoas e devastando o meio ambiente. Se é fato que ainda existem alguns, também é verdade que a situação melhorou muito.

O que se tem visto nos últimos tempos por aqui, embora ainda de modo tímido, é que a tomada do negócio por empresas maiores gera menos empregos diretos, mas remuneração melhor. Isso transfere empregos para o setor de serviços, que usa mão-de-obra menos qualificada. Ao mesmo tempo, há um ganho de produtividade, pois vende-se um produto melhor ao mesmo tempo em que as fábricas são menos poluentes e não desperdiçam matéria-prima, e as frotas de equipamentos (caminhões, tratores, perfuratrizes) mais novas, economizando combustíveis.

Guardados os muitos problemas que ainda existem, é uma prova de que gestão ambiental é possível. Ainda não chegou o tempo em que o mundo possa prescindir de explorar recursos minerais, enquanto isso, se o fizer seguindo regras e buscando alternativas para causar o mínimo de estragos, o desenvolvimento econômico é garantido. O que não se pode, é render-se à histeria que temos visto em alguns lugares.

Enfim, é possível, sim, conciliar extrativismo com meio ambiente, desde que haja bom senso na aplicação das normas e que se entenda que elas alteram a situação econômica, como esse fenômeno de perda de empregos na índustria, transferindo-os para o setor de serviços. É apenas parte de um processo evolutivo.

PS:

Na barra lateral, a Coluna Prédica, do Jornal RaioX de maio/2007.

11 de mai. de 2007

AS FAVAS CONTADAS

Como todos esperávamos, o presidente Lula interveio na questão e a Petrobrás assumiu o prejuízo decorrente das palhaçadas do governo boliviano.

As duas refinarias que foram adquiridas em estado de sucata por US$ 104 milhões, e que valem hoje, para o mercado, US$ 210 milhões, foram expropriadas pelo governo do senhor Morales, que pretendia pagar US$ 60 milhões mas, dado o "endurecimento" do governo brasileiro, aceitou a conta de US$ 112 milhões, mesmo sabendo que a Petrobrás investiu US$ 30 milhões adicionais para modernizá-las.

Bem dito que não se tratou apenas ato de amizade entre os bolivarianos Morales e Lula, em detrimento do contribuinte brasileiro e dos acionistas da Petrobrás.

Pesou o fato do Brasil ter hoje uma dependência do gás importado da Bolívia, cuja responsabilidade é do governo FHC, que não analisou o histórico daquele país ao fechar contratos e promovê-los internamente como fonte de energia barata que foi adotada por centenas de empresas, que hoje arcam com os custos da demagogia popular-socialista do governo daquele país. Assim, o governo também optou por ganhar tempo para encontrar alternativas energéticas ao gás boliviano, ante a ameaça cada vez mais plausível de quebra unilateral dos contratos de fornecimento, com prejuízos para a economia nacional.

Porém, o fato interessante é queo senhor Morales alardeava antes de ontem que o presidente Lula iria intervir para solucionar a questão, o que demonstra que ele tem ascendência demais sobre decisões que afetam o Brasil.

Leia mais:

Folha de S.Paulo
O Estado de S.Paulo

8 de mai. de 2007

ROBERTO CARLOS E A BIOGRAFIA

Com todo o respeito que eu tenho às opiniões em contrário, entre elas a do Tom Paixão, cujo blog não tratou do assunto mas vai linkado porque ele fez comentários em outros blogs, eu quero me manifestar em favor do Roberto Carlos sobre essa questão da biografia.

Este "post" é um melhoramento de um comentário que fiz no blog do Orlando Tambosi, que achei pertinente colocar aqui, para constatar a opinião dos meus leitores.

Quero dizer que eu gostaria de ter comprado esse livro, mas não tiro as razões do Roberto Carlos, senão vejamos:

1. Ele é religioso praticante, isso é notório. Por mais que eventualmente ele tenha deixado de seguir os ditames da fé (igreja) que pratica, é fato que ele procurou segui-los e que nunca deixou de divulgar aquilo em que acredita de modo fervoroso e por vezes tocante pelo talento aplicado nas músicas que compôs para tanto. Portanto, ele não é um homem sem moral nenhuma, alguém sem valores ou mesmo alguém de valores duvidosos.

