12 de jul. de 2010

"O Brasil ficou entre os oito melhores do mundo no futebol e ficou triste. É 85º em educação e não há tristeza.”
Senador Christovam Buarque (PDT-DF)

ESPANHA CAMPEÃ NUMA COPA RUIM

Ontem a correria excessivamente faltosa do time da Holanda a fez perder a Copa. O time laranja correu tanto e bateu tanto no afã de impedir que o time da Espanha jogasse, que chegou à prorrogação extenuado, levando bolas nas costas da zaga até que o gol saiu.

A Espanha venceu a Copa, não se deve desmerecer o trabalho de Vicente Del Bosque com esta geração de atletas, que para o país está como a geração de Zidàne para a França, mas que está longe, como a França, de virar uma escola como são as do Brasil, Alemanha, Argentina e Itália.

Critico o futebol desta copa.

A praga européia do futebol de resultados cobrou uma conta cara.

Foi a pior que já assisti, incluindo a também medonha Itália 90'.
Jogos sonolentos por excessivamente defensivos. Poucas decisões dramáticas. Poucos craques. Excesso de faltas mal punidas pelos juízes (o Brasil que o diga nos jogos contra Costa do Marfim e Holanda). Erros grosseiros de juízes e bandeiras. E tudo ao som irritante das vuvuzelas, acionadas pelos entediados das arquibancadas.

A simpatia dos africanos não compensa o futebol horroroso desta copa, e, principalmente, a falta dos craques como (eca!) Maradona, Romário e Zidâne que levaram nas costas os seus times ao título fazendo jogadas memoráveis.

Futebol é craque no campo e bola na rede e sinceramente, cansei desse futebol de poucos gols que assistimos em 2006 e 2010. Queira Deus que em 2014, as redes balancem e os craques brilhem!

9 de jul. de 2010

COPA 2014: A CONTA COMEÇOU A APARECER!

A COPEL, companhia pública de energia elétrica do Paraná foi convocada pela raia miúda da política local para assinar com o clube proprietário do estádio indicado para a Copa 2014, um contrato de "naming rights", disponibilizando os quase R$ 100 milhões que faltam para que apresentem-se as garantias à FIFA e se façam as obras necessárias.

Para amenizar o impacto na opinião pública, a companhia também pretende patrocinar os 3 clubes da capital, provavelmente nas mangas das camisas e em placas nos estádios. Uma esmola para agradar os torcedores dos dois outros clubes de Curitiba e quem sabe, calar-lhes a boca contra o despautério de uma empresa monopolista entrar em um negócio sem necessidade, pois não têm concorrência interna, sua publicidade sempre foi institucional e educativa.

Não é nada certo ainda, porque ainda existe pressão popular para que não se coloque dinheiro público no estádio privado que sediará a Copa e porque não se sabe como o negócio seria feito de modo a ser aprovado no Tribunal de Contas do estado.

Mesmo assim, os políticos paranaenses envolvidos com a Copa queimam as pestanas para arranjar uma solução que, mesmo ilegal, só venha a apresentar problemas depois de 2014, quando "Inês" estará morta!

Pois bem, hoje a COPEL anunciou um aumento de (pasme!) 15,1% nas tarifas de energia elétrica pagas por todos os paranaenses, para supostamente capitalizar a empresa.

Ou seja, começou a aparecer a conta da Copa 2014!

8 de jul. de 2010

JOGADOR, ATLETA E CIDADÃO SÃO COISAS DIFERENTES

Já há algum tempo em defendo na torcida do Coxa que o clube seja ousado e mantenha uma escola primária e secundária de qualidade que trabalhe em conjunto com suas categorias de base.

E explico o por quê:

Hoje, a maioria dos clubes forma jogadores. Mais ou menos aos 17 ou 18 anos, muitos dele estouram nas categorias de base dos grandes clubes e a partir de então, assinam polpudos contratos e viram estrelas da noite para o dia, para só então começarem a virar atletas, no sentido de envolvidos na atividade profissional e sujeitos a uma preparação física mais apurada.

Mas muitos deles ou demoram demais ou jamais chegam a virar cidadãos.

E daí experimentamos casos como os que temos visto nos últimos tempos. Jogadores que quebram contratos alegando saudades da favela, outros que se deixam fotografar com traficantes e terceiros, que se envolvem em supostos e escabrosos crimes. E por fim, jogadores que, milionários durante a carreira, se descobrem pobres após ela, de tantos problemas pessoais e financeiros em que se meteram em suas carreiras confusas.

E ainda há o aspecto financeiro: os jogadores não criam vínculos com o clube que os descobriu. Sua falta de cultura e discernimento (e, portanto, de cidadania) faz brilhar seus olhos com promessas de contratos polpudos que os fazem virar às costas para quem um dia apostou em seu talento. Eles acabam seguindo quem lhes oferece mais imediatamente e isso queima muitas carreiras brilhantes, que melhor administradas teriam mais resultados para todos os envolvidos (jogador, clube, empresários e familiares).

Enfim, ser jogador de sucesso é uma coisa. Ser atleta é outra. Ser cidadão é algo muito mais abrangente que isso e depende de cultura, que só se adquire estudando de alguma forma.

Imaginemos o efeito que teria para o Brasil, se todos os seus craques de futebol saissem de seus clubes de origem com uma formação intelectual? Ídolos estudados, capazes de dar bons exemplos à juventude que os admira e ao mesmo tempo, gerar dividendos para si mesmos e para os clubes que os formaram?

