15 de mar. de 2011

O ALERTA NUCLEAR DO TSUNAMI

Um terremoto seguido de um tsunami e o mundo encontra-se em crise nuclear, que nem de longe é problema só do Japão.

O mundo em que vivemos é sedento de energia. Usinas nucleares sempre foram consideradas um mal menor ante a falta de recursos hídricos ou petrolíferos para gerar eletricidade, fugindo dos problemas ambientais e políticos das usinas termoelétricas, movidas a petróleo e gás.

O esgotamento das fontes de energia da Europa e do Japão é flagrante, mas esse fenômeno é mundial. Hoje, todos os países guardam preocupação com o aumento da oferta de energia em face de processo econômico em que o progresso é medido pelo aumento da demanda por ela.

Mesmo países ricos em recursos hídricos, como o Brasil e os EUA já experimentam o esgotamento deles, com a impossibilidade de construir novas usinas, isso independentemente do dano ambiental que sua construção causa.

Uma usina nuclear acaba gerando menos problemas para seu operador que uma termoelétrica, sujeita às instabilidades do Oriente Médio. Uma usina nuclear, gera energia bem mais barata e diminui os protestos dos consumidores, que em qualquer lugar do mundo, reclamam dos aumentos de tarifas pouco se lixando para o fato de que energia não se produz do nada, desde que ela esteja disponível para acionar TV(s), computadores, celulares e videogames.

O dano que as usinas nucleares podem causar não é menor que o causado pelas hidroelétricas ou termoelétricas, é apenas mais dramático e concentrado.

Pouca gente pensa no mal que uma Tucuruí causou ao cortar milhões de árvores, matar milhares de animais e alagar centenas de quilômetros de florestas até então virgens. Quase ninguém atina para quantidade de carbono jogado na atmosfera ao queimar petróleo para garantir que uma familia pobre tenha duas TV(s) LCD(s), aparelho de som, computador e internet, embora não tenha nem água encanada e muito menos esgôto tratado.

São as idiossincrasias do mundo em que vivemos, que não escolhem país rico ou pobre, porque os erros cometidos no Japão, não são diferentes dos cometidos no Brasil ou em Angola.

O planeta Terra está em estado de esgotamento. Muita gente dizia que isso jamais aconteceria, outros diziam que seria coisa para 200 anos. Mas se verificarmos a degradação visível do planeta só nos últimos 20 anos, constatamos a olho nu a aceleração desse processo.

O Japão deveria servir de exemplo para começarmos a repensar o mundo de modo efetivo e verdadeiro. O problema é que, tão logo a crise nuclear de lá seja controlada, mesmo se houver um novo Chernobyl, o mundo fará questão de esquecer tudo, e a publicidade vai continuar vendendo a felicidade em planos de telefonia celular, cerveja na praia, refeições altamente cálóricas e substituição paranóica de eletrodomésticos.

Muito mais que um terremoto seguido de tsunami, o que aconteceu no Japão foi o alerta de um planeta que, bem disse Raul Seixas, como um cachorro que não aguenta mais as pulgas, se livra delas com um sacolejo.

4 de mar. de 2011

OBRAS AVANÇAM NA AVENIDA WADISLAU BUGALSKI EM TAMANDARÉ

Nota: Esta postagem é feita em conjunto com matéria do Jornal RaioX. É publicada aqui em razão do alto interesse público envolvido, em razão do supercongestionamento da Rodovia dos Minérios.

As obras de revitalização nos 7 km e meio da Avenida Wadislau Bugalski já estão facilitando o trânsito no local - resta apenas a execução de 1500 metros depavimentação. O investimento de aproximadamente 7 milhões de reais em uma das principais avenidas que liga o centro da cidade de Almirante Tamandaré à Curitiba, passando por bairros populosos do município, está em fase bastante adiantada.

Após os transtornos sofridos pela população do município e pela Prefeitura, devido ao rompimento de contrato com as empreiteiras que ganharam a primeira licitação, a obra está com alguns trechos já em fase de iluminação, sendo que o primeiro trecho localizado próximo a sede sentido Curitiba já está em fase de finalização com sinalização e execução de lombadas.

Além do trânsito, a obra está beneficiando escolas, creches, postos de saúde e estabelecimentos comerciais e residenciais localizados ao longo da Avenida Wadislau Bugalski.

