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23 de abr. de 2016

A ANATEL CONTRA O NETFLIX... E O CONSUMIDOR QUE SE LASQUE!

A ANATEL devia ser um órgão regulador focado na proteção da sociedade contra os abusos de empresas enormes, concessionárias de serviço público e detentoras de enorme poder econômico. Deveria regular todos os aspectos técnicos da telecomunicação, tal qual fazem os órgãos similares em outros países, onde assuntos eminentemente técnicos podem ser tratados com força de Lei pelas agências que, por sua vez, são independentes inclusive dos governos nacionais.

Mas no Brasil, as agências reguladoras são aparelhadas para servir aos governantes e aos interesses deles e de seus financiadores de campanha. Tanto é que, aqui,  se apresenta uma concentração maléfica de empresas na prestação de serviços de telecomunicação. Não são mais que 4 empresas gigantescas, que foram comprando as concessionárias estaduais com o aval de duas agências reguladoras, a própria ANATEL e o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que teria por função evitar trustes e cartéis e a excessiva concentração em poucas e empresas de atividades econômicas.

Quando o Brasil se livrou das amarras do Sistema Telebrás, apareceram dezenas de empresas de comunicação que foram adquirindo lotes de prestações de serviços nas várias bandas dos vários estados e municípios. Com o passar do tempo, as 4 gigantes foram não só adquirindo suas concorrentes, como também adentraram ao mercado de TV por assinatura e ao de provimento de internet. Hoje, compra-se todos os serviços de apenas uma empresa, por preços que nem de longe são competitivos, porque praticamente idênticos em todas as operadoras.

As gigantescas leviatãs da telecomunicação andam incomodadas com o Netflix, que é um sistema barato, "on demand" e via internet, que lhes força a investir em capacidade de prover internet para clientes de uma empresa que lhes rouba assinantes da (péssima) TV por assinatura que oferecem.

Alegam que o Netflix não tem quota mínima de produção nacional, que não paga os mesmos impostos, que não tem a mesma regulação. E ao invés de investirem em serviços similares, preferem fazer lobby para que se inventasse o maior dos disparates contra o consumidor, o fim a internet ilimitada nas residências e estabelecimentos mercantis, absurdo que vai contra o que se pratica no mundo inteiro, mas que aqui, tem até presidente da agência defendendo com argumentos estúpidos, dignos de alguém que pensa em interesses que não são os da sociedade.

Eu não tenho dúvidas de que essa tentativa absurda de acabar com a internet ilimitada tinha por finalidade destruir os provedores de entretenimento "on demand" (inclusive os de jogos online), provavelmente forçando-os a vender suas operações para uma ou mesmo para as 4 leviatãs, que assim, passariam a oferecer os serviços com franquia de internet, mas a um preço muito maior e menos interessante do que o que existe atualmente, que forçam as gigantes a investir em capacidade de internet e ainda lhe roubam assinantes de suas TV(s) por assinatura,

Nada acontece por acaso, não faz 2 meses, se iniciou uma campanha contra o Netflix, agora, passou-se ao segundo round.

8 de ago. de 2012

VIDA DE CONSUMIDOR

Comprei uma máquina fotográfica que veio com defeito. Entrei em contato com a empresa (Fuji), e imediatamente, após um rápido cadastro, me enviaram um número dos correios para eu postar gratuitamente o aparelho e enviá-lo para a manutenção. 

Um sistema de logística reversa eficiente, no mesmo dia em que constatei o problema, consegui enviar o bem para o conserto, sem ter que procurar assistência técnica em Curitiba.

Isso foi numa quinta-feira. Na segunda seguinte, recebi um SMS me informando o recebimento do aparelho pela empresa, me dizendo que poderia acompanhar o processo pelo site dela, o que eu fiz segunda-feira passada, exata uma semana após a mensagem via telefônica, quando constatei que dizia "em verificação".

Para minha surpresa positiva, a máquina chegou ontem por SEDEX gratuito. 

Ou seja, a Fujifilm do Brasil Ltda. funciona com eficiência e atende bem o consumidor. Em 8 dias recebeu o aparelho, consertou e devolveu sem nenhum custo para quem comprou seu produto.

Fica o elogio. 

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Por outro lado, cancelei a assinatura de uma TV por satélite, após uma ligação telefônica de dolorosas duas horas explicando que não tinha mais necessidade do serviço, que não queria mudar o pacote para o básico, que deixaria os equipamentos para devolução, que aceitava até pagar mais um mês inteiro de assinatura além daquele pago inteiro que só recebi por 22 dias.

