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15 de dez. de 2007

UM ALERTA PARA A COPA 2014

Na Folha de S.Paulo, que reproduzo abaixo, um alerta para os endividados clubes nacionais de futebol, que resolverem se aventurar a construir estádios pensando em 2014:

19/11/2007 - 09h13
Decadência de arena peruana é alerta a Brasil-2014
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, enviado especial

O confronto de domingo, contra o Peru, em Lima, pela terceira rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo-2010, mostrou que uma coisa é construir um estádio moderno, outro é mantê-lo, desafio que o Brasil terá pela frente com o Mundial de 2014.

Passaram-se apenas sete anos desde que o imponente estádio Monumental foi inaugurado, depois de um gasto de US$ 44 milhões apenas com a obra propriamente dita. E o que já foi chamado de "o mais moderno" estádio sul-americano se deteriorou bastante, o que ficou evidente na partida de ontem.

Os banheiros são imundos. Em boa parte deles não há águas nas torneiras, e as descargas não funcionam. Três horas antes da bola rolar, o lixo já se acumulava em frente aos bares e lanchonetes --lixeiras são coisa rara.

O moderno telão, do mesmo tipo do instalado no Maracanã para o Pan, não funciona mais. O relógio gigante colocado ao lado do placar eletrônico também não --marcava o horário com imprecisão.

As paredes nunca receberam uma mão de tinta depois da sua inauguração, em 2000. A rede elétrica cai com freqüência --o único funcionário da empresa de telefonia responsável pela instalação das linhas para a imprensa fazia seu serviço com uma lanterna em uma sala escura e com parte do gesso do teto caindo.

Alguns dos elevadores que servem o Monumental também não funcionaram. Problemas de segurança fizeram o estádio "encolher" em mais de 20 mil lugares. No domingo, um efetivo total de 11 mil homens (com o reforço até de carros blindados, como o "Caveirão" da polícia carioca) trabalhou para garantir a tranqüilidade, o que aconteceu pelo menos dentro de campo --os cerca de 400 brasileiros que acompanharam o jogo, muitos deles vindos do Acre, ficaram misturados com os peruanos e nenhum incidente aconteceu.

Eram vários os orientadores com a missão de indicar os lugares para os torcedores, e alguns deles exigiam uma "caixinha" pelo serviço.

Vários policiais tinham como função checar se dentro dos camarotes havia bebida alcóolica --a ameaça era de acabar com a segurança para esses setores nos próximos jogos se alguém furasse o veto.

Não é sem motivo que uma arena tão nova já pareça tão velha. O modelo adotado para a sua construção, uma parceria entre a iniciativa privada e um clube de futebol (o Universitário), como muitos querem para 2014, mostrou-se um fracasso.

A construtora e o time travaram uma batalha pelo Monumental. O Universitário acumulou uma dívida de US$ 23 milhões com a empresa.

Enquanto isso, ambos não pagavam o imposto predial e o governo de Lima, onde está localizado o campo, quis vetar jogos no local porque a limpeza externa tampouco era realizada pelos administradores. A federação peruana também tem problemas com o Monumental, porque não consegue controlar os mais de 20 mil lugares localizados nos camarotes, também deteriorados.

2 de dez. de 2007

A MÍSTICA DO JOGO

O bom futebol, aquele que é jogado em campo, prega peças em nós torcedores.

E isso porque o futebol não é uma ciência, e muito menos é exato. Ele envolve coisas estranhas como fé, sorte, azar e mística.

Na semana passada, no apagar das luzes de um jogo dramático eu vivi uma das mais arrebatadoras emoções da vida, uma explosão de alegria que ficará na retina pelo resto da minha vida.

Hoje, no entanto, vi uma verdadeira religião chorar e fiquei triste, porque um time aqui de Curitiba, pelo qual nutro simpatia fora de campo, o Paraná Clube, também caiu.

Mas penso que o Paraná caiu pela falta de mística, enquanto o Corinthians, pelo excesso dela.

Queira ou não queira, mesmo quem não tem a mínima simpatia pelo Corinthians (meu caso), é triste ver milhões de pessoas decepcionadas porque faltou apenas um gol, um gol de nada e ao mesmo tempo de tudo, para que a tragédia não ocorresse. Se bem que esse gol teria que ser feito em um time tão grande, importante e tão místico quanto o alvi-negro, o imortal tricolor gaúcho de tantas batalhas.

O problema é que o Corinthians que foi rebaixado hoje não é o alvi-negro do bom futebol e da mística, a mesma mística que faltou ao Paraná Clube que perdeu do Santos uma partida que vencia até os 28 do segundo tempo.

