Sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso tínhamos um líder que teimava em enfrentar todos os problemas com aumentos de impostos, taxas e juros. O negócio era sempre atacar o bolso dos brasileiros e sair bonito na foto como o salvador do país.
Agora, vemos um fenômeno parecido quando o assunto é política externa.
O presidente Lula gosta de posar como líder dos países pobres e por esta razão trata todos os problemas externos do Brasil sob a ótica da ajuda humanitária e para isto, abre os cofres do Tesouro Nacional e, por consequência, prejudica a nós, contribuintes, fazendo mesuras na forma de ajudas em dinheiro ou mesmo revisões de contratos e tratados.
Além do apoio velado e quase cínico para ditadores africanos como Robert Mugabe e Muhamar el Khadafi, Lula se deixou humilhar por Evo Morales e Hugo Chaves no episódio do gás boliviano, em que inobstante a necessidade de preservar o fornecimento, o que poderia ser resolvido apenas com aquele draconiano aumento de preço, o Brasil praticamente doou duas refinarias pagas com o dinheiro da Petrobrás (e, portanto, embutido nos altíssimos preços de combustíveis do país e no impostos que pagamos) sem fazer menção à mínima resistência.
E semana passada repetiu a dose, aceitando as pressões paraguaias (país governado por um demagogo apoiado na surdina pelo ladrão Hugo Chaves) e deixando no ar a incógnita: Quem pagará pelo acréscimo de preço da energia elétrica de Itaipu?
O fato é que tanto faz se o acréscimo será suportado pelo Tesouro Nacional ou pelo aumento de tarifa interna, porque em ambos os casos, é o contribuinte brasileiro que pagará a conta, enquanto o senhor presidente posa de pai dos pobres da América Latina, fazendo o jogo político sujo de governantes que desrespeitam tratados e contratos internacionais ao mesmo tempo em que colam no Brasil a imagem de imperialista e opressor a fomentar a miséria de seus vizinhos.
Que eu saiba, diplomacia implica defender intransigentemente os interesses do seu país. É assim nos EUA, na Rússia, na Coréia do Norte e até mesmo no Paraguai e na Bolívia.
Mas aqui no Brasil, não.
Aqui, desde 2003, a diplomacia é a arte de doar recursos próprios para países corruptos, liderados por caudilhos de verniz esquerdopata, a discursarem sempre falando dos pobres e dos oprimidos, como se essa preocupação com miseráveis vá além da manutenção de seu próprio poder.
Não há justificativa nenhuma para deferir ao Paraguai um preço diferenciado para a energia de Itaipú. O Brasil construiu a usina praticamente sozinho e o tratado é claro, informando que isso é compensado por uma política tarifária vigente por 5 décadas, após o que, o Paraguai faz da sua parte o que quiser, pois efetivamente torna-se dono do empreendimento.
Sob a diplomacia frouxa do governo Lula, um demagogo como Lugo impôs ao contribuinte brasileiro mais uma despesa. Nos resta torcer que, pelo menos, ela gere algum resultado social positivo no país vizinho, o que, porém, é improvável se considerarmos o histórico do lado de lá do Rio Paraná.
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26 de jul. de 2009
7 de out. de 2008
PENDENGAS NO EQUADOR
Evo Morales inventou uma irregularidade qualquer no contrato, aumentou preços unilateralmente e por fim, expropriou bens brasileiros. Agora, Rafael Corrêa do Equador vai pelo mesmo caminho a julgar pelo noticiário de hoje, na Folha de S. Paulo. E o mesmo só não aconteceu na Venezuela porque lá, os investimentos da Petrobrás são ínfimos.
No Paraguai o caldo ainda não entornou, basicamente porque seu presidente bolivariano não tem maioria no Congresso e não conseguirá aprovar uma nova constituição. Aliás, não conseguirá nem discutir algo nesse sentido, razão pela qual mantém o diálogo com o Brasil em bons termos, embora certamente tenha ânimo de afrontá-lo, desta vez no caso de outro investimento brasileiro, Itaipu Binacional.
O Brasil não deve negar a esses países seus direitos sobre riquezas naturais. Mas ao mesmo tempo, não pode deixar de protestar veementemente contra a tentativa velada deles de afrontar interesses brasileiros e confiscar patrimônio do nosso povo. Se o petróleo é equatoriano, os equipamentos de extração são nossos. Se o gás é boliviano, aquelas refinarias expropriadas foram construídas com dinheiro dos impostos brasileiros, de tal modo que o presidente Lula jamais poderia "doá-las" como insinuou o senhor Evo Morales.
Mas o governo brasileiro está impassível. Sempre disposto a negociar, mas sem ensaiar dar alguns murros na mesa para fazer valer sua condição de investidor, coisa que faz com o dinheiro que em última instância, sai da carga tributária mais injusta do mundo. O brasileiro paga impostos demais e recebe quase nada de um Estado gastador, que enche sua classe política de mordomias as vezes nem consoantes com a legalidade.
