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9 de set. de 2008

O PLANO NACIONAL DE DEFESA

Hoje o presidente Lula e os ministros da Defesa, Nelson Jobim, da Justiça, Tarso Genro e da Fazenda, Guido Mantegna, além do Secretário de Planejamento Estratégico Roberto Mangabeira Unger, devem anunciar o Plano Nacional de Defesa, um ousado planejamento estratégico para repotencializar as forças armadas e ao mesmo tempo usá-las como instrumento de capacitação tecnológica da indústria brasileira.

No primeiro momento, haverá a compra dos equipamentos necessários para devolver às Forças Armadas a efetividade militar perdida pelos seguidos contingenciamentos orçamentários das últimas décadas. Especula-se que o Brasil anunciará a aquisição de equipamentos militares em um valor aproximado de mais de 10 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, sendo os mais importantes:

- 24 a 36 caças de superioridade aérea até 2015, chegando em até 120 em 2025;
- 51 helicopteros médios de transporte, a serem fabricados em Itajubá/MG;
- 12 helicópteros de ataque, para uso pelo exército nas fronteiras amazônicas;
- 5 submarinos convencionais;
- 1 submarino nuclear a entrar em operação em 2015;
- 6 fragatas de patrulha e guerra oceânica;
- 27 navios pequenos de patrulha oceânica;
- modernização da aviação de caça da marinha.

Some-se a estas ações, a continuidade de alguns programas emergenciais já em curso, quais sejam:

- 6 helicopteros médios BlackHawk para o exército;
- 4 helicopteros SeaHawk para a marinha;
- aquisição de 250 tanques Leopard 1A5;
- aquisição de novos caminhões de transporte de tropas;
- aquisição de novos veículos de transporte tático;
- modernização dos aviões F-5 e A-1;
- 99 aviões super-tucano;
- aquisição de 8 aviões de guerra anti-submarino P3-C-Modernizados.

Todos os projetos de aquisiões novas, envolverão cessão de tecnologia nos chamados "off-sets". Assim como houve cessão quando a Embraer ajudou a produzir os aviões (AMX) A-1, e com isso ela obteve "know-how" para produzir a familia ERJ 145 e tornar-se a 3ª maior companhia do mundo no seu setor, a idéia e dotar a índústria brasileira de tecnologia sensível, que os países detentores dificilmente vendem. Como a quantidade de armamentos a serem adquiridos é considerável, espera-se obter avanços importantes para a indústria brasileira.

Há quem diga que o Brasil é um país pacífico e não precisa de tantas armas. Discordo por algumas razões:

1. Tecnologia militar cedo ou tarde recebe uso civil e leva ao fortalecimento da indústria de um país. Todos os países altamente desenvolvidos têm indústrias militares fortes, e nem por isso envolvem-se em guerras constantes. Hoje, o Brasil encontra-se atrasado na corrida tecnológica mesmo entre as nações emergentes, vez que Rússia, China e Índia têm grandes programas militares, que transferem tecnologia para a indústria civil, que por sua vez gera empregos qualificados (bem remunerados) e riquezas.

2. O Brasil tem imensas áreas de riquezas naturais a proteger. As duas Amazônias, a verde e a azul, têm extensões continentais e dado o fato de que hoje elas concentram riquezas das mais importantes do planeta (água doce e o petróleo da camada pré-sal) é certo que no futuro serão alvo de todos os tipos de interesses estrangeiros. Patrulhar e proteger esse patrimônio é obrigação do Brasil para com a humanidade, mas também para com seu próprio povo.

3. Investimentos militares se pagam e geram dividendos. Os EUA são extremamente ricos, entre outros fatores, porque sabem que boa parte dos valores investidos em seus arsenais, retornam à sociedade por meio de empregos, impostos e melhorias na qualidade de vida decorrentes da tecnologia. Usar o discurso pacifista e sair desse mercado de armamentos é contentar-se em exportar produtos primários sem valor agregado, condenando milhões de pessoas a vidas miseráveis.

4. Sem contar a questão da segurança em si. Imaginemos o Brasil alvo de terrorismo, por exportar petróleo para os EUA?

Outro aspecto interessante do PNAD, é exigir o serviço militar ou social obrigatório, com vias a difundir conceitos de cidadania entre os jovens. Apóio isso incondicionalmente. O serviço militar já demonstrou ser um poderoso instrumento para difundir bons valores e melhorar a educação e capacitação das pessoas que envolveu.

Eu apóio o PNAD mesmo sendo oposição ao governo Lula.

Apóio porque o Brasil jamais será uma potência sócio-econômica se não tiver capacidade de proteger-se de ingerências externas e mesmo de exportar seus interesses e sua influência.

O Brasil tem que deixar de ser o cordeiro do mundo e virar tigre, ou melhor... onça!