Mesmo assim, a tal empresa não se deu por satisfeita e me ligou no dia seguinte perguntando se eu não queria mudar de idéia. Disse que não. Dai me ligaram mais umas cinco vezes perguntando a mesma coisa e eu já não tão educadamente, disse que não.

Quando veio a fatura adicional que eu teria de pagar (mesmo tendo pago o serviço sempre de modo adiantado, porque quando o assinei fui obrigado a pagar um mês a mais), ela veio com um aumento de nada menos que 36% sem explicação lógica nenhuma.

Liguei para a operadora e antes de me atenderem sobre o valor da fatura, perguntaram de novo se eu não queria assinar novamente o serviço. Eu disse que não e registrei a reclamação com protocolo, no sentido de me enviarem a fatura devida pelo valor correto, para quitação posterior.

Não satisfeita,  a operadora me ligou novamente 15 dias depois me perguntando se eu não queria renovar a  assinatura e daí perdi as estribeiras e disse claramente (embora sem educação nenhuma) para o atendente que estava esperando a fatura devida que eu quero pagar, e que a empresa não a encaminhava. Bati o telefone na cara dele depois de dizer que pretendo pagar a fatura devida.

Dois dias depois, às 7 e meia da noite de um sábado, quando eu estava acompanhando um jogo de futebol me ligam novamente, e depois de eu me conter porque estava na casa da minha sogra, pedi e-du-ca-da-men-te que me enviassem a fatura que eu devo. Daí o atendente me perguntou se eu não aceitava o perdão daquele débito como forma de assinar um pacote básico. Eu disse não novamente, agradeci e desliguei o telefone na cara dele.

E já fazem 10 dias e o raio do boleto não chega!

Se não chegar e me protestarem, pego cópia deste post, os protocolos de atendimento, as faturas que eu guardo (desde a primeira) comprovando que sempre paguei em dia e adiantado pelo serviço, e peço danos morais no Judiciário. Se é essa a linguagem que a operadora entende, fazer o quê, não?

4 de abr. de 2011

QUAL O LIMITE DO CONSUMISMO?

No Estadão:
Após ter trigêmeos, pais rejeitam um dos bebês no PR

Um casal de Curitiba é acusado de "devolver" bebês trigêmeos.

A história, ainda não bem explicada, seria de que eles teriam passado por um tratamento de inseminação artificial, que notoriamente sujeita os interessados ao nascimento de gêmeos, trigêmeos ou até mais crianças.

E neste caso, existe a especulação de que o casal ficou contrariado sim é com o número de rebentos, porque esperava apenas um e, na pior das hipóteses, dois.

O que gerou, além da polêmica na imprensa, um indicativo judicial de perda do pátrio-poder com estipulação de pensão para as três crianças, paga, claro, pelos pais. Afinal, se um pai rejeita uma criança por um motivo como este, não serve nem para ter uma barata de estimação, que dizer criar um filho.

Notem bem: não estou acusando ninguém de nada, estou apenas repassando ao leitor as especulações havidas sobre este caso. Pode ser que no meio do processo judicial que se formou, os pais apresentem explicações e provas de que não agiram do modo desumano que foi citado, e eu mesmo, espero que assim seja. Ademais, os nomes dos envolvidos não vazaram (graças a Deus, pelo menos para as crianças!) a público. Mas o que choca é constatar onde chegou o consumismo, na confirmação de que rejeitaram a criança nos termos da notícia dada pela Agência Estado/Estadão.

Hoje em dia, consumir virou requisito de felicidade.

A pessoa não será considerada feliz se não trocar de celular a cada dois anos, se não tiver carro, se uma vez por semana não beber uma caixa de cerveja (se possivel à beira mar, com muita gente em trajes sumários), se não viajar, se não munir sua residência de TV-LCD, home-theater e leitor Blue-Ray, se não tiver câmera digital, IPad, Notebook, se não ostentar bolsas e roupas de grife, se não decorar a casa com os móveis da moda... toda a felicidade do mundo é apenas e exatamente aquela do senso comum da classe média que muitas vezes não tem um lugar digno para morar, com água encanada e esgôto, mas ostenta os produtos e os comportamentos ditados pela publicidade e pelos modismos.

Mas há mais um dos requisitos de felicidade, ditado pelo senso comum da classe média - os filhos.

Já conheci gente que teve filhos por obrigação social antes da vontade efetiva de assumir o encargo (que é grave e exige responsabilidade) de criar uma criança.

