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1 de jul. de 2013

A SELEÇÃO VOLTOU A SER NOSSA, MAS A LUTA CONTINUA!

 Minha ideia era não comentar sobre a Copa das Confederações e aliás, nem assisti-la, em protesto pelo gasto absurdo de recursos públicos no evento e na Copa do Mundo de 2014.

Mas no fim de semana, nada restou senão assistir ao recital de futebol protagonizado pela Seleção Brasileira que, afinal, descobriu-se que é mesmo do povo, acima das espertezas da CBF, das jogadas de marketing da poderosa rede de TV e do escândalo que envolve a FIFA e a organização da Copa 2014. É a tal coisa, em um lugar onde todo mundo pára para assistir o jogo, de que adianta querer ser diferente?

O que muita gente não percebeu nesses dias cheios de emoções durante os quais jogou-se a Copa das Confederações, é que o Rei Pelé estava certo no seu discurso confuso sobre apoiar a Seleção Brasileira, “esquecendo” tudo o que rolava no país. Em verdade, o Rei queria dizer para o povo apoiar a seleção apesar da revolta justificada contra um estado de coisas que afeta a todos e ao qual se chegou porque a classe política cansou de abusar do povo e achava que ia fazê-lo indefinidamente. No final das contas, protestos e seleção se uniram e o povo brasileiro distinguiu bem a verdadeira paixão nacional que as camisas amarelas representam, dos problemas que não foram causados pelos rapazes que às vestem!

Foi bonito ver os estádio enchendo o peito para cantar “Pátria Amada, Brasil!” a despeito do protocolo da FIFA, que não tocava o hino nacional completo, isso em território brasileiro.

Foi mais bonito ainda, ver que essa acolhida popular inspirou técnico e jogadores que, vindos de uma fase negra, talvez a pior da gloriosa história da Seleção Brasileira que tantas vezes arrebatou o país quase sempre em crise, mostraram uma superação incrível que eu, particularmente, penso que foi em homenagem a este povo que resolveu tomar de novo o que é seu e foi para as ruas lutar por isso. Tanto foi que reconquistou algo que realmente é seu, que é a Seleção Brasileira de Futebol, talvez o maior símbolo de brasilidade que exista, apesar de em muitas ocasiões ser também o símbolo de uma alienação nacional que, sonham todos os brasileiros de bem, esteja acabando em definitivo.

A final contra a Espanha pode mascarar as dificuldades que certamente haverão até a Copa 2014. A Seleção ainda tem um longo caminho a percorrer se quiser ser hexa-campeã em casa. Mas foi uma vitória bela, incontestável, uma vitória categórica contra a melhor seleção do planeta na atualidade. E se redescobriu durante esta Copa das Confederações que craque não falta aqui ao sul do Equador na terra onde em se plantando, tudo dá. Neymar e Fred foram sublimes, simplesmente fantásticos, sobrenaturais. Ter os dois no mesmo time jogando com a gana batalhadora que vimos nestes dias é certeza de momentos inesquecíveis, dos quais destaco o gol deitado de Fred e a jogada de gênio (algo que o Rei Pelé faria) de Neymar que, impedido, deu 3 passos para trás e voltou a correr em direção ao gol para fugir do impedimento.

A Seleção Brasileira voltou a ser grande. Não que a da Espanha tenha se apequenado, não que não se deva prestar muita atenção nas verdadeiras escolas de futebol, que são a da Itália, da Argentina e da Alemanha e que, com o Brasil fecham a quadra das seleções que não vivem de uma geração brilhante, como o que acontece com a Espanha e aconteceu com França, Inglaterra, Hungria, Holanda e Tcheco-Eslováquia. Penso que esta geração do futebol espanhol ainda tem muita força acumulada e vai para 2014 com franco-favorita, o time a ser batido pela eficiência do seu futebol. Mas é uma geração de um país que se muito, tem 3 clubes fortes: Real, Barcelona e Atletico Madrid e cuja renovação não se compara à de países como o Brasil, a Argentina e mesmo Alemanha e Itália.


Vendo tudo isso, cheguei à conclusão que não é incompatível protestar contra o gasto exorbitante na Copa e ao mesmo tempo torcer e se emocionar com a camisa canarinho. Eu mesmo, por debaixo de uma máscara ou ingênua ou arrogante, pensei que seria simples não torcer pelas camisas amarelas até a final no Maracanã em julho de 2014. Não é tão simples assim lutar contra o DNA, e tanto não é simples, que o sentimento que ficou é que o país acordou, a luta por tornar esta terra em lugar mais justo continua e será renhida porque há muito o que consertar... mas o país gigante cujo povo acordou de décadas de sonolência, nunca deixará de prestar atenção nas telinhas da TV e abraçar seu filho pródigo que veste 11 camisas e carrega uma história de emoções belas e superlativas tão importantes mesmo para quem esteja nas ruas protestando contra as injustiças!