2. Eu não lembro de ter visto alguma vez o Roberto Carlos envolvido em escândalos de fofocas tipo revista Contigo, ou se exibindo em Caras a cada vez que trocou de namorada, como é comum nas "celebridades" de proveta de nossos dias;

3. Ele nunca se envolveu em discussões políticas e na única vez em que foi acusado disso, fez uma linda homenagem ao amigo Caetano Veloso, numa das canções mais belas da música nacional, que não teve conotação política, mas apenas pessoal;

4. Todos os fatos obscuros de sua vida foram tratados com discrição e sem alarde. É comum que artistas pegos em atos falhos saiam na imprensa, valendo-se de sua fama para desqualificar seu adversário judicial e lançar dúvidas sobre o eventual pedido. Roberto Carlos, pelo menos que eu lembre, nunca foi à imprensa para desqualificar algum adversário em juízo, como muitos artistas menores já fizeram em casos parecidos;

5. Ele assumiu todos os filhos comprovadamente dele, sem batalhas judiciais após a prova;

6. A vida privada dele sempre foi protegida e nunca houve especulações maiores sobre suas intimidades, justamente porque ele optou por proteger sua familia. Mais que isso, quando ocorreu algum tipo de problema em sua esfera familiar, ele mesmo veio a público para dar a notícia, mas por respeito aos seus milhares de fãs, não por cobiça de promoção pessoal;

7. Seus filhos sempre agiram de modo discreto e nunca passaram noitadas de exibicionismo à la Paris Hilton ou outras figuras ainda menores, certamente não por falta de condições financeiras ou oportunidade, mas por receberem em casa uma educação calcada em valores pessoais.

Enfim, Roberto Carlos, além de gênio da música, é um ser humano cordato, educado e preocupado não só com sua imagem, mas também com o bem estar de seus familiares e amigos e dos seus milhares de fãs. Ele pode ter errado na vida, como toda e qualquer pessoa erra. Respondeu ações em juízo, certamente pagou indenizações e advogados e pelas coisas erradas que eventualmente fez. Se tem manias e idiossincrasias, bem, quem não as tem?

O fato mais importante disso, porém, é que Roberto Carlos nunca usou a mídia para auto-promoção, senão em decorrência de seu enorme talento.

Ele é muito diferente das "vagabas" que vão para Caras mostrar os seios novos ou a nova cozinha de suas mansões, ou dos palermas que desfilam com uma mulher por noite para alavancar suas carreiras sem talento.

Roberto Carlos é motivo de notícia porque tem uma obra excepcional e porque é admirado e amado por milhões de pessoas que reconhecem na sua música um alento ou uma diversão. É um artista como poucos no Brasil, com uma carreira de 40 anos levando multidões aos seus shows sem apelação barata, sem nudismo, sexismo ou ainda hipocrisia política como uns e outros que se dizem "socialistas" e cobram duzentos reais o ingresso para assisti-los. É um ídolo popular de verdade, um artista reconhecido aqui e no exterior, que nunca precisou de escândalos de imprensa para lotar teatros e estádios pelo Brasil afora.

Ele tem uma biografia de verdade a preservar, é diferente de outros tantos que chegam a pagar para que alguém lhe faça uma biografia chapa-branca com alguma revelação bombástica a fim de dar um impulso adicional à sua carreira medíocre.

Com todos esses fatos, eu concluo que Roberto Carlos buscou proteger a sua intimidade e a de seus familiares e amigos.

O autor da biografia sabia do risco existente ao publicar a obra, até porque a editora deve tê-lo avisado que poderia sofrer ações judiciais. Portanto, houve um risco calculado nessa questão.

Ademais, não houve censura nesse caso, onde seguiram-se os trâmites burocráticos atinentes ao Estado de Direito, posteriores à circulação da obra.

O ofendido, Roberto Carlos, leu a biografia, não gostou, acionou a Justiça e tirou a obra de circulação. Seria uma falha moral se ele, Roberto, fosse à imprensa fazer acusações contra o autor da obra, coagindo-o indiretamente por meio de sua massa de fãs. Mas não, Roberto Carlos chamou seus advogados e tratou da questão nos tribunais, como um cidadão de verdade deve fazer ao sentir-se ofendido.

E notem bem, agiu sem o intuito de ainda por cima ganhar algum dinheiro, como o que ocorre na enorme maioria das ações de danos morais. Dou razão a ele.

Caros amigos blogueiros,

Não tenho a intenção de mudar a opinião de ninguém ao levantar o tema. Aliás, essa discussão tem dois beneficiados: a) o debate franco de idéias e concepções de vida e de leis; b) eu mesmo, que tenho grande interesse pelo tema "direito moral" e gosto de saber com as pessoas reagem caso a caso.

