11 de out. de 2007

ELE VOLTA?

O senador Renan Calheiros pediu licença, por 45 dias, da presidência da casa.

Meu palpite é que, tão logo aprovada a prorrogação da CPMF, ele volta, inclusive recebendo abraços dos senadores petistas, especialmente Aloísio Mercadante e Idelli Salvatti.

Qual a opinião do leitor?

9 de out. de 2007

MERCADANTE E OS "SANCHOS-PANÇUDOS"

Leio no blog do Josias de Souza, da Folha de S.Paulo, que o senador Aloísio Mercadante (PT/SP)mudou de idéia e agora busca a cassação de Renan Calheiros, prometendo amealhar 10, dos 12 votos da bancada petista no Senado.

É uma situação interessante.

O PT defendeu Renan por receio que sua cassação respingasse no governo, visto que o presidente do Senado é um dos quotistas ministeriais do PMDB, junto com a família Sarney.

Outro motivo foi a suposta onda golpista da imprensa, que para os petistas mais empedernidos da raia miúda e alguns próceres, como a senadora Idelli Salvatti, deturpou os fatos, mas só até agora, quando os atos arbitrários do presidente do Senado não podem mais ser atribuídos à má vontade das corporações de mídia, que não têm o poder de destituir ninguém de comissões parlamentares, muito menos indicar relatores paus-mandados no Conselho de Ética, ou, ainda, manobrar com o regimento como tábua de salvação, sem pensar nos interesses imediatos do governo, a CPMF em especial.

Mercadante mudou de idéia.

Essa mudança radical é um traço da personalidade dele que era um dos próceres petistas a defender uma radical mudança nas políticas econômicas do governo FHC, mas virou figura apagada e envergonhada no PT governo, que nada mais faz que aplicar o dito ideário "neo-liberal" em suas diretrizes macroeconômicas, e o ideário liberal puro nas diretrizes microeconômicas (menos juros, mais prazos = consumo), fugindo daquele socialismo chavista que já matou Cuba e está matando a Venezuela e a Bolívia.

Antes se absteve de cassar Renan, agora vai brigar para que o presidente do Senado renuncie ou seja cassado.

É estranho, o senador parece deslocado dentro do PT, confuso, sem saber exatamente o que fazer.

Meu palpite é que Mercadante encherga mais que o resto do PT, que anda embotado ao brigar contra os moinhos de vento da mídia e não percebe que o perigo para o governo Lula não está na oposição nem nos jornais, mas sim nos "Sanchos-Pançudos" de tanto amealhar ministérios e cargos para seus grupos políticos, mas nunca satisfeitos e sempre com mais apetite que desgasta o governo a cada projeto novo discutido no Congresso.

O fato é que a emenda da CPMF será aprovada em alguns dias na Câmara (não sem agradar bastante os "Sanchos-pançudos"), já está chegando ao Senado. Se as coisas não acalmarem na câmara alta, arrisca a emenda atrasar ou até ser rejeitada, o que seria um desastre monumental para um governo que não pára de criar cargos em comissão para a companheirada amadora no serviço público e incapaz de passar em concursos públicos, indo, por sinal, também em contrário à defesa que o senador paulista fazia de um Estado forte e profissionalizado, que deveria reforçar as carreiras públicas e limitar o amadorismo.

Mas Mercadante está vendo tudo isso e pressente o perigo.

Pelo jeito ele foi o primeiro petista a descobrir que tanto faz Renan perder a presidência do Senado, porque a dita base aliada elege alguém afinado com o governo do mesmo jeito. Deve ter percebido também que a oposição não é contra a CPMF, mas votará contra se Renan presidir a casa.

Enfim, meu palpite é que Mercadante pode ser confuso, mas não é burro e trabalha para salvar o governo de problemas.

Basta saber se o PT dará a ele o crédito merecido por ajudar o governo, ou também o chamará de golpista por querer derrubar Renan.

7 de out. de 2007

IMAGENS DE CURITIBA - 5

Um pouco atrasado, e considerando o azar desgraçado que levei, porque num dia ensolarado, quando fui tirar as fotos o tempo fechou e não deu aquele efeito desejado. Mesmo assim, Imagens de Curitiba está de volta.

