Vi muita gente reclamando das pesquisas, mas se considerarmos as últimas que em média davam 10 pontos de vantagem para Dilma Roussef, temos que concluir que foram confirmadas.
Acontece que todas elas têm margem de erro de no mínimo 2 pontos percentuais para mais ou para menos, sendo que a diferença em 2010 foi de 8 pontos. Portanto, essa discussão boba perdeu sentido. Enquanto pesquisas forem tratadas como informação, sua divulgação estará protegida pela Constituição. Já houve Lei tentando restringir a divulgação no mês da eleição, mas isso é impossível por inconstitucional, como também são, diga-se de passagem, controles de mídia que alguns estados pretendem instituir. Resta para os políticos alterar a regulamentação da metodologia, fora isso, elas continuarão, para raiva de quem aparece ou aparecerá atrás nelas.
Portanto, Dilma venceu independentemente das pesquisas.
E se é verdade que venceu porque teve o apoio do presidente, se bem que ninguém em sã consciência recusaria o apoio dele e seu governo com índices de sucesso econômico, também se constatou que evoluiu como candidata. A exemplo, basta comparar o desempenho no primeiro debate na BAND, insegura que estava, ao último, na Globo, quando expressou idéias e opiniões no mesmo nível do adversário.
Sem isso, a vitória não teria sido tão expressiva. Lula pode ter bancado sua candidata, mas ela também venceu por méritos próprios.
No seu primeiro discurso já como presidente, Dilma foi conciliadora e direta no sentido de realçar a defesa dos valores democráticos, especialmente a liberdade de imprensa, bem como reiterar que as bases do seu governo são as mesmas do governo Lula, centradas em políticas sociais consistentes sem descuidar do profissionalismo e da eficiência da coisa pública, chamando inclusive a oposição para o diálogo republicano, reconhecendo a força desta, até pelo número e relevância dos estados que governará a partir de 1º de janeiro.
Eu sempre escrevi aqui neste blog que não achava que Dilma Roussef fosse o monstro pintado durante a campanha eleitoral. Pelo contrário, penso que enquanto ministra, ela sempre demonstrou capacidade administrativa e mais do que isso, credito na sua competência muitas das realizações do governo Lula e parte substancial da popularidade do presidente.
Biografia e capacidade em administração pública lhes sobram. Apoio parlamentar não faltará porque sua coligação elegeu a maioria das bancadas na Câmara e no Senado e por mais que existam os fisiologistas e os infiéis, seu governo terá menos dificuldades que os dois anteriores, de Lula.
O Brasil ainda é uma democracia jovem, o que leva a um debate constante sobre a manutenção da ordem institucional, fruto do medo de experimentar novamente um regime de exceção. Isso ficou patente durante esta campanha. Mas não se deve confundir setores radicais dos partidos com os candidatos. Em todos os partidos políticos brasileiros há quem defenda a tomada do poder e o absolutismo de sua prática, mas isso é exceção, o Brasil caminha para estabilidade democratica como em nenhum momento antes de sua história, sendo implausível e até ilógico que enverede pelo caminho de países em estágios políticos bem menos avançados como a Venezuela e mesmo a Argentina.
Dilma é a primeira mulher a governar o país. Por si só isso é prova da evolução constante da nossa democracia desde que Tancredo Neves rompeu o ciclo de governos militares e abriu o processo que passou pela Constituição de 1988, pelo Plano Real, pelas eleições livres e diretas de presidente em 6 ocasiões e inclusive, pela cassação de um deles com manutenção da democracia e das instituições.
Dilma, pintada por alguns como um retrocesso democrático, em verdade é a prova da evolução constante do país como nação.
Acontece que todas elas têm margem de erro de no mínimo 2 pontos percentuais para mais ou para menos, sendo que a diferença em 2010 foi de 8 pontos. Portanto, essa discussão boba perdeu sentido. Enquanto pesquisas forem tratadas como informação, sua divulgação estará protegida pela Constituição. Já houve Lei tentando restringir a divulgação no mês da eleição, mas isso é impossível por inconstitucional, como também são, diga-se de passagem, controles de mídia que alguns estados pretendem instituir. Resta para os políticos alterar a regulamentação da metodologia, fora isso, elas continuarão, para raiva de quem aparece ou aparecerá atrás nelas.
Portanto, Dilma venceu independentemente das pesquisas.
E se é verdade que venceu porque teve o apoio do presidente, se bem que ninguém em sã consciência recusaria o apoio dele e seu governo com índices de sucesso econômico, também se constatou que evoluiu como candidata. A exemplo, basta comparar o desempenho no primeiro debate na BAND, insegura que estava, ao último, na Globo, quando expressou idéias e opiniões no mesmo nível do adversário.
Sem isso, a vitória não teria sido tão expressiva. Lula pode ter bancado sua candidata, mas ela também venceu por méritos próprios.
No seu primeiro discurso já como presidente, Dilma foi conciliadora e direta no sentido de realçar a defesa dos valores democráticos, especialmente a liberdade de imprensa, bem como reiterar que as bases do seu governo são as mesmas do governo Lula, centradas em políticas sociais consistentes sem descuidar do profissionalismo e da eficiência da coisa pública, chamando inclusive a oposição para o diálogo republicano, reconhecendo a força desta, até pelo número e relevância dos estados que governará a partir de 1º de janeiro.
Eu sempre escrevi aqui neste blog que não achava que Dilma Roussef fosse o monstro pintado durante a campanha eleitoral. Pelo contrário, penso que enquanto ministra, ela sempre demonstrou capacidade administrativa e mais do que isso, credito na sua competência muitas das realizações do governo Lula e parte substancial da popularidade do presidente.
Biografia e capacidade em administração pública lhes sobram. Apoio parlamentar não faltará porque sua coligação elegeu a maioria das bancadas na Câmara e no Senado e por mais que existam os fisiologistas e os infiéis, seu governo terá menos dificuldades que os dois anteriores, de Lula.
O Brasil ainda é uma democracia jovem, o que leva a um debate constante sobre a manutenção da ordem institucional, fruto do medo de experimentar novamente um regime de exceção. Isso ficou patente durante esta campanha. Mas não se deve confundir setores radicais dos partidos com os candidatos. Em todos os partidos políticos brasileiros há quem defenda a tomada do poder e o absolutismo de sua prática, mas isso é exceção, o Brasil caminha para estabilidade democratica como em nenhum momento antes de sua história, sendo implausível e até ilógico que enverede pelo caminho de países em estágios políticos bem menos avançados como a Venezuela e mesmo a Argentina.
Dilma é a primeira mulher a governar o país. Por si só isso é prova da evolução constante da nossa democracia desde que Tancredo Neves rompeu o ciclo de governos militares e abriu o processo que passou pela Constituição de 1988, pelo Plano Real, pelas eleições livres e diretas de presidente em 6 ocasiões e inclusive, pela cassação de um deles com manutenção da democracia e das instituições.
Dilma, pintada por alguns como um retrocesso democrático, em verdade é a prova da evolução constante do país como nação.