Há bons argumentos contrários ao RC, como o do TOM PAIXÃO ou da PATRICIA M, e há quem tenha levantado outros argumentos que não os meus em favor dele, como a PATA IRADA.

Fico feliz em ver que, salvo uma ocorrência isolada em outro blog, todos os que vieram até este blog até agora, demonstraram educação e argumentos sólidos para discutir a questão. Já disse um ex-professor meu que em Direito não existe resposta errada, existe interpretação. Em parte, ele está certo, e vocês comprovam isso neste debate.

7 de mai. de 2007

O BRASIL EM TÓPICOS

1. A PETROBRÁS NA BOLÍVIA

Leio na Folha de S.Paulo e em O Estado de S.Paulo que a Petrobrás pretende endurecer as negociações com a Bolívia, por conta das nacionalizações empreendidas por Evo Morales.

O que me irrita é que fazem isso após aceitarem exatamente o preço do gás pretendido por Evo Morales em maio do ano passado, inclusive já repassando-o ao consumidor nacional, que, claro, sempre paga a conta dos erros dos governantes.

Por outro lado, o comentário na imprensa foi no sentido de que as duas refinarias hoje em discussão custaram 104 milhões de dólares, e após isso foram modernizadas com amplos investimentos, de tal modo que hoje, atendem à demanda de refino daquele país e ainda podem produzir para exportação, coisa que não acontecia na década de 90, quando a Petrobrás comprou um pouco mais que sucata misturada com óleo.

Agora, a Bolívia oferece 60 milhões de dólares por elas, e insiste que é uma oferta generosa. Na verdade, é roubo praticado contra um país amigo.

Eu só consigo entender que Evo Morales conta, novamente, com a falta de pulso do governo brasileiro. Já deixou de ser discussão diplomática, virou papo de boteco com direito a gozação contra o Brasil.

2. A QUEBRA DE PATENTE DO REMÉDIO PARA AIDS

A quebra de patente promovida pelo governo para a fórmula de um remédio para o tratamento da AIDS não se justifica. Foi anunciado que, com o ato, o Brasil passaria a importar da Índia (?) o mesmo remédio, com economia de 30 milhões de reais por ano.

Esse valor não representada nada no orçamento da saúde, ele poderia ser obtido com uma negociação franca com o laboratório e um pedido de desconto pela compra em grande quantidade.

Me cheira a uma ou outra coisa:

a) Vingança de algum burocrata federal contra o laboratório;
b) Sociedade de algum burocrata federal com o "laboratório" indiano.

Tá certo que a Índia vêm se destacando em algumas áreas da ciência, mas é um país campeão mundial em AIDS. Alguma coisa não bate...