Hoje, o famosíssimo olho do Museu Oscar Niemeyer e o Centro Cívico, complexo de prédios públicos do qual o museu é parte.



Os leitores levaram sorte. Estão nos jardins do museu obras da artista plástica Elizabeth Titton, a exposição "In Natura" que compôs com o prédio de linhas arrojadas um belo visual. Confira pelas duas primeiras fotos.

Na terceira foto, o detalhe, a cabeça da serpente que encontra-se nos jardins do museu.

O museu fica na parte de trás do Centro Cívico, que foi obra de um visioná- rio, uma espécie de Juscelino Kubitschek do Paraná, o ex-governador de saudosa memória, Bento Munhoz da Rocha Neto, que nos festejos do centenário da emancipação política do estado inaugurou o complexo, onde ficam o Palácio Iguaçú, a Assembléia Legislativa, o Tribunal do Júri, o Tribunal de Contas e o Tribunal de Justiça, tudo em volta da Praça Nossa Senhora de Salete, onde ainda estão a Prefeitura Municipal e o Palácio das Araucárias, atual sede do governo, enquanto o Iguaçú passa por merecida reforma e revitalização.

Na primeira foto, uma vista geral dos belos jardins com o Palácio Iguaçú ao fundo. Não é de bela arquitetura, mas a imponência e a ótima colocação no complexo dão a ele o ar imponente, digno da sede de um governo.

Segunda foto, o detalhe da estátua em homenagem a Nossa Senhora de Salete, com o Palácio das Araucárias ao fundo.


Em outra foto de paisagem, a belíssima rótula que delimita a praça da Avenida Cândido de Abreu e que contrasta com o horroroso prédio da prefeitura, que eu fiz questão de nem deixar aparecer.

Também outro detalhe do ajar- dinamen- to, que é o mais bonito da cidade, fora, claro, o do Jardim Botânico, tema de uma das próximas sessões desta coluna.

E para encerrar esta sessão, um detalhe do mural com motivos paranaenses do genial e igualmente saudoso Poty Lazarotto, maior artista plástico da história da minha terra, e, para mim, um dos gênios artísticos do mundo, a quem ainda não foi dado o reconhecimento necessário.


PS: CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIÁ-LAS

6 de out. de 2007

DOMINGUEIRAS

1. Bem, os leitores já se acostumaram. O primeiro fim de semana de cada mês é de IMAGENS DE CURITIBA, mas por algumas razões adiei um pouco, se bem que nesta semana cumprirei a tarefa de mostrar as belezas minha terra natal para todos. Só aguardem um pouquinho mais.

2. Quero deixar meus cumprimentos ao Oscar Luiz, aniversariante bloguístico,um daqueles endereços que fazem bem de visitar.

3. E, por fim, quero avisar que até a pedidos, "post" novo em Prédica e História: FRANK SINATRA NA ETERNIDADE, aguardo a visita de todos lá, comentários adicionais, eventuais correções, etc...

3 de out. de 2007

A 5ª FRASE DA PÁGINA 161

A tarefa anda correndo por aí e finalmente chegou ao meu blog por indicação do Mário. Consiste em reproduzir no blog a 5ª frase da página 161 do livro que está lendo atualmente ou do que se encontra mais próximo no momento em que encontra a nomeação para a tarefa.

Estou lendo GANDHI - Biografia, de Christine Jordis, edição da L&PM Pocket, 2007. Do ponto de vista da narrativa (não da vida do biografado) não é exatamente a melhor biografia que já li, mas é precisa em demonstrar o profundo respeito de Ghandi pelo ser humano, na sua luta inglória e pacífica contra o apartheid sul-africano, pelo menos até onde já li.

Na página 161, a quinta frase é a seguinte: "Com a tanga branca amarrada à cintura, descalço ou calçando sandálias, um sorriso radioso na face, ele avançava a passos largos em direção ao estrado, nas reuniões, e formulava seu pedido". A frase sintetiza um pouco da figura espartana de Ghandi, que fez da não-violência uma filosofia em prol dos direitos humanos fundamentais.

Será que alguém pretende continuar com a tarefa? Vou indicar a Shirlei, a Luisete, o Mutumutum, o Paulo e Blogiana.

