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15 de out. de 2010

VOCÊ JÁ PENSOU EM TROCAR UMA FACULDADE PELO ENSINO TÉCNICO?

Sempre digo que no Brasil sobram administradores, contadores, economistas e advogados, mas existe uma falta dramática de pessoal para a indústria, como engenheiros, químicos, matemáticos e físicos nas áreas de projetos, ou ainda pessoal ligado à área de produção, tais como técnicos em mineração, em explosivos, em segurança do trabalho, em mecânica, eletrônica, logística e centenas de outras profissões.

Os cursos técnicos hoje em dia representam empregos valorizados, com uma formação que inicia-se com preços muito inferiores ao de faculdades meia-boca que vendem diplomas que acabam não servindo para absolutamente nada, e em prazos menores que podem dar tempo da pessoa recuperar o tempo perdido, caso não tenha vocação para aquela função.

Quando a pessoa tem vocação para certa área, pouco importa se a faculdade é boa ou ruim, gostando daquilo, é certeza que ele terá bom desempenho profissional. Mas o que acontece no Brasil, e não é de hoje, é que muitos jovens entram na faculdade apenas para receber um diploma e acabam perdendo anos de suas vidas com uma formação ruim, pela qual as vezes eles mesmos não se interessam.

No SESI ou no SENAC, é possivel fazer ótimos cursos técnicos em dezenas de áreas, cursos com duração de 6 meses a 2 anos, a um custo muito inferior ao de uma faculdade improvisada, dessas que aparecem em ampla publicidade com atores sorridentes mostrando "campis" bonitinhos mas desprovidos do que é mais essencial dentro de uma instituição de ensino superior, que é a vontade de pesquisar e desenvolver atividades. A maioria dessas "unis" movidas a publicidade, limita-se a dar a formação mínima, dentro dos currículos mínimos definidos pelo Ministério da Educação. São caça-níqueis universitários, destruindo o futuro de muita gente que poderia conseguir empregos bem remunerados e com possibilidade de desenvolvimento de uma carreira bem sucedida, a partir de funções erroneamente tidas como menores.

É triste ver a quantidade absurda de faculdades de administração e direito que existem só em Curitiba. São muitas vezes jovens que cursam algo que não acrescenta nada às suas vidas, quando existem ótimos empregos de nível técnico disponíveis, para empresas que muitas vezes investiriam até em um curso superior para um técnico qualificado que lhe atenda as necessidades.

3 de fev. de 2009

SACO SEM FUNDO

Você sabia que os caminhoneiros autônomos descontam 2,5% de sua renda para uma entidade chamada SEST/SENAT? E que até 5% do valor da folha de pagamento de uma empresa é destinado ao resto do sistema "S" (SESI, SENAI, SENAC, SEBRAE)?

Você sabia quem um profissional liberal deve pagar R$ 140,00 anuais para seu sindicato, por mais que ele não faça nada por ele? E que um dia de trabalho anual de todo empregado vai para a mesma finalidade, assim como um percentual do capital social de todas as empresas?

Você sabia que as profissões regulamentadas pagam anuidades e não raro, taxas por manutenção de escritórios e consultórios ou efetivação de serviços? E que o número de profissões regulamentadas não pára de crescer, a ponto de, nesta semana, um deputado estúpido ter apresentado um projeto para colocar nesse rol a profissão de DJ?

No Brasil, quando os políticos não conseguem colocar seus cupinchas e apadrinhados vadios em cargos de comissão, eles fazem lobby pela autorização de criação de novos sindicatos ou pela regulamentação de profissões, porque nisso conseguem manter o círculo vicioso de arrecadar e jogar dinheiro fora a fundo praticamente perdido, para beneficiar uns poucos.

Nem vou muito longe ao me referir a sindicatos. 90% deles não servem para nada que não seja o bem estar pessoal de seus dirigentes, a maioria deles praticamente perpétuos à frente das instituições ou, pelo menos, sempre do mesmo grupelho.

Já o sistema "S" oferece aprendizado profissional em alguns lugares, mas sinceramente, não devia ser financiado com taxa imposta pelo poder público, nem ter dirigentes indicados por pressão política. Esses órgãos recebem BILHÔES em dinheiro da iniciativa privada e são mal administrados como toda a coisa pública brasileira, com os mesmos vícios e defeitos, como as sedes faraônicas cheias de mármore e granito e o desdém para com as pessoas simples que eventualmente precisem de seus serviços.

Um cliente meu dirigiu-se ao SEBRAE, onde lhe prometeram a abertura da empresa e o encaminhamento de um empréstimo com juros subsidiados. Abriram a empresa e quando foram tratar do empréstimo, enviaram-no a um contador, no caso, eu, para juntar a pilha de documentos que queriam para liberar o dinheiro. Passados 6 meses, desdenharam dele, o fizeram entrar em filas várias vezes, devolveram cadastros mandando refazê-los, pediram dezenas de certidões e por fim avisaram-no que por não ter garantias no valor de 3 vezes o do empréstimo, ele não o receberia. Ele foi engrupido numa mentira, desistiu do empréstimo, abandonou a firma que abriu e partiu para a informalidade. Mesmo assim, ele, como todos nós, paga para manter órgãos assim.

E quanto aos conselhos profissionais? Bem, se por um lado é necessário regulamentar as profissões relevantes (e, me desculpem os DJ(s), mas sua profissão não é relevante e nem é preciso que tenha código de ética profissinal), por outro não é preciso impor taxação pública para isto, nem muito menos criar estruturas colossais em forma de autarquias, igualmente usuárias de palácios suntuosos de mármore e granito, especialmente quando se constata que mesmo com sua existência, são comuns no Brasil casos de médicos que cometem erros gravíssimos, advogados que enrolam clientes e contadores que roubam empresas, sem que absolutamente nada e ninguém consiga proceder uma fiscalização preventiva de tais "profissionais", diminuindo os índices de insatisfação com profissionais de todo o tipo. Cobra-se muito da sociedade com resultados pífios, por mais que tais conselhos até sejam relevantes.

Todos esses órgãos se dizem entidades privadas, terceiro setor ou coisa que o valha, mas todos vivem das tetas generosas do dinheiro arrancado das pessoas à força, dinheiro este que vai para um saco praticamente sem fundo, a financiar mordomias para gente intimamente ligada à classe política e que pouco ou nada se importa com a sociedade.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...