4 de mai. de 2007

O PRESIDENTE LULA E A TEORIA DA RELATIVIDADE

A TEORIA DA RELATIVIDADE

Um dos filmes que mais causaram impacto em minha vida foi "Em algum lugar no passado", com Christopher Reeve, uma história de amor lindíssima, em que um escritor apaixona-se pela foto de uma atriz dos anos vinte. Uma paixão tão avassaladora que ele acha uma forma de voltar ao passado para encontrar a moça e viver uma história de amor emocionante. O filme é lindo, a trilha sonora é fabulosa e o tema, instigante: viajar no tempo. Quando Albert Einstein anunciou a sua Teoria da Relatividade, em 1905, viajar no tempo - pelo menos em teoria - deixou de ser algo impossível. Pois outro dia observei uma foto de um grupo de amigos na reunião de comemoração de 30 anos de minha formatura no colégio. Olhei aqueles senhores de cabelos brancos, gordos e carecas e imaginei o que aconteceria se a foto pudesse ser vista por eles quando tinham 16 anos. Já pensou? Você poder ir até o futuro e olhar onde estará, que rumo sua vida tomou?
Imaginei então uma situação interessante. Alguém inventa uma máquina do tempo. E vai testar. Escolhe uma data aleatória - 1989, por exemplo - e aperta um botão. A máquina traz para o presente ninguém menos que Luis Inácio Lula da Silva. Aquele de vinte anos atrás. Lula chega meio zonzo:
- O que é isso, companheiro?
Sem entender o que acontece, Lula é recebido com carinho, toma uma água, senta-se num sofá e recupera o fôlego.
- Onde eu tô?
- No futuro, Presidente. Colocamos em prática a Teoria da Relatividade!
- Futuro? Logo agora que vou ganhar do Collor, pô! Me manda de volta pro passado! Zé Dirceu! Zé? Cadê o Zé?
- Calma, Lula. Aproveite para dar uma olhada no seu futuro. Você é o presidente da República!
- Eu ganhei?
- Não daquela vez. Mas ganhou em 2002. E foi reeleito em 2006!
- Reeleito? Eu? Deixa eu ver, deixa eu ver!!!
E então Lula senta-se diante de um televisor de plasma. Maravilhado, assiste a um documentário sobre os últimos 20 anos do Brasil. Um sorriso escapa quando a eleição de 2002 é apresentada.
- Pô, fiquei bonito! Ué. Aquela ali abraçada comigo não é a Marta Suplicy?
- Não, Presidente, é a Marisa Letícia.
- Olha! Eu e o Papa! E aquele ali, quem é?
- É George Bush, o Presidente dos Estados Unidos!
- Arriégua! Êpa! Mas aquele ali abraçado comigo não é o Sarney? Com a Roseana? E o que é que o Collor tá fazendo abraçado comigo? O que é isso? Tá de sacanagem?
- Não, presidente. Esse é o futuro!
- AAAAhhhhhh! Olha lá o Quércia me abraçando! O Jader Barbalho! Cadê o Genoíno? Cadê o Zé Dirceu?
- O senhor cortou relações com eles.
- Meus amigos? Me separei deles e fiquei amigo do Quércia?
- Pois é...
- E aqueles ali? Não são banqueiros? Com aqueles sorrisos pra mim?
- Estão agradecendo, Presidente. Os bancos nunca tiveram um resultado tão bom como em seu governo.
- Bancos? Os bancos? Você tá de sacanagem. Sacanagem!
- Calma, Presidente. O povo está gostando, reelegeram o senhor com mais de cinqüenta milhões de votos!
- Mas não pode! Cadê os proletários? Só tô vendo nego da elite ali. Olha o Vicentinho de gravata! E o Jacques Wagner também! Mas que merda é essa?
- É o futuro, Presidente.
- E o Walter Mercado? Tá fazendo o quê ali?
- Aquela é a Marta Suplicy, Presidente.
- Ah, não. Não quero! Não quero! Não quero aquele meu terninho. Não quero aquele cabelinho. Não quero aquela barbinha. Desliga isso aí!
- Mas Presidente, esse é o futuro. O senhor vai conseguir tudo aquilo que queria.
- Não e não. Essa tal de teoria da relatividade é um perigo.
- Perigo?!
- É. As amizades ficam relativas. A moral fica relativa. As convicções ficam relativas. Tudo fica relativo.
- Bem-vindo a 2007, Presidente.



Este artigo é de autoria de Luciano Pires (www.lucianopires.com.br) e está liberado para utilização em qualquer meio, contanto que seja citado o autor e não haja alteração em seu conteúdo

2 de mai. de 2007

O BRASIL EM TÓPICOS

1. A CPI DO APAGÃO AÉREO:

Segundo o jornal da CBN, o PMDB analisa com cuidado quem vai indicar para compor a CPI do Apagão Aéreo, que o governo tentou impedir de todas as maneiras.

A idéia, segundo a reportagem, é ser o último partido a indicar os membros da comissão porque o governo ainda não decidiu-se sobre alguns cargos do segundo escalão da administração pública. Se o governo liberar os tais cargos para o partido, os indicados para a CPI serão parlamentares dos mais afinados com o Planalto. Se não liberar, o PMDB vai indicar outros, menos afinados.

Partido da base aliada é assim mesmo né? Apoio total!!!

2. O SORTEIO DO REQUIÃO:

Apareceu hoje na Assembléia Legislativa do Paraná, uma circular supostamente assinada pelo secretário chefe da casa civil do governo estadual, Rafael Iatauro, convidando os senhores deputados aliados a participarem da chamada "escolinha de governo", que é uma ocasião semanal em que, com transmissão direta pela TV Educativa, Requião desanca seus inimigos políticos, fala mal da imprensa, baba ovo em favor de Hugo Chaves e dá um jeito de falar mal do ex-governador Jaime Lerner.

Segundo os relatos, a circular promete que os deputados que participarem de 4 sessões semanais consecutivas estarão concorrendo ao sorteio de um ônibus, que deverá ser entregue para uma cidade indicada pelo parlamentar, portanto, da sua base política.

Ainda não entendi se é piada, coação ou suborno. Ou se é os três...

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...