O projeto FX-2, de renovação dos aviões de combate da FAB é decorrência do projeto FX, iniciado ainda no governo FHC. Desde a primeira canetada, após a Força Aérea praticamente implorar pelo estudo (comprar é outro assunto) de aquisição destas novas aeronaves, já se vão 12 anos, 3 ministros da Defesa (José Viegas, Waldir Pires e Nelson Jobim) e dois presidentes incapazes de decidir, Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva.
Agora, Dilma Roussef entra no processo e com a mesma desculpa de Lula em 2003, de fazer ajuste fiscal, e o adia novamente.
O que é surpreendente é que até 31/12/2010 o Brasil navegava em calmas águas econômico-fiscais, com céu de brigadeiro e vento favorável, o que supostamente justificava a enorme popularidade do semi-deus que deixou o Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro... mas isso é outro assunto.
O Brasil dos discursos do ex-presidente Lula é um país internacionalmente influente, que desagrada a Rússia, a Europa e os EUA apoiando o Irã, que dá uma peitada na Itália deixando de extraditar um assassino, que manda tropas para o Haiti e está sempre disposto a dar sua opinião e mediação em qualquer problema, por mais espinhoso que seja. É um país que dá abrigo a Césare Battisti, mas comete a atrocidade de devolver dois boxeadores para o ditador Fidel Castro torturar. É um país que sabendo das leis iranianas, pede clemência para uma condenada e sujeita-se à ira de fundamentalistas radicais religiosos.
Mas a realidade é outra. O Brasil é um país cujas forças armadas tem seu limite de projeção externa no caos do Haiti. Mais que isso, não há pessoal, aviões, navios ou equipamentos terrestres com que possa trabalhar, porque todos os programas de reequipamento das forças armadas ou andam a passo de tartaruga ou são empurrados sem cerimônia com a barriga presidencial, caso da aquisição dos caças, onde a presidente Dilma repete as colossais irresponsabilidade e incompetência e de seus dois antecessores, e deixa visível para o mundo que a audaciosa política externa de Lula é incapaz de sustentar-se militarmente, isso num campo onde não é preciso usar armas, mas apenas tê-las para demonstrar poder e opinião.
O país quer ser internacionalmente influente, mas leva mais de 10 anos para decidir que 3 aviões vão para a fase final do processo. Depois que isso acontece, numa bravata o presidente Lula afirma em alto e bom som que o escolhido é o francês Rafale. No dia seguinte, o ministro da defesa desmente o mandatário máximo do país. Dias depois, especulações sobre a volta de duas empresas desclassificadas à disputa, informando que ela seria cancelada. Daí por um ano inteiro o ministro da defesa sai dizendo que no mês seguinte haverá decisão sobre a questão, sendo que ela é sempre adiada. Chega o fim do governo sem ser proferida e no início da nova gestão, as especulações se confirmam com novo adiamento!
Incompetência dos presidentes, isso já foi falado. Incapacidade visceral dos ministro da defesa, em especial do atual, cujas atitudes demonstram claramente ter preferência por uma das aeronaves, sem que se transmita isso à sociedade. Incapacidade dos militares em explicar para a classe política e a sociedade da necessidade de tais meios, e mesmo de convencer o presidente e o ministro de que, para a FAB, a melhor escolha é A ou B, tentando impedir a especulação e o lobby.
O Brasil está brincando com coisa séria. Se é pequena (embora existente) a possibilidade de um conflito paroquial na América Latina, especialmente com o ditador venezuelano, não se pode entrar de sola na arena política internacional ou se oferecer para mediar conflitos sem ao menos ter dentes com que se defenda de eventuais agressões. O Brasil, já disse um diplomata estrangeiro, é um rottweiler sem dentes, e o que é pior, seus políticos estão impedindo-o de visitar um dentista!
Agora, Dilma Roussef entra no processo e com a mesma desculpa de Lula em 2003, de fazer ajuste fiscal, e o adia novamente.
O que é surpreendente é que até 31/12/2010 o Brasil navegava em calmas águas econômico-fiscais, com céu de brigadeiro e vento favorável, o que supostamente justificava a enorme popularidade do semi-deus que deixou o Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro... mas isso é outro assunto.