O Secretário Municipal de Obras, Dilaor Machado, estipula que a previsão de conclusão das obras seja até o final do primeiro semestre deste ano no mês de junho.

Realizada com recursos viabilizados junto ao governo do Estado por meio da Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedu) e pelo Paranacidade, a obra será inteiramente paga pela Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré.

Para o Prefeito Vilson Goinski, essa é uma das mais importantes obras de revitalização da gestão municipal, a qual se constitui emum dos eixos estruturais essenciais para o município.

Matéria de responsabilidade de Aline Presa, assessora de comunicação da Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré.

2 de mar. de 2011

EUA QUEREM O BRASIL COMO PRINCIPAL FORNECEDOR DE PETROLEO

Em um contexto sério, a notícia (esta aqui) que parece boa, soa aterrorizante.

O Brasil vem negligenciando suas forças armadas e seus controles de fronteiras. Fala-se que com os cortes orçamentários do governo Dilma Roussef, causados pela irresponsabilidade de Lula, o 1º GDA que é a proteção aérea sobre Brasília deixará de voar seus caças F-2000 em abril, e que haverá contingenciamento e cortes também nos pouquíssimos programas de reaparelhamento em curso (O FX-2 já foi pro vinagre, mas agora, estão cortando dinheiro do programa de submarinos e do programa de helicópteros cujos contratos já foram assinados e estão em curso, e que, óbvio, sofrerão atrasos, isso se não causarem incidentes diplomáticos).

60% dos aviões da FAB simplesmente não voam mais por falta de manutenção. O Exército opera carros de combate das décadas de 60/70 e as vezes, não têm dinheiro para pagar refeição para recrutas. A Marinha, hoje, têm 2/3 dos navios que tinha há 15 anos e seus planos de reaparelhamento não demandam menos que 20 anos, isso se nunca houver contingenciamento de verbas, o que não é a prática nacional, onde a construção de uma corveta (um navio médio de escolta) demora 14 anos, um submarino 12 e uma licitação internacional fracassada para compra de caças leva 12 anos para não decidir nada, torrando dinheiro público.

Eu sou um confesso admirador dos EUA, porque eles têm uma atitude em relação ao mundo que entendo correta: esgotam as vias diplomáticas mas cuidam primeiro dos interesses nacionais e dos seus cidadãos, e depois, bem depois, vão se preocupar com o bem estar do resto. Se todo mundo agisse assim, não teríamos nações como o Brasil, dando esmolas para vizinhos que querem lhe apunhalar, como a Bolívia e a Venezuela, ou, ainda, não teriamos nações criminosas como a Coréia do Norte, que não é capaz de dar de comer aos seus nacionais, mas financia o terrorismo internacional.

Mas ao mesmo tempo, eu entendo que é muito perigoso virar parceiro petrolífero dos EUA, que dizer seu principal fornecedor da commoditie. Porque os EUA não hesitariam em mandar porta-aviões para colocar "pingos nos is" no Brasil se algum governo ou a visceral incompetência brasileira lhes afetasse o fornecimento. E como o Brasil não detém o mínimo poder de dissuasão, ou seja, aquele de impor perdas enormes a um agressor mesmo sabendo que pode perder a guerra, estaríamos sujeitos a virar um novo Iraque, com governos fracos manipulados externamente, o que não é impossivel ante a absoluta falta de qualidade de nossos políticos, que de regra são venais e incompetentes, e que preferem gastar em estádios luxuosíssimos para a Copa do Mundo, do que colocar dinheiro na segurança nacional.

Do ponto de vista econômico a notícia pode ser boa. Mas do ponto de vista nacional, as coisas podem não ser tão azuis.

28 de fev. de 2011

O SACO DE MALDADES DE DILMA, QUE É CULPA DO LULA!

Dizer o quê?

O governo cortou 50 bilhões do orçamento, sendo que uma parte deles sairá da educação (3,1 bi) e da saúde, com cortes também no programa Minha Casa, Minha Vida e outro de 18 bilhões nos investimentos, leia-se PAC. Salário mínimo de R$ 545, tabela do IR reajustada abaixo da inflação.

Só vai se safar da tesoura o amado, idolatrado, salve, salve, Bolsa-Família, de tão bons resultados eleitorais

E tem mais. Nada de concursos públicos nem reajustes para o funcionalismo este ano, sendo que o ministro Mantega citou hoje a frase clássica dos governantes brasileiros em apuros, ele "aventou" a possibilidade de aumentar os preços dos combustíveis, o que significa que os combustíveis vão aumentar de preço e ponto final, porque no final das contas o caixa da Petrobrás também é o do governo.