Quando um indivíduo como o senhor Rafael Corrêa, formado em Harvard mas com a mentalidade de um vereador analfabeto de Rio Branco do Sul/PR afronta os interesses brasileiros desse modo, quem está pagando a conta não é o presidente Lula, muito menos o assessor de coisa nenhuma, Marco Aurélio Garcia. Quem paga a conta somos nós, que pagamos e exportamos impostos e ultimamente só temos importado problemas de nossos vizinhos.
No Paraguai o caldo ainda não entornou, basicamente porque seu presidente bolivariano não tem maioria no Congresso e não conseguirá aprovar uma nova constituição. Aliás, não conseguirá nem discutir algo nesse sentido, razão pela qual mantém o diálogo com o Brasil em bons termos, embora certamente tenha ânimo de afrontá-lo, desta vez no caso de outro investimento brasileiro, Itaipu Binacional.
O Brasil não deve negar a esses países seus direitos sobre riquezas naturais. Mas ao mesmo tempo, não pode deixar de protestar veementemente contra a tentativa velada deles de afrontar interesses brasileiros e confiscar patrimônio do nosso povo. Se o petróleo é equatoriano, os equipamentos de extração são nossos. Se o gás é boliviano, aquelas refinarias expropriadas foram construídas com dinheiro dos impostos brasileiros, de tal modo que o presidente Lula jamais poderia "doá-las" como insinuou o senhor Evo Morales.
Mas o governo brasileiro está impassível. Sempre disposto a negociar, mas sem ensaiar dar alguns murros na mesa para fazer valer sua condição de investidor, coisa que faz com o dinheiro que em última instância, sai da carga tributária mais injusta do mundo. O brasileiro paga impostos demais e recebe quase nada de um Estado gastador, que enche sua classe política de mordomias as vezes nem consoantes com a legalidade.
Quando um indivíduo como o senhor Rafael Corrêa, formado em Harvard mas com a mentalidade de um vereador analfabeto de Rio Branco do Sul/PR afronta os interesses brasileiros desse modo, quem está pagando a conta não é o presidente Lula, muito menos o assessor de coisa nenhuma, Marco Aurélio Garcia. Quem paga a conta somos nós, que pagamos e exportamos impostos e ultimamente só temos importado problemas de nossos vizinhos.
12 de set. de 2008
FECHAR A TORNEIRA
Uma vez perguntaram para o então presidente Ernesto Geisel por que o Brasil não comprava gás boliviano, que já na época era abundante.
Ele respondeu (mais ou menos nesses termos) que se fizesse isso, tornaria o Brasil dependente do gás de um país instável que na época vivia de quartelada em quartelada, e que isso aumentava o risco de alguém "fechar a torneira" e ferrar com o consumidor daqui.
Passados muitos anos, outro presidente, Fernando Henrique Cardoso, ingenuamente resolveu acreditar que a Bolívia entrava numa era de democracia e estabilidade.
E além de comprar o gás, durante algo em torno de 5 anos, o Brasil investiu na exploração do produto lá mesmo na Bolívia, construiu gasodutos desde a fronteira até o Rio Grande do Sul (passando por São Paulo) e expandiu o consumo de uma tal forma que hoje é dependente dos humores da tigrada boliviana.
Daí, em 2006, Evo Morales assumiu o poder e imediatamente ameaçou "fechar a torneira" sem nenhum protesto ou resistência por parte do governo Luis Inácio Lula da Silva que, em contrário, apoiou o aumento do preço e olhou impassível o que na prática foi o confisco de bens brasileiros.
Agora a Bolívia passa por mais um momento crítico, e não é improvável outra quartelada ou auto-golpe ou mesmo intervenção com as bençãos internacionais, desta vez não dos EUA, mas da Venezuela, o que é muito pior. E ao mesmo tempo, os opositores de Evo Morales descobriram que fazendo o mesmo que ele, ameaçando "fechar a torneira" do gás brasileiro, obtém meios de chantagear o país vizinho com finalidades políticas internas.
Resumo da ópera:
Geisel estava certo.
FHC foi ingênuo e incompetente (como de regra). Devia ter investido na exploração de gás no Brasil e evitado essa dependência.
Lula foi fraco (como de regra). Se tivesse batido o pé e imposto os interesses brasileiros, hoje os opositores de Morales não estariam explodindo gasodutos, pelo contrário, estariam protegendo-os.
Ele respondeu (mais ou menos nesses termos) que se fizesse isso, tornaria o Brasil dependente do gás de um país instável que na época vivia de quartelada em quartelada, e que isso aumentava o risco de alguém "fechar a torneira" e ferrar com o consumidor daqui.
Passados muitos anos, outro presidente, Fernando Henrique Cardoso, ingenuamente resolveu acreditar que a Bolívia entrava numa era de democracia e estabilidade.
E além de comprar o gás, durante algo em torno de 5 anos, o Brasil investiu na exploração do produto lá mesmo na Bolívia, construiu gasodutos desde a fronteira até o Rio Grande do Sul (passando por São Paulo) e expandiu o consumo de uma tal forma que hoje é dependente dos humores da tigrada boliviana.