O Brasil dos discursos do ex-presidente Lula é um país internacionalmente influente, que desagrada a Rússia, a Europa e os EUA apoiando o Irã, que dá uma peitada na Itália deixando de extraditar um assassino, que manda tropas para o Haiti e está sempre disposto a dar sua opinião e mediação em qualquer problema, por mais espinhoso que seja. É um país que dá abrigo a Césare Battisti, mas comete a atrocidade de devolver dois boxeadores para o ditador Fidel Castro torturar. É um país que sabendo das leis iranianas, pede clemência para uma condenada e sujeita-se à ira de fundamentalistas radicais religiosos.
Mas a realidade é outra. O Brasil é um país cujas forças armadas tem seu limite de projeção externa no caos do Haiti. Mais que isso, não há pessoal, aviões, navios ou equipamentos terrestres com que possa trabalhar, porque todos os programas de reequipamento das forças armadas ou andam a passo de tartaruga ou são empurrados sem cerimônia com a barriga presidencial, caso da aquisição dos caças, onde a presidente Dilma repete as colossais irresponsabilidade e incompetência e de seus dois antecessores, e deixa visível para o mundo que a audaciosa política externa de Lula é incapaz de sustentar-se militarmente, isso num campo onde não é preciso usar armas, mas apenas tê-las para demonstrar poder e opinião.
O país quer ser internacionalmente influente, mas leva mais de 10 anos para decidir que 3 aviões vão para a fase final do processo. Depois que isso acontece, numa bravata o presidente Lula afirma em alto e bom som que o escolhido é o francês Rafale. No dia seguinte, o ministro da defesa desmente o mandatário máximo do país. Dias depois, especulações sobre a volta de duas empresas desclassificadas à disputa, informando que ela seria cancelada. Daí por um ano inteiro o ministro da defesa sai dizendo que no mês seguinte haverá decisão sobre a questão, sendo que ela é sempre adiada. Chega o fim do governo sem ser proferida e no início da nova gestão, as especulações se confirmam com novo adiamento!
Incompetência dos presidentes, isso já foi falado. Incapacidade visceral dos ministro da defesa, em especial do atual, cujas atitudes demonstram claramente ter preferência por uma das aeronaves, sem que se transmita isso à sociedade. Incapacidade dos militares em explicar para a classe política e a sociedade da necessidade de tais meios, e mesmo de convencer o presidente e o ministro de que, para a FAB, a melhor escolha é A ou B, tentando impedir a especulação e o lobby.
O Brasil está brincando com coisa séria. Se é pequena (embora existente) a possibilidade de um conflito paroquial na América Latina, especialmente com o ditador venezuelano, não se pode entrar de sola na arena política internacional ou se oferecer para mediar conflitos sem ao menos ter dentes com que se defenda de eventuais agressões. O Brasil, já disse um diplomata estrangeiro, é um rottweiler sem dentes, e o que é pior, seus políticos estão impedindo-o de visitar um dentista!
a diulma não falou que ia considerar outras opções? tipo aviões russos, iranianos, croatas, sudaneses e congoleses?
ResponderExcluiro mundo em que vivemos gira livre porai sem limites, e não podemos ficar sem opnião, tudo o que dizemos impulciona a sociedade. Somos livres para agir e dar o exemplo.
ResponderExcluirIncompetência, ufanismo, ideologismo do séc XIX, e politicagem da mais rastaqüera marcaram esse FX2. Nada a acrescentar. Uma vergonha.
ResponderExcluirA propósito: excelente o blog, Fábio. Vou adicionar no Blog do Vader. Parabéns.
olá blogueiro!
ResponderExcluir“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é o de serem governados por aqueles que se interessam.” (Arnold Toynbee)
acho o brasil muito indeciso nas questões de política externa. é o medo do gigante (eua) e o medo de desagradar à muita gente por ser um país pacifico.
asua frase no final resume tudo. vivemos da ilusão de um poder que não temos.
bom texto gostei! rs
Simples: como você espera que as pessoas que foram torturadas pela ditadura militar voltem a aparelhar uma marca "negativa" de suas vidas? As tres gerações politicas que passaram (e os deputados e senadores de sempre) tem alguma ligação direta ou não com aquele passado, e estão dando o seu troco na forma do poder... sutilmente... deixando o pais, num cenario um tanto maior, a ver navios, armas e avioes, literalmente.