Não dou mais 30 dias terá projeto recriando a CPMF com o apoio dos governadores idiotas de norte a sul do país, sejam de situação, sejam de "oposição", ávidos por uma fonte de renda para que possam gastar à vontade e sem freios para pagar funcionários comissionados e incapazes, estádios para a Copa dos Idiotas de 2014, palácios suntuosos em mármore e granito, carrões e aviões de uso VIP, amantes, noitadas em motéis, etc... a putaria nacional não pode parar, o dinheiro público da CPMF é essencial para a saúde... a saúde dos senhores políticos!

O governo Lula abriu os cofres de modo irresponsável. Em 8 anos de governo navegando em águas calmas, ao invés de deixar um legado de responsabilidade fiscal, preferiu abrir os cofres nos 2 últimos para garantir a eleição da sucessora a qualquer que fosse o custo. Todas as boas iniciativas, como o uso de políticas tributárias (redução de impostos para combater a crise em 2008/2009, por exemplo) foram superadas pela generosidade ímpar em contratar um verdadeiro exército de comissionados e gastar sem freios em todo o lugar, desdenhando dos tribunais de contas e de qualquer controle orçamentário minimamente sério. Lula gastou e quando alguém levantou-se para dizer que o gasto era excessivo e errado, usou de sua popularidade para atacar as instituições que o contrariavam em seus delírios e agora, todos nós, otários, pagamos pela sua campanha em tornar-se o pai da pátria brasileira, aquela onde todo mundo tem TV LCD paga em suaves prestações de microcrédito, mas nem sonha com redes de água e esgôto!

Lula saiu do governo como o político brasileiro mais popular da história, mas entregou à sua sucessora uma colossal batata quente representada por 120 bilhões em restos a pagar, mais as despesas que o governo federal (e só ele e ninguém mais!) terá que assumir para não dar vexame na organização de uma Copa do Mundo e uma Olimpíada completamente inviáveis, usadas por espertalhões para configurar o maior roubo da história do país!

Mas, pelo menos, Dilma Roussef sabe o que está fazendo...

17 de fev. de 2011

SALÁRIO MÍNIMO: SÍMBOLO DA HIPOCRISIA PÁTRIA

A Constituição de 1988 capricha ao definir o salário mínimo no seu artigo 7º, inciso IV, declarando ser ele "nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua familia com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social".

A redação é tão bonita que a cada vez que a leio, tenho vontade de chorar, só não sei se de raiva ou de ironia, tamanha a hipocrisia que ela encerra.

Essa discussão estúpida em torno do salário mínimo, que o governo quer de R$ 545, a dita "oposição" quer de R$ 600 e a oposição da oposição, o PSOL, quer de R$ 700 é apenas mais um episódio da atávica hipocrisia nacional, em que se busca dar uma aparência de bondade e legalidade a algo que não é bom e nem segue a lei pois no caso, não segue o que determina a Constituição Federal.

A Constituição, esse monstrengo cheio de bondades que os governos não praticam, de princípios sociais que ninguém segue e que determina a criação de órgãos e legislações que não servem para nada (o melhor exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente), imporia um salário mínimo de uns R$ 2.000, mas os políticos tratam do assunto em uma faixa que varia entre 545 e 700 reais.

O governo defende o salário mínimo... mínimo, porque ele supostamente impacta nas contas públicas, mesmo sabendo que a arrecadação federal bate recordes todos os meses há 20 anos sem parar, seja por conta do aumento exponencial da burocracia (como a nota fiscal eletrônica), seja pelo aumento de alíquotas, taxas e preços públicos, que foi constante e ocorreu em todos os anos desde a promulgação da Constituição dita "cidadã", a mesma que não protege os cidadãos de serem ferrados pela sanha arrecadatória de governos que gastam em supérfluos feito Copa do Mundo, Olimpíada, cargos em comissão, reformas suntuosas de palácios e aviões VIP, mas não têm a mínima preocupação em cumprir a regra mais básica do texto, que é a de deferir condições objetivas para a vida digna.