Certamente isso diminuiria a relação feia que temos visto nos ultimos tempos entre futebol, falta de inteligência e crime.

7 de jul. de 2010

ENTRE MARIAS, CHUTEIRAS E JOÕES, QUEM PERDE SÃO AS CRIANÇAS

Desde que o mundo é mundo, o poder, a riqueza e a fama são atrativos para o sexo oposto. Mas parece que em pleno século XXI os atores diversos da tragédia recorrente não entendem como as coisas efetivamente funcionam nesse assunto.

No mundo em que vivemos, filhos são uma opção. É certo que ainda existem aqueles acidentes, as crianças indesejadas nascidas muito mais do entusiasmo de um momento do que da opção dos pais. Mas já existe discernimento e informação suficiente por toda à parte, para que se afirme que hoje em dia, faz filho quem quer ou quem assume o risco, não existem grandes surpresas, todo mundo sabe direitinho de onde vêm as crianças.

João, que veio do nada e ficou rico jogando bola nunca preocupou-se em adquirir cultura e inteligência, ele passou a viver a vida com os prazeres que nem sonhava quando criança. Um dia, se envolve com Maria, garota igualmente pobre e pouco aculturada, embora bela, que faz plantão em concentrações, jogos e treinos de clubes famosos. Joana, a esposa oficial descobre e exige a separação de corpos e a divisão do patrimônio. João diz que é mentira e que nada ocorreu e as coisas se acalmam. Maria aparece grávida na imprensa exigindo pensão alimentícia. Joana pede o divórcio. João diz que é mentira e que vai solucionar o problema. O escândalo rende manchetes e comentários, na disputa entram os advogados, sinal de que tudo saiu do controle, os outrora garotos de infância pobre são apresentados ao mundo real, onde atos têm consequências, um mundo onde o dinheiro serve para adquirir prazeres, mas também para causar problemas a quem não sabe usá-lo.

Na maioria da vezes, casos assim se resolvem com um exame de DNA e uma ou várias sentenças. O jogador passa a ter descontado de seus rendimentos o valor de uma pensão, perde a esposa oficial e algum patrimônio e acaba tocando a vida. Em outros, ocorre o barraco, o escândalo que dá manchetes em revistas de fofocas. Em alguns, a tragédia.

Mas quem acaba pagando o preço de tudo isso?

Eu respondo: as crianças, que nascem sem saber dos desvios morais e dos defeitos dos pais, e crescem às vezes em meio ao luxo proporcionado por remuneração valiosa determinada em juízo, mas sem um pai e em alguns casos, sem uma mãe, mal sabendo que, dependendo do pai ou da mãe, aos 19 anos é capaz de ser abandonado à pobreza pela desoneração alimentícia ou até pelo fim da carreira da pessoa que o sustenta, incapaz de fazer um pé de meia que garanta os seus depois de certa idade.

As pessoas simplesmente não pensam nas crianças, mas são elas que pagarão o preço da ganância e da mesquinhês de quem tem fama, dinheiro e sucesso, mas poucos miolos ativos na cabeça.

6 de jul. de 2010

A CORVETA BARROSO E A MARINHA DO BRASIL



A corveta Barroso é uma evolução das corvetas classe Inhaúma que equipam a Marinha do Brasil.

Era para constituir uma única classe de navios, com um número mínimo de 8 e até 15, mas apenas 5 (4 Inhaúmas e 1 Barroso) foram construídas, sendo que a última levou nada mais, nada menos, que 14 anos para ser entregue e por esta razão, recebeu tantas modificações que acabou constituindo uma nova classe.

O governo brasileiro anunciou ontem que está em tratativas para vender uma corveta nova, baseada no projeto da Barroso, para a Guiné Ocidental, por meio da empresa EMGEMPROM.

Fato relevante que merece elogios, mas que guarda em suas entrelinhas o fracasso de nossa indústria militar, porque ao mesmo tempo que que a anuncia, o Brasil protela a decisão sobre o projeto a ser adotado para uma nova classe de navios de patrulha oceânica (NaPaOcs) e outra, de fragatas no estado a arte, absolutamente vitais para renovar urgentemente a capacidade de sua Marinha em defender nossos mares coninentais, responsáveis pela maior parte do petróleo que produzimos, pelo Pré-Sal e por riquezas animais e vegetais.

A Marinha do Brasil tem hoje, 60% dos meios navais que tinha há 20 anos. Ela diminuiu, se apequenou entre falatório constante de projetos de reequipamento que nunca saem do papel ou que se perdem em discussões estéreis como as de transferência de tecnologia por nações ricas.

Está venda é elogiável, mas só seria mesmo festejável se incluísse uma aquisição adicional destes navios brasileiros para a própria Marinha do Brasil e em prazo curto, sem esse papo protelatório de transferência de tecnologia, apostando na capacidade de nossos engenheiros e técnicos e buscando analisar as necessidades de nossas forças armadas.

O Brasil não será efetivamente relevante no mundo enquanto não entender que projetos militares próprios são mais efetivos que a suposta transferência de tecnologia que se pretende adquirindo material estrangeiro. Ninguém vende o pulo do gato, é preciso aprendê-lo, e muitas vezes, sozinho!

Se podia começar isso encomendando mais Barrosos e mostrando ao mundo que é capaz, sim, de construir e exportar navios militares sem depender de terceiros.

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Este que vos escreve aderiu à moda e entrou no twitter.

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PS.: Na reforma do blog, que acontecerá em breve, trato de colocar o ícone do passarinho em algum lugar.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...