Nesse debate sobre o aborto, onde a questão religiosa é posta acima da questão prática por conveniência política, estão esquecendo do principal aspecto: quem paga a conta?
Sou contra o aborto livre no Brasil porque ele passaria a ser uma alternativa aos métodos contraceptivos.
O caso do goleiro do Flamengo mostrou um fato que é bem mais comum do que a gente imagina -muitos homens simplesmente não se preocupam em usar camisinha - e muitos dos mais abastados pagam valores adicionais para que garotas de programa não usem.
Mas deixemos de lado as chácaras luxuosas e os carrões importados. Vamos nos perguntar o que aconteceria no andar de baixo, se o SUS passasse a promover abortos sem maiores formalidades?
Teríamos uma enxurrada de mulheres acorrendo ao sistema de saúde para fazer abortos, por conveniência de seus amantes, namorados, maridos ou mesmo de suas famílias, incapazes de promover antes uma educação sexual sadia e ávidas por se livrarem do "problema". Por óbvio, podem acontecer casos de conveniência da própria mulher, mas daí, o aborto livre funcionaria dentro daquela lógica de fazer do próprio corpo o que bem e entende, embora não se possa considerar isso exatamente ético.
Dias atrás a imprensa noticiou um caso de uma mulher que foi 9 vezes à delegacia fazer BO com base da Lei Maria da Penha por estar sendo coagida pelo ex-marido, que a matou sem que autoridade nenhuma se preocupasse com a segurança que ela implorava.
Você, leitor, acha que essa coação é incomum? Você não acha que no caso de uma gravidez indesejada essa coação não seria feita para impor uma ida ao SUS e "resolver" um problema?
E o custo disso para a sociedade, especialmente para o contribuinte? Não podemos nos ater ao ato médico do aborto em si, mas também às eventuais consequências, tais como sequelas físicas ou emocionais que certamente acabarão tratadas pelo SUS. Será que as prioridades não estão invertidas? Será que educação sexual sadia não seria mais eficiente que a liberação do aborto?
Vou repetir o que escrevi no twitter: Quero o dinheiro do SUS em exames, cirurgias e internações, não em abortos para que imbecis façam sexo sem camisinha.
Posso estar enganado em todos os meus argumentos, mas preciso que alguém me convença do contrário. E bem dito, também "sou a favor da vida", até porque não pretendo morrer tão cedo.
Sou contra o aborto livre no Brasil porque ele passaria a ser uma alternativa aos métodos contraceptivos.
O caso do goleiro do Flamengo mostrou um fato que é bem mais comum do que a gente imagina -muitos homens simplesmente não se preocupam em usar camisinha - e muitos dos mais abastados pagam valores adicionais para que garotas de programa não usem.
Mas deixemos de lado as chácaras luxuosas e os carrões importados. Vamos nos perguntar o que aconteceria no andar de baixo, se o SUS passasse a promover abortos sem maiores formalidades?
Teríamos uma enxurrada de mulheres acorrendo ao sistema de saúde para fazer abortos, por conveniência de seus amantes, namorados, maridos ou mesmo de suas famílias, incapazes de promover antes uma educação sexual sadia e ávidas por se livrarem do "problema". Por óbvio, podem acontecer casos de conveniência da própria mulher, mas daí, o aborto livre funcionaria dentro daquela lógica de fazer do próprio corpo o que bem e entende, embora não se possa considerar isso exatamente ético.
Dias atrás a imprensa noticiou um caso de uma mulher que foi 9 vezes à delegacia fazer BO com base da Lei Maria da Penha por estar sendo coagida pelo ex-marido, que a matou sem que autoridade nenhuma se preocupasse com a segurança que ela implorava.
Você, leitor, acha que essa coação é incomum? Você não acha que no caso de uma gravidez indesejada essa coação não seria feita para impor uma ida ao SUS e "resolver" um problema?
E o custo disso para a sociedade, especialmente para o contribuinte? Não podemos nos ater ao ato médico do aborto em si, mas também às eventuais consequências, tais como sequelas físicas ou emocionais que certamente acabarão tratadas pelo SUS. Será que as prioridades não estão invertidas? Será que educação sexual sadia não seria mais eficiente que a liberação do aborto?
Vou repetir o que escrevi no twitter: Quero o dinheiro do SUS em exames, cirurgias e internações, não em abortos para que imbecis façam sexo sem camisinha.
Posso estar enganado em todos os meus argumentos, mas preciso que alguém me convença do contrário. E bem dito, também "sou a favor da vida", até porque não pretendo morrer tão cedo.
Não publico comentários que fazem política partidária. Agora pouco, deletei um indivíduo que me mandou pedir votos pro Serra, como se este não fosse tão hipócrita quanto Dilma sobre o assunto.
ResponderExcluirMas a questão está posta: ninguém, nem Dilma nem Serra, nem as igrejas, nem as entidades que defendem o aborto, trataram ainda da questão financeira disso!
O debate é longo, extenso, extenuante Sr FB. Porém, ao descriminar o aborto, não se criaria também uma rede de apoio de auxilio a não abortar? Uma rede de amparo para aquela que está querendo abortar por estas situações proposta? Ou seja, mais gastos públicos!
ResponderExcluirAo dizer apenas ser favorável a descriminação do aborto, Dilma opinou apenas sobre o a descriminação. O Serra diz ser favorável nas questões já aprovadas em lei, e que segue o decidido na justiça.
Outra complicação para ela são as propostas do PT e do PDNH 3.
A questão da conta, já é paga por todos. Se as informações são verdadeiras, já pagamos a conta. O dinheiro já é direcionado para o tratamento pós aborto.
Neste caso, penso, que é hora de haver meios de o sistema de saúde estar ligado ao setor de policia, e cada uma das que praticam o aborto de forma ilegal que, depois de tratada, responda pelo ato contrário a lei.
Descriminar o aborto não é uma solução para os abortos.
"Dias atrás a imprensa noticiou um caso de uma mulher que foi 9 vezes à delegacia fazer BO com base da Lei Maria da Penha por estar sendo coagida pelo ex-marido, que a matou sem que autoridade nenhuma se preocupasse com a segurança que ela implorava."
ResponderExcluirEsse quadro posto por você aí é horripilante, mas sei que é a verdade em algumas localidades e regiões.
O debate sobre o aborto é extenso. Amplo, necessário, mas desgastante. Num país onde políticos vivem unicamente protegendo suas imagens (é só o que fazem) opinar se é a favor ou contra poderia ser um risco para eles. Preferem tergiversar, enrolar e dizer que é assunto pro congresso, para um plesbicito, etc etc.
A pergunta sobre "quem vai pagar" já é clara: Nós. Somos nós que pagamos e que iremos pagar essa conta.
Acho, entretanto, que o debate sobre liberar ou não liberar o aborto causaria tantas atenuantes e problemas que muitos orgãos e instituições hoje não querem lidar com isso. Pois afinal, eles sabem que não tem e nem teriam estrutura para lidar com isso.