Em 2007 ficou estipulado que o salário mínimo seria reajustado pelo índice oficial de inflação, mais um acréscimo correspondente ao aumento do PIB de dois anos anteriores. Porém, em 2009 a economia do país não cresceu na esteira da crise que o governo Lula jurou de pés juntos que não afetou o Brasil, mas que causou um aumento real praticamente zero do salário mínimo em 2011. Daí os sindicalistas, portanto, o próprio PT, estrilaram e quebraram o acordo, agindo como hipócritas que assinam um documento e logo depois inventam desculpas para não cumpri-lo, dizendo serem defensores do povo.

E do lado da dita "oposição" não há menos hipocrisia. O PSDB e o DEM tinham a mesma exata atitude em relação ao salário mínimo que hoje tem o governo de Dilma Roussef do PT. Mesmo com a arrecadação federal em crescimento constante, o governo FHC jamais aceitava um aumento substancial sob a alegação de pressionar as contas públicas, enquanto a então "oposição" do PT montava um circo em torno do assunto, falando da dignidade que hoje ignoram e da capacidade governamental em suportar o valor, a mesma que hoje alegam não existir.

Enfim, o salário mínimo é apenas mais um símbolo da hipocrisia pátria em esconder que no país não há rigor nenhum em cumprir a Constituição e as Leis e muito menos em bem aplicar o dinheiro público, que não raro é usado para sustentar mordomias de políticos e asseclas, altos funcionários públicos e pessoas com negócios com o Estado.

14 de fev. de 2011

ADEUS, RONALDO!

Depois de sua vitoriosa carreira, Ronaldo não precisa sujeitar-se à cobrança estúpida de torcedores desmiolados, que não raro descamba para a violência na esteira da ignorância de gente que não sabe avaliar a condição humana.

E no fim das contas, ele mesmo acabou reconhecendo que seu físico não suporta mais a rotina e as exigências do futebol profissional. Foi humilde em reconhecer que mesmo os superastros como ele tem um momento de finalizar a carreira. E quando fez isso, acabou sendo humilde em reconhecer que devia ter parado pouco antes.

É a vida. Mesmo o maior dos atletas, aquele cuja genialidade suspendeu guerras e atraiu as atenções de chefes de Estado pelo mundo afora, Pelé, um dia se obrigou a dar adeus ao esporte.

Como também ocorreu com muitos outros gênios das quadras e das pistas, como Zico, Romário, Guga Kuerten, Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Oscar Schmitd, etc... só para citar os brasileiros.

Pode ser que alguns torcedores organizados do Corinthians achem que ele, Ronaldo, estava se aproveitando do clube para ganhar uns quebrados em fim de carreira, o que não é verdade, porque sua imagem paga cada centavo dos seus salários e ainda gera lucro ao clube paulistano, sem contar o acréscimo técnico, que Ronaldo efetivamente prestou em 2009 ao voltar para o futebol brasileiro, contribuindo para vencer o campeonato Paulista e a Copa do Brasil.

Não devemos lembrar de uma figura como ele pelos seus defeitos humanos, porque estes, toda pessoa têm. Devemos lembrar da figura pública de Ronaldo como aquele garoto que, angustiado com o empate com a Itália na final da Copa de 1994, pedia para o técnico colocá-lo em campo. Ou ainda do atleta fenomenal que muita gente tinha como acabado, mas que preparou-se para superar-se na Copa de 2002, quando com arrancadas sensacionais e tabelas com Rivaldo, ajudou a trazer o título para alegria do país.

O cidadão Ronaldo Nazário vai tocar sua vida longe dos campos. Mas as (boas) lembranças de suas passagens pelos campos do mundo afora, nós brasileiros, assim como madridistas, milaneses, cruzeirenses e corinthianos, teremos vívidas nas memórias para contar para filhos, netos e sobrinhos e para exaltar os feitos do esporte.

11 de fev. de 2011

MAIS DO MESMO SOBRE A COPA DO MUNDO 2014

Na Folha de S.Paulo:

TCU aponta erros e diz que Copa pode repetir fracassos do Pan.

No Estado de S.Paulo:

TCU aponta problemas em obras do Maracanã para Copa do Mundo de 2014.

O TCU afirma que o orçamento para as obras do Maracanã não passa de ficção. O estádio que foi reformado para o Mundial FIFA de Clubes em 2001, depois para os Jogos Panamericanos de 2007, já projeta custos de mais de R$ 1 bilhão, sendo que estes não páram de crescer, o que está acontecendo em todas as demais sedes onde já há obras de estádios públicos. Nos dois casos de estádios privados, mesmo com dinheiro público as obras não começam.