Pelo contrário, o Corinthians que caiu hoje, é o de Duailib, de Kia, da MSI, e do suspeito Berezovski, às voltas com a Policia Federal e com ligações com uma coisa ainda mais má, a política. O Corinthians que caiu hoje é o da vergonha de gente que enriqueceu e se aproveitou daquela massa retumbante que lota estádios por onde o time joga, e que por vezes, de modo incauto e irresponsável, chegou a gritar coisas como "el, el, el" Kia é da Fiel!".

O Corinthians de hoje, de mística não tem nada, porque ela, a mística, no esporte acompanha quem compete, não quem compra.

A mística do Corinthians é a do clube sofredor, dos craques formados em casa, do time empurrado pela massa. Esse Corinthians que víamos há alguns anos, não era o verdadeiro. Era um Corinthians moldado pela força de um dinheiro maldito e não o time do povão paulista. A mística do futebol manda avisar que pode até ser deixada de lado, mas um dia cobra a conta disso.

Porque o Corinthians de verdade, o do bom futebol e da mística, até poderia cair, como cairam Grêmio, Sport, Náutico, Palmeiras, Fluminense, Coritiba e Atlético Mineiro, com a certeza de que voltaria um dia, como todos voltaram, sem que isso seja vergonha, nem desgraça, muito menos o fim de tudo.

A mística no futebol tem disso, presente, ela não deixa seu apadrinhado se apequenar.

O Paraná Clube, por não ter mística, ou ter pouca, se apequenou e caiu, o Corinthians, abandonou a sua e acreditou no conto de fadas da riqueza instantânea,
e não há nada que a mística odeie mais que ser trocada por algo fugaz, porque ela tem vocação de eternidade.

O futebol cobra a taxa da mística. Grandes clubes não podem se afastar dela porque se o fazem, se apequenam.

O que seria do Grêmio sem sua mística de lutador?

Ou do Coxa sem a sua, a do sofredor que precisa acreditar até o último minuto?

Ou ainda, a do São Paulo, para quem a organização é a mistica?

O Paraná voltará à Série A e um dia, daqui há muitos anos, terá a mística a lhe acompanhar.

Já o Corinthians, terá de fazer as pazes com a sua, e voltar a ser o time do povo, embalado pela galera, não o time dos executivos engravatados a prometer milhões de dólares para quem só se contenta com troféus e glórias.

14 de out. de 2007

DOMINGUEIRAS

a. Tento linkar aqui em casa, todas as pessoas que me visitam regularmente. Assim, atualizei a lista ao lado e o leitor que eventualmente dá uma passadinha por elas, vá nos vários blogs novos que estão ali. Todos ótimos, gente muito boa e de várias vertentes de pensamento.

b. O Pablo Ramada, me enviou o seguinte ME-ME, que respondo com prazer, até porque, nostálgico:

5 COISAS QUE CONHECI NA INFÂNCIA e NUNCA ESQUECI

1 - Futebol de Botão. Eu adorava futebol de botão, como, aliás, adorava (e adoro) futebol. Vivia apoquentando a vida do meu irmão que não aguentava mais jogar, mas por ser bonzinho sempre encarava a tarefa. Tive uns 20 times diferentes e organizava tabelas de torneios, inclusive, o primeiro campeonato brasileiro de pontos corridos, vencido pelo (aarrrrrrghhhh!) Guarani de Campinas, o que prova que eu era um juiz justo, porque sendo Coxa, seria natural eu dar uma forcinha pro verdão. A imagem é do UOL.






2 - Video-Game. Pac-Man, River Raid, Tênis, Space Invaders, etc... Eu e meu irmão ganhamos um drive compatível com o Atari no auge da moda, no inverno de um daqueles anos. Foi uma festa! Um frio de rachar lá fora e a gente grudado em frente da TV, com primos e amigos por perto, todo mundo torcendo para acabar logo o jogo e dar lugar para os próximos.








3 - Futebol. Um dia meu pai me levou no Estádio Couto Pereira para assistir Coritiba X Ferrovíário do Ceará (ou seria a Desportiva Ferroviária do Espírito Santo?) e o Coxa venceu por 7 X 1. Na semana seguinte, no estádio de novo, vimos o Coxa vencer a Desportiva (ou o Ferroviário?) por outros 7 X 1. Aquele time que contava com Mazaropi, Vilson Tadei, Luis Freire e outros, foi responsável por eu virar Coxa-Branca doente ainda na infância, e desde então, eu coleciono tudo o que posso sobre o Coxa e aprendi a torcer por outros clubes, especialmente o Grêmio, mas também o São Paulo, o Santos, o Botafogo, o Cruzeiro e o Atlético Mineiro (pasme!) e até o Paraná Clube, por quem eu torcia ontem no jogo contra o Flamengo, e pelo qual passei a ter respeito, por conta do avô de uma ex-namorada, que torceu pelo Coxa para me agradar, na final do campeonato Paranaense de 2003.

