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17 de mar. de 2016

TODOS DE PRETO, LULA NO OLHO DO FURACÃO E... GOVERNE, DILMA!

Os panelaços e buzinaços de ontem foram até altas horas da madrugada, lá pelas 3 da manhã eu ainda ouvia manifestações no meu bairro, que é central em Curitiba.

Dezenas de manifestações espontâneas por todo o país: 7 mil pessoas na Avenida Paulista(SP), 2 mil na Praça da Liberdade(BH), 5 mil na Praça dos Três Poderes e outras tantas pelo Brasil afora, como em Curitiba, onde o povo acorreu à sede da Justiça Federal para prestar apoio à Lava Jato, clamando contra a nomeação do ex-presidente.

E hoje de manhã, centenas de pessoas vestindo roupas pretas, inclusive este que vos escreve.

E com a marcação descaradamente acelerada da posse formal para hoje, às 10 da manhã, não esperem um 17/03 tranquilo.

Hoje, há boatos fortes de mobilizações empresariais, confirmou-se a saída do PRB do governo e inicia-se formalmente o processo de impeachment. Mais do que isso, cresce um sentimento de que a mera menção ao "parlamentarismo" é golpe para dar sobrevida à coligação PT-PMDB. No decorrer do dia, é possível que mais partidos abandonem a "base aliada" e mesmo que parte do PMDB se declare rebelde.

O governo já está paralisado desde o inicio de fevereiro, isolado dentro das idéias tortuosas do PT e do PC do B, com o PMDB fazendo o papel do abobado que não dá idéia alguma.

Agora, o país que já estava em velocidade baixa, começa a parar lentamente à espera de um ato político capaz de devolver aos nacionais a confiança nas instituições: seja ele a cassação de Dilma, a declaração da ilegalidade da nomeação de Lula ou mesmo uma reforma ministerial ampla que mude o perfil incapaz e acomodado do ministério Roussef, tentando fazer que o governo consiga ao menos funcionar.

Se o senhor Lula achava que seria recebido como o salvador da pátria em crise, enganou-se, o brasileiro não quer um primeiro-ministro improvisado, quer um governo que funcione, e a única responsável, que tem a obrigação de tomar decisões e dar ordens, é a senhora Dilma Vana Roussef.

E se ela não tem energia, nem capacidade, ou ainda, não tem vontade para fazê-lo, que não terceirize a república, que renuncie!

17 de fev. de 2016

A COLIGAÇÃO PT-PSDB

O país experimenta a pior crise econômica de sua história. As empresas estatais estão praticamente todas em crise, os fundos de pensão delas, todos com déficits atuariais gigantescos decorrentes de má-gestão, as contas públicas descontroladas a ponto de não haver previsão confiável de déficit para o exercício e os impostos sendo aumentados sem critério algum, e, especialmente, sem qualquer garantia de acréscimo de arrecadação, já que a carga tributária e a burocracia atingiram um nível tal de obstrução econômica, que seu efeito tem sido o de deprimir a sociedade.

Ao quadro de crise econômica, soma-se o de incapacidade governamental pura e simples. A presidente Dilma Roussef não tem articulação política nenhuma, a ponto de não conseguir convencer nem seu próprio partido da necessidade de tomar medidas econômicas para tentar tirar o país do atoleiro. Ela manobra um número absurdo de ministérios, mantém uma base congressual instável com a manutenção de 104  mil cargos em confiança distribuídos aos "aliados", e, mesmo assim, não consegue apoio nem mesmo dentro do seu próprio gabinete, já que tanto o vice-presidente, quanto ministros do PMDB parecem não lhe dar crédito algum.

Em um quadro como estes, um verdadeiro partido de oposição estaria fazendo a festa, incendiando o país com protestos contra a política econômica equivocada e ineficiente, contra a presidente fraca e desarticulada, contra o ministério formado por incompetentes, contra a ausência de políticas públicas, contra a epidemia de corrupção entranhada na maior empresa do país (que é estatal) que atinge diretamente o partido da ocupante do Palácio do Planalto.

Ontem, Aécio Neves declarou que seu partido está disposto a, sob certas condições, abster-se de obstruir votações mediante procedimentos regimentais tanto da Câmara quanto do Senado. Usou o batido discurso da oposição "propositiva", para deixar nas entrelinhas que não só apóia a recriação da maldita CPMF, quanto vai tratar abertamente da reforma da previdência, que também aumentará impostos. Estão fazendo o mesmo jogo que, em 2015, levou à aprovação de uma ementa constitucional criminosa que, sob a desculpa de adequar o ICMS interestadual, resultou num aumento de alíquota do imposto em 20 dos 27 estados, mais o aumento dele sobre vendas interestaduais para consumidor final e consequente aumento brutal da burocracia, especialmente para as menores empresas.

O PSDB criou um novo tipo de oposição, a "oposição de coligação", que na prática, é um compartilhamento de idéias tortas que ferram o contribuinte, arrebentam com a população, destroem pequenas empresas e salvaguardam apenas e tão somente os interesses dos políticos, especialmente de partidos que, como o dos tucanos, detém governos estaduais deficitários, incapazes de fazer reformas administrativas e de mandar para a rua os milhares de contratados em confiança por motivação eleitoreira. Mais que isso, o PSDB faz o mesmo jogo do PT: brada contra a corrupção, aponta defeitos nos outros mas não olha para o próprio umbigo, vide o caso do metrô, o da merenda escolar de SP e da operação Publicano no PR onde a atitude tucana é exatamente igual à dos petistas: negar, dizer que é perseguição empurrar ao máximo com a barriga para ver se a opinião pública esquece.

O PSDB definitivamente não serve como oposição. Até mesmo sua afinidade ideológica com o PT é escancarada, parecem partidos irmãos, separados apenas por uma rixa causada na comparação dos governos Lula e FHC. Na prática, o que vemos é uma coligação PT-PSDB, na qual ambos trabalham apenas para salvar as cabeças de seus líderes e impor o ideário de uma "social-democracia" em que o Brasil arrecadará muitos impostos mas não dará nada em troca para a população, como já não dá e nunca deu. É uma união de partidos patrimonialistas, que querem o país à serviço de seus líderes e filiados agraciados com cargos sem concurso, só isso, sem nenhum outro objetivo além desse, sem preocupação nenhuma com o bem estar de mais ninguém além deles mesmos.


CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...