Estamos caminhando a passos largos para um episódio de assalto aos cofres públicos na esteira de obras emergenciais e revisões de contrato.

10 de fev. de 2011

EU AVISEI!

No dia 25 de agosto do ano passado eu postei aqui no blog com o título VEM AÍ UM AJUSTE FISCAL, mesmo com a então candidata Dilma dizendo que não faria algo assim, nos seguintes termos (citados por um petista):

"Estão tentando pautar a minha campanha. Como falar em ajuste (fiscal) em um país que cresce 5%, tem geração de emprego e 255 bilhões em reservas (cambiais)?"


Claro que em um país onde a mentira come solta e a cara-de-pau é instituição, não se pode desqualificar a presidente pela incoerência, até porque Dilma sempre deu sinais de que faria ajustes grandes nas contas públicas, mesmo não falando nisso diretamente.

Em campanha no Brasil pode tudo, vez que o Judiciário não pune a mentira que influencia os resultados eleitorais e a própria população de regra é incapaz de lembrar o que comeu no almoço do dia anterior, que dizer pronunciamentos políticos.

Enfim, um corte de R% 50 bilhões no orçamento nada mais é que ajuste fiscal, como também são medidas nesse sentido a suspensão de concursos, o aumento das auditorias em vários órgãos da admnistração e o corte linear de 50% para pagamentos de diárias.

Fora isso, o estranho é que ontem o ministro Mantega disse nas entrelinhas que as metas fiscais de 2010 só foram alcançadas por meio de artifícios contábeis, ao afirmar que em 2011 elas seriam atingidas sem eles. Isso encerraria outra mentira, a de que o governo Lula não abriu os cofres com fins eleitorais em 2010.

Eu já esperava por tudo isso porque o governo Lula, que ninguém aqui está dizendo que não desenvolveu o país, gastou demais e perdeu uma oportunidade dourada de ajustar as contas públicas para alcançar a partir delas o desenvolvimento sustentável e por longo período de tempo que sempre pregou. E bem dito, não acho que o ajuste fiscal vá colocar o Brasil numa recessão ou mesmo que a economia vá mal. Apenas entendo que se o governo não quer tratar de um assunto diretamente, melhor observar o silêncio do que mentir.

A parte ruim, é que dias depois eu afirmei que a CPMF voltaria. Como não sou adivinho, mas apenas analiso os fatos, é provável que ela volte mesmo, mesmo com a negação, a mesma negação acerca do ajuste fiscal.

9 de fev. de 2011

CORTE DE 50 BILHÕES. É O CUSTO DA ERA LULA

Ante os índices de inflação (com provável estouro da meta) o Governo Federal resolveu efetivar um corte adicional no orçamento de ficção aprovado pelo Congresso Nacional. Serão mais 50 bilhões além do contingenciamento tradicional, que afeta quase que de modo linear a administração pública federal.

A conta das bondades ilimitadas do governo Lula, cujas despesas cresceram sempre a mais que as receitas, começa a aparecer.

O Brasil perdeu nos últimos 8 anos a oportunidade de encaminhar um ajuste fiscal efetivo com efeitos duradouros. Se Lula tivesse determinado um teto da folha de pagamento da União e contratado 2/3 a menos de comissionados, o aumento exponencial da arrecadação teria colocado próximo de zero o déficit da União.

Mas não, ele umentou as despesas em índices sempre acima dos de aumento de receitas e legou para sua sucessora uma máquina engessada não só financeiramente, mas também politicamente, na exata medida em que político que apadrinha comissionados, não vai abrir mão da manutenção deles na coisa pública, ainda mais com a incerteza sobre a popularidade da presidente Dilma, que certamente não será igual à do seu antecessor.

Não acredito que o Brasil vá entrar em recessão por conta desse corte e do aumento das taxas de juros. Também não acredito que a inflação vá alcançar patamares insuportáveis, até porque o governo Dilma já entendeu que tem que cuidar da sua parte, porque o Banco Central tem margem limitada no aumento dos juros. É improvável que o Brasil volte a experimentar recessões drásticas como as do passado, até porque elas eram causadas por aumentos brutais de impostos e juros, coisa que hoje em dia não é exequível.
Mas o que está claro é que o Brasil perdeu uma chance de ouro de, nos últimos 8 anos, ajustar as contas públicas de modo efetivo e duradouro.