4 - Gibis. Mônica, Cebolinha, Cascão, Chico-Bento, Pelezinho e Frangão, Tio Patinhas, Pato Donald, Peninha, Asterix, Obelix e Ideiafix, Recruta Zero e Sargento Tainha... Até hoje, gosto de ler os gibis e muitos dos mais antigos ainda estão guardados aqui em casa.


5 - Ler. Pode parecer estranho, mas foi ainda em criança que aprendi a gostar de ler. Em minha casa é sagrado, todos os dias busca-se o jornal. Quando criança, claro, eu me concentrava em ler as páginas sobre TV e futebol e os suplementos infantis, como a Gazetinha. Depois passei para os livros ilustrados e assim por diante... Foi graças ao "Tesouro da Juventude" e a muitos outros bons livros que meus pais sempre se preocuparam em deixar à disposição dos filhos, que peguei o vício positivo da leitura.

Será que alguém pretende continuar com o me-me? Eu queria indicar o Ricardo Rayol e o David, mas tenho apreço pela vida... Bem, vou indicar o Cejunior, o Lino Resende, a Letícia, a Silvana e a Fábia.
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c. Amanhã é dia de BLOGAGEM COLETIVA internacional pelo meio-ambiente. Como estarei num dia complicado, por conta de compromissos profissionais, deixo aqui minha singela contribuição e peço a participação de todos os meus leitores. Deixo o banner:



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12 de out. de 2007

CORITIBA FOOT BALL CLUB MARSCHNER MAYER



Hoje um membro querido da minha família completa 98 anos.

E chamo de membro da família, porque o Coritiba Foot Ball Club está em meu dia a dia, é parte das minhas alegrias e desilusões. Ele é como um parente querido que as vezes dá uma bola fora e deixa a família toda contrariada, mas que volta aos braços dela no momento seguinte, aos prantos, pedindo desculpas e prometendo nunca mais repetir o erro que, afinal, um adolescente de 98 anos tem muito tempo para cometer e depois corrigir.

Nascido no berço de famílias alemãs tradicionais de Curitiba, os Essenfelder, Hauer, Seiler, Iwersen, Schlenker, Obladen, Kastrup, etc... com o passar do tempo ele foi adquirindo amizades em todas as colônias. Deixou o sotaque alemão de lado e preferiu virar povão, a ponto de, hoje, ter parentes entre os Silva, os Santos e os Oliveira, sem distinção de raça e credo, como se exige de um ente tão querido.

Para juntar tantos parentes, trabalhou duro a vida inteira para construir uma casa em que suas festas pudessem abrigar todo mundo, mas não conseguiu. Sua grande casa abriga 38 mil pessoas, mas é pouco, quase nada para quem passou a vida inteira cantando "eu quero ter um milhão de amigos e assim mais forte poder cantar" e nunca deixou de lado a obrigação de alegrar, pelo menos de vez em quando, as pessoas queridas do seu círculo social.

Eu estive com ele a vida inteira. Minha família dividiu com ele (e com o também glorioso Grêmio de Foot Ball Porto-Alegrense)esses anos todos muitas de suas alegrias e desilusões. Nele dei broncas fenomenais, ameacei nunca mais olhá-lo, chorei copiosamente tanto nos seus momentos felizes quando nos tristes, voltei ao seus convívio amigo tantas vezes quantas prometi abandoná-lo, e ele sempre foi magnânimo, de braços abertos para mim e todos os que quisessem sua amizade.

Por meio dele conheci outros amigos, como Jairo, Aladim, Lela, Rafael Camarota, Tostão, Henrique, Vavá, Túlio, Rafinha, Adriano, Alex e o maior dos seus parentes, para nós da família, imortal Evangelino da Costa Neves. Enfim, é um daqueles entes queridos que agrega mais gente à nossas vidas.

Este blog é verde em homenagem a ele e este post remete às alegrias que me fez sentir por tantas e tantas vezes entre milhares de conhecidos, "Jogando pelos campos brasileiros, despertando na torcida a emoção, Coritiba, campeão do povo, alegria do meu coração". Vida longa ao Verdão Coxa-Branca!

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...