ResponderExcluirDos anteriores:
# os maiores rombos de secretarias foram as dos irmãos do Requião. Poder, poder, poder...
# Educação, de pais da geração entre a sua e a minha. Isso é o que falta. Como as pessoas só vêem o que conhecem, eis a postura dos demais. E a nossa, que assiste sem reação.
# Até onde sei, o Flamengo trata das transações pelo clube de regatas e administra os processos e dividas pela insolvente S.A. No caso do R.Gaucho, e de alguns outros jogadores, o Fla é uma espécie de camisa de alguel: entra com uma parte do salário (ou só os direitos de imagem, conforme o contrato), o empresario / patrocinador / agente / grupo de empresários paga a outra parte. E tal qual um post mais recente, todos fazem vistas grossas... se baixar a regra aqui que existe na Europa a respeito das Dívidas, só sobra o CAP, o Inter, o Cruzeiro e o SPFC pra jogar campeonato.
Abraços!
Ao contrário do que parece, as forças armadas está bastante fortalecida e com o desenrolar dos fatos, muita coisa virá à tona. Bem Fábio, basta pensar que para o PT "ideologicamente" existem alguns papões. Porque será que o governo brasileiro quer enfraquecer as forças armadas? Nessa altura existem jogos psicológicos em curso e Dilminha quer incendiar alguns assuntos antigos, veremos!
ResponderExcluirTony,
ResponderExcluirEngana-se: Quem tem dívidas não necessariamente é insolvente. O Coritiba por exemplo às tem, mas não é insolvente e paga os salários de seus atletas em dia, muito embora possam ocorrer, sim, atrasos pontuais. E há outros clubes nessa situação.
Mas no caso do Flamengo, hoje o patrimônio do clube não cobre suas dívidas e a megalomania de contratações tem agravado isso às custas do Erário, ou seja, estamos pagando, enquanto contribuintes, o Ronaldinho a jogar no rubro-negro carioca... sem contar que o clube ficou ANOS com patrocinio da Petrobrás e sem deter sequer uma certitão negativa do INSS, o que ofende quem cumpre a Lei.
Precisa sua colocação sobre este tema,Fabio. Conseguiu dissecar muito bem os porques de tanta demora.
ResponderExcluirNa minha modesta opinião,desde o governo FHC,as nossas forças armadas tem sido sucateadas.Como que os novos governantes quisessem se "vingar" da época dos militares.
Este jogo de "empurra" pra resolver a compra de aviões deve ser só mais um detalhe disso tudo.Abraços!
Fábio
ResponderExcluirParanóias a parte, mas acredito que você está certíssimo nesse texto. Principalmente na exposição dos fatos - que, de fato, ocorrem, mas ainda tem muita gente que finge não vê-los.
Abraço
O PT só mostra, agora, sua verdadeira identidade. Zombou por dois mandatos da cúpula da Aeronautica e a contento do Luis Inácio (já aposentado)comprou sucatas da França para agradar Monseiur Sarkozy (ou sua bela esposa?). Dilma agora faz os ajustes necessários para pagar a farsa de uma campanha otimizada sob o suor e idealismo do povo brasileiro, pois, só o Povo conseguiu superar as crises internacionais e transformar nosso País em algo respeitado internacionalmente. Não foi o Sr. Lula e nem os salvaguardas por ele enviados (inclusive a Sra. Presidenta). Lamentavel e vergonhoso para um País Soberano e Capaz. Quem sabe um dia os militares se cansem de tanta zombalheira...
ResponderExcluirBrasil quer entrar no conselho da ONU somente pra apasiguar. Aff.. E uma vergonha. Mal consegue se defender, agora quer defender outros. Fico imaginando o que este país faria a respeito dos ditadores que controlam seus paises de forma dura. Quem pensa demais não age.
ResponderExcluirAté pra concessionar alguns caças e navios de defesa, leva mais de 10 anos imagina defender um país. Quantos civis morreriam por toda essa burocracia que para o desenvolvimento deste país.
Ótimo Blog Fábio, Usamos frases parecidas nas nossas apresentações.
Heber Leandro - Facebook