Tiveram filhos porque os amigos dizem que isso é indispensável para a felicidade ou porque as publicidades de colégios particulares dão a impressão de que é moleza educar uma criança... que além de tudo, só traz felicidade! TIveram filhos primeiro, para verificar depois se efetivamente os queriam ou mesmo se podiam criá-los fora do contexto pronlemático de, por exemplo, usar escolas públicas na sua educação.

Mas se for confirmada essa história sórdida, vamos concluir que os pais foram a um médico como iriam a um marceneiro:

- Queremos dois armários, digo, dois filhos. Se possível, com olhos azuis, cabelos louros e padrão marfim, ops, desculpe: olhos azuis, cabelos louros e pele clara!

Daí, passado um tempinho, o marce... digo, o médico anuncia que chegarão trigêmeos e o casal indignado ameaça ir ao PROCON e por fim, devolve a mercadoria com exigência de abatimento de preço.


O leitor notou a situação chocante? Será que estamos chegando no ponto em que o consumismo puro e simples também vai ditar o número de crianças abandonadas nas ruas das cidades? Será que já não tem sido este o comportamento de muita gente que se aventura em ter filhos e depois os larga por aí, ou pensa que a educação deve ser dada pelos colégios?

Antigamente, crianças abandonadas eram fruto de pais irresponsáveis que às faziam sem ter condições financeiras de criá-las. Agora, chegamos numa situação em que elas são frutos de pais que planejam tanto suas contas pessoais que enjeitam um filho porque sabem que não terão condição de colocar dois na escola da moda, nem vestir dois com roupas de grife, nem dar aos dois, os muitos brinquedos exigidos para a felicidade da criança... e dos pais.

As pessoas estão virando máquinas. Elas não "são" mais alguém, elas querem "parecer ser" alguém, um alguém modelado pela opinião dos outros, pelas convenções sociais nem sempre justas e corretas, pelos modismos, pela publicidade... estamos deixando a humanidade, as pessoas estão aceitando virar números nas tabulações de pesquisas de opinião feitas para justificar a colocação de produtos no mercado, só isso. E o pior de tudo, parece que crianças também estão virando produtos...

6 de ago. de 2008

OTÁRIO!


Eu passo minha vida inteira tentando pagar minhas contas em dia, gastando menos do que ganho, fazendo poupança e me preocupando com o dia de amanhã.

Daí, um dia estou trabalhando calmamente e recebo pelo correio um pacote enorme (esse aí em cima), onde supostamente há um livro e um DVD-ROM, acompanhado de uma nota fiscal, um carnê de pagamentos e um papel de propaganda, dizendo que me foi "dada a oportunidade" de avaliar o produto por 10 dias, podendo devolvê-lo "sem gastar nada" se não aprová-lo.

Detalhes:

1) No papel não há NENHUMA informação de como devolver o produto;
2) Cita um endereço de e-mail de atendimento, e-mail este que não respondeu quando enviei uma mensagem;
3) Não há informação de telefone para contato;
4) E o mais importante, o produto foi enviado sem que eu tivesse pedido!

Meu bom humor vai para as cucúias! Fico puto da cara, esbravejo, chuto o cesto de lixo, mordo o cachorro e dou cabeçadas no batente da porta até que meu irmão identifica o site da empresa que está praticando o golpe e consegue um telefone de contato, que não é 0800!

Tento me acalmar e ligo para lá. Uma mocinha com voz de quem já levou umas trocentas broncas no dia, me informa que está alterando o meu cadastro e que receberei em 10 dias um documento com o qual poderei devolver o produto pelo correio.

Outro detalhe:

Ela certifica-se de que eu não abri a caixa!

Enfim, remessa irregular, procedimento de cobrança abusiva e tentativa de impor a venda, porque ficou cristalino que se eu tivesse aberto a caixa, não poderia devolver o produto. E perda de tempo, MINHA perda de tempo.

Fui obrigado a achar o site da empresa, encontrar o telefone, aguentar o atendimento automático, explicar para a mocinha que não tenho interesse no produto, tirar cópia de toda a papelada que veio com o pacote, afinal, só Deus sabe se meu nome não vai parar no SPC-SERASA por conta de uma palhaçada como essas.

E ainda terei que me dirigir aos correios, cujas filas são sempre enormes e vão me tomar pelo menos uma hora para fazer a devolução, isso se consegui-la, o que ainda duvido.

E ainda por cima a vergonha de constatar viver num país em que pilantras não respeitam nada...

... sem contar que as cabeçadas no batente da porta deixaram uns galos.

PS: Nessas horas, eu queria ter a capacidade que só o Ricardo Rayol tem de esculhambar com gente desse tipo!

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...