7 de fev. de 2011

MAIS DE ÁLCOOL E CRIANÇAS

No Estadão de hoje:

Dos jovens viciados em álcool, 40% começaram a beber antes dos 11 anos

Com um quadro como o da matéria do Estadão, não me admira que os índices de violência estejam fora de controle.

O Brasil, repito, é leniente demais com o álcool, mas principalmente com os pais quie deixam que filhos menores o consumam.

Quando por um milagre divino algum conselho tutelar ou mesmo a polícia prende uma criança ou adolescente sob o efeito de álcool e chama os pais, simplesmente ninguém vai preso, ninguém é processado, tudo fica numa conversa idiota, cheia de clichês de paz, amor, carinho, responsabilidade, etc... Como ninguém vai preso, ninguém é multado, não dá 15 minutos a criança tá na rua de novo, enchendo a cara de álcool, sabendo que probabilidade de ser detida já se esgotou.

Enfim, em um país onde a maioria da população acha bonito dar bicadinha de cerveja para bebês, e deixa crianças e adolescentes assistirem o festival de manguaça dos idiotas do BBB, não se pode esperar melhora.

2 de fev. de 2011

A "OPOSIÇÃO" NO PLANALTO, A POSIÇÃO NO PARANÁ

Nos 8 anos do governo Lula, o Brasil praticamente não experimentou oposição. Nos últimos 4 anos, então, a situação foi patética, salvando-se apenas a questão da volta da CPMF, que foi derrubada se bem que com apoio de parte da dita "base aliada".

Em 2010, apesar do sucesso nas eleições estaduais, a oposição mingou no Congresso Nacional se entendida como o conjunto dos partidos DEM, PSDB, PPS, PSOL e legendas menores como o PSTU. Mesmo assim, esta oposição ainda têm um número relevante de parlamentares que, se não é capaz de barrar propostas governamentais, pelo menos poderia fazer barulho e marcar posição contrária.

Mas não, o senador José Sarney foi reeleito com 71 dos 84 votos da casa, sendo que apenas o PSOL teve a vergonha na cara de lançar um candidato derrotado de antemão, mas marcando posição. E na Câmara, a mesma coisa, pois a eleição girou em torno da proporcionalidade de participação na mesa, ou seja, a oposição preferiu ganhar um pequeno naco de poder, a assumir uma postura de contrariedade.

Estamos sujeitos a mais 4 anos de ausência de oposição e debate político pobre. Parece que a única oposição relevante que terá o governo Dilma Roussef virá de dentro de suas próprias hostes.

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E no Paraná, a Polícia Militar invadiu a Assembléia Legislativa e tomou o lugar da segurança interna da casa, em virtude de ameaças feitas ao novo presidente, Valdir Rossoni (PSDB).

Rossoni avisou que vai virar a casa do avesso e colocar "pingos nos is", em relação às graves denúncias levantadas no ano passado, de nepotismo, atos secretos, funcionários que não comparecem ao trabalho e favorecimentos, denúncias estas que o ex-presidente Nelson Justus disse que atacou, mas sem mostrar resultados práticos.

É triste ver em que virou o estado do Paraná nos últimos anos, especificamente desde que o senhor Roberto Requião do Mello e Silva assumiu o governo, contando sempre com a cordeirice de uma Assembléia Legislativa que obedecia sem discutir todas as ordens vindas do Palácio Iguaçú, que absteve-se de fiscalizar, que aceitou a nomeação de um irmão do governador para o Tribunal de Contas, que simplesmente não existiu enquanto instituição.

Agora convivemos com o escândalo do Porto de Paranaguá, que envolve denúncias graves contra o irmão do ex-governador (e consequentemente, contra ele) e com o caos na Assembléia Legislativa. O Paraná não deve mais nada a nenhum dos estados ditos "!oligárquicos" tão mal falados pelo Brasil afora.

E o mais revoltante é saber que, assim que ocupar a tribuna do Senado, o agora senador Requião voltará suas baterias para fazer acusações graves contra o ministro das comunicações, Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffman que ele, Requião, abraçava efusivamente nos palanques da campanha do ano passado.

O Paraná virou uma terra de trairagem.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...