FIDELIDADE PARTIDÁRIA E ÉTICA

O STF julgará hoje a questão da fidelidade partidária.

O TSE, numa consulta que não configurou decisão judicial, informou que os mandatos de parlamentares eleitos por voto proporcional são dos partidos, como, aliás, é a conclusão lógica, considerando que muitos deputados federais, deputados estaduais e vereadores não foram capazes de eleger-se apenas com seus próprios votos, dependendo do conjunto de sufrágios dados à legenda pelos quais foram eleitos. É bom lembrar que não existe no Brasil a possibilidade de candidatura independente de partido, o que reforça a idéia da fidelidade, que se aplica também aos senadores, porque muitos deles, 2/3 mais exatamente, são eleitos independentemente do voto majoritário e, portanto, também obrigados à regra.

Entendo que essa é uma discussão atrasada. O fato é que a questão só foi levantada agora, porque um dos partidos campeões na prática de aliciar deputados alheios, o PFL, atual DEM, viu minguar seu quadro parlamentar em virtude de não estar próximo do governo federal e não deter governos estaduais relevantes, visto que até a Bahia foi perdida em 2006. É uma discussão que já poderia ser levantada na Assembléia Nacional Constituinte de 1987/1988, quando a prática de trampolinar foi comum, capitaneada pessoalmente pelo então presidente José Sarney.

A prática de aliciar deputados, montar "uma base" e se aproximar dos governos é comum no Brasil. Sempre aconteceu e foi largamente utilizada por todos os presidentes desde a redemocratização, o que leva à conclusão lógica de que impor a moralização agora, de chofre, leva a uma quebra do princípio de isonomia em relação ao atual presidente/governo, se bem que, é bem dito, a legislação eleitoral mais recente, dá algum embasamento ao pedido dos partidos que querem reaver seus parlamentares.

Portanto, a discussão é muito mais difícil e tem mais implicações do que as noticiadas pela imprensa.

Fico dividido sobre essa questão. Eu mesmo defendo a fidelidade e a perda do mandato do parlamentar que não a observa, de preferência, com efeitos imediatos. Mas por absoluto senso de justiça, também imagino que cassar, por exemplo, esses 42 deputados que sairam da "oposição" no quadriênio 2007/2010, seria casuísmo ante a forma com que PFL e PSDB sempre agiram no Congresso, aliciando parlamentares que perderam agora que não estão mais com as rédeas do orçamento da União.

Sou oposição, não gosto do presidente Lula, embora o respeite. Mas a discussão, embora com algum embasamento legal, também é casuística porque é feita não por espírito de moralização das práticas políticas, mas com intuito precípuo de atingir o governo, o que não é exatamente ético, tanto quanto também não é algo decente a mobilização já observada no Congresso, em torno de um projeto de Lei anistiando os atuais envolvidos.

Eu gostaria que o STF decidisse pela fidelidade e determinasse a cassação dos mandatos, mas o bom senso e o imperativo da isonomia me levam a aliviar a questão da perda imediata dos cargos. Mais ético ante a histórica falta de ética de nossa política, seria determinar a aplicação da regra, agora definida pelo STF, a partir dos próximos mandatos, iniciando com os dos vereadores eleitos em 2008.

Pode não atender os anseios de moralização imediata ou de oposicionismo, mas evita um casuísmo que não condiz com o regime democrático. Querer atingir o governo porque ele age no Congresso do mesmo jeito que os antecessores, não me parece um exemplo de decência.

2 de out. de 2007

NUMA TACADA SÓ


Numa tacada só, recebi 4 indicações de honrarias da net. Duas vezes indicado para Blog Solidário, pela Nádia e pela Renata. E blog que vale a pena conferir,pelo Mutumutum e pela Jackie. Também recebi uma citação, com direito até à reprodução do logotipo do blog, pela Vitória, do Quem Tecla Não Chora.Agradeço a todos, se esqueci de alguém, por favor, me avise, porque ando meio avoado nos últimos tempos.

PS: Em relação a continuar o me-me, vou indicar todos os blogs que estão aí ao lado, na minha lista permanente de recomendações.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...