13 de jul. de 2007

O COMENTÁRIO DO "ROÇA" E AS OBRAS DE LULA

Se contar ninguém acredita: Vamos transpor um rio(?) vamos construir Usinas nucleares, submarinos, várias hidreletricas ao mesmo tempo, termeletricas, etc,,Onde estava nossa grana antes?Estamos ricos de repente?Parece que queremos fazer tudo que não foi feito até agora em 4 anos?Mas a hidrelétrica com a Bolívia é uma boa, pro índio , é claro.
Mas eu acredito mesmo é que esses chefões bolivarianos se entendem muito bem.E isso me dá nos nervos.

12/7/07 19:00 ROÇA COISA É OUTRA LIMPA


Eu não resisti e resolvi usar do pouco elegante expediente de comentar um comentário de leitor. Mas o "Roça" está com toda a razão.

De repente a mesma imprensa tão direitista e irresponsável quando trata de casos de corrupção de pinicam nos ternos dos governantes em Brasília, emite uma avalanche de notícias espetaculares: usinas hidroelétricas na Amazônia, submarino nuclear para a marinha, os melhores jogos Pan-Americanos da história no Rio de Janeiro, venda de energia para a pobre Argentina, o PAC com suas obras espetaculares e a transposição do Rio São Francisco.

Não vou criticar a imprensa. Do mesmo modo que ela ajuda no combate à corrupção, também ajuda em realizações importantes. Ademais, se o governo diz que vai fazer isso ou aquilo, cabe à imprensa divulgar, porque isso ajuda o brasileiro a fiscalizar para onde vai, ou pretende-se que vá, o dinheiro público.

Vou criticar sim é esse governo de sonhos, que constrói castelos de cartas e usa durex para que eles não desmanchem no primeiro sopro.

Eu sou favorável ao submarino nuclear e ao programa nuclear. A Marinha trabalhou duro por 3 décadas, sofrendo com a falta de verbas e a falta de vontade política de governantes como Fernando Henrique Cardoso, que se pudesse teria extinto as forças armadas e transformado elas em polícia de bairro. Mas o presidente Lula foi lá, deu uma olhadinha no trabalho, ficou entusiasmado e disparou que vai liberar verba, sem perceber que o resto da força está à míngua. Navios descomissionados à toda hora e programas de modernização paralisados, e isso por absoluta falta de vontade política e bom senso, ante, inclusive, a ameaça militar que representa o instável senhor Hugo Chaves. O submarino e o programa nuclear deveriam ser contemplados dentro de um amplo programa de reaparelhamento das forças armadas, tratar como medida pontual soa demagógico e ineficaz, porque não adianta submarino nuclear, quando não há proteção aérea e terrestre sobre as instalações sensíveis que fazem sua manutenção.

A transposição do São Francisco, por sua vez, uma coisa absurda. Um rio responsável pela integração nacional, mas que está praticamente morto e cheio de problemas. Em certos lugares, sua calha e vazão diminuíram e ao invés do governo recuperar antes a capacidade do rio com programas ambientais sérios, quer tirar uma parte da sua água para transferi-la para outro lado do país. Fazendo isso, mata de vez o que já está moribundo, mas parece que as evidências não são suficientes.

As hidroelétricas na Amazônia. Eu posso ser acusado de imperialista e coisa e tal por defender o não uso da região para atividades econômicas, tal qual querem muitos estudiosos norte-americanos. Mas acho que já basta o estrago que Tucuruí fez por lá. Imaginemos duas grandes usinas, e a quadrilha de madeireiros ilegais que vai devastar o que puder em sua volta, pouco se lixando para IBAMA, Polícia Federal, Exército, etc... Em Tucuruí foi assim e não será diferente nessas duas novas empreitadas. Pior que isso é imaginar fazer uma usina em conjunto com a Bolívia. Sei não, se duvidar muito, a usina fica pronta e Evo Morales (que pretende ser presidente daquilo lá por muitos anos, ainda) fará o mesmo que fez com as refinarias, vai dizer: É MINHA!!! E conforme for, é capaz de ficar com ela e ainda com uma parte do Acre, de Rondônia ou do Mato Grosso, conforme sua localização. Sou mais da idéia de preservar a Amazônia, e lá, no máximo cabem projetos de energia alternativa.

Do Pan nem falo muito... torrou-se dinheiro público de modo irresponsável e pouco ficará de bom para a cidade, sem contar que pretendem continuar a festa, com a história das Olimpíadas.

Enfim, o governo acha bonitinho e anuncia, mas não dá bola para as consequências ou mesmo para óbvios pré-requisitos.

Ademais, o "Roça" cantou a bola: de onde vem o dinheiro para tanto, se o orçamento vive contingenciado e as despesas do governo crescem acima dos índices de aumento de arrecadação? Das duas uma, ou os projetos não sairão do papel, ou podem parar no meio do caminho, mas anunciados eles foram, e ajudaram a criar essa imagem do super presidente popular. Na pior da hipóteses eu pergunto: como fica a imagem do sucessor que, tudo indica, será aliado dele, se não há festa que dure para sempre?

PS: Estarei viajando este fim de semana, não liguem se eventualmente demorar para moderar os comentários.

PS(2): Leiam em Malditos Patos! um complemento bem humorado deste comentário, "O Ovo de Lula e o Novo Verbo".

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

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