Pedro Simon, como qualquer político brasileiro, tem defeitos e não é flor que se cheire.
Há quem fale mal dele por vários fatos passados, mas sua atuação no Senado sempre foi marcada pela defesa intransigente do combate à corrupção endêmica que deságua nos privilégios torpes escamoteados por atos secretos em favor de uns poucos oligarcas, basta ver sua atuação nos casos Jáder Barbalho, Antonio Carlos Magalhães e agora, com José Sarney.
Entre ele, e as figuras nefastas de Renan Calheiros e Fernando Collor, mesmo com seus muitos defeitos, prefiro Simon, que não foi apeado da presidência da casa sob uma chuva de acusações e uma torrente de mentiras comprovadas à própria familia e até à amante, e nem cassado por corrupção pelo Congresso Nacional.
Sem contar que Collor traiu Renan, que foi para a oposição quando aquele votou abertamente em Divaldo Suruagi numa eleição para o governo de Alagoas, em que o presidente tinha empenhado sua palavra no apoio ao atual colega senador.
Simon não se elegeu malhando José Sarney para depois ir beijar-lhe a mão, como fez Fernando Collor. E também nunca esteve do lado do entreguismo peemedebista, cuja maioria dos integrantes, especialmente Calheiros e Sarney, preferem esquecer o passado de ofensas e acusações praticadas pelo PT, para aderir ao seu governo de modo patético e vergonhoso.
Nem Collor, nem Calheiros, tem estofo para atacar Simon, do mesmo jeito que não têm para a defesa de Sarney. Suas atuações parlamentares são pífias, fisiológicas e marcadas pelo adesismo cego ao governo da vez, jogando no lixo qualquer resquício de ideologia e coerência para se manterem sempre no centro do poder.
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