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6 de abr. de 2009

O ENGANO DO PRESIDENTE LULA

"Nós temos consciência de que, se a prefeitura estiver mal, a primeira coisa que vai ocorrer é o corte nos salários, a segunda é piorar a qualidade da educação, a saúde, a terceira é que o prefeito não vai ter dinheiro pra fazer obra."




A declaração do presidente Lula foi feita há pouco, numa visita à Minas Gerais, referindo-se à choradeira dos senhores prefeitos, insatisfeitos com a queda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) decorrente da crise. O presidente adiantou aos prefeitos que todos terão que apertar os cintos, o que é bom, visto que os ilustres alcaides acham que dinheiro cai do céu e a crise não é com eles, que alegam que a diminuição do IPI sobre os automóveis lhes prejudica, numa linha clara de que preferem o desemprego na indústria do que menos verba para fingirem administrar seus municípios.

Mas o presidente enganou-se, e feio, por várias razões:

Primeiro porque esses prefeitos de regra já não pagam direito seu funcionalismo fixo, aquele pessoal que fez concurso e rala no trabalho. Os comissionados, os paus-mandados, os inúteis que ganham cargos por terem trabalhado na campanha, esses nunca recebem nada em atraso, sem contar que seus salários são muito maiores que o do pessoal fixo.

Em segundo lugar, porque esses prefeitos de grotões não querem educar ninguém. Eles devem suas carreiras políticas aos imbecis analfabetos, que caem na bobagem de seu populismo torpe. A educação é uma lástima na enorme maioria das cidades, onde o dinheiro é usado não para melhorar escolas, mas para alugar ônibus caindo aos pedaços, a preço de leitos de luxo da Viação Cometa. Os prefeitos reclamões confundem despesa de transporte com despesa de educação e o fazem de má-fé, porque a idéia é beneficiar o máximo de correligionários com aluguéis que eventualmente implicam em comissão ou caixinha para campanhas futuras.

E em terceiro lugar, porque esses prefeitos que estão chorando e ameaçando fazer passeata em Brasília (para onde irão com enormes comitivas a hospedarem-se nos mais luxuosos hotéis) já não se preocupam com obra nenhuma, salvo, claro, se ela for num terreno seu, da sua família, da sua amante ou de seus "amigos".

A única razão para a imensa maioria desses prefeitos reclamar, é que sobra menos dinheiro para eles roubarem ou para beneficiarem suas famílias ou correligionários. Só isso.

Prefeito sério não reclama e aceita o fato de que a crise afeta a todos. E prefeito sério é exceção da exceção.

E o presidente deveria indignar-se com o pleito injusto dos senhores prefeitos e passar-lhes uma boa carraspana. Afinal, em fevereiro eles saíram de uma festança gorda em Brasília agraciados com um parcelamento de débitos previdenciários de pai para filho.

Leia mais aqui.


[PS: Este blog é anti-municipalista! Defendo a extinção sumária pura e simples dos municípios com menos de 15 mil habitantes. Defendo a gratuidade da função de vereador em municípios com menos de 100 mil habitantes, bem como a diminuição drástica do número deles nas cidades maiores.]

12 de fev. de 2009

FARRA!


Os prefeitos recém eleitos assumiram e uma boa parte deles reclama que seus antecessores deixaram o caos nos seus municípios.

Mas menos de dois meses depois, a imensa maioria deles se dirige a Brasília para um encontro com o presidente, o que não seria algo estranho, se não levassem comitivas.

Vi ontem no Jornal da BAND que teve prefeito de grotão que levou a esposa (quando não a amante), secretários, o vice-prefeito e até o presidente da Câmara de Vereadores, todos eles ávidos por se fartarem das muitas opções de lazer que existem na capital federal, como os bordéis mais caros da nação, afinal, deputados e senadores podem pagar serviços sexuais com dinheiro do povo, e há muita oferta sofisticada disso.

Enfim, foram a Brasília às custas do erário, alguns de municípios que nem deviam existir pois criados apenas por interesse eleitoreiro de algum cacique de assembléia legislativa. E não contentes em viajarem de graça, levaram comitivas, como se município de 10, 20, 40 mil habitantes tenha alguma importância a ponto de mandar uma comissão ir lá, puxar o saco presidencial.

Foram lá para nada!

Ouviram frases simpáticas do presidente, foram informados que podem continuar não pagando seus débitos porque o INSS vai parcelar suas dividas de apropriação indébita de dinheiro federal em 20 anos, todo mundo hospedado nos melhores hotéis e fazendo turismo nas horas vagas, que não são poucas.

Daí querem me dizer que o pior ralo de dinheiro público não é nos municípios. É a tal coisa, os municípios são governados de regra, por gente analfabeta, incompetente e imoral, que se farta em trocar votos por chinelos. Enquanto isso persistir, o dinheiro público continuará sendo torrado até para acender charutos, que dizer para fazer turismo (quando não sexual) em Brasília.

10 de fev. de 2009

ACINTOSA MÃO NA CABEÇA

No Estadão de hoje, leio que o governo anunciou que vai facilitar a vida dos prefeitos.

Uma das medidas é criar um prazo de 20 anos, para que os municípios quitem as dívidas que tem com a Previdência Social.

É mais um acinte!

Muitos dos prefeitos agraciados com essa mão carinhosa do Governo Federal são os próprios responsáveis por estas dívidas, no atual, no anterior ou em mandatos passados. A maioria deles certamente encheu suas prefeituras de parentes e correligionários, negligenciou saúde e educação, superfaturou obras e despesas de custeio e fraudou o transporte escolar para dar mau uso às verbas do FUNDEB. E a enorme maioria dos que estão entrando agora, fará isso na cara dura, a despeito dos discursos moralistas de campanha, feitos para agradar o povão idiota que os elege em troca de pares de chinelo e cestas básicas, nas barbas da Justiça Eleitoral.

Os municípios não recolhem a mesma contribuição previdenciária que as empresas e as pessoas comuns, pagam uma taxa muito menor a título de contribuição própria. Mesmo assim, estão endividados até o osso, porque descontam em folha as contribuições do funcionalismo e depois simplesmente não as recolhem.

Numa empresa, o Governo Federal trata isso como crime de apropriação indébita. Mas prefeitos e vereadores estão naquela classe de pessoas que podem delinquir à vontade, porque nada os atinge.

Fosse o Brasil um país sério, prefeitura com dívida de INSS seria caso de intervenção. E vereadores que negligenciassem sua obrigação legal de fiscalizar isso, seriam processados criminalmente como co-devedores, juntamente com o prefeito omisso das suas obrigações.

Mas o Brasil não é sério, e o Governo Federal passa a mão na cabeça desses prefeitinhos de m... responsáveis pelo maior ralo de dinheiro público que existe: as contas municipais que são mal fiscalizadas por câmaras corruptas de vereadores e tribunais de contas desqualificados.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...