22 de out. de 2010

NUNCA HOUVE UM ATLETA COMO PELÉ!

Foto: Placar/Editora Abril .


Hoje abri o jornal e atônito, li um colunista de Curitiba fazer insinuações separando a pessoa Edson Arantes do Nascimento do atleta Pelé, como para diminuí-lo, dando à ele uma dimensão muito menor que a que alcançou em décadas de uma vida inteira dedicada ao esporte e às boas causas, por mais que eventualmente a pessoa Edson também sofra dos mesmos defeitos morais que todo ser humano tem.

Hoje em dia, acusa-se o Edson Arantes do Nascimento de ter sido mau pai, de não ter reconhecido uma filha senão por sentença judicial, de se omitir na luta pela democracia (onde ele nada podia fazer), de ter tido problemas com sócios e até de ter sido garoto propaganda de vitamina e remédio de disfunção sexual. Falam até que é mau cantor...

Incrível que no Brasil ainda se diminua a figura de Pelé levantando essas picuinhas inerentes a qualquer ser humano, e especialmente aceitando discutir comparações ao obtuso Diego Armando Maradona, quando comparação só seria plausível e minimamente aceitável entre Pelé e Di Estéfano ou Pelé e Puskas, sendo que o brasileiro vence qualquer uma delas com folga e quem diz ou disse isso não sou eu, mas as pessoas que vivenciaram aquela época dourada do futebol, inclusive o próprio Puskas.

Eu prefiro cultuar a figura do atleta exemplar que treinava além dos colegas e que estudava o estilo de jogo de cada um deles para obter melhor rendimento. O atleta que não bebia quando não podia beber, e não festava quando não podia festar. O atleta que nunca teve uma fase ruim de rendimento técnico, a ponto de encerrar a carreira ainda no auge do seu esplendoroso futebol. O atleta que marcou mais de 1000 gols, que foi 5 vezes campeão mundial, 2 vezes da América, 8 vezes campeão brasileiro e que colecionou dezenas de outros títulos, inclusive como artilheiro da maioria dos torneios que disputou.

Quer mais? Cultuo o Atleta do Século XX escolhido por jornalistas do mundo inteiro, o indivíduo que foi capaz de causar um cessar-fogo numa guerra para que seu futebol pudesse ser visto, o então rapaz que ao marcar seu milésimo gol pediu para o Brasil olhar pelas suas crianças, coisa que o país não fez até hoje, o embaixador da UNICEF pela Paz e do Esporte, que visitou centenas de chefes de Estado e Governo pelo mundo afora, o negro que encantou um mundo racista e encurtou o caminho da igualdade das gentes, o patrocinador de projetos sociais como o do Hospital Infantil Pequeno Príncipe aqui de Curitiba, o Rei do Futebol cujos feitos e espetáculos são vívidos mesmo na memória de pessoas que nem nascidas eram àquela época.

E ainda o bom rapaz que nunca esqueceu a família, os amigos e suas raízes, que não fugiu do serviço militar obrigatório quando podia ter apelado para o jeitinho, que quando estava alcançando as glórias que nenhum jogador antes dele conseguira, resolveu estudar e dar exemplo. O jogador que recusou salários polpudos em times da Europa para continuar defendendo o seu amado Santos FC, e que deixou o glamour de Milão, Roma e Madrid para ficar aqui mesmo no Brasil.

A vida de Pelé deu tantos bons exemplos ao Brasil e ao mundo, que destacar a pessoa Edson Arantes que têm defeitos morais como eu ou como você, leitor, do mito Pelé, é injusto, é cruel, é aviltante à importância dele para a humanidade.

O século XX foi generoso para a humanidade, nele o mundo vivenciou vidas e feitos de grandes homens e mulheres, tais como Winston Churchill, Nelson Mandela, Madre Teresa, Golda Meir, etc... no esporte, Pelé foi e é até hoje o maior expoente de uma época dourada da humanidade, alguém que deixou sua marca para todo o sempre, e que será lembrado por gerações como um dos ícones das boas coisas que o ser humano pode fazer.

Parabéns ao Rei do Futebol, nunca existiu um atleta como ele!

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...