O esporte proporciona lições de honradez nas derrotas e sentimentos de euforia em momentos mágicos gravados para sempre na memória de quem o aprecia.
Escrevo isso para homenagear três esportistas que são muito mais que campeões do esporte, são campeões na arte mais difícil, a de viver.
GUSTAVO KUERTEN nos deu esta semana uma lição de humildade típica de sua notória personalidade de bom moço, brasileiro orgulhoso de sua pátria, filho e irmão dedicado à sua família e mais que isso, atleta genial.
Aos prantos, ele declarou o fim de sua carreira ao dizer: "Não é que eu não queira jogar mais, é que não consigo mais".
A mesma humildade de quem venceu Roland Garros em três ocasiões, foi campeão mundial e líder do ranking de entradas da ATP e mesmo assim dedicou todas as conquistas ao irmão deficiente. A mesma simpatia do "manezinho da ilha" que saiu de Florianópolis para ganhar o mundo, virou ídolo global e mesmo assim continua frequentando as arquibancadas da Ressacada para assistir os jogos do Avaí. O patriotismo de quem chorou ao dizer não poder jogar mais e não representar mais o seu país.
Para mim é o fim da carreira de um ídolo, um gênio do esporte que deixará muitas saudades nas quadras pelo mundo afora. Ele sempre será para mim, o garoto extraordinário que bateu reverência a Bjorn Borg ao receber o troféu de campeão de Roland Garros e me proporcionou aqui em casa, uma festa quase tão grande quanto as que fazemos nos títulos do Coxa!
JOANA MARANHÃO merece uma homenagem nem tanto por seus feitos esportivos, pois ainda teremos muitas alegrias com ela nessa área.
Merece, sim, por sua coragem de enfrentar o passado, os medos, as angústias e as vergonhas da mente e trazer a público um horroroso caso de pedofilia.
Ela provou ter a fibra do campeão que não se abate em derrota nenhuma, aquele que encara o adversário poderoso de pé e não se intimida, exemplo de fibra, de mulher, de cidadã.
RONALDO nunca foi um fenômeno como alguns apregoaram. Mas entre o eterno diz-que-me-diz em torno de seus namoros e amores, encontra-se um rapaz que promove programas sociais ajudando a infância brasileira por meio daquilo que sabe fazer melhor (e bem, muito bem, diga-se de passagem!), o futebol.
Novamente contundido de modo grave, é provável que sua carreira tenha acabado.
Da minha parte, não vou esquecer que na final de 1994, naquele angustiante empate com a Itália o garoto de 17 anos olhou para Carlos Alberto Parreira e pediu para entrar em campo para resolver a parada. E também não vou esquecer que foi o artilheiro da Copa de 2002 trazendo o "caneco" para o Brasil. Naquela ocasião, ele driblou duas contusões gravíssimas e problemas pessoais para trazer alegria à sua terra natal.
Ronaldo pode ter defeitos, mas é um lutador. Quem dera houvesse mais como ele.
Por fim, homenageio também uma não esportista, a Luma que organizou uma blogagem coletiva de sucesso, com mais de 200 blogs, e ainda ao fim desta tarde, recebendo mais participações.
Quisera ser possível compilar todas as valorosas informações que os blogueiros agrupados por ela produziram, para montar cartilhas a serem distribuídas nas escolas e nas casas de família, na busca por combater esse ato desumano da pedofilia.
Não sou eu quem lhe agradeço Luma, é o próprio futuro deste país nos olhos de milhões de crianças que te dizem obrigado.
14 de fev. de 2008
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