Daí, em 2006, Evo Morales assumiu o poder e imediatamente ameaçou "fechar a torneira" sem nenhum protesto ou resistência por parte do governo Luis Inácio Lula da Silva que, em contrário, apoiou o aumento do preço e olhou impassível o que na prática foi o confisco de bens brasileiros.
Agora a Bolívia passa por mais um momento crítico, e não é improvável outra quartelada ou auto-golpe ou mesmo intervenção com as bençãos internacionais, desta vez não dos EUA, mas da Venezuela, o que é muito pior. E ao mesmo tempo, os opositores de Evo Morales descobriram que fazendo o mesmo que ele, ameaçando "fechar a torneira" do gás brasileiro, obtém meios de chantagear o país vizinho com finalidades políticas internas.
Resumo da ópera:
Geisel estava certo.
FHC foi ingênuo e incompetente (como de regra). Devia ter investido na exploração de gás no Brasil e evitado essa dependência.
Lula foi fraco (como de regra). Se tivesse batido o pé e imposto os interesses brasileiros, hoje os opositores de Morales não estariam explodindo gasodutos, pelo contrário, estariam protegendo-os.
3 de jul. de 2007
CARA-DE-PAU!
A que ponto chega a cara-de-pau! Estas palavras aí embaixo, são de EVo Morales em entrevista para a Folha de S.Paulo, extraída do portal Defesanet:
"Lula deveria pensar também na Bolívia, e não só no Brasil. Não confiscamos os bens da Petrobras, o que significa que não fomos agressivos. Mas estamos procurando uma maneira de trabalhar juntos, na indústria petroquímica".
"Lula deveria pensar também na Bolívia, e não só no Brasil. Não confiscamos os bens da Petrobras, o que significa que não fomos agressivos. Mas estamos procurando uma maneira de trabalhar juntos, na indústria petroquímica".
11 de mai. de 2007
AS FAVAS CONTADAS
Como todos esperávamos, o presidente Lula interveio na questão e a Petrobrás assumiu o prejuízo decorrente das palhaçadas do governo boliviano.
As duas refinarias que foram adquiridas em estado de sucata por US$ 104 milhões, e que valem hoje, para o mercado, US$ 210 milhões, foram expropriadas pelo governo do senhor Morales, que pretendia pagar US$ 60 milhões mas, dado o "endurecimento" do governo brasileiro, aceitou a conta de US$ 112 milhões, mesmo sabendo que a Petrobrás investiu US$ 30 milhões adicionais para modernizá-las.
Bem dito que não se tratou apenas ato de amizade entre os bolivarianos Morales e Lula, em detrimento do contribuinte brasileiro e dos acionistas da Petrobrás.
Pesou o fato do Brasil ter hoje uma dependência do gás importado da Bolívia, cuja responsabilidade é do governo FHC, que não analisou o histórico daquele país ao fechar contratos e promovê-los internamente como fonte de energia barata que foi adotada por centenas de empresas, que hoje arcam com os custos da demagogia popular-socialista do governo daquele país. Assim, o governo também optou por ganhar tempo para encontrar alternativas energéticas ao gás boliviano, ante a ameaça cada vez mais plausível de quebra unilateral dos contratos de fornecimento, com prejuízos para a economia nacional.
Porém, o fato interessante é queo senhor Morales alardeava antes de ontem que o presidente Lula iria intervir para solucionar a questão, o que demonstra que ele tem ascendência demais sobre decisões que afetam o Brasil.
Leia mais:
Folha de S.Paulo
O Estado de S.Paulo
As duas refinarias que foram adquiridas em estado de sucata por US$ 104 milhões, e que valem hoje, para o mercado, US$ 210 milhões, foram expropriadas pelo governo do senhor Morales, que pretendia pagar US$ 60 milhões mas, dado o "endurecimento" do governo brasileiro, aceitou a conta de US$ 112 milhões, mesmo sabendo que a Petrobrás investiu US$ 30 milhões adicionais para modernizá-las.
Bem dito que não se tratou apenas ato de amizade entre os bolivarianos Morales e Lula, em detrimento do contribuinte brasileiro e dos acionistas da Petrobrás.
Pesou o fato do Brasil ter hoje uma dependência do gás importado da Bolívia, cuja responsabilidade é do governo FHC, que não analisou o histórico daquele país ao fechar contratos e promovê-los internamente como fonte de energia barata que foi adotada por centenas de empresas, que hoje arcam com os custos da demagogia popular-socialista do governo daquele país. Assim, o governo também optou por ganhar tempo para encontrar alternativas energéticas ao gás boliviano, ante a ameaça cada vez mais plausível de quebra unilateral dos contratos de fornecimento, com prejuízos para a economia nacional.
Porém, o fato interessante é queo senhor Morales alardeava antes de ontem que o presidente Lula iria intervir para solucionar a questão, o que demonstra que ele tem ascendência demais sobre decisões que afetam o Brasil.
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