Um terremoto seguido de um tsunami e o mundo encontra-se em crise nuclear, que nem de longe é problema só do Japão.
O mundo em que vivemos é sedento de energia. Usinas nucleares sempre foram consideradas um mal menor ante a falta de recursos hídricos ou petrolíferos para gerar eletricidade, fugindo dos problemas ambientais e políticos das usinas termoelétricas, movidas a petróleo e gás.
O esgotamento das fontes de energia da Europa e do Japão é flagrante, mas esse fenômeno é mundial. Hoje, todos os países guardam preocupação com o aumento da oferta de energia em face de processo econômico em que o progresso é medido pelo aumento da demanda por ela.
Mesmo países ricos em recursos hídricos, como o Brasil e os EUA já experimentam o esgotamento deles, com a impossibilidade de construir novas usinas, isso independentemente do dano ambiental que sua construção causa.
Uma usina nuclear acaba gerando menos problemas para seu operador que uma termoelétrica, sujeita às instabilidades do Oriente Médio. Uma usina nuclear, gera energia bem mais barata e diminui os protestos dos consumidores, que em qualquer lugar do mundo, reclamam dos aumentos de tarifas pouco se lixando para o fato de que energia não se produz do nada, desde que ela esteja disponível para acionar TV(s), computadores, celulares e videogames.
O dano que as usinas nucleares podem causar não é menor que o causado pelas hidroelétricas ou termoelétricas, é apenas mais dramático e concentrado.
Pouca gente pensa no mal que uma Tucuruí causou ao cortar milhões de árvores, matar milhares de animais e alagar centenas de quilômetros de florestas até então virgens. Quase ninguém atina para quantidade de carbono jogado na atmosfera ao queimar petróleo para garantir que uma familia pobre tenha duas TV(s) LCD(s), aparelho de som, computador e internet, embora não tenha nem água encanada e muito menos esgôto tratado.
São as idiossincrasias do mundo em que vivemos, que não escolhem país rico ou pobre, porque os erros cometidos no Japão, não são diferentes dos cometidos no Brasil ou em Angola.
O planeta Terra está em estado de esgotamento. Muita gente dizia que isso jamais aconteceria, outros diziam que seria coisa para 200 anos. Mas se verificarmos a degradação visível do planeta só nos últimos 20 anos, constatamos a olho nu a aceleração desse processo.
O Japão deveria servir de exemplo para começarmos a repensar o mundo de modo efetivo e verdadeiro. O problema é que, tão logo a crise nuclear de lá seja controlada, mesmo se houver um novo Chernobyl, o mundo fará questão de esquecer tudo, e a publicidade vai continuar vendendo a felicidade em planos de telefonia celular, cerveja na praia, refeições altamente cálóricas e substituição paranóica de eletrodomésticos.
Muito mais que um terremoto seguido de tsunami, o que aconteceu no Japão foi o alerta de um planeta que, bem disse Raul Seixas, como um cachorro que não aguenta mais as pulgas, se livra delas com um sacolejo.
O mundo em que vivemos é sedento de energia. Usinas nucleares sempre foram consideradas um mal menor ante a falta de recursos hídricos ou petrolíferos para gerar eletricidade, fugindo dos problemas ambientais e políticos das usinas termoelétricas, movidas a petróleo e gás.
O esgotamento das fontes de energia da Europa e do Japão é flagrante, mas esse fenômeno é mundial. Hoje, todos os países guardam preocupação com o aumento da oferta de energia em face de processo econômico em que o progresso é medido pelo aumento da demanda por ela.
Mesmo países ricos em recursos hídricos, como o Brasil e os EUA já experimentam o esgotamento deles, com a impossibilidade de construir novas usinas, isso independentemente do dano ambiental que sua construção causa.
Uma usina nuclear acaba gerando menos problemas para seu operador que uma termoelétrica, sujeita às instabilidades do Oriente Médio. Uma usina nuclear, gera energia bem mais barata e diminui os protestos dos consumidores, que em qualquer lugar do mundo, reclamam dos aumentos de tarifas pouco se lixando para o fato de que energia não se produz do nada, desde que ela esteja disponível para acionar TV(s), computadores, celulares e videogames.
O dano que as usinas nucleares podem causar não é menor que o causado pelas hidroelétricas ou termoelétricas, é apenas mais dramático e concentrado.
Pouca gente pensa no mal que uma Tucuruí causou ao cortar milhões de árvores, matar milhares de animais e alagar centenas de quilômetros de florestas até então virgens. Quase ninguém atina para quantidade de carbono jogado na atmosfera ao queimar petróleo para garantir que uma familia pobre tenha duas TV(s) LCD(s), aparelho de som, computador e internet, embora não tenha nem água encanada e muito menos esgôto tratado.
São as idiossincrasias do mundo em que vivemos, que não escolhem país rico ou pobre, porque os erros cometidos no Japão, não são diferentes dos cometidos no Brasil ou em Angola.
O planeta Terra está em estado de esgotamento. Muita gente dizia que isso jamais aconteceria, outros diziam que seria coisa para 200 anos. Mas se verificarmos a degradação visível do planeta só nos últimos 20 anos, constatamos a olho nu a aceleração desse processo.
O Japão deveria servir de exemplo para começarmos a repensar o mundo de modo efetivo e verdadeiro. O problema é que, tão logo a crise nuclear de lá seja controlada, mesmo se houver um novo Chernobyl, o mundo fará questão de esquecer tudo, e a publicidade vai continuar vendendo a felicidade em planos de telefonia celular, cerveja na praia, refeições altamente cálóricas e substituição paranóica de eletrodomésticos.
Muito mais que um terremoto seguido de tsunami, o que aconteceu no Japão foi o alerta de um planeta que, bem disse Raul Seixas, como um cachorro que não aguenta mais as pulgas, se livra delas com um sacolejo.